Sparks Fly escrita por Nathália


Capítulo 18
Capítulo 17 - Slow motion.


Notas iniciais do capítulo

Hello!
LEIAM AS NOTAS FINAAAAAAAAIS!!!!11
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Entreguei algumas notas ao motorista e sai apressadamente do carro. A luz da sala estava acesa então meus pais provavelmente estavam assistindo algum programa juntos. Guardei meu celular na bolsa e limpei meus pés no tapete da porta, abri a mesma e como havia dito meus pais estavam ali, abraçados e conversando.

– Não se esqueça da Alemanha, Charlie. – Minha mãe disse preocupada e desviou seu olhar para mim assim que fechei a porta.

– O que tem a Alemanha? – Pergunto sorrindo e meus pais trocam um breve olhar.

Capítulo 17 – Slow motion.

When you're dreaming with a broken heart the giving up is the hardest part. She takes you in with her crying eyes then all at once you have to say goodbye wondering: could you stay my love? Will you wake up by my side? (Dreaming With a Broken Heart – John Mayer)

– Não importa, tenho novidades para contar. – Digo animada e me sento entre os dois. Chuto minhas botas para qualquer canto da sala e antes de escutar alguma reclamação de minha mãe, continuo. – Justin melhorou e vai receber alta amanhã, isso não é ótimo? – Pergunto sorrindo e minha mãe desvia seu olhar para parede enquanto meu pai suspira. Ok tem alguma coisa muito ruim acontecendo.

– Temos que conversar Mel. Na verdade já devíamos ter te contado isso há algum tempo. – Carly segura uma de minhas mãos e posso sentir seu olhar culpado pesando sobre mim.

– O que aconteceu? É alguma coisa muito grave?

– Não, mas nossas vidas vão mudar bastante. – Charlie se pronuncia pela primeira vez naquela noite e direciono meu olhar para ele ainda sem entender. – Algumas semanas atrás me deram a notícia de que seria transferido para outra sede da empresa, não contamos antes porque não era nada certo ainda. – Suspira. – Tentei conversar com meu chefe para saber o motivo dessa mudança e, talvez, conseguir convencê-lo a mudar de ideia, mas...

Mas ele não havia conseguido.

E tudo começou a acontecer em câmera lenta. Meu pai continuava falando, mas meu cérebro não conseguia absorver aquelas palavras, não conseguia entender o que estava acontecendo e simplesmente parou de tentar. Não escutava mais uma sílaba que saia de sua boca e minha mãe continuava segurando minha mão com força. Agora entendo o motivo da mudança repentina em relação à Justin, o motivo de estarem se comportando tão carinhosamente durante essas semanas. Eles iam nos afastar, outra vez.

Meu coração deu um solavanco assim que conseguiu juntar todas aquelas informações, o que aconteceria daqui para frente? E todos os planos que já tinha em mente para quando concluísse o ensino médio? E minha faculdade? E meu futuro? E Justin... O que aconteceria com nós dois? Agora que estávamos tão bem, por que o mundo tinha que ser tão injusto desse jeito? Nunca fiz mal a ninguém, posso até ter magoado alguns garotos com essa confusão que meu coração é, mas o que eu tinha feito de tão ruim assim?

Um nó se pôs no lugar da minha garganta e como já era de se esperar meus olhos começaram a queimar, meus lábios estavam cerrados em uma linha fina e os segurava entre os dentes tentando esconder o meu tremor. Com a respiração irregular abracei minhas pernas e escondi meu rosto entre os joelhos. Estava conseguido vencer minhas lágrimas, mas sabia que assim que aquela conversa terminasse minha única saída seria me afundar debaixo das cobertas e chorar até o dia seguinte.

Carly afagou meus cabelos e me abraçou pelos ombros. Sentia falta disso, falta de ter uma mãe, e por mais que às vezes aparentasse ser auto-suficiente precisava desse carinho, precisava do seu colo e todo dia me culpava por ser o motivo desse afastamento. Meus pais não tinham culpa de nada, só queriam o melhor para mim, só queriam proteger sua única filha.

– Temos que partir para Alemanha no início de Janeiro. – E dito isso um soluço estridente escapa de minha garganta junto com as lágrimas sorrateiras que fugiram de meus olhos fazendo questão de marcar meu rosto.

Não sei quanto tempo fiquei ali, sendo acolhida pela minha mãe enquanto chorava, a única coisa que me lembro foi de apagarem a luz da sala e de minhas pernas serem esticadas no lugar em que meu pai estava sentado. Carly estava deitada atrás de mim e continuava afagando meus cabelos loiros que eram praticamente idênticos aos seus, e por mais que o sofá não fosse tão grande me sentia confortável. Confortável e protegida.

[...]

Não fui à escola no dia seguinte, ignorei todas as ligações e mensagens que recebi de Caitlin, Annie e Justin. Minha única vontade era de permanecer debaixo das cobertas e só levantar quando alguém aparecesse dizendo que aquilo tinha sido uma brincadeira de mau gosto, ou um sonho. No caso, um pesadelo.

Mas sabia que isso não ia acontecer.

Meu rosto estava vermelho, meu cabelo todo desgrenhado e meu antigo pijama de flanela com estampa de coelhinhos era a melhor roupa existente em meu closet.

Meu estado era deplorável e patético ao mesmo tempo, se é que isso é possível.

Judith a cada meia hora aparecia segurando uma bandeja recheada com minhas comidas preferidas, mas recusava tudo que era oferecido e pedia para que me deixasse sozinha. Não estava sendo mal educada, só queria um tempo para colocar minha cabeça no lugar, mas eles não conseguiam entender isso. Eu ficaria bem, afinal, sempre fico.

You have my heart, you had it from the start

I love you from afar…

Droga de música. Resmungo e tiro meu celular debaixo do travesseiro. Justin, pela quinquagésima vez. E pela quinquagésima vez recuso sua ligação. Por que tinha que ser tão insistente?

Depois de cinco minutos aquela porcaria volta a vibrar e passo meu dedo na tela para desbloqueá-la.

Pare Justin, pare agora! Peço mentalmente e tentando segurar o choro aperto na caixa de entrada.

O que está acontecendo Mel?

Pensei que depois de ontem nós estivéssemos bem...

Por que não me responde? Estou preocupado contigo, minha pequena.

Me responda assim que ler essa mensagem, por favor!

– Também pensei que estivéssemos bem Jus. – Sussurro e afundo meu rosto no travesseiro. Não chore Mel, não chore! Meu subconsciente pedia, pedia não, implorava. Droga! Porque ele tinha que me chamar de pequena e ser tão atencioso?

Deitada de lado, abraço meus joelhos e seguro meu celular com uma das mãos. Releio sua mensagem várias vezes seguidas, mas seria melhor não respondê-lo. Não quero que Justin me veja chorando, ainda mais com um pijama ridículo desses.

Tenho lembranças vagas de alguns momentos que passamos juntos, ainda quando crianças, e abraço meu travesseiro sorrindo.

Devo estar de TPM, chorar e sorri ao mesmo tempo não é uma coisa muito normal.

Fecho meus olhos com força e acabo me entregando a essas lembranças.

* * *

– Justin, seu cabeçudo, volta aqui agora! – Gritava e corria atrás do garoto dois anos mais velho que eu. Bieber fazia questão se segurar minha boneca bem no alto enquanto corria em círculos em volta da praça que ficava a algumas quadras de nossas casas.

Nossas mães estavam sentadas em um banco de cimento qualquer e a conversa delas parecia ser bem mais interessante do que ajudar uma garotinha, de seis anos, á resgatar uma de suas bonecas preferidas.

Justin sempre arrancava a cabeça delas.

E eu sempre acabava chorando.

– Tente pegar, pirralha. – Soltou uma risada e começou a correr mais rápido. Tentava acompanhar seu passo, mas era praticamente impossível, ainda mais com aqueles vestidinhos e sapatinhos que minha mãe me convencia a colocar em troca de chocolates.

De repente paro de correr e sento no chão. Justin continua correndo, mas assim que percebe que não estava mais atrás dele apóia suas mãos no joelho e respira apreçado.

Aquele garoto era uma peste!

– Sabia que não ia conseguir ganhar de mim, não é nanica? – Sorri divertido e cruzo meus braços emburrada. – O neném vai chorar, é? – Faço força para desfazer o biquinho que se formava em meus lábios e Justin fica parado na minha frente.

– Devolva ou conto para tia Pattie que quem matou o Larry foi você e não a falta de comida. – Sorrio esticando meus braços na sua direção e o vejo revirar os olhos. – Você matou um peixe Jus, podia ter sido preso e na cadeia nós não podemos comer doces. – Meu sorriso se alarga quando o rosto de Justin fica vermelho e o mesmo devolve minha boneca.

Quem é o neném chorão agora? Boboca!

– Só queria brincar um pouco, pensei que ele respirasse fora d’água.

* * *

Começo a gargalhar quando abro meus olhos.

A peste na verdade sempre fui eu, Justin comia na minha mão quando éramos crianças e seus dois anos a mais nunca lhe favoreceram. Bem diferente do que acontece agora, só de escutar sua voz perco totalmente meus sentidos e me entregue a ele em um piscar de olhos.

Porcaria de sentimentos!

Como lidaria com eles estando a quilômetros de distância do único garoto que consegue fazer meu coração acelerar com apenas um sorriso?

Como lidaria com tudo isso? Como Justin reagiria quando recebesse essa notícia?

Argh, malditas perguntas!

O som dos punhos fechados de Judith contra a porta ecoou pelo meu quarto, e instantaneamente levantei-me da cama. Gritei um “Já vai” enquanto calçava minhas botas australianas e caminhei até a porta suspirando.

Talvez um de seus bolos me fizesse bem agora.

– Que porra está acontecendo?

Como... Como você... Quem te deixou entrar? – Murmurei exasperada. Afinal de contas, não era Judith que batia incessantemente em minha porta.


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Notas finais do capítulo

Gente, vocês viram a capa nova? Ficou fofa demais :3 rsrs
Para quem quiser ver a foto original da Mel: http://24.media.tumblr.com/tumblr_mbpkg8N0KG1r4il33o1_1280.jpg
Enfim...
Lily Bieber, muuuuuito obrigada pela recomendação! *-* Só estou postando hoje por sua causa u_u
Não falo mais nada sobre os reviews, ter mais de 100 leitoras, 50 favoritos e só receber 25 e as vezes ~bem as vezes~ 30 comentários é foda.
Tenho curso de inglês amanhã cedo, prova de matemática e inglês no colégio e estou aqui, quase uma hora da manhã postando o 17º capítulo para vocês, é muito amor mesmo pfvr! awn
Não reclamem de erros, estou bêbada de sono :c Qualquer coisa me avisem!
Enfim, final de semana tem fic nova lá no blog (http://desenhando-palavras.blogspot.com/) hehehe
Obrigada às garotas que comentaram por lá e mandaram as recomendações outra vez! :3 Quem quiser seguir o exemplo delas e deixar a Nat feliz (http://desenhando-palavras.blogspot.com.br/2012/10/sparks-fly.html) rere
Gostaram do capítulo?? ME CONTEM TUDO!
QUEM VAI MANDAR MAIS UMA RECOMENDAÇÃO LINNNNNNNNDA PARA FIC? HEIM, HEIM?! :3 heh Ganha uma parte do próximo capítulo por MP c:
Sim, estou chantageando vocês! rsrrs
Beijos sua feiosas s2