42nd Edição De Jogos Vorazes (por Angel) escrita por Helenation11


Capítulo 11
Primeiro beijo.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpem pela demora.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/243357/chapter/11

Agora estou no hospital, ainda com as mãos de Kimberly segurando as minhas.

– Bem senhorita Campbell, já fiz sua radiografia e você não quebrou nada, mas amanha não poderá fazer nada que se mova muito no treino. – me diz um homem de jaleco branco.

Me levanto da cama e minhas pernas não aguentam, eu caio no chão imediatamente.

– Eu são consigo ficarem pé. – digo para o médico, enquanto Kim me ajuda a levantar.

– Um minuto – ele vai até o corredor e grita alguma coisa que não consigo entender. Pouco tempo depois um homem aparece com uma cadeira de rodas – use isto até conseguir andar de novo. Os dois me ajudam a sentar e sinto uma pontada de alívio e medo. 

Alívio por não ter morrido, e medo da possibilidade de sentir necessidade dessa cadeira na arena. Kimberly me leva até o centro de treinamento, que está praticamente vazio. Só tem uma pessoa: Andrew.

– Bem, eu vou deixar vocês a sós. – ela fala como se isso fosse uma coisa óbvia.

– Obrigada Kimberly – eu digo com a voz mais forte que consigo. 

Ela entra no elevador e nós ficamos sozinhos,

– Vamos subir, não podemos mais ficar aqui. – ele está com uma voz fraca, rouca.

Ele empurra minha cadeira até o elevador e aperta o botão 4. Quado saímos do elevador ele me ajuda a levantar da cadeira e nos sentamos no sofá.

– O que ouve? Como fui parar naquele hospital? – pergunto aflita, não me lembro de nada.

– Você foi dar um pulo daqueles e Byron gritou no mesmo momento, você foi prestar atenção nele e caiu. – ele diz com a mesma voz fraca de antes.

Começo a me lembrar. Lembrar do pulo. Lembrar da queda. Lembrar da dor.

– Você e Byron estavam brigando né? – é quando digo isso que percebo o machucado em sua garganta e um corte em seu braço. – Andrew, o que ouve? 

– Bom digamos que eu Byron quebramos a principal regra – penso nas palavras de Jordan essa manhã:

"A principal coisa que vocês não podem fazer aqui é lutar, agredir ou matar nem um outro tributo."

– Vocês lutaram? Como assim Andrew? Isso é proibido!

– Você acha mesmo que Byron liga para as regras? – ele me pergunta. Mesmo sabendo que é uma pergunta retórica eu respondo:

– Não mas não consigo imaginar você lutando. – ok,ok ele foi um voluntário dos Jogos, mas mesmo assim não consigo. Olho para seus ferimentos e pergunto: – Mas enfim o que houve?

– Bem quando você saiu nos começamos a discutir mas pouco tempo depois ele já estava me atacando. Ele me deu um chute na garganta e logo depois pegou a primeira coisa que achou para me machucar: que para minha "sorte" foi uma faca, ele pegou e cortou o meu braço. – é agora que percebo o quão profundo é seu machucado no braço, é quase como se a faca tivesse atravessado. Eu passo a mão pelo machucado. – Ai – ele resmunga.

– Desculpe, mas então os treinadores pararam vocês? – pergunto com medo da resposta.

– Não antes que eu conseguisse pegar a faca de sua mão e – e o que? O que ele fez com o Byron? – ataca-lo.

– Como assim Andrew, por-porque? – estou gaguejando porque não consigo acreditar no que estou ouvindo.

– Calma, eu só estava me defendendo. E nem foi um corte fundo, somente um arranhãozinho no rosto dele.

Eu tiro a mão de seu machucado e dou um leve beijo na ferida.

– Obrigada. – com a voz ainda em tom de sussurro.

Ficamos um tempo calados somente olhando para o que a Capital fez com a gente, se não fosse ela, eu não estaria nessa cadeira e ele não estaria machucado. Começo a pensar em mais coisas que Jordan disse mais cedo:

"Vocês não podem lutar, agredir ou matar nem um outro tributo, ou terão sérios problemas."

Que tipo de problemas? Essas duas palavras ficam ecoando em minha mente: "SÉRIOS PROBLEMAS"

– Andrew, nosso treinador disse que se os tributos que brigassem, bem – não consigo mais aguentar, e ele sabe do que estou falando. – Quais foram os problemas? – pergunto mesmo sabendo que não quero ouvir a resposta.

Vejo uma pequena lágrima caindo de seu olho e percebo que foi algo muito, muito ruim.

– Bem...... eles.... eles – para ele não conseguir dizer nada deve ter sido algo horrível. – Digamos que eu, tinha uma irmã mais nova, de 4 anos. – o que ele quis dizer com tinha?

Penso um pouco, tinha? O que ela tem a ver com isso? Começo a refletir por um longo momento até que eu entendo o que ele quis dizer:

– Eles mataram ela? – ele afirma com a cabeça e começa a chorar silenciosamente, não parece um choro, é mas como uma parede molhada em um dia de chuva, o jeito como a água escorria por seu rosto, ela a coisa mais linda do mundo. Pena que ele teve que sofrer para isso acontecer. – Eu sinto muito.

Não sei o que deu em mim, de onde tirei coragem para isso, talvez tenha sido a pena dele, ou talvez o conhecimento de que nunca mais poderei fazer isso mas eu o beijei, beijei como nunca tinha beijado uma pessoa antes, esse beijo pareceu infinito mas eu também não queria que acabasse.

– Eu te amo. – ele me diz com a voz mas sincera do mundo.

– Eu também te amo. – me responda uma coisa? Quando é que o garoto mais perfeito do mundo iria gostar de mim? Eu essa feiura.

– Sério? – como ele não tinha certeza disso?

– Você ainda duvida? – digo com uma voz surpresa.

– Talvez..... – ele diz com uma voz brincalhona.

Começo a pensar em tudo o que ele disse, e uma coisa me vem a cabeça.

– Amanda – digo em uma voz alta e assustada, a conversa não é mais entre mim e ele, a conversa é entre mim e meus pensamentos complicados. Começo a ofegar alto e suar muito.

– Angelina, calma, calma. O que ouve? Quem é Amanda? – ele está realmente preocupado e com isso começa a forçar sua voz para falar mas eu não tenho como responder nem uma pergunta e ele decide que não é hora de faze-las.

– Onde está Byron? Me leve até ele, AGORA. – ainda estou suando muito, mas ele não pede mais explicações, ele entende a urgência em minha voz.

Ele me coloca calmamente na cadeira de rodas e me empurra pelo corredor, ele bate na porta de Byron e me diz: 

– Te vejo amanhã. – Ele vai andando pelo corredor até chegar na pequena porta onde é o elevador. Consigo ver sua boca mexendo. – Boa sorte, eu te amo. – no momento em que a porta do elevador se fecha a do quarto se abre.

– O que você quer? – Byron fala com sua voz rude de sempre. Antes de olhar para mim. – ah, desculpe. – ele diz assim que olha para minha cadeira.

– Posso entrar? – ele pensa por um minuto, mas logo abre a porta e puxa minha cadeira para dentro. – Obrigada. – Quando viro o rosto para ele vejo o corte em seu rosto, um corte imenso que passa pelo canto do seu olho e boca, mas vejo que não é nada profundo.

– Então, a queda foi seria né? É permanente? – ele pergunta com uma voz penetrada, ele realmente quer saber a resposta.

– Na verdade nem foi tão seria, é só que eu ainda estou muito fraca e não consigo andar sozinha. – dou a explicação que ele parece precisar.

– Que bom, que não foi nada serio, me desculpe. – ele obviamente está falando do grito que fez eu cair.

– Tudo bem, porque você gritou mesmo? – sei que tenho coisas mais importantes para perguntar mas, com Byron não é simplesmente ir e falar, ainda mais agora que só falo com para gritar e brigar.

– Eu caí de uma altura alta, mas não foi nada, eu caí em pé.

– Me responde uma coisa? Mandy está bem? – pergunto agora com ansiedade.

– O Andrew te contou né? – fico surpresa do Byron lembrar o nome dele. – Sim ela está bem. – sinto uma pontada de alívio no coração. Eu amo Mandy como a irmã que eu nunca tive.

– Então.... quem foi? – pergunto ser querer saber a resposta.

– Catherine. – ele diz com uma voz triste.

– Mas... – Catherine sempre foi a irmã mais chegada de Byron. Então é isso a Capital havia matado a pequena irmã de Andrew e a querida Catherine só porque brigaram no centro de treinamento? – ...isso não é justo. – mas minha voz é fraca demais com tantas lágrimas nos olhos.

– O que podemos fazer? São as regras. – tinha esquecido que para as pessoas da Capital é só mais uma vida insignificante com que eles acham que podem jogar. 

– Como eles te contaram que ela estava morta? – minha voz falha na palavra morta, ainda não consigo aceitar que de qualquer modo em pouco tempo eu também estarei.

– Então o seu príncipe encantado não te contou a história toda? – acho que ele está falando do Adw – Bem eles não nos contaram nada. Eles mataram elas na nossa frente. – ele diz sem demonstrar fraqueza.

O que? Como esse povo sujo, nojento e sem coração da Capital consegue fazer uma coisa dessas? Minha repulsa por eles só aumenta

– Byron, quanto tempo que fiquei no hospital? 

– Umas 6 horas, porque? – ele pergunta confuso com a mudança de assunto.

– Como chegaram tão rápido?

– Elas não vieram de trem, vieram com um tipo de aerodeslizador.

Sinto algo no estômago, penso na ultima vez que eu comi ou bebi algo, acho que estou desidratando.

– Byron me faz um favor? Me leve até a mesa da sala? Preciso comer.

– Er... claro.

Ele me põe de novo na cadeira, abre a porta e sai me empurrando corredor a fora. Nessa hora eu precisava ver uma pessoa: não era Andrew, Mick ou Mattew, não era Gwendoline, Mandy ou até a doce Púrnia. Eu precisava ver meu pai, falar com ele, abraçar ele. Mas sei que não posso fazer isso aqui e agora, precisarei estar sozinha com ele.

– Pensando bem, me leve pra meu quarto, vou comer lá mesmo. – ele da meia volta com a cadeira no corredor e me leva para meu quarto, ele abre a porta, e me coloca em seu colo com toda a sua força, depois me deixa delicadamente na cama.

– O que você quer comer? – ele diz com a voz um pouco menos grossa do que normalmente.

– Somente chame o meu...... o Avox. – quase falei tudo para ele agora, Byron não conheceu meu pai, então ele não sabe que Josh está aqui.

Ele aperta o botão acima de minha cabeça e fala algo que eu não consigo entender.

– A gente se vê amanha. – ele saiu da sala logo após falar, sem nem um boa noite.

Começo a pensar, e me lembro que estou dentro dos jogos, que estou presa em um local sem nem uma escapatória, Andrew nem se que machucou muito Byron, mas só por ter encostado na faca com essa intenção teve a irmã morta. Como esse povo da Capital pode ser tão sem noção?

Escuto uma batina na porta, e é Josh. Ele entra no quarto com uma bandeja, em cima da bandeja tem uma caneca e uma tigela. Ele senta na cama e me entrega o papelzinho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Estou escrevendo a mesma história só que contada pelo Byron: 42nd Edição De Jogos Vorazes (por Byron)
Leiam e me digam o que acharam!!