– Olá – sorri

 – Boa noite Hinata – Ele pegou minha mão e lhe beijou fazendo eu corar levemente – Você está maravilhosa hoje – Ele sorriu e passou  a mão atrás da cabeça, ainda percebera de um jeito mais frágil o Naruto histérico, mas esta noite ele queria mudar um pouco seu jeito desastroso

– Obrigada, você também está muito b-bonito

– Me acompanhe – Ele me levou até o carro, obviamente houvera um choffer para nos levar por sermos menores de idade, o carro era muito chique, creio que custara muito caro, ele abriu a porta para mim, assenti com a cabeça e o mesmo entrou depois de mim, ele estava vestindo um terno preto aberto, uma blusa social branca com o primeiro botão aberto, e uma calça social, estava lindo, a cada segundo em que eu respirara meu coração acelerava de forma inexplicável, ele me olhava poucas vezes, acho que estava tão nervoso quanto eu,no meio do caminho achei que estava muito bem vestida para um jantar, mas ao chegarmos notei que todas as mulheres estavam com vestido de gala tão bonitos quanto ao que eu usara, Naruto saiu do carro e abriu a porta para mim, ao entrarmos nos restaurante percebi que ele havia reservado uma mesa

– O que o Senhor e a Senhorita desejam de entrada ? – O atendente nos perguntara, olhando fixadamente para um caderno que possuía em suas mãos

– Eu vou querer Bruschettini ao fungh e queijo emmenthal, e você Naruto ? – Quando era mais nova não entendia muito bem de comida Italiana, mas minha família insistira para me colocar em um curso de etiqueta, nesse curso aprendi todo nome de pratos que você possa imaginar.

– O mesmo que a senhorita pedir – Ele falou olhando para mim me fazendo corar.

– E o prato principal senhores ? – O atendente anotara o que nós falávamos.

– Raviolli recheado de ricota alla creme com uvas passas e salada crepese – Falei apoiando o cardápio na mesa.

– Irei providenciar, poderiam esperar um instante ?

– Claro – Naruto respondeu.

O clima estava um pouco pesaroso, não sabia o que falar, era meu primeiro encontro, eu não sabia pra onde olhar, se eu sorria ou falava alguma coisa, até que ele quebrou o silêncio que nos rodeava

–  Então, o que você gosta de fazer no tempo livre ? – Percebi que ele também estava sem saber o que fazer mas enfim, eu lhe respondi

– E-Eu gosto de ler e v-você ?– Estava ficando corada sem explicação complexa para tal ato

–  Gosto bastante de sair, conhecer lugares, viajar – Ele me olhava ao falar

–Sério ? E-Eu gosto muito de viajar, já fui para muitos lugares diferentes – Tentava olhar pra ele enquanto falava mas era um pouco difícil, eu estava com as mão apoiadas sobre a mesa, quando percebi as mãos quentes do Naruto tocarem as minhas, fiquei corada em questão de segundos, retraí-a, quando ele ia falar algo o atendente voltará e entregara nossos pedidos.

– Aqui estão senhores – O atendente nos entregava os pratos após ter  interrompido o que Naruto ia falar, nós começamos a comer.

– Você tem um ótimo gosto pra comida – Ele falava após ter comido um pouco.

– O-Obrigada – Sorri um pouco sem graça.

– Você sabe cozinhar ? – Ele me perguntou.

– Ah, sim, eu gosto bastante de cozinhar, nós temos uma cozinheira em casa mas eu insisti para meu pai me deixar a aprender a cozinhar – Já falei um pouco mais segura.

– Sério ? Eu adoraria comer sua comida, você parece cozinhar bem – Ele falava com um sorriso bobo nos lábios.

– Sim, algum dia você p-pode ir lá em casa que eu cozinho pra v-você – Não sabia o que estava falando, as palavras simplesmente fluíam pra fora de minha boca.

– Obrigado, será um prazer poder comer algo feito por você – Ele ainda sorria, era um sorriso leve e sincero, senti que saiu quase sem querer, eu corei um pouco, senti minhas bochechas quentes mas logo passará, percebi que já estava mais segura ao falar com ele, mas ainda corava com coisas que ele me dizia, o tempo passou rápido até que já tinha que voltar pra minha casa

  – Ah, Naruto-kun eu preciso ir já são 21:43 – Eu havia chamado ele de “Naruto-kun” não havia feito isso antes, ele percebeu mas pareceu que havia gostado

– Tudo bem, vou pedir a conta – Percebi um tom entristecido em sua voz, ele chamara o atendente e insistiu muito pra pagar a conta, até que me rendi e deixei ele pagar.

– Vamos indo ? – Ele se levantou e estendeu a mão para mim.

– Ah c-claro – Peguei em sua mão, era macia e quente, me levantei e ele me levou até o carro.

– Você gostou ? – Ele me perguntou ao entrarmos no carro.

– D-Do que ?

– D-Do nosso encontro – Ele ficou corado.

– G-Gostei sim – Sorri um pouco forçado por estar nervosa .

– Ah, que bom – Ele falou aliviado – Bom, chegamos na sua casa.

– T-Tchau – Eu ia abrir a porta quando percebi que ele já estava abrindo-a pra mim e me acompanhando até a porta da minha casa.

– Até amanhã – Ele sorriu.

– A-Até – Abri a porta e acenei para ele.

Ao entrar meu pai estava olhando pra mim com uma cara demonstrando que não havia gostado nenhum um pouco de eu ter saído

– Quem lhe deu a permissão pra sair ? – Ele me perguntara com uma expressão séria e brava.

– Eu não preciso de permissão pra sair, eu já tenho 16 anos pai, não sou uma criancinha pra você monitorar cada passo que eu dou  – Não gostava do meu pai, ele era cruel, frio e minha mão foi morta por culpa dele, eu o odiava mais que tudo.

– Olha aqui mocinha – Ele segurou meu pulso quando eu tentei sair da sala – Eu exijo mais respeito, você precisa sim da minha permissão, você ainda é menor de idade e mora na minha casa, qualquer coisa que você for fazer precisa me avisar, e aliás você não vai poder mais ver esse seu amiguinho.

– Não enche pai, que droga, quando eu consigo fazer amigos você não me dá liberdade pra sair com eles – Eu não consegui conter as lágrimas que lutavam pra sair dos meus olhos – Já estou cansada disso, eu te odeio – Eu sai correndo pro meu quarto e tranquei a porta.

– Abra essa porta agora Hinata – Ele falava enquanto batia na porta. –

– Eu não vou abrir coisa nenhuma – Encostei minhas costas na porta e escorreguei até me sentar, apoiei minhas pernas contra meu peito e comecei a chorar de um jeito involuntário, estava tão feliz por ter tido o meu primeiro encontro, por ter saído com um amigo, não queria que nada estragasse a felicidade que eu tinha acabado de conquistar, mas meu pai conseguiu essa façanha, eu quase nunca tive amigos, sempre fui extremamente reservada e dedicava 100% do meu tempo para o estudo, por esse motivo amizade nunca foi meu forte, a minha amiga Sakura conheci-a quando tinha 13 anos, no início achei que ela ia se distanciar de mim, eu era nova na escola e ela foi a única a falar comigo, sempre foi animada e bem alegre, não tinha nada haver comigo eu era quieta e triste por ser solitária, naquela época minha mãe havia morrido, outro motivo pra mim ser triste, mas enfim, eu tentava ser gentil com as pessoas mas ninguém quis se aproximar de mim, a Sakura dizia que era porque elas tinham inveja de mim por ser tão bonita, mas acho que eles só não queriam ter como amiga a menina “nerd”, o tempo foi passando eu vivia agradecendo a Sakura pela amizade que ela me concedera, eu só queria ter amigos, ter alguém com quem contar como me sentia e ela foi esse alguém, isso foi  me tornando mais feliz, e quando eu estava fazendo outra amizade meu pai teve que se intrometer, mas isso não pode me abalar eu vou trocar de roupa, me deitar e dormir, talvez amanhã seja melhor que hoje.