Uma Jornada Ao Resgate escrita por Sally Yagami, TommySan, Vanessa Sakata, MisuhoTita


Capítulo 18
Mentiras


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo foi escrito por Tita e pelo Tommy.
Espero que gostem.
Boa leitura.



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As lágrimas de Tabita não param de cair por seus olhos enquanto ela olha horrorizada a cena que tão cruelmente é lhe mostrada. Uma dor profunda e intensa toma seu coração, não queria acreditar no que estava vendo... Não queria mais ver aquilo... Não queria ver aquela verdade estampada tão cruelmente diante de seus olhos... Preferia mil vezes a morte a ter que continuar olhando aquela cena... Onde as pessoas que mais amava nessa vida pareciam não se importar com ela...

Mais lágrimas desesperadas, amargas e tristes banham sua face.

– Por favor...! Eu imploro...! Não quero mais ver isso...! Me matem...! Me matem logo de uma vez...! Mas não me obriguem mais a continuar vendo...!

Mabel, Soraya e Servia gargalham de prazer ante aquela cena. Três risadas macabras e sinistras, que demonstram um prazer absurdo diante de uma tortura psicológica que é capaz de destruir por completo o coração e as poucas esperanças de uma jovem que acabara de perder a única coisa que ainda lhe restava.

– Me matem...! Me matem...! Mas eu não quero mais ver isso...! Por favor...! Parem...!

***

“- Me matem...! Me matem...! Mas eu não quero mais ver isso...! Por favor...! Parem...!”

Tavius se assusta ao ouvir tão nitidamente a voz de sua irmã em sua mente. A ligação sobrenatural que o unia a ela era, sem a menor sombra de dúvidas, enorme. A voz dela denotava desespero e uma tristeza profunda... E, ela pedia, implorava pela morte, o que só o fez se sentir inda pior e impotente... O que aquelas três malditas estavam fazendo com ela para que ela desejasse a morte como estava desejando?

Samira observa a mudança repentina na expressão fácil de Tavius, há dois minutos ele estava tão descontraído quanto ela e Samira e agora estava sério novamente e, perdido em seus pensamentos. Provavelmente estava pensando na irmã e no que ela estaria sofrendo neste momento.

– Qual o problema, Tavius? – pergunta a arqueira. – Por que repente você ficou tão sério?

– Eu escutei a voz da Tabita. – diz Tavius – Ela estava desesperada e pedia pela morte.

Samira e Valery ficam sem fala diante das palavras cruéis e amargas do amigo. Ambas não sabiam o que responder ao amigo para poder ao menos, tentar acalmar o coração dele. O que dizer em um momento tão complicado quanto este?

– Tavius... Eu nem sei o que dizer... Sinceramente, estou sem palavras... – diz Valery.

– Não há o que dizer, Valery. – diz o guerreiro – A Tabita está pedindo para morrer, e a culpa disto tudo é minha.

– Epa! Epa! Epa! – interfere Samira – Nesta parte eu discordo, Tavius! Você não é culpado de nada!

– Não? – questiona o espadachim – Quem foi que não conseguiu proteger a Tabita daquelas três? Se eu tivesse conseguido protegê-la, ela não teria sido sequestrada por aqueles três demônios em forma humana.

– Tavius, você não tinha como fazer nada momento. – diz a maga – Aquelas três são terríveis. Elas nos fizeram cair em uma armadilha atrás da outra.

– Aquelas ali são espertas. – completa a arqueira – Elas não apareceram para sequestrar a Tabita de uma hora para outra. Elas devem ter levado semanas pra planejar a coisa para não haver falhas. Naquele momento, você não tinha como impedir.

– Mesmo assim, eu devia ter sido capaz de impedir que a Tabita fosse sequestrada. – diz Tavius – Ela deve achar que a culpa é minha por ela ter sido sequestrada.

Samira faz um gesto negativo com a cabeça. Conhecia Tabita o suficiente para saber que a amiga jamais pensaria algo do tipo.

– Pessoal, já está tarde. – ela diz – É melhor tentarmos dormir para repor as energias. Afinal não sabemos o que aquelas malucas farão amanhã pra impedir que nós cheguemos até a Tabita.

– É melhor dormirmos mesmo. – concorda Valery – Temos que estar bem preparados e descansados para amanhã.

– Tente descansar, Tavius. – diz Samira – E pare de se culpar por tudo o que acontece a Tabita. Você é tão vítima desta história quanto ela.

– Vou tentar. – diz Tavius, só para acalmar as amigas, pois sabe muito bem que não terá paz enquanto não conseguir resgatar sua amada irmã daqueles três demônios.

Os três amigos procuram se acomodar em volta da fogueira para tentar dormir, porém Tavius continua ouvindo a voz de sua irmã pedindo pela morte em sua mente.

***

Mabel, Soraya e Servia continuam se divertindo, vendo todo sofrimento e desespero de Tabita ante a cena que é vista pela refém. Todas as feridas que lhe causam, tanto no corpo como na alma e no coração de Tabita parecem ser insuficiente para aquelas três.

Quanto mais sofrimento lhe causam, mais querem vê-la sofrer... Se desesperar... Mais sangue querem ver derramado, mais feridas em seu corpo... Este pedido pela morte, será apenas o primeiro de muitos que aquela mimadinha ainda pedirá...

– Como hoje estou de bom humor, mimadinha. – ironiza Mabel – Vou parar de mostrar isso para você. Soraya, pode apagar. Agora vamos deixar você pensar na grande verdade que acabamos de te mostrar. Soraya, Servia, vamos.

E, dizendo estas palavras, Mabel tira o chicote que prende o pescoço de Tabita e as três bruxas saem daquele escuro quarto, deixando Tabita sozinha com suas feridas, suas lágrimas e sua dor...

Tabita continua chorando amargamente... Não consegue acreditar no que fora obrigada a ver... Por que...? Por que Tavius, Samira e Valery fizeram isso com ela...? Por que a abandonaram a própria sorte...? Por que...? Por que fizeram isso com ela...? Será que Tavius nunca a amou de verdade...? Será que ele realmente não se importa mais com ela e não quer salvá-la daquelas três...? Será...?

Mais lágrimas continuam a cair por seu rosto ensanguentado enquanto a dor domina por completo seu coração... Tudo o que deseja neste momento, é que a morte chegue e a leve para livrá-la de seu sofrimento...

***

A luz do sol trás um novo dia e Mabel acorda totalmente satisfeita, depois do que conseguira na noite anterior. Tabita passara mais da metade da noite chorando e implorando pela morte, finalmente a tola esperança havia deixado seu coração. No inferno, Lorde Harrison deveria estar amargamente arrependido de tê-la provocado, enquanto assiste ao sofrimento se sua filha inútil e mimada.

Agora, é a hora de dar ao idiota do Tavius a lição que ele merece. E, com ele, Samira e Valery também terão a merecida lição e descobrirão que, com ela não se brinca. Os três serão devorados vivos e destroçados por seus amigos. Leias, ferozes, obedientes e terríveis criaturas que só obedecem a ela.

A bruxa sai da casa e, ao ar livre, começa a fazer uma invocação em um idioma completamente desconhecido e, conforme ela vai proferindo cada palavra da invocação, o céu totalmente azul de uma típica manhã de sol vai mudando de cor, o céu vai assumindo uma coloração mais escura ao mesmo tempo em que raios e trovões começam a surgir e um grande tornado negro e roxo vão se formando no céu. E deste tornado, vem surgindo seis gigantescos dragões, voando assustadoramente pelo céu e cuspindo chamas por suas narinas. As seis criaturas voam em volta de Mabel, sem ao menos tocá-la e parecem entender as palavras ditas pela bruxa.

Cada dragão tem cerca de dois metros e meio de altura. O primeiro tem a pele verde totalmente coberta por escamas, a barriga meio avermelhada e lisa, olhos amarelados e dois chifres, abaixo de sua boca pontas afiadas como espinhos, o pescoço longo com as mesmas pontas afiadas, suas quatro patas com garras finas e afiadas, suas asas são transparentes e verdes como se fossem algas marinhas e pontas afiadas como espinhos. Um rabo longo e grosso repleto de espinhos e, ao final dele, uma bola pesada e rodeada por espinhos, como se fosse uma clava.

O segundo dragão tem a pele recoberta por escamas vermelha, olhos verdes sombrios e sua cabeça possui três chifres, em volta de sua cabeça, uma bola pelos cinza, dando um aspecto apavorante ao animal. Os dentes saem afiados por sua boca e seu pescoço é curto. Longas asas com um espinho em cada ponta e em cada uma de suas quatro patas três gigantescas e um rabo de quase meio metro de comprimento.

O terceiro dragão tem a pele recoberta por escamas alaranjadas. A cabeça parecida com a de uma serpente com dois longos chifres e algumas presas saindo por sua boca. Abaixo da boca três chifres, pescoço longo e grosso recoberto por escamas e por uma crina amarronzada, asas amarronzadas e grandes, uma longa e grossa cauda recoberta por uma crina amarronzada e as quatro patas com escamas alaranjadas com quatro garras cada pata.

O quarto dragão possui escamas negras que recobrem todo seu corpo, olhos vermelhos sinistros e sua cabeça possui quatro chifres, um pescoço não muito longo que é totalmente recoberto por grossos espinhos. Possui apenas duas patas com seis garras cada uma e suas asas são de aspecto esqueléticos e um longo e fino rabo que termina em forma de tridente.

O quinto dragão possui escamas azuis e uma língua como se fosse a de uma cobra, quatro chifres e um grosso pescoço, das laterais de suas bocas saem quatro chifres de casa lado, quatro patas com três garras cada uma e no meio de cada pata saem três pares de chifres. Gigantescas asas totalmente recobertas por escamas e uma longa cauda também recoberta pelas mesmas escamas. Ao longo de seu pescoço uma crina de pelos que deixam o animal com uma aparência feroz e assustadora.

O sexto e último dragão é o maior e mais apavorante de todos. Mais de quatro metros de altura pele cinza recoberta por escamas e com aparência reptiliana, olhos vermelhos e cabeça que lembra a de um lagarto, seis narinas e de sua grande boca saem seus enormes dentes. Um grosso pescoço porém não muito longo, quarto patas com quatro garras cada uma, asas cinza e gigantescas com três espinhos em cada ponta das asas. Um rabo grosso e enorme com quase dois metros de comprimento recoberto por espinhos.

Mabel sorri satisfeita antes de dizer:

– Vão, meus adorados. E me tragam os cadáveres de Tavius, Samira e Valery.

CONTINUA...


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