Atraídas Pela Morte escrita por Kuchiki Hiruno, Art4mis


Capítulo 11
Capítulo 11- Eu quero Lutar!!


Notas iniciais do capítulo

Yooo minna!!! Hiruno aqui :/
Sim, demoramos muito mas a culpa desta vez não foi minha nem de lari ( foi do colégio).
Não tinhamos tempo para escrever então aproveitamos as férias de São João para atualizar as fics.
O cap ja foi betado :D

Ps: Sem Ecchi desta vez T....T

Boa leitura !!!



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Narrado pela Lucy

Meu Deus , o que está acontecendo?

A um mês atrás eu perdi os meus pais que foram assassinados e agora descubro que um dos assassinos era o cara que dizia que me amava, que iria me fazer sorrir sempre e que iria me proteger.

Meu Deus, o que está acontecendo? Por que comigo? Por que, hein?!

O que eu fiz?

Sou uma pessoa de bem, nunca fiz nada ilícito, não sou uma pessoa de má fé, então por quê? Por que eu tenho que sofrer tanto?!

Não consigo entender, não consigo! Por que sempre que eu paro de chorar por uma coisa, acontece outra e eu volto para estaca zero?!

NÃO DA PARA LEVANTAR ASSIM!

Sempre que eu tento levantar depois de uma queda eu recebo outra porrada e caio de novo! Quero ficar no chão agora.

Pra que levantar se sei que assim que eu conseguir ficar de pé vai vir alguma coisa para me dar uma rasteira violenta?!

Me ajuda , meu Deus, por favor me ajuda! Não aguento mais!

Não sei mais o que fazer, não sei mais o que pensar, não sei nem mais quem eu sou!

O Natsu não tinha o direito de fazer aquilo! Muito menos de se envolver comigo depois do que ele fez!

Ai que RAIVA!

Estou triste, aborrecida, com muita raiva e com uma vontade enorme de chorar. E foi isso que eu fiz.

Entrei correndo no quarto e tranquei a porta, evitando qualquer tentativa do Natsu adentrar ali. A última coisa que eu queria era ouvir a voz dele, acho que se ele viesse falar comigo eu iria pular em cima dele e dar muito tapas.

Sei que provavelmente não vai dar certo, posso jogar uma cadeira nele que não verei uma gota de seu sangue.

Sangue? Quero machucá-lo à ponto de ver seu sangue ? Não... Não! Isso é errado! Mas, ele não pensou duas vezes antes de matar meus pais.

Ele não tem o direito de decidir a vida ou a morte de uma pessoa! Ele não tem o direito de manipular o destino de ninguém!

Comecei a esmurrar o travesseiro com fúria na tentativa de espantar pensamentos ruins. Enterrei minha cabeça na cama para abafar meu choro e meus gritos de raiva.

–Lucy... – uma voz meio rouca veio do lado de fora do quarto. Era ele.

–Vai embora. A última pessoa que eu quero ver é você.

–Lucy, por favor, deixe-me explicar.

–Explicar que matou meus pais e ainda tem a cara de pau de dizer que me ama?

–Mas eu te amo! - Natsu alterou o tom de voz.

–Mentira! – Acusei.

–Lucy, abra a porta para conversarmos direito, por favor.

–Já disse que não quero te ver! - Comecei a gritar. A insistência dele estava me irritando ainda mais!

Mas, o que está mais me irritando nesse momento é que uma parte de mim quer abrir aquela porta e quer um abraço dele.

Uma parte de mim quer ouvir palavras doces, quer ouvir um “tudo vai ficar bem, eu estou aqui com você”.

Por que estou sentindo isso? Estou com raiva, mas quero carinho dele?!

–Lucy, por favor abra.

–Deixe-me sozinha um pouco, Natsu.

–Você não tem ideia do quanto eu me arrependo por ter feito aquilo.

–E você não tem ideia do quanto eu sofri!

–Eu estive com você, eu vi seu sofrimento.

–Espero que sua consciência tenha ficado bem pesada por saber que você foi o responsável pela minha tristeza.

–E ficou- disse Natsu abaixando seu tom de voz na tentativa de que eu não escutasse - Lucy...

–SAI NATSU! NESSE MOMENTO NÃO TENHO CABEÇA PARA UMA CONVERSA!

–Certo, descanse. Volto aqui mais tarde, ok?!

Não respondi, preferi enterrar minha cabeça no travesseiro imaginando o tipo de conversa que teríamos mais tarde.

–Você é mesmo uma cabeça dura, Lucy.

–Loki! – Peguei o abajur, para jogar naquele safado. Como ele entrou aqui?

–Calma! Não sou esse cara! Meu nome é Leo, muito prazer. – E fez uma reverência.

–Leo? – Agora que ele disse, lembro que ele me salvou mais cedo- Ah, lembro de você! Obrigada por me salvar.

–Não precisa agradecer, é minha obrigação como seu servo.

–Servo?- indaguei confusa.

–Não percebeu ainda?

– Eu deveria perceber alguma coisa?

–Você é uma maga, Lucy.

Narrado por Lucy off

Gajeel levou a garota até a casa de Erza, segundo ela, onde ela poderia se trocar. Colocou-a no sofá e começou a seguir suas instruções automaticamente, achando o kit de primeiros socorros e indo na cozinha trazer algo para ela beber e se acalmar, roupas – ele envergonhou-se muito nessa parte -, e toalhas até ter o suficiente para tratar de seus ferimentos.

Ele fitou-a por uns segundos. Estava tão pequena e assustada, como um pássaro com uma asa quebrada. Pelos ferimentos, ele notou que o homem tinha um de seus maiores vícios – gostava de jogar as vítimas contra as paredes – e possuía magia parecida com a de Natsu, só um pouco mais cruel. As queimaduras o assustavam, o que o impressionou. Já tinha visto muitas daquelas – era parceiro de Natsu – mas nunca o afetaram tanto quanto aquelas. Porque? Porque aquela menina mexia tanto com ele?

Talvez... Talvez... Porque ela se importava com ele. Ela ouvia o que ele tinha a dizer.

Ele respirou fundo, limpando as lágrimas que escapavam lentamente dos olhos da garota com os dedos, e começou a tratar de seus ferimentos gentilmente. Felizmente, tinha grande treinamento em queimaduras, e os arranhões e cortes eram fáceis de tratar para ele. Limpava seus machucados o mais devagar possível, temendo machucá-la, enquanto seus gemidos o assombravam. Mas, depois de um tempo, conseguiu limpar a maioria de seus ferimentos.

Ela tentou levantar. Cambaleava um pouco e estava muito cansada e abalada, mas conseguia dar pequenos passos. Ele carregou-a até o banheiro, ficando na porta enquanto ela tomava um banho rápido para limpar todo o sangue e lágrimas. Saiu, com um pequeno vestido de Erza que sambava nela, mas que funcionava. Parecia velho, então ele rasgou uma parte da saia para permitir que ela se movimentasse, e sentou-a novamente para fazer os curativos, enquanto ela comia um pequeno café da manhã que ele fizera para ela e bebia um pouco de suco. A cor voltava para seu rosto lentamente. Quanto terminou, ajudou-a a comer o resto e deixou-a respirar um pouco. Ficaram assim, em silêncio, por alguns minutos.

Depois de um tempo, ela quebrou o silêncio, envergonhada.

– Gajeel-kun – disse devagar, e ele sentiu um pequeno arrepio, mas apenas ajeitou os cabelos da garota e esperou – o que aconteceu? Como você me tirou dali? Você levantou aquelas coisas, e... Lu-chan! Como está Lu-chan? Ela está bem, não está?

– Shhh, - pediu ele, levando um dedo aos lábios da garota – caramba, você não se acalma mesmo, pequena. Lucy está bem. Está com Natsu. E suas amigas também. E... Vai ser uma notícia estressante, Levy. Tem certeza que quer ouvir agora?

Ela fez o que ele mais temia – assentiu. Meu deus, por onde iria começar!

Mas, o mais calmamente que pode, começou a história. De como eles tinham poderes especiais, sendo chamados de magos. Da sociedade de magos e da Seven Black. Do pedido que começara tudo aquilo. Do dia em que as conheceram. E de tudo que Juvia havia contado mais cedo.

Ela não o interrompeu – adorava histórias, ele sabia disso. Não chorou, mas ele viu o quanto estava assustada.

– E Natsu se apaixonou por Lucy, e isso estragou tudo. – finalizou ele.

Ela olhou para aquele homem assustador em sua frente. Ele matara o senhor e senhora Heartphilia, e todos os criados. Ele teria matado Lucy. Ele matara pessoas que ela considerava seus pais. Porque ela não conseguia ficar irritada? Por que ela não corria dele? Porque ela não o odiava, tentava bater nele, e desejava nunca mais vê-lo novamente? Parecia errado estar lado a lado com o cara que destruíra a vida de sua melhor amiga.

Seria isso que Lucy estava sentindo agora?

Ele era mais do que isso. Talvez ninguém visse, mas ela via. Ele era mais do que tudo isso. Ele sentia. E ele se arrependia. Ele podia não demonstrar, mas se arrependia.

E ela se sentia tão segura ao lado dele...

– Isso ainda não explica – disse, hesitante – porque veio me buscar.

– Você mora com Lucy, e Lucy tinha sido atacada. Imaginamos que você também poderia ser um alvo, então eu vim.

– Só por isso? – perguntou ela. Ele desviou o olhar.

– ... Só por isso.

Ela olhou para baixo por um tempo. Claro que foi só por isso. Em que ela estava pensando?

Gajeel quebrou o silêncio. “Então... vamos?”

[...]

No andar de baixo, as pessoas tentavam agir normalmente, em vão. Os gritos de Lucy pareciam ecoar pela casa, abalando todos ali. Apenas Juvia parecia calma, sentada na cadeira como se esperasse exatamente por isso. Enfim, Natsu desceu as escadas, a expressão derrotada. Ninguém fez menção de acalmá-lo ou confortá-lo – como fariam isso, exatamente? E não seria uma traição a menina que chorava, sua amiga?

Natsu começou a andar pelo cômodo, passos rápidos, ansiosos. Ninguém se mexia, todos perdidos em seus próprios pensamentos.

Erza sentava-se na poltrona na extremidade da sala, com Gerárd de pé, ao seu lado. Ela queria levantar, arrombar a porta, tentar falar com Lucy. Mas não tinha forças – estava tão, tão cansada e confusa. Entendia que Gerárd era um assassino. Entendia que não podia fazer nada contra aquilo. Mas como evitar lembrar do Senhor e Senhora Heartphilia, que cuidavam dela e de Levy, como suas próprias filhas? Ela não podia tirar a razão da loira.

E Levy. Também pensava em Levy. Teria ela sido atacada? Não suportaria ouvir os garotos explicando aquilo de novo. Rezava para que estivesse bem, até porque sabia que Lucy se acalmaria ao conversar com a pequena amiga e Lucy realmente precisava se acalmar.

A ruiva também queria – precisava – falar com Gerárd, mas o rosto dele deixava claro que ele não tinha cabeça para tanto. Como queria estar sozinha com ele, abraça-lo até que as sombras que ocultavam seu rosto se desfizessem, uma à uma...

Gerárd não conseguia parar de lembrar do momento em que Lucy fora envenenada, tanto tempo atrás. Erza quase bebera aquele líquido. Será que ele nunca conseguiria protege-la? Entendia o que Natsu sentia agora e desejava, com ele, que Lucy abrisse aquela porta.

Freed e Mira permaneciam abraçados num sofázinho, ela com a cabeça em seu peitoral, tentando pensar. Freed não demonstrava reações, mas ela sabia o quanto estava preocupado – não só com eles, mas também com a Raven Tail e tudo que tinham ouvido. Ela quase podia ver as engrenagens se movendo em seu cérebro, pensando, tentando arranjar um jeito de mantê-los a salvo por um tempo.

Ele se levantou delicadamente, para não assustá-la, e foi para a porta de casa. Seu movimento pareceu despertar os outros de um sonho – todos piscavam, aturdidos.

– É uma boa ideia, Freed – Gerárd sussurrou e o outro riu do lado de fora. Um tempo depois, ele voltou.

– Não vai durar muito tempo, estou muito cansado – disse – mas pode ajudar por enquanto.

Gray virou-se para Juvia e as meninas, explicando: “A magia de Freed cria meio que barreiras mágicas, criando “regras” para a entrada neste local do modo que desejar. É uma boa ideia.”

– Não vai adiantar muito – repetiu ele – mas toda ajuda é bem-vinda.

Freed voltou a sentar-se, abrindo os braços para Mira encaixar-se neles, o que ela fez imediatamente. Era tão bom ter a sólida presença do garoto ao seu lado, mesmo que tudo estivesse desmoronando.

Ele cochilou imediatamente, e ela sorriu por entre os pensamentos inquietos, fazendo cafuné em seus longos cabelos. Aquilo era tão normal, tão adequado, que quase a impressionou. Sentira falta disso.

Ela expulsou aqueles pensamentos estranhos de sua mente, que nem ela conseguiria descrever, e fechou os olhos, tentando relaxar. Tudo estava bem. Ela estava com Freed e nada poderia atingí-los ali. Eles dois, aquela era a maior barreira que poderia existir.

Narrado por Lucy


–Você é uma maga, Lucy.

–Oi?

–Você é uma maga, igual a sua mãe.

–QUE?

–E sua magia é um tanto incomum.

– Calma, é muita coisa para minha cabeça. Minha mãe era uma maga?!

–Sim, uma maga celestial, assim como você.

– Eu sou uma maga o que?

–Celestial. Você controla espíritos celestiais assim como Layla-sama. Por isso ela deixou as chaves com você.

–Chaves?

– Sim, as que estão no baú. Não sentiu a energia magica vindo dele?

–Baú? Energia magica? –Então era isso! O que o tio Shiba falou... Tudo está se encaixando agora! Mas, ainda tem coisas que ficaram muito confusas.

–Sim, Baú.

–Calma, deixa eu ver se entendi .

–Claro. - disse Leo totalmente despreocupado.

–Meus pais foram assassinados por magos e um deles é o homem que eu amo, agora descubro que existe uma organização de magos que está atrás de mim, minha mãe era uma maga celestial e o mais importante... EU SOU UMA MAGA CELESTIAL?

–Exatamente! Viu?! Você entendeu tudo direitinho!

–E dentro desse baú existem chaves que minha mãe deixou para mim.

–Correto. É com essas chaves que você invoca os espíritos celestiais.

–Mas eu não te invoquei!

–Bom, eu sou um caso especial. Sou Leo o espirito do leão, sou o mais forte dentre todos os outros doze espíritos do zodíaco. Posso ir e vir quando quiser.

–E por que não apareceu antes?

–Por que você não estava em perigo antes.

–Então posso invocar mais de vocês?

–Pode- Leo pegou um livro da estante e sentou na cama – Existem dois tipos de chaves e dois tipos de espíritos que você pode invocar.

Eu sou uma maga? Não, não! Não quero ser uma maga, não quero ser igual a eles!

–As chaves douradas invocam os espíritos do zodíaco, que são os mais fortes – ele analisou o livro e abriu – e as chaves prateadas invocam espíritos mais fracos, porém muito úteis em certos momentos.

–Espíritos do zodíaco...

–Já ouviu falar sobre isso antes?

–Sim, minha mãe me falou dos espíritos e das chaves, mas era uma história que ela contava antes de eu dormir.

–Ou ela estava te preparando para este momento.

–Não pode ser... - disse incrédula

–Layla-sama foi implantando informações em sua cabecinha aos poucos.

–Não, não! Minha mãe... Ela

–Ela era uma das mias brilhantes e poderosas magas celestiais que eu já tive o prazer de servir.

–Minha mãe?

–Sim, sua mãe! E agora, você é a nova dona das chaves. Lucy, você herdou a magia de sua mãe.

–Eu herdei a magia de minha mãe?

–Exato!

–Então dentro daquele baú tem chaves que eu vou usar para invocar espíritos celestiais?

– Sim! No baú há quatro chaves prateadas e seis chaves douradas.

–Seis douradas? Tudo isso?

–Layla-sama era uma maga incrível e durante anos ela juntou todas essas chaves. Só existem doze chaves do zodíaco em todo o mundo e você tem seis delas. Agradeça a sua mãe, tenho certeza que ela se esforçou tanto por que sabia que você iria precisar delas.

–Mãe... – comecei a chorar novamente. Mãe, você fez isso por mim?

–Layla-sama nos amava e tenho certeza que você cuidará bem da gente.

–Leo... – coloquei as mãos no rosto, escondendo meus olhos inchados de tanto chorar. Leo se aproximou e me deu um abraço. Um abraço... É só o que eu quero agora.

Depois de alguns minutos em silêncio, Leo se distanciou um pouco para ver meu rosto e secou minhas lágrimas com uma de suas mãos.

–O que fará agora, Lucy? Vai ignorar a magia por temer o novo ou vai seguir em frente e fazer bom uso do que sua mãe teve tanto esforço em deixar para você?

–Eu... Eu...

–Você não está sozinha Lucy, as pessoas que estão lá em baixo se preocupam com você, querem o seu bem e vão te proteger. Além de ter seus amigos, você tem a nós.

– Eu estou cansada disso! Eu...

– VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHA! – Leo segurou minhas mãos com força e eu senti algo intenso fluir pelo meu corpo – Tem muito poder escondido dentro de você Lucy! Aprender a controlar a energia mágica que flui dentro do seu corpo é que nem aprender a andar de bicicleta, quando você aprende uma vez... Jamais esquece! Nós estamos aqui para te ensinar e dar apoio e quando acharmos que você está pronta, iremos te soltar e deixar você andar sozinha.

–Leo... – olhei para baixo, respirei fundo - Eu não quero, eu tenho medo. Não quero cair mais...

– Cair? Mais cair, errar e falhar fazem parte do aprendizado. Se você cair, nós te levantamos. Se você errar, nós indicaremos o caminho certo, afinal, aprendemos muito com os erros. Se você falhar... Nós estamos aqui para dizer que está tudo bem, pois nós também somos fortes, nós podemos ajudar. Você não está sozinha Lucy.

–Leo... Eu...

– Qual vai ser sua decisão Lucy? Vai ignorar tudo o que eu te disse ou...

–Não! - gritei.

–Lucy, pense bem...

– Não! – repeti – Não vou fugir ou ignorar nada! Não mais... Eu vou seguir em frente! Eu quero seguir em frente! Leo, quero ficar mais forte! Quero sua ajuda para entender e dominar a magia celestial! Quero a sua ajuda, Leo!

–Lucy... – Leo estava espantado com a minha reação, mas acho que é o certo a se fazer. Tenho todas as ferramentas para seguir em frente, então por que não fazer isso?- Sim! Mais é claro que eu ajudo!!! Obrigado por confiar na gente Lucy, obrigado. – com uma expressão de satisfação e alegria, Leo foi sumindo aos poucos.

Caminhei até a mesinha que tinha no canto do quarto e peguei o baú que estava guardado. Eu sei que agora é a hora certa de abrí-lo, eu tenho que fazer isso! Respirei fundo e tentei abrir o baú, mas estava trancado.

Onde estaria a chave? Mãe, por que você meu deixou o baú, mas não a chave para abri-lo?

Chave... Chave... Chave! Há alguns anos atrás, minha mãe me deu de aniversário um colar lindo com... Com uma chave! Claro! Só pode ser essa chave! Eu nunca tiro ele do pescoço! Como eu estava no hospital há alguns dias atrás eu o deixei guardado na bolsa!


Abri minha bolsa e joguei tudo na cama. A corrente com a chave estava bem ali! Ah graças a Deus!

Peguei o baú e sentei na cama. Destranquei.

Quatro chaves prateadas e seis douradas, assim como o Leo disse. Será que eu vou ser capaz de fazer isso? Será que eu vou ser tão boa quanto o Leo disse que minha mãe era? Será que finalmente eu vou conseguir proteger as pessoas que eu amo?

Hesitei um pouco, mas acabei pegando as chaves. Elas começaram a brilhar, como se estivessem reagindo ao meu toque.

–Eu vou cuidar de vocês assim como minha mãe cuidou. - disse. Senti que estava mais determinada do que nunca. Sou uma maga e vou fazer o bom uso de tudo isso que está acontecendo!

Desta vez eu irei proteger também!!

Narrado por Lucy off

Natsu parou de andar, fazendo menção de subir as escadas novamente, e Juvia surgiu em sua frente quase imediatamente.

– Juvia não pode deixa-lo fazer isso.

– Eu tenho que vê-la! – reclamou ele, alterando a voz – Não consegue sentir o poder mágico vindo? Ela precisa de mim, ela pode estar com problemas, eu tenho que ir ajudá-la.

Ele tentou desviar-se dela, mas ela se materializou ali.

– Natsu-san, você não pode fazer isso. Lucy-san deve ficar sozinha. Isso é muito importante.

– Bom – disse ele, um pouco surpreso com a rapidez da menina –, então parece que terei que passar por você.

– Tente, garoto de fogo, mas ninguém passa por Juvia quando ela não o deseja.

Natsu tentou atacá-la, o punho em chamas, mas ela moveu-se rapidamente – em um segundo, o fogo havia se apagado. Ele olhou para sua mão, surpreso.

– Natsu-san não vai passar – repetiu ela – é de vital importância que Lucy-san permaneça sozinha. Por favor, Natsu-san, sente-se, ou Juvia será obrigada a machucar você.

Natsu observou-a por um tempo, irritado, mas recuou devagar, sentando-se na cadeira, as mãos ocultando os olhos, enquanto Juvia sentava-se na escada. E por um tempo, ninguém mais falou, as preocupações gritando em suas mentes.

[...]

Gajeel quebrou o silêncio. “Então... vamos?”

– Aonde?

– Não podemos ficar aqui. Não é seguro. Você tem que ficar com suas amigas e Lucy, na mansão. Lá estaremos todos à postos.

– Ah – ela disse, depois de um tempo. – Gajeel-kun...

– Não tem de quê, pequena.

Ela esboçou um sorriso e encostou a cabeça em seu ombro, devagar, como se temesse que ele a matasse. Mas tudo que ele fez foi sorrir levemente e, mais devagar ainda, segurar sua mãozinha entre sua mão dura como ferro.

– Não se preocupe – disse, devagar, como se as palavras nem fossem dele – estou aqui.

E assim eles ficaram, presos em seu próprio mundo, sem falar, apenas estando juntos por um tempo.

– Vamos lá – disse ele, algum tempo depois – não é seguro aqui... Levy.

E como se acordasse de um sonho, levantou, repondo a barreira que colocava entre ele e o resto do mundo. Ela piscou surpresa, suas sobrancelhas se unindo. Ela realmente pensara que havia... Tocado algum lugar bem lá no fundo, que ninguém mais conhecia. Tentou levantar-se, cambaleando um pouco. Ele fez menção de carregá-la, mas apenas colocou o braço em volta dela, amparando-a. Ela tinha vontade de chorar, não por causa dos ferimentos, mas por ver a estátua de volta, o cara que não se importava. Ela queria dizer alguma coisa, queria tocar o rosto dele, queria acalentá-lo, queria...

Eles chegaram ao carro, e ela sentou no carona. Ele deixou-a sem cinto devido à um grande ferimento no ombro, e seguiram para a mansão.

Levy andava um pouco melhor agora, então caminhava ao lado dele, até que caiu para trás, como se tivesse sido empurrada por uma força invisível. Ela gemeu de dor, e o som o agonizou. Gajeel olhou para os lados, tentando entender o que ocorrera – ele não havia sido atingido.

Havia uma runa cor-de-rosa, dizendo “Nenhuma pessoa fora da Fairy Tail pode passar.”

– Isso é um absurdo! – gritou ele – FREED, SEU FILHO DA P...!!!!

– Oh, desculpe – disse o garoto, correndo para a porta e redesenhando a runa – olá, Levy-chan. Sente-se, tudo bem...? – ele olhou surpreso para as diversas marcas da menina, e Gajeel olhou para ele com dureza.

– Vamos, Levy – foi tudo o que disse, e sentou-a numa cadeira confortável, enquanto todos olhavam aterrorizados para seus machucados, mas não ousavam perguntar. Gajeel sentou ao lado dela, e assim ficaram, esperando Lucy descer.

Narrado por Gray

Estava um clima meio tenso na sala. Juvia não deixava ninguém subir alegando que Lucy precisava de um tempo só para ela, sem barulho, sem ninguém atrapalhando.

Todos resolveram ouvir e desde então estamos aqui esperando alguma coisa acontecer. Odeio ficar parado esperando alguma coisa acontecer!

Estava morrendo de tedio quando ouvi passos vindo lá de cima. Lucy finalmente saiu do quarto?

– Lu-chan! – Gritou Levy, levantando da cadeira. Lucy parou antes de descer os últimos degraus e fitou todos. Seu olhar era penetrante e determinado.

– Lucy... – Natsu levantou também e olhou para Lucy com preocupação.

–Eu...- começou ela – eu sou uma maga também e vou lutar!

– Você é o que? – Erza levantou espantada.

–Então eu não estava errado... - sussurrou Gerard.

– O que você está dizendo Lu-chan?

–Lucy... Impossível. Impossível...

Todos ficaram espantados inclusive eu. Lucy uma maga? Olhei para Juvia e ela estava tão calma, como se... Já soubesse.

Ela já sabia, tenho certeza! Juvia, quem você é de verdade? Como sabe de tanta coisa e quem e essa mestra que você tanto fala? Isso está me incomodando e muito! Alguma coisa está me dizendo que tudo isso que aconteceu até agora é só a ponta de um enorme iceberg.

– O que você está dizendo Lucy? – indaguei calmo.

–Eu sou uma maga e não vou mais fugir. Eu vou seguir em frente.

–Está dizendo que vai enfrentar aqueles brutos que tentaram te matar? – indagou Erza incrédula.

–Sim, se for preciso...

–Não! Isso não! Não vou permitir que você faça uma loucura dessas! - Gritou Natsu.

–A vida é minha Natsu, eu faço o que bem entender dela- gritou Lucy.

–Não vou permitir que você jogue ela no lixo!

–Não estou jogando nada no lixo!

–Tem certeza Lucy? – indagou Gerard, dando alguns passos a frente de todos- O mundo no qual a gente vive é sombrio e brutal. Tem certeza disso? Tem certeza que vai seguir em frente com isso?

–Eu não posso ficar para trás - Lucy abaixou a cabeça- o tempo não para e eu não posso ficar para trás. Nada vai parar por que eu estou triste ou irritada. Chorar não leva a nada e se finalmente a vida está me dando uma chance de lutar eu vou lutar! Não posso fugir! Não quero mais fugir! Gerard, pessoal... Ajudem-me a levantar... Por favor...

O chão começou a ser marcado pelas lágrimas de Lucy.

–Eu... Eu não vou permitir isso. – disse Natsu cerrando os punhos.

–Natsu-san, por que não apoia Lucy-san? – indagou Juvia.

–Por que não quero que ela se machuque!

–Então por que não fica do lado dela? Por que não protege ela?

– Eu estou fazendo isso e é pensando na segurança dela que eu não vou apoiar essa loucura!

–Você não vai poder estar com ela 24 horas cara, é bom que ela aprenda a controlar a magia. - disse tentando acalmá-lo.

– Eu vou estar, eu sempre...

–Natsu... - Todos pararam e olharam para Lucy. Era a primeira vez que ela se dirigia a Natsu desde que chegou aqui – Não é só você que tem pessoas para proteger.

Natsu arregalou os olhos e cerrou ainda mais os punhos.

–Eu quero proteger aqueles que eu amo, quero te proteger...

Eu nem sei descrever a expressão que o Natsu fez, acho que falar que ele ficou surpreso pelo que Lucy disse é pouco.

–Não é mais seguro ficar aqui. Vamos para onde minha mestra está, é mais seguro.

A mestra de Juvia? Nós finalmente iriamos conhecer a mestra dela?

–Concordo com a Juvia-san, é mais seguro para todos. – Disse Gerard olhando para Erza.

–Eu quero conhecer sua mestra Juvia, algo está me dizendo para eu conhecê-la.

–Sim, minha mestra também quer te conhecer, Lucy-san.

–Conhecer a Lucy? Você planejou tudo isso sua desgraçada? – Gritou Natsu correndo em direção de Juvia. Antes que ele tentasse qualquer besteira eu me coloquei na frente dela e ele parou – Sai da frente Gray ou eu vou arrebentar sua cara também.

–Não vou deixar você bater na Juvia.

–Ahhh Gray-sama está defendendo a Juvia! É algum sonho? Ahhhhh

–Pare de fazer esses sons estranhos sua doida! – gritei.

–Natsu...

–Não Lucy, minha resposta é NÃO!

–Natsu... Me dê uma chance de ser melhor...

– Você não me entende, nunca vai me entender!

–Então deixe-me entender!- gritou Lucy.

–Chega! Parem com isso! – Gritou Erza – Agora não é o momento para vocês discutirem isso! Juvia, por favor leve todos nós para um lugar seguro.

–Sim, amanhã mesmo Juvia vai levar todos para ver a mestra!

–Combinado então. Vamos descansar um pouco, algo está me dizendo que amanhã será um longo dia. Vamos Erza, você tem que descansar. - Disse Gerard , subindo com Erza para um dos quartos.

–Vamos Mira- disse Freed também se levantando.

–Hai! – Mirajane o seguiu.

–Venha Levy, vou te mostrar o seu quarto.

–Hai! Gajeel-kun!

Só restava eu, Natsu e Juvia na sala.

–Por que vocês estão fazendo isso?- indagou ele.

–É para o bem dela- respondeu Juvia.

–Não! Não é!

–É isso que o seu coração está dizendo Natsu-san, mas que tal deixar a razão falar um pouco? – Natsu parou e fitou o nada. Acho que ele começou a se perguntar quando ele se tornou tão sentimental assim.

–Vamos dormir, não é hora de conversar isso. Vamos Juvia!- comecei a subir as escadas.

–Ahhhh Juvia vai dormir com o Gray-sama?

–Claro que não sua tarada!!! Vou mostrar o seu quarto! Você vai dormir junto com a Levy!

– Ahh, mas a Juvia quer dormir com o Gray-sama!

–Nem pensar!!

–Ahhh Gray-samaaaa!!!

Antes de terminar de subir os degraus, olhei para o Natsu. Nunca imaginei que chegaríamos a uma situação como esta. Era só mais um trabalho, só mais algumas pessoas que iriamos matar, mas nem tudo é tão simples assim.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tanham gostado!
Sim! Lucy é uma maga rsrsr mas acho que todos ja sabia :3
Sim, Gajeelx Lavy é um casal muito fofo e Lari quase teve um treco escrevendo as cenas deles kkkkkkkkkkkkkkkk
Muitas coisas ainda estão por vir e muitas revelações também! Continuem acompanhando e mandando suas lidas reviews para a gente!
Estamos tentando responder as pendentes aos poucos e responderemos todas as novas !
Obrigada a todos e mais uma vez, desculpem a demora :/
Beijosss da Hiru ( e da Lari tbm rsrsrs ) ;D