Uma Jornada Ao Resgate escrita por Sally Yagami, TommySan, Vanessa Sakata, MisuhoTita


Capítulo 26
Uma luta perdida


Notas iniciais do capítulo

Yo, povão! Vanessa BR na área de novo! Espero que gostem de mais este capítulo!

Boa leitura!



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Em sua mente, a grande chance que lhe surgira para resgatar sua querida irmã Tabita. À sua frente, um descampado. Fora guiado para aquele local telepaticamente por Mabel.

– Você já está perto. Avance mais um pouco e já me avistará.

– Entendido.

Tavius, como orientado, avançou mais um pouco e já pôde reconhecer, à distância, aquela que ele tanto queria derrotar. Mabel estava à sua espera, evidentemente, e ao vê-lo saiu da mente do espadachim.

Os olhares dirigidos de um para o outro eram de desprezo mútuo. Tavius a encarava com seu típico ar circunspecto, ao passo que Mabel o encarava com ar superior e com um sorriso extremamente confiante nos lábios.

E, com um estalar de dedos, Mabel fez aparecer uma “plateia”: Soraya, Servia e... Tabita.

Tavius ficou transtornado ao ver Tabita no estado deplorável em que se encontrava. Estava completamente diferente da Tabita que vira no sonho em que entrara. Tal visão mexera com ele, por mais que tentasse não demonstrar.

– Tabita...?

– Tavius...? – a jovem perguntou com voz fraca, porém surpresa. – O que vai fazer...?

– Vou tirar você das garras dessas três, Tabita... Vou vencer a Mabel e vou te salvar...!

Mabel apenas deu um sorriso irônico:

“Quanta ingenuidade...”, pensou.

***

– O Tavius simplesmente evaporou! – Samira disse. – Não o acho em lugar nenhum!

– Também não o encontrei. – Valery disse. – E ele não sairia assim sozinho, sabe o que acontece quando está sozinho. É atacado e acaba perdendo.

– Deve ter acontecido algo pra ele desaparecer assim. Não acho que ele tenha sido raptado, a gente perceberia.

– Pensa que ele saiu de fininho e que vai cometer alguma loucura por conta própria?

– Não sei, Valery. Tenho minhas dúvidas, porque ele sabe que não é bom ser precipitado. Mas algo me diz que há alguma coisa mais forte que o tenha feito desaparecer daqui como desapareceu.

– O que acha de recorrermos ao meu terceiro olho?

***

– Esta luta será apenas entre nós, Tavius. – Mabel disse. – Assim como nenhuma amiguinha sua vai interferir, a Soraya e a Servia também não entrarão na luta.

– Então vamos ao que interessa. – Tavius disse.

Tabita acreditava e não acreditava no que via. Acreditava que seu irmão estava ali para resgatá-la. Mas, ao mesmo tempo, não conseguia acreditar que ele seria capaz de chegar ali sozinho e se arriscar tanto.

Temia por Tavius. Temia muito por ele.

Tavius desembainhou sua espada e pôs-se em posição de combate. Procurou se concentrar o máximo que podia para essa luta. Um descuido e poderia ser fatal. Não era fácil manter o foco, pois, a qualquer instante, aquelas duas bruxas poderiam torturar sua querida irmã.

– Se acha que vamos torturar sua querida irmãzinha mimada, não se preocupe. – Soraya sorriu ironicamente. – Faz parte do trato que fizemos com a Mabel não torturarmos essa peste inútil.

Tavius tentou retomar o foco para Mabel. Ambos se encararam, como se estivessem se estudando. Um parecia esperar o outro dar o primeiro ataque. Era estranho ver Mabel hesitar daquela maneira. Porém, o espadachim, diante disso, ganhou um pouco mais de confiança para a luta.

– Não sei qual é o seu jogo, Mabel, mas eu vou vencer essa luta!

Partiu para o ataque com a espada em punho e com o objetivo de conseguir logo de cara alguma vantagem. Buscou, logo de início, tentar atingir algum ponto vital da líder das bruxas. Porém, como esperado, não conseguiu, pois algo o bloqueou de imediato.

Uma espada energizada, semelhante à de Valery? Essa era nova.

Mabel contra-atacou lançando lâminas de vento na direção de Tavius, que se esquivou delas sem maiores dificuldades. Aquele ataque lembrava demais o de Valery, o que facilitava as coisas para ele.

Correu o máximo que podia para encontrar uma brecha na defesa da bruxa até que, por fim, achou. Saltou em sua direção com a espada apontada para Mabel, de tal forma que, se a atingisse, lhe perfuraria o peito. Porém, ela conseguiu arrancar a espada da mão do espadachim com mais um contra-ataque.

– TAVIUS, CUIDADO...!

Era a voz de Tabita que gritava apavorada, o que fez com que Tavius olhasse para trás. A distração lhe custou um corte profundo no ombro esquerdo e um raio o jogando a alguns metros de distância, onde permaneceu caído.

– Não acredito que você não consiga resistir a um golpe tão simples, Tavius... – Mabel disse. – Onde está toda a sua robustez?

Evidentemente, Tavius detectou um sarcasmo muito forte no tom de voz de Mabel, o que o deixou furioso. A bruxa foi pra cima do espadachim desarmado com o claro objetivo de cravar sua espada no coração do jovem, que conseguiu rolar para o lado, diante dos olhos amedrontados de Tabita.

Em seguida, Tavius se levantou e correu para alcançar sua espada. Conseguiu fazer isso a tempo de deter a espada de Mabel com mais um bloqueio. Parecia que com ela sua força física não adiantava muita coisa.

– Tavius... – Tabita disse. – Para com essa loucura, você vai se ferir mais ainda!

– Eu não posso, Tabita...! – o espadachim respondeu bloqueando novamente o ataque de Mabel. – Eu preciso te tirar daqui de qualquer maneira...!

E Tavius mais uma vez abriu a guarda ao olhar para Tabita, o que fez com que ele recebesse mais um corte, agora na lateral do abdome. Instintivamente, o espadachim levou a mão ao ferimento, que sangrou bastante.

– Sua maldita...! – Tavius rugiu para Mabel.

– Para com essa loucura...! – Tabita choramingava. – Por favor, Tavius, eu imploro...!

– Não é à toa que você é um pamonha, Tavius. Você fica abalado só ao ouvir a voz da sua irmãzinha... Você é patético!

– Cala a boca, Mabel! Eu vou acabar com a sua raça, sua bruxa maldita!

– Tolo... Você não passa de um bobalhão brincando de herói. Onde está o homem destemido, que foi capaz de derrotar quimeras e dragões?

Tavius estranhamente ofegava. Tentava em vão deter o sangue que escorria de seu último ferimento, passando por entre seus dedos. Mabel contemplava-o com um sorriso bem maléfico.

– Já chega de brincar, Tavius... – disse. – Já cansei de brincar com alguém tão patético como você!

Mabel apontou a mão na direção de Tavius, dizendo palavras indecifráveis. À sua frente, formou-se uma bola negra de energia que foi de encontro ao espadachim, que não teve chance de se desviar e foi atingido em cheio, sem chance alguma de defesa. Tabita simplesmente entrou em desespero ante tal cena:

– TAVIUS!!

Tavius jazia caído logo à frente da irmã, bastante ferido e enfraquecido. Apoiou-se em sua espada e com muito esforço se levantou. Não iria sair dali sem levar Tabita consigo. Custasse o que custasse.

– Tavius... – Tabita implorou. – Para com isso... Não morra por minha causa...! Por favor, pare com isso...!

As lágrimas de sua irmã o desarmaram de vez. Não suportava vê-la chorando daquele jeito. Seu coração se dilacerava diante daquilo. Aquilo era demais até para ele. Lutou contra suas próprias lágrimas, mas duas delas escaparam. Lágrimas de frustração e humilhação.

– Não posso parar, Tabita...! – disse. – Eu prometi ao nosso pai que iria te proteger, mesmo que isso me custasse a vida! E isso inclui arrancar você das garras dessas três malditas...! Eu não posso fracassar de novo... Fui incapaz de te proteger, Tabita... E a culpa por você estar nessa situação é totalmente minha...!

– Não vai conseguir o que quer, pamonha. – Mabel disse. – Não, quando estou usando a sua força para os meus contra-ataques. Não percebeu que a cada minuto está mais fraco?

Tavius nada respondeu. Isso era ainda mais humilhante! Mesmo tendo se fortalecido, ainda não era páreo para aquela bruxa maldita! Aquilo era frustrante demais!

– Fuja com o rabo entre as pernas como um cachorro assustado, Tavius! Você não passa de um cão que apenas late, mas não morde!

– Cale... Essa boca, maldita...! – Tavius disse ofegante. – Eu não vou me render...!

Partiu mas uma vez ao ataque, pouco se importando se iria ser bem-sucedido ou não. No entanto, um forte golpe em seu ventre e um potente soco no rosto o fizeram cair pesadamente no chão e cuspir sangue.

Quem lhe desferira golpes tão fortes?

Levantou a cabeça e conseguiu reconhecer o rosto do autor do ataque inesperado.

– Então é você... Traidor...?


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Notas finais do capítulo

CONTINUA....



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