No Meu Pégaso Branco escrita por Victoria CB


Capítulo 17
Acabo numa relação com o inimigo


Notas iniciais do capítulo

Então, eu acordei com bom humor hoje e não só com vontade de postar mas como de escrever e coincidentemente esse é um dos meus caps preferidos e tem muitas palavras, espero que gostem



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- Ei gatinha, ainda dá tempo de
voltar pra realidade! – Travis gritou, como eu gostaria de contar para eles meu
plano, mas agora não dava, ia parecer mais real se eles acreditassem que eu
realmente tinha mudado de lado.



                -
Não sei se você ouviu maninho, ela me escolheu. – Luke falou passando o braço
pelo meu ombro e me puxando para perto dele. Respirei. Tinha que aguentar
aquilo...



                -
Victoria me ouve. Eu sei que lá no fundo você não enlouqueceu, pequena, lembra
de tudo por que passamos... – Nico falou, de certo modo perplexo, um tanto
indiferente, muito surpreso.



                -
Já deu de papo furado, eu e a gatinha aqui vamos. Você, vem com ela. – Ele
completou apontando para meu irmão e Duda, que estava quieta, quase em estado
de choque, quando meu irmão passou com ela perto de mim ela se virou, pude ver
no fundo de seus olhos uma profunda tristeza.



                -
Como? Como você pôde? – Ela me perguntou, foi isso, quase que eu desisto de
tudo, ali mesmo, mas eu me aguentei.



                -
Onde está sua arma gatinha? – Luke me perguntou, eu apontei para a janela do
meu quarto.



                Ele
me guiou até um camaro preto, jogou Duda, agora amarrada, no banco de trás, me
colocou no banco do passageiro e Rick, meu irmão, se sentou com Duda no banco
de trás.



                -
Vou lá buscar sua arma, já volto. – Assim ele se virou e correu para a casa,
não sei como mas passou pelos meus três companheiros atônitos, subiu, entrou no
quarto, pegou meu prendedor e desceu. Veio caminhano de um jeito até... Charmoso...
– Pronto gente, agora é pé na estrada! – Ele falou se sentando no banco do
motorista, piscou para mim e ligou o motor. – Vamos dominar o mundo gatinha!



                Cada
vez que ele me chamava de gatinha meu estômago ficava embrulhado, me dava
vontade de gritar na cara dele que ele não podia me chamar de gatinha, que só
Travis e Connor podiam, me dava vontade de gritar na cara dele o nojo que eu
sentia quando ele chegava perto de mim... Mas eu fiquei quieta.



                Estava
tão distraída que não prestei muita atenção no caminho que pegamos, até que uma
hora estávamos bem longe da cidade, ele saiu do asfalto e foi seguindo pela
grama e desviando de várias árvores, até achar uma entrada em uma pedra
gigante, nós entramos e a entrada se fechou.



                -
Bem vinda a sua nova casa! – Luke falou abrindo a minha porta, eu desci. Rick
ajudou Duda a se levantar e a segurou. – Pode levar a nossa convidada para o quarto dela.



                -
Será que por aqui tem alguma roupa para mim? – Perguntei, ele assentiu e foi me
guiando até uma sala cheia de roupas.



                -
Pegue o que quiser, daqui a pouco eu volto para falar com você. – Ele falou se
virando e fechando a porta atrás de si, me virei para observar melhor onde eu
estava.



                Uma
sala bem grande, araras para todos os lados, muita roupa. Fui em direção a uma
cheia de calças, peguei uma, depois coloquei a calça de volta e peguei um
short, o vesti. Dei mais umas voltas e achei uma pilha de camisetas daquelas
bem largas e de manga caída, peguei uma dessas, depois peguei uma regata branca
para botar por baixo e vesti as duas, por último peguei um arco para botar no
meu cabelo e sandálias bonitinhas de couro.



                Fui
em direção a porta, a abri e olhei no corredor, vazio, muitas portas, ouvi
passos de alguém se aproximando, fechei a porta o mais rápido e cuidadosamente
que pude e me voltei de novo para o interior, a toalha na qual vim enrolada
dobrada em cima de uma mesa. Instantes depois a porta se abriu, não era Luke.



                Era
um garoto de uns 17 anos, bem forte, provavelmente semideus também. Tinha um ar
amedrontador e usava uma camiseta rasgada, na mão direita sustentava uma lança
elétrica das grandes, achei melhor não discutir com ele.



                -
Ele está te esperando. – O garoto falou bufando, depois abriu a porta e foi
para o corredor, achei que devia segui-lo. Fui seguindo o garoto até que ele
parou em frente a uma porta e a abriu, era uma suíte com carpete, bem
confortável, uma cama de solteiro bem grande, várias portas de armário em um
marrom claro e uma estante de um lado ao outro da maior parede, cheia de planos.



                Eu
entrei no quarto e o garoto fechou a porta e foi embora, parei para prestar
atenção à minha volta, tinha outra porta, provavelmente o banheiro, de onde
vinha um barulho de água caindo, ele devia estar tomando banho.



                Não
deu outra, dez minutos depois ele saiu de lá com o cabelo molhado, um moletom e
calças jeans, até bonitinho para um vilão. Mas quando eu vi a porta abrindo me
virei e me fingi interessada nos papéis que estavam na escrivaninha.



                ­-
Planos interessantes não? – Ele perguntou se aproximando e colocando as mãos
nas costas da cadeira.



                -
Ah, você... – Claro que eu já sabia que era ele, mas não podia me entregar
assim a mostrar qualquer tipo de sinais de que eu dava importância a sua
presença. – Qual o próximo passo do plano? – Perguntei me levantando  e tentando andar para o outro lado do quarto,
mas ele me segurou pela cintura.



                -
Esse. – Ele falou antes de me beijar. Primeiro eu tomei um susto, depois
comecei a corresponder, eu queria mais ela empurra-lo para longe, mas ele ia
estranhar e até que ele não beijava tão mal assim. Mas depois de alguns

segundos eu separei meus lábios do dele.



                -
Você está indo bem rápido para quem se planeja tanto. – Falei dando dois passos
para trás.



                -
É, desde que te vi você mexeu um tanto comigo filha de Afrodite. -  Quando ele falou filha de Afrodite eu
arregalei os olhos, isso era um bom problema. – É, eu sei, para falar a verdade
muita gente sabe, Dionísio sabia, mas o bobalhão foi com a sua cara e decidiu
te dar uma chance.



                -
Então, agora que eu já sei que você sabe quem eu sou, por que não me fala mais
sobre os planos? – Falei me aproximando de novo da escrivaninha. – Esse aqui me
pareceu realmente interessante. – Disse apontando para um aleatório.



                -
Bom, esse é velho, é do Princesa Andrômeda, longa história gatinha... – Ele
falou tirando aquele papel da frente. – Esse aqui é do nosso próximo ataque ao
acampamento, mas ainda falta bastante tempo.



                -
Então por enquanto vocês estão descansando? – Perguntei me sentando no braço da
cadeira na qual ele estava sentado vendo os papéis, ele olhou para mim, depois
voltou sua atenção para os papéis.



                -
É, tínhamos mesmo era que atrasar um pouco a missão deles lá, se Afrodite se
ferrar mesmo, o acampamento vai ficar muito mais vulnerável. – Ele falou
apontando para umas anotações, lá tinham vários detalhes da nossa missão, ele
que explodiu o primeiro hotel no qual nos hospedamos... – Mas devo dizer,
estava realmente ansioso para que você se juntasse a nós, a maioria das nossas
aliadas não chega aos seus pés. – Ele falou se levantando em um movimento
brusco e me puxando para perto dele.



                -
Mas... O que vai acontecer a Afrodite? – Perguntei afastando meu rosto um pouco
do dele.



                -
Ei, nãos se preocupe com ela... – Ele falou com uma voz rouca e sexy, colocando
parte do meu cabelo atrás da orelha e aproximou seus lábios dos meus. Mas eu me
afastei. – Alguma coisa errada? – Ele perguntou. Percebi a burrada que tinha
feito, respondi que não com a cabeça e o dei um selinho rápido.



                -
Eu quero ver a Duda. – Falei imponente.



                -
Se depois disso eu ganhar um beijo... – Ele falou de forma infantil.



                -
Se ela estiver bem e confortável, talvez você ganhe alguma coisa... – Falei
mexendo na unha.



                Ele
foi andando até a porta e a abriu, eu passei para o corredor, ele também saiu
do quarto e fechou a porta, depois foi andando pelo corredor e eu fui atrás.
Depois de um tempinho andando chegamos a um corredor sem saída, lá no final
tinha uma porta de ferro, trancada a (literalmente) sete chaves.



                Luke
tirou do bolso um chaveiro e destrancou cadeado por cadeado, depois ele abriu a
porta e eu passei, a porta dava num cubículo de metal, com uma das paredes
inteiras de vidro, do outro lado do vidro um quarto, similar a um quarto de
hotel, onde Duda estava dormindo, bati no vidro e ela acordou.



                Ela
levantou um pouco a cabeça, me olhou com desprezo, depois se virou e voltou a
dormir. Bati mais forte no vidro, lágrimas começavam a encher meus olhos só de
pensar do que ela deveria estar achando de mim. Bateu de novo aquela vontade de
contar tudo, que eu só estava enganando Luke para descobrir os planos e ajudar
o acampamento, mas Luke estava bem atrás de mim, eu tive que me controlar.



                Depois
de eu bater várias vezes ela finalmente levantou da cama e se sentou em uma
cadeira em frente ao vidro, eu sentei em uma cadeira na minha frente.



                -
Se veio aqui se explicar pelo que fez, nem adianta. – Ela falou desviando os
olhos.



                -
Não... Eu sei que o que eu fiz não tem desculpa, só quero que saiba que você
vai ficar bem, avise a Travis, Connor, Nico e Vita que onde quer que eu esteja,
eu nunca vou esquecer vocês... – Falei com as lágrimas agora caindo dos meus
olhos... Luke me puxou pelo braço, mas eu me soltei rapidamente, apoiei minha
mão no vidro, ela tinha abaixado a cabeça, beijei o lado do vidro que
encontrava a testa dela, ela olhou para cima e botou a mão em frente a minha.



                Se
ela tinha entendido alguma coisa não sabia, mas era muito melhor saber que ela
não me odiava (pelo menos não tanto assim). Luke me arrastou para fora da sala
e fechou a porta, depois me empurrou contra a parede.



                -
Você é esperta gatinha, agora eles podem ainda confiar em você... Vai ser muito
útil se eu precisar infiltrar mais alguém no acampamento... – Ele falou com os
braços apoiados na parede acima dos meus ombros, o corpo inclinado para frente
e a cabeça pendendo.



                -
Eu ainda estou cheia de cloro, será que tem um banheiro pra eu tomar um banho e
lavar o cabelo? – Perguntei girando e saindo daquela posição nada confortável
na qual me encontrava.



                -
Tem, vire a esquerda duas vezes, depois direita, é a porta com o número 3. –
Ele falou, eu fiz uma cara de “você não vai me levar até lá?”- Tenho uma
reunião agora gatinha, depois eu vou lá te visitar.



                Logo
depois ele sumiu pelo labirinto de corredores, quanto a mim, foi relativamente
fácil achar meu quarto, exatamente idêntico ao quarto onde estava Luke e os
planos. Primeiro deitei um pouco na cama, olhei para o teto, aí olhei para um
lado, depois para o outro. Depois de alguns minutos decidi que era hora de
tomar banho.



                Me
levantei e fui até o armário, não me surpreendi ao encontra-lo cheio de roupas
do meu tamanho, peguei uma calca jeans e uma camiseta qualquer, roupas íntimas
e fui para o banheiro, entrei debaixo do chuveiro e tomei um banho bem
relaxante. Lavei meu cabelo e tirei qualquer sinal de que um dia teve cloro
ali.



                Depois
saí e me sequei, coloquei a roupa e fui me olhar no espelho, sequei meu cabelo
curto e passei um pouco de maquiagem que eu achei na primeira gaveta, só base,
corretivo e um batom cor de boca. Não queria que Luke achasse que eu estava me
arrumando para ele, por que eu não estava, ele é do mal, eu sou do bem. Só
estava sentindo saudades de passar maquiagem.



                Quando
acabei de me arrumar ouvi alguém batendo na porta, coloquei um par de brincos
que eu achei por ali também e fui abrir, uma salva de palmas para quem
adivinhar quem era, Luke.



                -
E aí gatinha, gostou do quarto? – Ele perguntou entrando.



                -
Sim, você pode entrar... – Falei fechando a porta. – E sim, adorei o quarto. –
Falei enquanto ele se aproximou e me beijou.



                Começou
superficial, depois ele se envolveu mais e mais, quando eu senti que ele estava
gostando, separei meus lábios dos dele.



                -
Temos um assunto a discutir... – Falei pulando sentada na cama, ele sentou do
meu lado, de frente para mim, com as pernas cruzadas em cima do colchão.



                -
E qual seria? – Ele perguntou se esticando para alcançar um frigobar do lado da
cama e pegar duas latinhas de refrigerante, estendeu uma para mim, eu peguei,
me lembrando de quanto Travis tinha feito a mesma coisa, a outra ele abriu e
bebeu um gole.



                -
A Duda, você prometeu que ia deixar ela livre se eu viesse com você e aqui
estou eu... – Falei apontando para mim mesma.



                -
É, mas não por enquanto... – Ele falou antes de dar outra golada no refrigerante,
olhei para ele com um olhar mortal. – Esse assunto eu não vou discutir com você
gatinha, tenho ordens superiores para manter ela aqui.



                -
Ordens superiores? Então o charmoso e autoritário Luke Castellan tem
superiores? – Perguntei deitando na cama e colocando a latinha vazia na mesa de
cabeceira, mas Luke me puxou para sentar de novo e me beijou, depois parou.



                -
De um jeito ou de outro, todos temos superiores. Em geral são pessoas que
confiam em nós para fazer tarefas importantes. – Ele falou antes de voltar a me
beijar, era melhor eu não me acostumar com aquilo...



                -
E você confia em mim? – Perguntei antes de me separar dele e chegar para trás,
apoiando minhas costas na parede.



                -
Bom, por enquanto eu confio em você para ser minha companheira, depois você vai
começar algumas missões de campo, e daqui a pouco dominaremos o Olimpo! – Ele
falou antes de pular para fora da cama.



                Durante
algumas outas horas ele me explicou tudo, como conheceu Thalia e Annabeth, como
se aliou a Cronos, como se arrependeu na última hora e salvou o Olimpo, mas
depois percebeu a cagada que tinha feito e teve que reiniciar tudo e contou da
atual luta dele para destruir os deuses. Eu tentava guardar o máximo que podia
sobre os planos dele, estava conseguindo alguma coisa.



                -
Está ficando tarde... O que vamos fazer amanhã? – Perguntei curiosa.



                -
Podemos fazer várias coisas... Tipo isso... – Ele falou antes de me beijar, 10,
20 segundos e eu realmente não queria parar. Aí eu voltei a mim, não podia me
descontrolar! Ele era o vilão, o idiota, me separei.



                -
Ou você pode me levar para dar uma volta pela floresta... – Falei apontando
pela janela para a quantidade de árvores que nos cercavam.



                -
Prometo pensar com jeitinho... Boa noite gatinha. – Ele falou me dando um
último selinho e saindo pela porta. Esperei cinco minutos e me levantei da
cama.



                -
Otário... – Falei baixinho enquanto tirava do bolso o chaveiro que destrancava
a sala onde estava a Duda.


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Notas finais do capítulo

Bom, vejo vocês nos reviews, não se esquecam, uma vez que você leu é só ir ali embaixo e escrever, see you soon
Bjinhos,
Vicky



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