Abraços Perdidos escrita por Graziele


Capítulo 18
Pelas razões certas.


Notas iniciais do capítulo

Obg a: leyde, Ana Candeo, Maysa, camila almeida, Suzana Dias, Charlotte Cullen, Lili Swan, Lari Pattinson, Elle Vedder, Isa Salvatore Culen, Marianas2, LittleDoll, novacullen, Barbara Gordon, Larissa Alves, Eclipse She, Ana, Marcela por comentarem!
E Maysa, Isa Salvatore Cullen e Tammy Kesher obg pelas recomednações! Pirei em cada palavra! Vocs são umas lindas *o*
Último capítulo e eu estou nostálgica pra caralho D: KKK vou sentir falta do meu médico bonitão e da minha bailarina maluca, e vcs ? ♥
Ah! A Sheila fez um trailer pra fanfic, pessoal *-* Está super lindo, e vcs podem conferi-lo nesse link: http://videolog.tv/1009502 Obrigada novamente, Sheila! Eu amei mesmo :D
Espero que gostem! Boa leitura e até lá embaixo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/244175/chapter/18

O estava dia extremamente ensolarado, com um céu limpo e de um azul intensamente iluminador, em volta de um Sol brilhante que parecia sorrir e refletir o humor de Isabella Swan.

Foram poucas as vezes em sua vida em que ela disse que estava feliz. Na maioria, sua infelicidade era apenas mascarada por uma falsa consciência de que tudo estava bem. Ela tentava, mesmo que inconscientemente, dizer a si mesma que sua vida estava dentro dos conformes e que, quando ela fosse finalmente a bailarina solista, nada mais faltaria para que sua vida fosse perfeita.

Ela jamais aceitaria que alguém dissesse que ela estava enganado a si própria e que o que ela considerava ser a felicidade não era nada disso. Jamais aceitaria ouvir alguém dizendo que seu manual da vida perfeita estava errado e que o verdadeiro contentamento nada tinha a ver com aplausos de públicos ou reconhecimento de crítica.

Era tão cega... Tão deslumbrada, tão fútil... Tão errada...

Porque a felicidade, na verdade, estava nas coisas mais simples do mundo, aquelas que estão na nossa cara todo santo dia e que não conseguimos enxergar. Estava nas risadas altas, nas comidas gordurosas e nada saudáveis, estava nos banhos de chuva, nos encontros familiares, estava em encontrar-se perante os braços de outra pessoa. Estava presente no amor, em sua forma mais básica.

Então, ali, olhando de soslaio para seu médico perfeito e gostoso, que dirigia com muita concentração, rumando para o orfanato que ficava um pouco afastado da civilização, a bailarina tinha a mais absoluta certeza que devia sua vida a ele. Que devia sua felicidade a ele e a todo amor que ele nutria por ela e que era categoricamente recíproco.

Porque ele não havia desistido dela, mesmo quando seus problemas eram maiores do que sua vontade de contorná-los. Não havia desistido de mostrar-lhe as razões pelas quais valia a pena viver mesmo quando sua arrogância e sua personalidade intolerável tentaram repeli-lo e mandá-lo embora. Não havia desistido de amá-la, de cuidar dela.

Isabella não conseguia mais conter o amor incondicional que transbordava por seu coração. Amor esse que era dividido entre aquele que merecia sua admiração e sua veneração eterna e sem reservas e entre aquela pequenina que merecia – e necessitava – de sua proteção e sua atenção irrestritamente. As duas pessoas mais importantes de sua existência e as duas que davam sentido à ela.

Quando lembrava que Alyssa logo viraria uma Cullen também, a bailarina chegava a ter o peito comprimido, tamanha sua ansiedade e expectativa de ter aquele ser sob seus cuidados, sob seu amor incondicional, retribuindo o mesmo sem querer nada em troca. Iria protegê-la de tudo, iria criá-la da melhor forma possível, para que, no fim, ela fosse uma pessoa melhor do que ela, uma pessoa ciente das razões pelas quais a vida merece ser vivida.

Conhecê-la fora uma experiência inexplicável. Vê-la tão frágil, mas tão alegre, fez a bailarina sofrer de algo como amor a primeira vista. E ouvir aquele riso contagiante da menina, combinado com a interação a cumplicidade que ela demonstrava ter com Edward, duplicou todos seus sentimentos bons em relação a ela.

Alyssa logo virou a melhor amiga de Bella e as visitas dessa última ao hospital – e, posteriormente, ao orfanato – ficaram muito mais do que frequentes. Os olhos castanhos da bailarina enchiam-se de lágrimas a cada demonstração de carinho de Alyssa e seu coração inflava cada vez que ela os via – a si, Edward e a Alyssa – como uma família.

Dar a entrada no pedido de adoção da pequena foi a coisa mais certa que Bella já fizera e ver como Edward estava realizado com a nova fase de sua vida apenas deixava-a muito mais contente e com vontade de viver.

“Amor? Chegamos.” A voz melodiosa e máscula de Edward soou doce em seus ouvidos e Bella, de olhos fechados e mente longínqua, sorriu automaticamente; desencostou seu rosto do vidro do carro e virou-se para Edward, vendo-o inclinado em sua direção, com os olhos verdes abrasadores. Ela alargou seu sorriso e plantou um beijo rápido e divertido na ponta do nariz dele. “Você dorme em qualquer lugar.” Acusou de forma divertida. “Até num carro que está passando por uma estrada cheia de buracos e balançando mais do que um avião em turbulência.”

“Não estava dormindo.” Bella respondeu no mesmo tom alegre dele; sua mão desceu até a gola da camisa polo e começou a brincar com os botões. “ Só estava pensando.”

“Dou-lhe um dólar se me contar sobre o quê.” O hálito fresco batia contra o rosto feminino, ao passo que suas testas estavam coladas e a mão masculina acarinhava os cabelos castanhos de forma extremamente carinhosa.

“Bom saber que estou valendo tão pouco.” Gracejou, sorrindo levemente.

“É o que temos pra hoje.” Ele deu de ombros, a mão dela desceu para o peito rijo e parou ali, sem fazer nenhuma pressão, apenas querendo tocá-lo, ter a certeza de que não se tratava de um sonho, porque, afinal, a vida não costumava ser tão boa.


“Você é um péssimo barganhista.” Ela riu, amando ver como o sorriso bobo nunca abandonava os lábios dele. “Estava pensando na gente.”

“Jura?” Ele incentivou, seu sorriso tornando-se infinitamente maior ao ver os olhos dela naquele chocolate mais claro, quase como se estivesse derretido.

“É... Sobre eu, você, sobre Alyssa... Sobre como eu não poderia estar mais feliz.” Ela suspirou. “Acho que vocês dois foram as melhores coisas que me aconteceram. Mas eu morro de medo... De não ser suficiente, de falhar de novo...” A voz foi ficando baixa, estrangulada e Edward logo tratou de calá-la com um beijo suave.

“Você vai ser a melhor mãe do mundo, Bella. Eu não tenho nenhuma dúvida disso.” Ele sorriu, reafirmando suas palavras. “E, pra mim, você sempre foi a melhor. Eu não poderia querer mais ninguém, porque é você quem eu amo e quem eu sempre amei.” Suas mãos fizeram um leve carinho nos cabelos castanhos, quase que em reverência.

“Você acha que nunca amou mais ninguém?” Seu sorriso presunçoso foi discreto, mas fez-se presente, transbordando orgulho.

“Tenho certeza. Sempre foi você.”

“Mesmo quando eu era uma idiota?” Ela mordeu os lábios, desviando o olhar. “Eu nunca te mereci.”

“É, você tem razão sobre isso. Ninguém é bom suficiente pra mim.” Ele estufou o peito levemente, ensaiando uma arrogância e fazendo-a rir. “Não seja boba, amor.” Ele disse seriamente, seus olhos verdes sendo cáusticos sobre si. “Não é questão de merecimento ou qualquer coisa assim. É questão de encontrar a pessoa que nos completa e que tampa os buracos que a gente tem. Vai ver foi por isso que a gente deu certo... Somo dois extremos, não? Então, um completa o outro, um dá ao outro exatamente o que ele precisa.”

“Você me deu proteção, calmaria, me fez enxergar as coisas como elas realmente são... Você me fez voltar a viver.” Ela concluiu, os olhos já sendo inundados por lágrimas emocionadas.

“E você entrou como um furacão, dando-me a dose certa de adrenalina que eu precisava. Fez-me parar de ser tão focado, tão bobo, fez-me ver que há coisas muito melhores do que isso...” Sorriu, lembrando-se de como a comparara com um caos, sempre com o poder de bagunçar sua vida e mente. “Viu só? Somos duas peças perfeitas. Talvez que não deram certo na primeira tentativa, mas que conseguiram se encontrar, como tinha realmente de ser.”

“Eu amo você.” A voz da bailarina saiu clara, alta, sem trepidações e sem hesitações. Foi declaração firme, que caiu como a mais bela nota musical clássica nos ouvidos do médico; ele alargou seu sorriso e inclinou-se para depositar um beijo amoroso nos lábios dela. Eles sorriram em sincronia e ela plantou suas mãos nos cabelos dele, puxando-lhe a nuca e deixando-o tão próximo que seria capaz de fundi-lo a si. A língua dela pediu passagem e essa foi dada de bom grado, fazendo com que o beijo logo tornasse desesperado e cheio de sentimento não ditos – talvez por serem tão profundos e inexplicáveis que não cabiam em palavras.

“Não cabia mais no peito, né?” Ele sussurrou em meio ao beijo, as mãos fazendo um afago suave nas bochechas coradas dela. “Por isso que você teve que dizer. Eu sinto isso todo dia, quando acordo e te vejo do meu lado, ou na cozinha, comendo seu lanche... O que eu sinto se torna tão grande e tão insuportável que fica querendo transbordar, daí eu tenho que te dizer a cada minuto o quanto eu te amo, se não eu posso até me sufocar.”

“Eu te amo, te amo, te amo...” Ela repetia, as mãos não conseguiam um lugar para ficarem estacionadas e passeavam por todo corpo dele. “É uma dor boa, meu amor...” Ela sorriu, encantada. “Eu me sinto tão completa, por isso que sufoca... Mas dizer pra você alivia um pouco...”

“Eu entendo. E eu te amo muito também... Mas acho que você já sabe disso...”

“Mas você pode dizer quantas vezes quiser, todos os dias, até ficarmos velhinhos, eu não vou me importar.” Ela pediu, sua voz soando manhosa e fofa pra caralho.

“Não vai mesmo?” Ele inclinou a cabeça pro lado, fingindo desconfiança.

“Não.” Ela negou, seus cachos balançando de um lado pro outro e deixando-a ainda mais bonita. “Eu vou amar.”

“Eu te amo.” Ele sussurrou, por fim. “Pra caralho.”

Ela gargalhou, jogando sua cabeça pra trás. “Eu também te amo. Muitos mais do que pra caralho.”

“Mas acho que devemos parar com esse palavreado, agora que Alyssa vai vir morar com a gente.” Edward palpitou, ainda sorrindo.

“Concordo plenamente.” Bella assentiu; retorceu seu corpo até que conseguiu se desencostar do vidro do carro e parar no colo de Edward, com as costas encostadas no volante e suas pernas cada uma do lado do corpo dele. “E também temos que parar com as gritarias noturnas, ela pode ouvir.” Arregalou os olhos, horrorizada.

Edward riu escandalosamente. “Isso é com você. Pra mim, você deveria falar ‘pare de ser tão fodidamente bom de cama e de me fazer gritar loucamente a noite inteira, senão nossa filha vai ouvir’”

Bella riu e bateu no ombro dele de brincadeira. “Convencido da porra!” Acusou.

“Vamos descer e ver Alyssa, sim?” Ele disse e depois beijou o ombro dela longamente. “Ela deve estar achando que esquecemos da visita.”

Bella acedeu animadamente, saindo do colo dele e abrindo a porta do passageiro; o médico fez o mesmo processo e logo pairou do seu lado, abraçando-a pela cintura e beijando-a ternamente na testa.

Passaram pelo já conhecido caminho de paralelepípedos e sorriram ao mesmo tempo ao apertarem a campainha do orfanato; a administradora chamada Margareth logo veio atendê-los, trajada da sua característica saia reta e longa e de seu coque disciplinado no alto da cabeça, deixando seu rosto marcado por rugas mais visível. Ela era simpática, mas não dava espaço para muitas intimidades.

“Olá, papais.” Ela sorriu ternamente, abrindo o grande portão de grades e dando passagem para que Edward e Bella entrassem. “Como passaram essa semana? Alyssa está extremamente ansiosa para vê-los.”

“Nós também estamos, Margareth.” Bella revelou animadamente, seus olhos brilhavam tanto ao ponto de parecem duas estrelas. “Onde ela está?”

Assim que Bella finalizou sua indagação, Alyssa apareceu na porta principal, no outro extremo do caminho de paralelepípedos, correndo na direção de Edward e Bella com os bracinhos abertos e o sorriso mais gigante e genuíno que alguém poderia ter. Ao chocar-se com as pernas de Bella, a pequena as abraçou fortemente e fechou os olhos, plenamente contente. Margareth deixou os três sozinhos, sorrindo ao ver a interação deles e feliz por Alyssa ter encontrado uma família que a amava tanto.

“Oi, Bella!” Saudou animadamente, ainda agarrada as pernas da bailarina. “Oi, Edward!” Voltou-se para o médico, ainda sorrindo enormemente e com as bochechas gorduchas coradas de tanta excitação. “Eu estava com uma saudade do tamanho do sol, assim ó!” Disse, gesticulando ao mostrar.

Edward riu, vendo que não poderia ter arranjado uma filha mais adorável. Abaixou-se na altura dela e bagunçou-lhe os cabelos cor de petróleo divertidamente. “Como você está, peste? Vejo que já melhorou dos machucados.”

Alyssa sorriu e assentiu energicamente. “Sim! Mas até quando eu vou ter que passar aqueles remédios que ardem?” Mordeu o lábio, manhosa.

“Até tudo que todo machucado que está vermelho fique cinza.” Edward explicou simplesmente. “Daí você já vai estar boa o suficiente pra parar de passar aquelas coisas.”

“E vai demorar?”

“Acho que não, mas você tem que comer batatas.”

“Mas podem ser fritas?” Inclinou a cabeça, fazendo charme.

“Não, serão cozidas.” Edward riu. “A Bella cozinha que é uma beleza, você vai ver só como as batatas dela são as melhores.”

Bella estreitou os olhos, fuzilando-o pela ironia com a qual aquela frase fora proferida. Ela até que estava melhorando na cozinha, poxa! Afinal, logo teria uma criança em casa e não poderia simplesmente empanturrá-la de congelados como fazia com Edward.

“Mas depois que o que tá vermelho ficar cinza eu vou poder comer batatas fritas?” Alyssa voltou a questionar.

“É claro que vai, meu amor.” Bella também abaixou-se para olhar Alyssa nos olhos. “E vai poder experimentar os ovos mexidos do Edward, que é a única coisa que sai comestível quando feita por ele.”

Edward riu. “Você adora meus ovos.” E deu-lhe uma piscadela; Bella não pode deixar de rir discretamente do claro duplo sentido daquela frase.

“Mas tá bom, agora a gente podia brincar, que tal?” Alyssa propôs, batendo palminhas de forma animada.

“Eu não vou ser maquiado de novo.” Edward logo interveio, estremecendo ao lembrar-se da última vez em que visitaram Alyssa e ele serviu de cobaia para os experimentos maquiadores das duas. Ele ficou pior do que uma dançarina de cabaré e quase morreu para tirar tudo aquilo da cara depois.

“Tá certo! A gente pode brincar de pega-pega!” Alyssa sugeriu, os olhinhos brilhando, porque aqueles dois eram a melhor parte de sua vida e ela sentia que os amava mais do que tudo. Muito mais do que amava sua própria mãe... Talvez porque Edward e Bella nunca a bateram ou a xingaram, somente dirigiam a si palavras doces e carinhosas, ao contrário de sua mãe de verdade.

“Quem inventa aguenta!” Edward pontuou e saiu correndo, como uma criança de cinco anos, e Alyssa foi logo atrás, correndo de forma trôpega com suas perninhas curtas, gargalhando gostosamente.

Bella, então, continuou ali, parada, sorrindo feito uma boba, pensando que, realmente, poderia acostumar-se com essa vida facilmente.



“Ah, não, Esme, ela ainda não veio!” A voz quente de sua bailarina foi a primeira coisa que ele ouviu ao abrir a porta de seu apartamento naquela tarde chuvosa de domingo. Seu plantão de quase 12 horas havia finalmente acabado e a única coisa que Edward Cullen queria fazer era deitar em sua cama e dormir até que outra coisa melhor do que isso fosse inventada. Talvez fazer amor com Bella também entrasse em sua lista. “Claro que sim! Vamos levá-la para que a senhora a conheça assim que possível, tenho certeza que vocês vão se amar!”

Edward sorriu ao ver que Bella falava de Alyssa com sua mãe pelo telefone. A notícia da adoção dela havia rodado quase a família inteira e Esme não via a hora de poder paparicar logo sua netinha. E até Jasper estava fazendo planos para a sobrinha postiça! Um dia desses, ele ligou para Edward e perguntou-lhe o que ele acharia se comprasse um coelho para Alyssa.

“Hm... Edward acabou de chegar, a senhora quer dar uma palavrinha com ele?” O médico já logo estendeu suas mãos em direção ao telefone e se surpreendeu ao ver que Bella não o passaria para ele. “Ah, sim, ele está cansado mesmo! As olheiras já estão ficando pretas! Pode deixar que eu digo sim! Obrigada, Esme! Beijos, até mais.”

“Ela não quis falar comigo?” Edward fez um biquinho assim que Bella desligou o telefone, jogando seu corpo no sofá.

“Ela disse que quer que você durma e que depois liga de novo.” Bella riu, sentando-se ao lado do namorado e passando a acarinhá-lo amorosamente no rosto. “Já disse que você fica um tesão dentro dessa roupa de médico sério?”

Edward gargalhou, puxando-a para si e deixando sentada de frente, com as pernas circundando sua cintura. “Eu sou um tesão de qualquer jeito, pode admitir.”

“Convencido...” Ela cantarolou, enterrando a cabeça na curva do pescoço dele e remexendo-se em cima do membro, adorando ver como ele estava acordando aos poucos. “Você fica mais tesão ainda quando está pelado.”

“Provocadora do caralho.” Ele sibilou e ela sorriu marotamente, sabendo que não demoraria muito e eles estariam ofegantes em meios aos lençóis. “Sorte sua que eu estou com tanto sono que não estou nem conseguindo nem raciocinar direito, senão eu te pegava de quatro aqui mesmo.”

“Ah, uau!” Ela soltou divertidamente. “O sono te deixa falando sujo, doutor?” Mordeu os lábios, provocativa.

Edward riu. “Estou meio incoerente, deve ser isso. Faz uma massagem nas minhas costas?” Pediu, cheio de manha.

Bella acedeu sorrindo e saiu do colo dele; o médico tirou o jaleco, desabotoou a camisa social e deitou-se no sofá, gemendo de contentamento ao sentir sua bailarina sentando-se na curva de sua coluna e aplicando suas delicadas mãos no trabalho de desfazer os nódulos de seus ombros.

“Puta merda, suas mãos são deliciosas... Mas acho que eu já falei isso.” Balbuciou meio incoerentemente, rindo depois.

“Foi em outra situação.” Bella riu também, plantando um beijinho superficial na nuca dele e amando vê-lo se arrepiando todo. “Eu amo você.”

Edward sorriu, meio letárgico. “A gente podia casar.”

“Hein?” Ela soltou por reflexo, meio aturdida.

“É, casar. Tipo véu, grinalda, aliança na mão esquerda... Ah, Bella, você sabe, essas coisas.”

“Que jeito estranho de pedir alguém em casamento, Edward!”

“Ah, não sei como é que se faz essas coisas...” Deu de ombros. “Mas eu ia amar oficializar o que a gente tem aqui. E, agora que vamos ter Alyssa, seria legal se fossemos marido e mulher de verdade.”

Bella ponderou por um segundo, vendo que realmente não se importava se isso demorasse mais um pouquinho para acontecer. “Eu acho legal viver no pecado.” Disse dando de ombros e fazendo-o rir. “Estou falando sério! Podemos esperar mais um pouco, esperar que Alyssa se instale e tudo mais...”

“Você está feliz?” Ele perguntou seriamente; forçou seu corpo para cima, até estar com as costas grudadas ao sofá e Bella sentada em cima de sua barriga, de modo que encarar os olhos castanhos dela fosse plenamente possível.

“Acho que o que eu sinto nem pode mais ser considerado felicidade” Ela sorriu, deitando-se no peito dele. “É muito mais forte do que isso.” Suspirou e o encarou nos olhos verdes. “Você me salvou, Edward. Me salvou de mim mesma e do jeito errado de viver. Me mostrou as coisas certas pelas quais vale a pena viver. Você me fez perfeita.”

Ele sorriu de lado, inclinou-se até que beijar os lábios avermelhados dela fosse possível. Os dois passaram a apenas encarar-se, sem dizer uma única palavra, apenas derramando todo o amor que sentiam. Ele acarinhou-a nas madeixas marrons e ela fechou os olhos, sorrindo, deleitada com a carícia.

“Você sempre foi perfeita.” Ele sussurrou amorosamente.

“Obrigada.” Ele a fitou confusamente e ela apenas sorriu, deitando-se no peito enrijecido e deixando um beijo no pescoço dele; as mãos femininas delicadas começaram a fazer carícias regulares na bagunça que eram os cabelos dele. “Por me amar de novo. Por me fazer melhor.”

Edward sorriu, sabendo que os dois tornaram-se melhores vivendo aquele amor. Sempre soube que era Isabella Swan a designada a viver para sempre do seu lado, a designada a ensiná-lo o significado de amar e ser amado sem reservas.

Por isso que ele havia salvado-a e se empenhado tanto na tarefa de consertá-la e fazê-la enxergar o que era o certo. Não porque ele era melhor do que ela, mas sim porque ela o completava. Juntos, eles eram perfeitos. Exatamente dois opostos feitos para darem certo.

E feitos para darem certo para sempre. Era só o que pediam. Era só o que necessitavam.



Lights will guide you home

And ignite your bones

And I will try, to fix you


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, meninas, esse é o fim ): Estou sensível e de TPM e isso meio que deixa a tarefa de me despedir de AP bem mais complicada D': KKKK
Mas enfim. Seria estranho dizer que a primeira relacionada a essa história que eu planejei foi o nome ? o.o KKK Psé, dps de ver Abraços Partidos do Almodovar, eu decidi que PRECISAVA fazer uma fanfic com um nome parecido, haha! Então, AP nasceu de várias vontades minhas: a vontade de fazer uma Bella bem antagonista e super anti-heroína, bem oposta a todas as Bella's que vemos por ai, a vontade de desenvolver um Edward engraçado, inocente, leve e normal, sem ser exageradamente romântico e pegajoso e a vontade de escrever algo que levasse a palavra Abraços no nome.
Nasceu Abraços Perdidos. E o ~perdidos~ veio de toda demonstração de carinho que a Bella deixou de dar ou receber por causa de sua personalidade intolerável, que basicamente a impedia de ser feliz.
Eu, sinceramente, amei desenvolver essa história. Amei desenvolver essa Bella cheia de problemas e esse Edward super leve para balancear. Amei escrever o Jasper e suas maluquices, amei escrever a Esme sendo uma super mãe. Não sei se esse último capítulo ficou digno das leitoras maravilhosas que eu tenho, mas sei que eu dei o meu melhor, na tentativa de recompensá-las por todo carinho que eu recebi nesse tempo em que passamos juntas.
Eu só tenho mesmo que agradecer a todas vocs. Pq, como eu digo, vocs são fodas! KKKK
Meninas que recomendaram, eu gostaria mesmo de enviar-lhes o bônus hoj ou amanhã, mas não será possível :s mandem-me seus emails, que eu prometo enviá-lo até o fim da semana. E, quem ainda não recomendou, fique a vontade para fazê-lo! Seria extremamente doce :')
Quem gostar doq eu escrevo, pode dar uma passadinha em The Last Walk! E quem sabe esperar uma nova história? rsrs Oq vocs me dizem sobre uma fanfic de época? :B rsrs
É o fim de AP, espero que vocs tenham gostado tanto quanto eu *---*
Beijos e até uma próxima!