- Onde eu estou?

Perguntou a menina á mim tentando se mexer.

- Se eu fosse você, não me mexeria.

- Onde eu estou?

Senti uma onda de pânico na voz da pequena.

Respiro fundo. 

Isso vai ser mais dificil do que eu imaginava.

Viro de costas para ela e pego meu bisturi em cima da minha mesa de metal.

Fora dificil encontrar um lugar para matar.Não queria levá-la á barracão sujo e abandonado,ou qualquer coisa do tipo. Queria algo mais nobre dessa vez, um lugar especial.

Porque ela era especial.

O casebre abandonado, porém em ótimo estado foi escolhido.

- O que você quer? - me perguntou a menina me olhando nos olhos.

Ela era boa. Se eu não a matasse com certeza teria um futuro bem sombrio.

- Tem muito sangue em suas mãos Suzanne.

Ela não protestou. Ficou me olhando esperando que eu falasse alguma coisa e então eu continuei.

-Richard Brow. Alicia Willows. Eles se suicidaram sem apararentemente terem um motivo. E você estava lá. A pobre criança que tinha visto tragédias demais. Amada, mimada, porém assassina.

- Eles mereciam.  - Ela diz com uma voz firme e  forte.

Eu incrédulo com que ouvi, me agacho e faço uma pequena incisão em seu rosto enquanto susurro em seu ouvido.

- Eles eram inocentes Suzanne. E você os matou. Por inveja.

Bingo.

A menina me olha espantada, admirada por eu descobrir seu segredo.

- Você matou Richard por ele ser inocente. Você nunca foi, e sentia uma inveja tão grande dele que decidiu matá-lo. Já Alicia, ela era uma adolescente de 17 anos que havia descoberto o amor, e você, sabendo que nunca vai sentir isso, a matou também.Uma lágrima desce pela face da pequena assassina.

- Eu não pedi pra ser assim.

- Eu sei. Eu te entendo.- passo a mão em seu rosto que continua molhado pelas lágrimas vazias.-  Mas você deveria ter se controlado. Você deveria ter criando um código de conduta que lhe guiasse nas suas decisões.

- Você tem um. - ela estava afirmando, não perguntando.

- Sim, eu tenho. O código de Harry, meu pai me ensinou e eu o sigo. Mato apenas assassinos como você.

- Me ensine. - Suzanne me pediu fixando aqueles olhos verdes nos meus.

Para uma criança de 11 anos, ela era matura demais.

- Já tentei ensinar 2 vezes o código, e não deu certo.

 Eu ignoro seu olhar e pego minha relusente faca e fico olhando meu reflexo nela.

- O código é apenas meu.

Silêncio.

Ela sabe que não importa o que diga eu não irei me importar.

Mas ela tenta, mais uma vez.

Quando estou prestes a fincar a faca em seu pequeno e frio coração.

- Eu sou apenas uma criança.

Eu paro.

Ela para de respirar e fica esperando minha resposta.

Penso em Astor, em Cody. Eles são crianças também. Mas eles tem vida. Apesar de tudo que eles ja sofreram, eles cotinuam inocentes, continua vivendo, amando, sendo alegres e enfrentando o mundo. 

Mas Suzanne não.

Ela sempre manipulou os outros a seu favor. Nunca sentiu amor, pena, compaixão.

 E nunca iria sentir.

- Você não é uma criança. - olho nos olhos dela que continuam me fitando. Eu ia ter problemas pra esquecer aqueles olhos tão marcantes.

- Você é um monstro sem alma.

E dizendo isso, ignoro sua tentativa de persuassão e finco a faca em seu peito. O sangue quente começa a espalhar pelo plástico.

- Adeus, Suzanne.