Abraços Perdidos escrita por Graziele


Capítulo 13
Porque você é meu paraíso.


Notas iniciais do capítulo

Obg à jcullen, Marcela, LittleDoll, Lio Cullen, suzana_quintana, LalaiStew, Lili Swan, Ana Carolina, novacullen, Lu Nandes, Bel, Barbara Gordon, Charlotte Cullen, Suzana Dias, Marianas2, whatsername, Eclipse She, brubs, Lari Pattinson, Belle Duchannes, Ana Candeo obg por comentarem o/ Belle Duchannes, sua recomendação me fez pirar totalmente, obg sua fofa *---*
Apreciem sem moderação todo o açúcar do capítulo u.u kkkk
Boa leitura!



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Estupidamente apaixonada.

As palavras ainda ecoavam na mente de Isabella e ela havia pensado tanto nelas que foi chegado o momento que seu significado desprendeu-se de seu som, mas elas continuaram lá, vagando por sua mente de forma displicente, atormentando-a.

Logo após Alice ter dito aquela frase atemorizante, Jasper bateu na porta do quarto, chamando-as para comer e jogar videogame, sem dar tempo da namorada continuar seu raciocínio. Bella agradeceu mentalmente, mas não pode livrar-se de suas próprias ponderações acerca do assunto.

Soava assustador e muito... Impossível.

Porque ela nunca havia se apaixonado; há seis anos, o que tivera com esse mesmo médico não passara, definitivamente, de uma mera aventura. Desde a morte de seus pais, ela vinha se relacionando com homens daquela forma, porque não se permitia envolver-se mais do que o estritamente saudável aos seus olhos. Afinal, um envolvimento mais profundo poderia atrapalhar seu manual de perfeição e isso era a última coisa que queria.

Na França, ela achou que poderia estar conhecendo amor. Era quase a bailarina principal da Companhia, fazia apresentações perfeitas, era aclamada por todos... Então, o que perderia, envolvendo-se com alguém? Em sua mente, nada; apenas ganharia. Envolver-se com alguém maduro e influente parecia o jeito perfeito de arrematar a vida perfeita que tanto almejara.

Mas, claro, tudo não passou de uma ilusão ridícula que, no final, acabou tornando-se o pior de todos seus pesadelos, que a perseguia até hoje.

Há seis anos, nem percebera que, talvez, Edward Cullen fosse, desde aquela época, o homem da sua vida. Não se dera espaço para isso. Divertia-se com as bochechas coradas, com os trejeitos atrapalhados e com sua falta de tato na hora de fazer amor... Mas era só isso, como sempre. Não reparava no modo apaixonado com o qual ele a olhava, ou no jeito carinhoso que ele lhe beijava a testa toda a vez que, exaustos, desabavam no banco traseiro do antigo Volvo. Tudo isso lhe vinha à tona agora, talvez por ter, em seis anos, mudado muito e ter visto que a perfeição era, na verdade, algo simples de se conquistar e muitíssimo diferente de tudo aquilo que ela pintara em sua mente.

Suspirou, vendo que Edward estava proporcionando para si coisas que há muito não experimentava: a sensação de estar protegida, de estar forte, de estar... Bem.

Isabella não poderia, jamais, negar que seu peito inflava-se de puro contentamento toda vez que ele a abraçava, quando sorria, ou quando simplesmente a fitava profundamente, dizendo mudamente que estava ali por ela, que estava disposto a ajudá-la a se reerguer. E quando a beijara... Oh, céus! Pode sentir que estava flutuando em nuvens...

Entretanto, não sentia suas pernas bambearam toda vez que ele chegava perto e seu coração não dava pulos frenéticos quando ouvia sua voz; nada do que era descrito nos livros de romance era sentido por ela, quando estava perto de Edward.

Ela sentia apenas uma paz indescritível... Uma vontade de ficar durante toda sua vida embrenhada naqueles braços fortes, somente sentindo aquele cheiro de Homem com H maiúsculo que ele exalava...

Não sentia uma erupção dentro si... O que sentia, ao ficar perto dele, se assemelhava mais a uma música clássica do que a um show de rock.

“Alice...” Bella chamou a amiga quando esta apareceu na cozinha para pegar um copo de água. “O que você estava dizendo mesmo lá no quarto antes de descermos...?” Engoliu em seco.

“Ah,” Alice soltou sua risada de sinos. “Sobre você estar estupidamente apaixonada?” Bella apenas assentiu. “Por que você está tão preocupada sobre isso?”

“É que eu... Não sei lidar com isso, caso seja, hipoteticamente falando, uma verdade.” Se enrolou nas palavras.

“Bella, querida...” Alice começou, como quem vai explicar a um filho questões matemáticas. “Por que não? Quero dizer, não me parece tão dramático.”

Isabella bufou, porque, para Alice, nada seria dramático. A bailarina não pode enumerar nem uma vez sequer que a baixinha ficou confusa sobre seus sentimentos ou até mesmo sobre o que fazer de seu futuro; ela sempre fora muito prática e em sua vida não havia espaço para ficar matutando os prós e os contras de cada decisão.

“Eu não sei o que é isso, Allie.” Bella confidenciou, suspirando. “Quero dizer, já tive uma amostra, mas foi desastroso e eu não quero passar de novo... Eu gosto muito dele, quero sempre estar por perto, mas sei lá...” Alice pestanejou por um momento; mesmo que as duas fossem amigas – e que Bella pudesse considerá-la a sua melhor – as duas nunca trocaram confidências daquele jeito. Bella sempre fora reservada e fechada e, por mais que Alice tentasse, ela nunca contava nada sobre seus sentimentos.

Sorriu discretamente, perguntando-se o quão forte era o poder que seis anos de mudança exerciam sobre uma pessoa. Ou quão forte era o poder que um médico bonitão de olhos verdes exercia sobre uma pessoa.

“O que você acha que ele sente por você?” Indagou Alice.

“O que você apostaria?” Bella devolveu a pergunta, olhando para a amiga por debaixo dos cílios, mordendo os lábios em expectativa.

“Já lhe disse... Ele gosta de você. Não lhe digo isso apenas baseada em minhas percepções de agora, mas também sobre seis anos atrás, onde ele praticamente chorou na minha frente quando lhe contei que você havia ido pra França.” Alice sorriu. “Mas isso não é sobre mim. Diga-me o que você acha.”

Bella pensou por um momento, fixando seus olhos em algum ponto atrás de Alice, e depois esboçou um sorriso contido. “Ele gosta de ficar perto de mim... Ele me trata extremamente bem...”

“E você?”

“Eu também gosto... Digo, quero sempre ficar perto dele e tudo mais... Só que... Tenho medo...” Bella se bateu internamente por ter soado como uma adolescente malditamente confusa naquela frase.

“Do quê? Você não confia nele?”

“Claro que sim! Nele eu confio cegamente! Só não confio em mim mesma. Porque minha vida tem essa tendência, de dar errado quando tudo está aparentemente bem... Tudo o que tem a oportunidade de dar errado comigo, vai dar e da forma mais fodida possível, e que faça tudo ir pro caralho mais rápido ainda.”

Alice não estava entendendo porra nenhuma daquele discurso pessimista da amiga, porque não sabia o que ela havia feito na França, e preferiu continuar daquele jeito. Odiava ficar sabendo de tragédias alheias.

“Olha, eu não estou entendo nada. Mas sei que ficar sentada esperando que uma solução lhe caia do céu também não vai ajudar em nada. Por que você não senta e conversa com ele, como dois adultos que vocês são? Se sentir que realmente está apaixonada, diga a ele e veja o que ele tem para lhe oferecer. E, se for recíproco, tentem algo.”

Parecia simples com Alice falando daquela forma, e... Talvez realmente fosse, anuiu a bailarina.

Quão complicado seria simplesmente dizer ao médico que ela achava que estava se apaixonando por ele? Que adorava sua companhia? Que, quando se refugiava em seus braços, tinha vontade de morrer ali? Quão difícil era exteriorizar seus sentimentos que, naquele momento, tornavam-se mais claros?

Bella sorriu, percebendo que o melhor a fazer seria dizer logo o que sentia. Dizer logo que estava estupidamente apaixonada por ele e pelos seus olhos ternos.




“Ah, merda!” Edward Cullen praguejou assim que, desastrosamente, abriu a porta de seu quarto e, no escuro, meteu sua mão na parede. Um risinho zombeteiro ecoou pela penumbra das cinco da manhã e Edward estacou. “Quem está aí?” Indagou debilmente, arregalando os olhos. Ser assombrado por fantasmas era, decididamente, a única coisa que ele não queria que acontecesse em sua vida.


“Sou eu, Edward.” A voz de Bella soou tranquilizadora e divertida. “Por que você não acende a luz?”

Edward sentiu que seu coração voltava a bater e, suspirando de alívio, acendeu a luz, fazendo a claridade voltar num ímpeto, cegando-o por um momento.

Logo, focalizou sua bailarina, sentada confortavelmente na beira de sua cama de casal, com os cabelos levemente bagunçados e a expressão de quem só acordara no instante em que ele entrara.

“Oi.” Ela cumprimentou sorridente.

“Hey...” Soltou, meio letárgico.

“Pensei que fosse amanhecer no Presbyterian.”

“Eu também, mas tive a sorte fodida de ser liberado antes.” Deu de ombros, jogando sua maleta de qualquer jeito pelo carpete e sentando-se ao lado da bailarina; suspirou, relaxado, e deitou-se, com as pernas pra fora da cama e os braços acima da cabeça. “Alice e Jasper estão dormindo no quarto de hóspedes?” Indagou, fazendo uma careta de nojo quando Bella assentiu. “Lembre-me de por os lençóis na lavanderia amanhã, porque, do contrário, você dormirá entre os espermatozoides dele.”

Bella riu, torcendo o nariz. “Foi por isso que eu vim pra cá. Achei que você nem fosse dormir em casa, daí deixei o quarto para os dois, em vez de dormir com Alice lá.” Esclareceu.

“Ah, eu agradeço por isso.” Gracejou, levantando o tronco. “É muito melhor chegar e encontrar você aqui do que o Jasper.”

A bailarina riu, baixando os olhos e torcendo a barra de sua blusa de moletom, constrangida pelo galanteio. Era maravilhoso ouvir aquelas investidas sutis, ao invés de todas as palavras sujas das quais estava acostumada receber de homens mais sujos ainda.

“Foi bom você ter chegado antes.” Suspirou, reunindo coragem. Não poderia mais adiar aquela conversa, porque teria que saber logo o que ele sentia por ela, se assemelhava-se com o que ela mesma sentia. “Eu quero falar com você.”

Edward arqueou uma sobrancelha inquisitivamente e Bella viu que ele ficava ainda mais lindo daquele jeito; de roupa social, com um jaleco branco jogado displicentemente sobre os ombros, que ostentava um bordado “Traumatologista Cullen” elegante no bolso do lado esquerdo.

“Sou todo ouvidos.”

“Bem...” Desviou o olhar, tentando sentir-se mais confortável para começar, mas Edward a fez fitar-lhe os olhos verdes, levantando seu queixo de forma gentilmente autoritária. “Eu sei que sua ideia inicial era trazer-me pra sua casa até que eu conseguisse um emprego – e acredite, eu vou consegui-lo pra poder ajudá-lo com as despesas – só que... Estão acontecendo coisas...” Engoliu em seco. “Entre nós” explanou, gesticulando. “que me fogem um pouco...”

“Está tentando me perguntar o porquê de eu ter-lhe beijado?” Foi direto.

“Tipo isso.” Bella arrematou, agradecendo mentalmente por ele ter chego a pergunta crucial sem ela precisar fazê-lo.

“Bella, nunca foi segredo pra nenhum de nós dois que eu sempre te amei como um estúpido.” As palavras fluíam tão naturalmente e Bella sentiu inveja da desenvoltura que o médico possuía ao falar de sentimentos; sem bochechas vermelhas, sem trepidações na voz, sem gaguejos... Realmente, o tempo fora muito mais do que generoso com ele. “E nada mudou. Desde o primeiro dia que você apareceu naquele hospital toda torta, eu te amo. E eu estou aqui, garantindo isso. Que te amo e que te quero, com todos seus problemas e todas suas escolhas erradas. Estou aqui. Mais do que disposto a ajudá-la a lidar com tudo isso.”

Bella não pode evitar de piscar os olhos várias vezes, totalmente estonteada. Edward tinha uma paz de espírito e uma segurança quase palpáveis... Parecia ter certeza absoluta certeza de onde estava e de onde queria chegar e, mais do que isso, parecia perfeitamente capaz de lidar com qualquer obstáculo que aparecesse em seu caminho, ameaçando mudar o rumo de seus planos. Ele era seu total oposto.

Tão quebrada, tão amargurada, tão frágil... E ele... Tão disposto a consertá-la...

“Edward...” O nome do médico saiu em meio a um arfar completamente maravilhado. Os olhos castanhos lacrimejaram e ela sentiu vontade de segurá-lo perto de si para nunca mais soltar. De viver toda sua vida com ele, de amá-lo e de venerá-lo, quanto quisesse e merecesse. Afinal, o que poderia ser o amor, se não exatamente isso?

Ela nem percebeu que ele se aproximara e só se deu conta de que milímetros separavam suas bocas no momento em que ele passou a acarinhar suas bochechas ternamente. “E eu sinto uma vontade imensa de te beijar de novo. E de novo. E em vários lugares...” Ele sussurrou, intercalando as palavras com bitoquinhas amorosas em seu rosto.

“Como eu pude ser tão idiota em te deixar há seis anos?” Edward quase sorriu, vendo que, para Bella, não existia passado; parecia que, para ela, tudo fazia parte de um eterno presente que se somava aos anteriores, nenhum digno suficiente de ser jogado no esquecimento. “Eu juro, juro mesmo, assino até com meu sangue se for necessário, que eu nunca pensei que pudesse estar te magoando. Eu era tola, fútil, deslumbrada...” Edward sentiu vontade de calar-lhe a boca com um beijo feroz, mas decidiu por escutá-la, afinal, não era sempre que ela soltava confissões tão sinceras voluntariamente. “Joguei minha única chance de ser feliz no esgoto...”

“Você não sabia disso na época.” Ele amenizou.

“Tem razão.” Concordou ela, encostando sua testa na dele e passando a escovar os lábios masculinos com seus dedos finos de forma meiga. “Mas eu agradeço por essa segunda chance, pra poder fazer as coisas certas agora. Porque...” Fitou-o no mais profundo de seus olhos. “Não posso negar que estou estupidamente apaixonada por você, Doutor Cullen.”

Edward sorriu extraordinariamente, parecendo iluminar todo o quarto com sua felicidade. Seu coração inflou-se de tal forma, tão feliz, que ele sentiu que ia explodir. Sentiu-se aquecido, realizado, com uma pavorosa vontade de gritar para o mundo o que estava acontecendo.

No entanto, intuiu que seu mundo inteiro – ou pelo menos o que mais valia nele – estava na sua frente, com os olhos lacrimejados e os lábios vermelhos curvados no sorriso mais sincero de plena felicidade que ele já vira.

Minha bailarina...” Soltou, vendo o como soava brega, mas não podendo evitar. Era sua. Não figurativamente como antes, mas finalmente sua. De corpo e alma.

Bella sorriu e selou seus lábios com os dele. Calmamente, desfrutando de cada pedaço, de cada sensação... Deleitando-se com as mãos másculas e tão afáveis passeando por sua cintura, por seu rosto, por seus cabelos...

Bella não sentiu medo quando – depois de vários minutos ininterruptos de beijos plácidos – o médico projetou seu grande corpo para cima de seu próprio, deitando-os na cama. Edward pairou sobre ela, fitando-a firme e seriamente, gravando em sua memória cada mínimo detalhe daquele rosto magro, adornado por um cabelo cor de chocolate adorável e portador dos dois olhos castanhos mais sublimes que já vira na vida.

Beijou-a longamente por todo o rosto, venerando-a, para depois descer com seus lábios pelo pescoço, não se privando de arranhá-lo levemente com seus dentes quando fosse possível.

Bella fechou os olhos, extasiada. Já havia até se esquecido de como era delirantemente bom receber carinhos de formas tão delicadas, porque já se faziam quase sete anos desde a última vez. E fora com aquele mesmo médico.

Como fora idiota por ter deixado tudo aquilo pra trás...

Edward beijou a barriga lisa da bailarina, passando a língua levemente e fazendo-a ter sobressaltos em seu baixo ventre, que resultaram em líquido molhando sua calcinha. Revirou os olhos ao senti-lo pressionando sua cintura firmemente com as mãos grandes, deixando claro que ele era quem estava no controle ali. Tão diferente daquele adolescente inseguro!

Subitamente, ele elevou seu corpo, nivelando seus olhares. “Só vou continuar se você realmente quiser.” Sussurrou ao ver os olhos confusos dela.

“Por favor...” Só teve forças para balbuciar isso.

Edward sorriu torto, zombeteiro; com o corpo quente de Bella debaixo de si e com seu membro doloridamente pulsante dentro de sua cueca, Edward até se esqueceu de seu cansaço e de que seu plano inicial para aquela noite seria só deitar e dormir até que seu corpo se cansasse. Então, pelo visto, ele deitaria, mas seu corpo se cansaria por outro motivo...

Remexeu seus pés e tirou os sapatos com o calcanhar, para depois se ajeitar melhor na cama. Deitados de lado – um de frente pro outro – Edward puxou a perna de Bella para cima da sua, segurando-a possessivamente, sem cessar o beijo que começara doce, mas, com o desejo, já se tornava lascivo.

Não teve pudor nenhum ao rumar sua vigorosa mão até as nádegas feminina, deliciando-se com o gemido luxuriante que escapou por entre os lábios dela.

Ainda por cima da calça de moletom dela, deixou sua mão vagar na intimidade dela, sentindo como já estava encharcada e mais do que preparada. O médico rolou e ficou por cima dela, beijando a pele alva e com cheiro de seu sabonete ao passo que ia levantando a blusa.

Sem a horrorosa blusa de moletom roxo (a cada dia ela usada um de uma cor), Edward vislumbrou a imagem dos seios branquíssimos, perfeitamente empinados em sua direção, subindo e descendo no compasso da respiração acelerada.

Para ele, não haviam passado seis anos desde a última vez que fizera aquilo com ela, porque sua memória ainda estava vívida. No entanto, não podia negar jamais que nem suas lembranças mais nítidas faziam jus àquela esplendorosa beleza.

Bella passou a desabotoar a camisa social com extremo cuidado, acariciando-lhe o peito com esmero e deslumbramento, como se fosse a primeira vez que estivesse vendo-o.

Ela logo jogou seu peso para cima, rolando-os e ficando por cima. Ele nem se importou, principalmente quando viu que ela descia beijos impudicos pelo seu peitoral, até chegar no cós de sua calça. Fitou-o com luxúria enquanto tirava seu cinto e desabotoava-lhe as calças; ele ajudou-a a se livrar das mesmas, que fora parar em algum lugar desconhecido no chão do quarto. Só lhe restava a cueca boxer vermelha e as carícias dela por dentro da mesma, excitando-o ainda mais.

“Estou em desvantagem.” Ele arfou, zombeteiro, sorrindo antes de pegá-la e jogá-la com força na cama, ficando por cima novamente. Mordeu-lhe o ombro e arrancou-lhe calça de moletom, jogando-a no chão e dando o mesmo destino a sua cueca e a calcinha estilo vovó.

Eram pele com pele, sentindo cada gota de suor que escorria e sentindo cada batida acelerada dos corações... Estavam calmos, embora excitados. Edward a torturava com a maestria de quem sabia o que estava fazendo – distribuindo beijos por cada pedaço do corpo feminino – e não parecia, em nenhum momento, com aquela adolescente que sofria de ejaculação precoce.

Ele sabia como arrepiá-la, como tocar, entre sua intimidade, no local exato que a fazia delirar em gemidos altos demais. Sabia como fazê-la praticamente delirar de vontade de tê-lo dentro de si.

Sua mão foi desajeitadamente até o membro dele e se fechou ali, fazendo movimentos cadenciados, mas não suficientes para fazê-lo explodir; ele fechou os olhos e grunhiu, enlevado.

Inumou seu rosto na curva do pescoço dela e a segurou fortemente pelas nádegas, esticando seu braço até a gaveta do criado mudo, a fim de pegar preservativos.

“Esqueça.” Ela o deteve aos sussurros. “Dê-me logo o que nós dois queremos...” E mordeu-lhe a orelha sedutoramente.

Edward guinchou e não deu espaço em sua mente para questionamentos. Teve a prudência de ser cauteloso ao começar a empurrar seu membro para dentro dela, mas esqueceu-se totalmente do significado dessa palavra quando ela gemeu em seu ouvido, implorando por mais.

De forma quase animalesca, ele arrematou seus quadris na direção dela, fazendo-a curvar o pescoço e agarrar os cabelos masculinos com forças que ela nem possuía. Edward agarrou seus pequenos montes e encantou-se com o som que ela passou a proferir.

Céus! Como conseguiu ficar seis anos sem possuir aquela mulher?

O nascer do sol e a chegada das seis e meia da manhã, trazendo seus feixes de luz para dentro do quarto, foi a testemunha do ápice dos dois que, esvaídos, desabaram nos lençóis emaranhados.

Edward a contemplou por uns momentos – com os cabelos marrons embaraçados, quase que completamente grudado no rosto suado e vermelho, os olhos fechados, os braços caídos flácidos ao lado do corpo – e sorriu. Ele a pela cintura, trazendo-a para mais perto e depositando um beijo cálido no topo de sua cabeça, fazendo-a sorrir plenamente.

Isabella caiu num sono sem receios e sem medos, porque estava nos braços de seu paraíso particular, onde nada poderia alcançá-la.


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Notas finais do capítulo

Awwwwwwwnnnn *---------* Adorei o resultado final desse capítulo :') Quer dizer, não sou boa cm cenas assim, mas... sl, acho que ficou decente, pelo menos rs. Não quis fazer nada mto meloso (pq eles são adultos, afinal), mas não quis exagerar na selvageria tbm kkk... acho que ficou bom .-. rs
não vou me prolongar mais pq está relampiando aq kkk então amanhã termino de responder os reviews *o*
Comentem bastante e até mais o/

PS.: A linda da Sheila me mostrou um poema que tem tudo a ver cm a nossa bailarina e seus medos e cm o médico dlç e sua vontade de consertá-la. Olha que lindo, pessoal:

Armadilha

Eu fico igual passarinho
quando você com jeitinho
me aperta em seu peito
e me deixa bem perto de seu coração.
Eu esqueço até de ir embora
não me importo em perder a hora
quando estou em suas mãos.
Eu não penso em liberdade
nem esboço reação
quando você
faz do seu abraço
a minha prisão.
(José Carlos Batista De Pilar)

Tudo a ver, né ? *----*