No Meu Pégaso Branco escrita por Victoria CB


Capítulo 16
Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Ai você pensa, ela repensou e voltou, não. Esse provavelmente é um cap de despedida, tá, eu gosto desses caps seguintes entao TALVEZ eu poste antes do hiatus, bjs



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Fui os guiando até a escada,
comecei a subir os degraus até que me deparei com a silhueta no chão... Onde
meu pai foi achado... Me agachei, respirei, me levantei e fui para a direita,
uma porta dava em um cômodo vazio no máximo do tamanho de um banheiro, duas
portas, cada uma dava em um quarto de visita.



                -
Vita pode ficar com um dos quartos. – Falei abrindo a porta do maior quarto,
ela agradeceu com a cabeça, me voltei e segui pelo corredor, à esquerda
armários e duas portas no final, à direita um parapeito que tinha vista para o
corredor com a parede de vidro, se esticasse a cabeça para a direita podia ver
a sala de estar, para a direita a sinuca.



                Ignorei
a primeira porta, fui para a segunda, quando encostei na maçaneta várias
sensações ruins me atingiram, era o quarto do meu meio-irmão...



                -
Vocês meninos podem ficar aqui. – Falei abrindo a porta, para o quarto de um
garotinho, era bem neutro, duas camas bem largas com edredom branco, duas
portas de armário, uma escrivaninha e uma estante, a porta para o (imenso)
banheiro ficava depois da segunda cama. – Duda você e eu podemos ficar no meu
quarto. – Falei fechando a porta e voltando para a primeira, abri... Paredes
cor de rosa clarinho, duas camas largas de edredom rosa separadas por uma
mesinha de cabeceira bem larga repleta de brinquedos, as portas do armário
todas estragadas pelas diversas tentativas da fúria de arromba-la.



                -
Ei, vai ficar tudo bem. – Duda falou sentando no meu lado na cama, depois me
abraçou.



                -
Temos que procurar pistas... – Falei com a cabeça baixa, me levantei e fui para
o corredor, gritei por todos e descemos, na sala de estar fui mostrar para eles
uma foto da família.



                -
Tem algo muito errado aqui... – Nico falou segurando o porta-retratos com a
foto que tiramos no último natal que passamos juntos.



                -
O que foi? – Perguntei me aproximando.



                -
Essa é Perséfone. – Ele falou colocando o dedo sobre a minha madrasta.



                Todos
fizemos cara de perplexos, Perséfone...



                -
Isso, ela também estava lá, na verdade foi ela que me levou, depois ela que te
impediu de entrar no quarto em que eu estava... – Já tínhamos alguma coisa.



                -
Sempre soube que Perséfone não era cem por cento do bem... – Nico falou
colocando o porta-retratos no lugar.



                Depois
olhamos em volta, minha madrasta Perséfone que tinha decorado aquela sala, então
poderíamos achar mais alguma coisa. Comecei a olhar os enfeites ali de um jeito
que eu nunca tinha olhado antes, sempre passava correndo para a piscina, ou
para brincar com os cachorros.



                Em
um canto da sala tinha um pavão, segurando um caduceu, uma pomba desenhada na
parede. Parei para prestar atenção, tinha o símbolo de todos os deuses ali...



                -
Ali naquela parede, é uma pintura do Olimpo – Vita falou se aproximando da
parede da sala de jantar.



                -
E ali um Quimera e Equidna. – Duda falou se aproximando a um desenho em carvão.



                -
Bom, já temos bons sinais de que essa casa está ligada aos deuses gregos e o
que quer que seja que está acontecendo, foi muito bem planejado. – Nico falou
parando um pouco para se sentar no sofá confortável.



                -
Bom, acho que estamos todos muito cansados, podemos dar uma última olhada no
quarto do meu pai e de Perséfone e depois podemos dormir. – Falei me virando
para as escadas.



                -
Eu acho uma ótima ideia, vamos descobrir o que fez Perséfone se fingir de
morta, isso não devia estar nos planos. – Nico falou me seguindo.



                Subimos
de novo as escadas e eu fui andando pelo corredor, andando reto era possível
encontrar um quinto quarto, a suíte principal, grande, uma escrivaninha, uma
porta na lateral para um terraço de grama. Decidimos começar pela escrivaninha.



                Depois
de meia hora remexendo papéis de trabalho inúteis e alguns desenhos de
Perséfone, achamos uma coisa interessante, uma carta.



“Perséfone,



                As coisas por aqui
estão ficando difíceis de lidar, essa garota está dando trabalho demais, já era
pra ter morrido. Zeus está começando a desconfiar das minhas viagens e me
proibiu de deixar o Olimpo até o próximo solstício.



                Vamos acabar logo
com isso, eu mando uma fúria para a casa e todos morrem, assim nós acabamos
logo com a felicidade da srta. Chanel e ainda nos livramos do futuro problema.
Dê um jeito de sair amanhã só par ela encontrar vocês, logo todos os nossos
problemas estarão acabados.



                Dei ordens para
deixar seu semideus em paz, Luke vai cuidar dele.



Boa sorte,



Hera.”



                - Luke? Tudo
isso já estava planejado esse tempo todo? – Travis perguntou perplexo.



                -
Era para eu ter morrido... Eu sou um problema para elas... – Falei baixinho
para mim mesma.



                 - Isso é bom não? Você é uma ameaça para quem
faz o mal! – Duda falou me balançando.



                -
E por isso meu pai morreu...



                -
Acho que já descobrimos o suficiente por hoje e temos como provar que Afrodite
é inocente, devem ter mais cartas por aqui. – Nico falou.



                -
Então amanhã nós podemos aproveitar a manhã por aqui e de tarde vamos para o
Empire State Building, sempre quis ir pra lá. – Duda falou se voltando para a
porta.



                -
Eu também e tenho certeza que vocês vão adorar a manhã aqui. – Falei abrindo a
porta e exibindo o grande corredor.



                Me
despedi de Travis, Nico e Vita e fui para meu quarto junto com Duda, enquanto
ela tomava banho, abri as portas que me protegeram 9 anos atrás, observei o
buraco na pilha de roupas, onde eu me escondi. Achei um pote de vidro com um
perfume similar ao que Nico me deu no orfanato, foi isso que me salvou.



                Mexi
um pouco nas roupas, hoje elas ficam mínimas em mim, mas quando eu era menor
costumava vesti-las e me sentir como uma princesinha, a princesinha do papai...



                Duda
acabou o banho, entreguei para ela um vestido que Perséfone usava e peguei um
para mim, para alguma coisa boa ela serviu. Entrei no banheiro, tinha me
esquecido do quão grande ele é. Peguei uma das toalhas brancas estampadas e
entrei no chuveiro, a sensação da água batendo no corpo, tão boa. Ainda mais
sabendo que tudo estava resolvido.



                Acabei
meu banho e botei o vestido/pijama, não chegava a ser uma camisola, era
quentinho, encontrei Duda deitada na cama que eu tinha indicado, estava olhando
para o teto.



                -
Deve ter sido bom morar aqui... – Ela falou olhando tudo embora.



                -
Foi, mas agora são só pesadelos... – Falei me lembrando nos anos no orfanato,
nos quais as “reprises” dessa noite me assombraram. – Estou com sono... Vamos
dormir que amanhã vai ser um longo dia...



                Sonhos?
Claro, no meu eu estava acompanhada de um garoto alto, loiro, olhos
petrificantes e uma cicatriz no rosto. Eu o acompanhava para onde ele ia, às
vezes ele me abraçava. Cada passo meu era tenso, calculado, eu estava
preocupada com alguma coisa.



                Até
que depois de muita caminhada nós entramos em um quarto, ele apontou para que
eu entrasse depois saiu, passei bastante tempo ali, andando de um lado para o
outro, sempre muito nervosa, depois ele chegou e me levou para uma sala
diferente, e mandou que chamassem a prisioneira.



                Aí
eu acordei.



                -
Bom dia amooreee! – Duda gritou quando viu que eu estava acordada, ela estava
de biquíni e uma saída de praia. – Pelo menos sua madrasta do mal era magra e
tinha bom gosto! – Ela falou se olhando no espelho.



                -
Bom diaa.... – Falei me levantando, no canto da cama tinha um short, uma
camiseta e um biquíni para mim, fui me trocar e desci.



                -
Bom dia garotas! – Vita falou animada com um bolo nas mãos. – Acordei mais cedo
e fui em um mercadinho aqui perto, temos bolo para o café da manhã! – Ela falou
colocando o tabuleiro no centro da mesa e se sentando, eu e Duda nos sentamos
também e um pouco depois os meninos chegaram.



                -
Eba! Bolo! – Travis gritou quando viu o café da manhã.



                Comemos
bolo até cansarmos e depois fomos jogar um pouco de futebol com uma bola velha
do meu irmão, eu e Travis contra Duda e Nico enquanto Vita tomava sol. Eu e
Duda, uma em cada gol formado entre duas árvores e Travis e Nico jogando no
campo.



                Depois
de uma hora de jogo estávamos suados e cansados, o jogo foi um tanto acirrado,
acabou em um empate, sete a sete. Fomos correndo e pulamos na piscina, jogando
água para todos os lados e encharcando Vita.



                Até
eu ouvi alguns passos no jardim, me levantei e me enrolei em uma toalha, fui lá
olhar o que era. Um garoto de mais ou menos 16 anos, cabelos castanhos com um
corte desleixado e olhos azuis mais para escuros, forte, uma camiseta branca e
uma calça jeans.



                -
Há quanto tempo, bastarda...



                -
Vo... Você é....? – Fiquei abobalhada, faziam anos que eu não o via, que
tentava ignorar o fato de ele ter me abandonado.



                - Você está
até diferente, cabelo curto... Cresceu bastante, não é mais a garotinha que
ficou para trás há nove anos... – Ele falou me olhando da cabeça aos pés.



                -
Você é um semideus não é? Filho da Perséfone, como você sobreviveu fora do
acampamento? – Perguntei, não sei como depois de tudo ainda conseguia me
preocupar com ele.



                -
Fácil, eu o ajudei. – Falou um garoto igual aos dos meus sonhos.



                -
Ei Victoria, volta! – Falou a voz de Travis, ele veio correndo na minha direção
e rindo, mas o sorriso dele sumiu quando ele viu com quem eu conversava, Duda
veio atrás. – Luke...



                -
Luke Castellan? O idiota que quis matar meu irmão? – Duda perguntou estressada,
parece que perdeu o controle e avançou para Luke, mas meu querido irmão a imobilizou e colocou uma espada em seu pescoço.



                -
Maninho, faz muito tempo mesmo... – Luke falou, mas Travis não gostou.



                -
Não me chame de maninho, não sou seu irmão, nunca fui! Agora larga ela e some
daqui. – Travis falou pegando sua espada.



                -
Acho que não, aliás essa aqui é só um extra, eu vim atrás da sua amiguinha
aí... – Luke falou apontando pra mim com a espada.



                -
E o que você quer comigo? – Perguntei brava.



                -
Você fica linda bravinha... – Ele falou me observando.



                -
Deixa ela Luke. – Nico falou chegando por trás.



                -
Deixa que ela responda por si mesma... – Ele falou se aproximando de mim, se
aproximando demais... – Eu estou com a sua amiga, eu vou leva-la embora. Se
você quiser vir comigo, eu posso pensar em solta-la depois. Poderíamos dominar
o mundo, o Olimpo, os deuses... – É, ele tinha um charme... Não, eu não gostava
dele.



                -
Não preciso de você, eu tenho o Zack e ele é MUITO melhor que você! – Gritei na
cara dele.



                -
Zack? O filho de Apolo? Ele está MORTO, morreu hoje de manhã... – Ele falou
como se aquilo não fosse nada, mas eu não acreditei. – Pode acreditar em mim
gata, tenho espiões por lá, eles não queriam te contar nada para você não
desanimar... Uma pena não? – Me toquei que ele estava falando a verdade,
desabei no chão, agora eu não tinha mais o Zack.



                Só
tinha uma chance de salvar isso tudo, eu tinha 4 dias e não ia embora sem a
Duda.



                -
Agora me responda, prefere perder sua amiga e morrer no caminho para casa, ou
se alie a mim, eu deixo seu amigos irem em paz e mais tarde penso em perdoar a
estressadinha ali... – Ele falou apontando para Duda com a espada e se
aproximando de mim.



                -
Dominarmos o mundo? Nós dois juntos? – Perguntei, ele assentiu com a cabeça.



                -
Victoria, não faça essa estupidez garota! – Ouvi a voz de Nico gritar, mas ela
parecia muito distante.



                -
É, só nós dois, podemos ficar juntos, tomaremos o Olimpo, todos nos obedecerão.
– Luke falou gesticulando.



                -
Se é assim... Eu vou... – Falei pegando a mão dele e o acompanhando para atrás
do meu irmão.


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Notas finais do capítulo

Pronto, vejo vocês nos reviews, ou não, foda-se... É, to estressada hoje
Bjinhos,
Vicky



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