Acordei em minha cama com Frank me dando leves tapas na cara.

“Frank”- falei coçando os olhos e irritada.

“Menina, você me deixou preocupada. Eu tive que ouvir a Bia falando umas 2 horas que é pra eu cuidar bem de você”- ele disse bufando.

“Você não faz mais que sua obrigação”- eu disse seria.

“Eu to cuidando de você, Annie”- ele disse passando as mão no meu cabelo.

“Okay”- me virei.

Minha mãe entrou no quarto com um copo d’agua.

“Annie, você comeu hoje?”- ela perguntou.

“Acho que não”- falei pegando o copo.

“Annie, você tem que se cuidar! Isso não faz bem pro seu bebÊ”- ela disse.

“Ta bom Mãe”- disse.

“Bom, agora vou ir trabalhar! Frank, cuida dela.”- disse ela dando um beijo em minha testa e um beijo na testa de Frank.

Revirei os olhos. Me virei pra Frank.

“Cade os meninos? Cade a Bia?”- perguntei.

“Eles foram embora. Tinham compromisso e você não acordava.”- ele riu.

“Ah”- fiquei olhando pra Frank.

Ficamos deitados um pouco. Frank fazia carinho em meu rosto.

Me levantei.

“Frank, eu vou sair”-eu disse indo em direção ao guarda roupa.

“Eu vou junto”- ele se levantou da cama.

“Então vamos”- disse eu.

“Vamos aonde?”- ele perguntou.

“Ah sei la, vamos em uma boate”- ele disse.

“Não acho boa ideia”- ele disse.

“Frank, gravidez não é doença, ok?”- eu disse saindo.

“Ok Ok”- disse ele.

Sorri e abri a porta.

Chegamos a uma boate. Nos sentamos no balcão. Boates me lembravam quando o Frank brigou com um cara. Queria beber. Mas não podia. Mas uma bebida só não faz mal né?

“O que vocês querem?”- o garçom perguntou.

“Eu quero uma bebida”- eu disse.

“Não, nem pensar”- disse Frank.

“É só uma”- disse eu implorando

“Não”- disse ele.

“Fraaaaaaaaaaaank”- fiz beicinho.

“Não Annie”- disse ele.

“Ok, vou no banheiro”- me levantei e fui.

Fui no banheiro. Me olhei no espelho. Sai olhando pros pés e trombei com um cara.

“Desculpa”- ele disse.

O cara era alto, cabelos loiros, meio gordinho, olhos verdes.

“Não foi nada”- eu ri.

“Como você se chama?”- ele perguntou.

“Annie, e você?”- perguntei.

“Bob – ele riu – muito prazer”- ele apertou minha mão.

“O prazer é meu”- eu sorri.

“Quer bebida?”- ele ofereceu.

“Não posso”- olhei pros lados.

“Não pode porque?”- ele perguntou.

“To grávida”- revirei os olhos.

“Ah, que fofa! – ele riu – vai ser uma linda mãe”

“Ah obrigada”- eu ri.

Ele era legal. E tinha um sorriso muito bonito.

“Adorei te conhecer, podemos ser amigos”- ele disse.

“Mas é claro, vou passar meu numero”- passei meu numero de celular a ele.

“Ah obrigado, eu te ligo”- ele disse.

“Vou esperar”- eu sorri.

Frank chegou ao meu lado. E me abraçou. Forte, como se alguém fosse me roubar dele.

“Oi amor”- me deu um beijo na bochecha.

Amor? O que?

“Oi Frank, esse é o Bob, Bob esse é o Frank”- apresentei- os um ao outro.

Frank não estava com uma cara agradável.

“Oi”- Frank disse.

“Oi Frank - Bob respondeu e apertou sua mão – quem é ele?”- ele me perguntou.

“O pai do meu filho”- revirei os olhos.

Frank ria.

“Ah, e vocês são casados?”- perguntou Bob.

Frank se intrometeu.

“Não somos casados ainda”- ele me olhou e deu uma risadinha falsa e me apertou mais ainda.

Eu ri.

“Bom, Annie! Vamos amor?”- disse Frank.

“Vamos... - disse eu – bom, Bob, já vou indo, vou esperar sua ligação.”

“Tchau Annie! Vou te ligar”- disse ele entrando no banheiro e acenando.

Frank ria.

“O que foi aquilo?”- perguntei para Frank.

“Annie, o cara tava dando em cima de você”- ele revirou os olhos.

“E daí? Que diferença faz pra você?”- juntei as sobrancelhas

“Então quer dizer que se eu beijar uma garota na sua frente, você não vai ligar?”- ele riu.

“Não”- olhei pro lado.

“Ok”- ele disse.

Frank se virou. E agarrou uma mulher que estava atrás de você.

Me subiu um sangue. Aquele filha da puta conseguia me deixar irritada. Não aguentei e então fui até os dois.

“DA LICENÇA”- falei para mulher com o batom todo borrado e peguei Frank pelos braços.

“O que foi?”- disse ele limpando o batom de sua boca.

“Você é um idiota”- disse eu.

“Você disse que não se importava”- ele disse.

“Não acredito que você vai ser o pai dos meus filhos”- disse virando as costas.

Frank revirou os olhos.

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Chegamos em casa. Fui para meu quarto e tirei meu all star irritada.

“Annie, para com isso”- disse Frank.

“Sai daqui”- disse eu.

“Annie”- disse ele.

Me sentei na cama e ele se sentou do meu lado.

“O que foi?”- disse seca.

“Me desculpa?”- disse ele.

“Pelo o que mesmo?”- me fiz de desentendida.

“Por ter beijado a garota na boate”- ele disse.

“E?”- falei.

“E por ter agido feito criança”- disse ele bufando.

“Eu te desculpo Frank”- eu ri.

“Annie”-  ele disse pegando eu meu pescoço.

“Oi?”- respondi.

“Quero te beijar”- disse ele.

“Beija”- respondi.

Nos beijamos. Aqueles movimentos com as línguas estavam me dando nojo. Meu estomago embrulhou. Empurrei Frank e fui pro banheiro.

Vomitei. Frank veio atrás de mim. Segurava meu cabelo.

“Esse bebê vai dar trabalho”- disse Frank.

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Passei a noite inteira sentada no chão de frente com a privada. Era umas 5:00 da manhã me levantei. As ânsias tinham acabado. Sentei na cama. Frank percebeu que eu tinha levantado. Se sentou na cama.

“Ta tudo bem?”- perguntou ele.

“Não”- comecei a chorar.

“Hormônios”- Frank disse.

Ele achara que os hormônios estavam fazendo isso comigo. E realmente, eram.

“Frank – disse soluçando – fica comigo por favor.”

“Eu vou ficar com você Annie, sempre”- ele disse.

Chorava mais ainda.

“Ei ei, não chora! Eu to aqui. E esse bebê vai ser um bebê lindo. Acredite.”- ele disse beijando minha testa.

Me acalmei.

“Obrigada Frank”- lhe dei um selinho.

Depois daquilo tudo, eu finalmente consegui dormir.

Apaguei.