Sparks Fly escrita por Nathália


Capítulo 10
Capítulo 09 - Ferris Wheel.


Notas iniciais do capítulo

Ah, tenho tanta coisa para contar para vocês.
Começando pela recomendação que a fic recebeu pela linda da Cris! Eu amei sua fofa c:
E segundo pelas desculpas, não é? Realmente sinto muito por ter demorado tanto, mas estava em semana de provas no colégio e tive que estudar bastante e também recebi uma MP de uma garota totalmente sem noção me xingando e dizendo que devia excluir a fic, mas não vou fazer isso e comentários desse tipo normalmente não me abalam muito fácil então nem gastei meu português com ela.
Enfim né, espero que pessoas desse tipo criem um pouco de vergonha na cara e parem de criticar o trabalho dos outros, afinal eu escrevo porque gosto, porque me sinto bem, é uma válvula de escape para mim e me faz feliz. Não pretendo me tornar nenhuma Clarice Lispector, só faço isso por diversão.
Anyway, ameeeeeei os reviews de vocês e espero que não me abandonem né, haha! :3
Ah, tive uma idéia para mais uma fic, mas não é nada muito certo e só tenho alguns rascunhos meio perdidos, enfim, se alguém se interessar em me ajudar como coautora me mande uma MP que digo a ideia que tive e mando o que já tenho escrito, porque realmente não vai ter como postá-la sozinha.
Espero que gostem desse capítulo e que possa contar com os reviews de vocês c;
Beijos minhas lindas!



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Bem, podia até ser considerada uma das noites mais perfeitas da minha vida se meu pai não tivesse aparecido completamente desesperado há minha procura junto com dois policiais e estragado o final dela, e podia também até ter perdido completamente a confiança deles – como o mesmo havia dito –, mas por outro lado estava mais feliz do que nunca, afinal de contas, qual garota não estaria?

Capítulo 09 – Ferris Wheel.

Because I've kept my heart under control, oh but lately all this time has taken its toll. Said I tried to but I can't hold back what's deep in my soul, so darling please forgive me, I want you and you'll just have to know. (Under Control – Parachute)

Analisei minha roupa cuidadosamente em frente ao espelho e entortei meus lábios, aquela idéia era ridícula.

Nove dias já haviam se passado desde a noite que passei com Justin no píer da cidade e durante todo esse tempo não toquei nenhuma vez no assunto que era realmente importante; a sua recuperação. Ele parecia tão bem, e não queria estragar seus dias com aquele assunto, mesmo sabendo que seria necessário nós termos essa conversa em algum momento.

Caitlin veio passar o final de semana em casa e durante esses dois dias tive que aguentar suas ideias mirabolantes para campanha que havia acabado de fundar: ajude-Melanie-conquistar-seu-melhor-amigo. Como se isso fosse realmente funcionar ou acabar com a minha vergonha.

*

“Caitlin, pela quinquagésima vez: eu só quero que as coisas voltem ao normal!Falei e a mesma sorriu irônica.

“É claro que você só quer isso.” Revirou os olhos e me segurei para não xingá-la naquele momento. “E Justin também só quer isso, então AMCSMA vai ser bem difícil.” Soltou novamente suas ironias e bufei.

“Suas campanhas têm nomes ridículos.” Resmunguei e ela me olhou irritada. “Eu sei que você está amando isso Melanie, agora pare de ser chata antes que eu arranque seus cabelos.” Ralhou e encolhi meus ombros.

“Mas... Mas e se ele só estivesse querendo ser carinhoso comigo naquele dia? Afinal de contas nós passamos muito tempo um longe do outro.” Suspirei desanimada e Caitlin segurou meu queixo me forçando a olhá-la. “Vou ter que arrancar seus cabelos?” Perguntou sorrindo e revirei meus olhos. “Qual o seu ‘brilhante’ plano?” Dei-me por vencida e ela afagou meus cabelos como se um cachorro acabara de executar seus comandos e no caso, eu era o cachorro.

*

– Isso não vai dar certo. – Suspirei mais uma vez enquanto me olhava no espelho e finalmente decidi pegar minha bolsa que estava em cima da cama.

Meus pais não estavam em casa e isso, de certa forma, facilitava as coisas já que minha mãe que antes tinham amolecido um pouco com a situação de Justin voltou a ficar insuportável, ainda mais depois que “cheguei atrasada para o jantar” e meu pai, bom, só não arrancava a cabeça do garoto por consideração à Pattie.

Tranquei a porta de casa assim que sai e atravessei a rua indo em direção a casa de Justin, toquei a campainha e segundos depois Pattie abriu a porta toda sorridente.

– Boa tarde Melanie! – Disse e me deu espaço para poder entrar.

– Boa tarde! Hum... Justin está? – Perguntei enquanto procurava algum sinal dele pela sala e Pattie apontou para a escada.

– Ele saiu ontem de noite, chegou quase sete horas da manhã e está dormindo ainda. – Disse frustrada e pude perceber o tom de preocupação em sua voz.

– Posso subir mesmo assim? – Sorri acanhada e Pattie apenas balançou a cabeça concordando.

A porta do quarto de Justin estava encostada e assim que há abri pude vê-lo ‘desmaiado’ na cama de bruços e com um lençol o cobrindo até a cintura, aproximei-me um pouco mais e cheguei a uma terrível conclusão; Justin Bieber conseguia ser bonito até com o rosto amassado de sono.

Seu peito subia e descia tranquilamente devido sua respiração compassada, sua boca entreaberta e seus cabelos bagunçados enquanto um de seus braços estava jogado pra fora da cama.

– Justin, acorde! – Cutuquei suas costas e logo o mesmo esfregou seu rosto com as mãos, seus olhos se prenderam em mim depois de tal ato e um sorriso de canto de boca iluminou ainda mais seu rosto.

– Bom dia, Mel! – Se espreguiçou e sentou-se na cama apoiando suas costas na cabeceira.

– Boa tarde você quis dizer, não é? – Sorri irônica e sentei-me aos pés da cama com os braços cruzados, encarei Justin por alguns segundos, mas assim que o mesmo arqueou uma de suas sobrancelhas e me olhou todo desdenhoso desejei poder me esconder debaixo das suas cobertas e só sair de lá quando minha raiva/preocupação/ciúmes passasse. Afinal, não sabia onde ele havia se metido ontem de noite então era normal estar preocupada com ele, não era?

– Aconteceu alguma coisa? – Perguntou e cruzou seus braços atrás da cabeça para apoiá-la, o que acabou deixando seus músculos ainda mais em evidencia e sem nem ter tempo de piscar direito já encarava Justin como se fosse o pedaço de carne mais suculento do mundo e tinha certeza que ele fazia isso de propósito, suspirei pesadamente e durante aqueles segundos me esqueci dos reais motivos de estar ali, dar uma bronca naquele cabeça dura e... E bem, seguir com os planos de Caitlin.

– Hum, nada... Só estava preocupada com você, sua mãe disse que saiu ontem de noite e só voltou hoje cedo, queria saber se estava bem. – Dei de ombros e voltei a encará-lo.

– Estou ótimo, dona Pattie é meio exagerada às vezes. – Concluiu e dessa vez eu o olhei com as sobrancelhas arquedas.

– Tem certeza que ela é a exagerada? Ela só quer o seu bem Justin. – Disse e ele revirou os olhos.

– Veio aqui para me dar bronca? Porque se foi é melhor você...

– Tudo bem, eu já vou embora Bieber, na verdade nem sei o que vim fazer aqui. – Disse frustrada enquanto me levantava de sua cama e joguei meus cabelos para trás, como sempre fazia quando estava irritada. – Só não estrague as coisas com sua... Mãe mais uma vez. – Bufei e ele abriu a boca para me responder, mas já tinha saído de seu quarto.

Desci as escadas rapidamente e acenei para Pattie que estava sentada no sofá assistindo algum programa na televisão, disse um simples tchau e logo já estava jogada na minha cama, debaixo das cobertas e conversando com Caitlin pelo celular.

Aposto que me ligou para dizer que meus planos deram certos e que AMCSMA foi um sucesso. – Caitlin disse assim que atendeu ao telefone e revirei os olhos.

– Não, liguei para dizer que Justin saiu ontem de noite e quando fui vê-lo hoje na sua casa para seguir com sua brilhante ideia, cerca de dez minutos atrás para ser mais exata, ele me mandou embora. – Bufei e Caitlin ficou em silencio.

Sabe com quem ele saiu? – Perguntou e tirei meus sapatos os jogando em algum lugar do quarto.

– Não, espero que tenha sido com Ryan e Chaz. – Dei de ombros e Caitlin suspirou.

Não tenho tanta certeza assim, Ryan e Chaz foram para o Canadá mês passado, então... – Disse e logo captei o que estava querendo dizer.

– Então aquele babaca está saindo com o Bryan de novo. – Falei irritada e soquei o travesseiro que estava do meu lado. – Como eu odeio esse garoto! – Gritei e Caitlin soltou uma risadinha irônica, ela sabia que estava me referindo há Justin.

Como você ama esse garoto, não é? – Perguntou e revirei meus olhos ignorando o que ela disse.

– Como ele consegue ser tão burro ao ponto de voltar a encontrar o viciado do Bryan? O garoto que fez praticamente a vida dele virar um inferno!

Ninguém tem culpa disso a não ser o próprio Justin, Mel. Ele procurou isso. – Caitlin disse e suspirei, ela tinha toda razão.

– Então o que eu faço agora?

Espere, tenho certeza que em menos de meia hora Justin vai bater na sua porta e pedir desculpas. – Caitlin disse e tinha certeza que ela revirou os olhos nesse momento. – Ele sempre faz isso.

– Tudo bem, de noite te ligo outra vez. – Disse e desliguei o celular assim que ela se despediu de mim.

[...]

Quando estava colocando o terceiro filme para assistir e me conformando com a ideia de que Justin não viria me pedir desculpas – mesmo ele não tendo motivos para fazer isso, já que eu era a idiota que se preocupava com ele e sentia ciúmes só de pensar em alguma garota respirando perto dele e sabia que nos lugares que ele frequentava as garotas faziam muito mais do que somente respirar – a campainha tocou.

Coloquei o pote de sorvete que estava tomando em cima da mesinha de centro e calcei meus sapatos, caminhei até a porta e assim que há abri meu sorriso diminuiu um pouco.

– Olá Andrew. – Disse educadamente e ele sorriu. – Quer entrar? – Perguntei e o mesmo me fitou por alguns segundos, passou seus braços em volta da minha cintura e quando me dei conta sua língua já invadia minha boca sem pudor algum. Empurrei seu peito delicadamente e ele me soltou ofegando.

– Quero sim. – Respondeu e dei passagem para ele poder entrar. Andrew sentou-se no sofá e fechei a porta, parei na sua frente e o mesmo ficou me encarando sem dizer nada. – Bieber voltou, não é? – Perguntou e balancei a cabeça concordando, Drew bufou e me sentei ao seu lado no sofá.

– Mas continuamos só amigos, você sabe, ele não me quer. – Disse e ele revirou os olhos.

– Que pessoa em sã consciência não gostaria de ter alguma coisa com você, Melanie? Bieber é um idiota. – Falou e suspirou em seguida.

– Quer comer alguma coisa? – Perguntei mudando de assunto e ele negou com a cabeça, não gostava de conversar sobre aquilo nem com Caitlin imagine com Andrew. – O que você quer então? – Falei irritada e o garoto me olhou surpreso, nunca havia falado com ele daquela forma antes.

– Quero que você pare de correr atrás desse garoto. – Deu de ombros e se aconchegou no sofá.

– Eu não corro atrás dele Andrew, Justin é meu melhor amigo, você sempre soube que ele voltaria em algum momento e sempre soube o que eu realmente sinto por ele.

– Mas você nem tenta esquecê-lo. – Disse frustrado.

– Já tentei várias vezes, mas tem coisas que são meio impossíveis. – Abracei meus joelhos e assim que encostei minha cabeça nos mesmo à campainha tocou, meu dia estava sendo ótimo hoje.

– Pode deixar que eu atendo para você. – Andrew disse e concordei.

Estiquei minhas pernas e encostei minha cabeça no braço do sofá.

Hum... Melanie está? – A pessoa perguntou e sorri, reconheceria aquela voz até no inferno.

– Ela está meio ocupada agora. – Andrew disse e a irritação estava nítida em sua voz. Olhei de soslaio para a porta e me levantei antes que ela fosse fechada na cara de Justin.

Eu acho que ela não vai se importar se você me deixar entrar. – Justin disse e Andrew soltou uma risadinha irônica.

– Eu acho melhor você ir embora antes...

– Quem é Andrew? – Perguntei aparecendo atrás dele e ficando na ponta dos pés para poder encarar Justin do lado de fora. – Ah, olá Justin! – Sorri enquanto empurrava Andrew um pouco para o lado e ele sorriu de volta.

– Queria conversar com você. – Disse me olhando e depois encarou Andrew com cara de poucos amigos.

– Depois nos falamos Mel. – Drew falou irritado e me abraçou da mesma forma de antes, virei meu rosto assim que percebi que iria me beijar e ele resmungou em protesto, encostou seus lábios em minha testa e quando saiu fez questão de esbarrar seu ombro no de Justin.

“Ah, tem Andrew também, um amigo que arrumei assim que você foi embora…” – Justin repetiu o que lhe havia dito na noite do píer e revirou os olhos. – Parece que são bem mais do que amigos. – Disse irritado e cruzou os braços.

– Algum problema com isso, Bieber? – Perguntei cruzando meus braços da mesma forma que ele e encostei-me à porta, mordi meu lábio inferior enquanto sorria debochada e Justin bufou.

– Vim pedir desculpas pelo jeito que falei com você hoje mais cedo e saber se gostaria de ir comigo no parque que inauguraram essa semana na cidade. – Deu de ombros ignorando minha pergunta e me olhou esperançoso.

– Tudo bem, só tenho que buscar minha bolsa. – Disse entrando em casa. – Ah, eu te desculpo sim. – Sorri e fechei a porta.

Subi as escadas correndo e me olhei novamente no espelho, estava com a roupa que tinha coloca mais cedo e mesmo ela estando um pouco amassada não teria tempo para colocar outra, meu cabelo continuava liso e ondulado nas postas, mas estava um pouco mais volumoso e eu gostava dele daquele jeito. Retoquei rapidamente minha maquiagem e peguei minha bolsa, desci as escadas e assim que abri a porta encontrei Justin encostado no portão com as mãos nos bolsos. Coloquei a chave dentro da bolsa e caminhei até ele em passos largos.

– Achei que tinha desistido. – Sorriu e me estendeu sua mão, entrelaçou nossos dedos e caminhamos assim até o seu carro que estava do outro lado da rua, abriu a porta para mim e logo já estava sentado no banco do motorista, ligou o rádio em uma estação qualquer e abaixou o volume.

– O que estavam fazendo quando cheguei? – Perguntou cortando o silêncio, mas continuou olhando para o trânsito.

– Conversando... Eu tinha te falando que ele era meio obcecado. – Dei de ombros e Justin riu.

– Nunca te falaram que se envolver com pessoas meio obcecadas é perigoso, Mel? – Disse risonho e tinha certeza que aquele era o momento certo para colocar os planos de Caitlin em ação.

“Seja doce com ele, Justin gosta disso e sei que não vai ter problemas com essa parte... Mas tente ter um controle, ou seja: guarde sua vergonha no bolso e jogue algumas indiretas, tenha atitude, doce demais enjoa. Ah, e não se esqueça de deixá-lo constrangido com alguma história.” Lembrei-me do que ela havia dito e praticamente rezei naquele momento para tudo dar certo e não me comportar como uma idiota na frente de Justin.

– Convivi com você minha vida inteira Justin, acho que consigo lidar com Andrew. – Disse e ele me olhou de soslaio.

– Nunca fui obcecado.

– Não, só me olhava tomar banho no lago toda vez que íamos acampar. – Virei meu rosto para poder ver sua reação e logo suas bochechas ruborizaram.

– Como você sabe? – Perguntou depois de pigarrear desconfortavelmente e me olhou por alguns instantes.

– Minha prima viu você se escondendo atrás de uma árvore uma vez. – Respondi e voltei a encarar a rua.

– Por isso você começou a tomar banho com algumas camisetas do seu pai? – Me olhou debochado e essa foi minha vez de ficar vermelha como um pimentão.

– Ela contou para minha mãe também e dona Carly não queria contar para sua amiga o quão pervertido seu filho era. – Disse e Justin mordeu seu lábio inferior tentando controlar sua risada, mal sabia como ficava irresistível quando fazia aquilo.

– Acho que não teve os resultados esperados já que você conseguia ficar ainda mais sexy quando aquelas camisetas grudavam em seu corpo.

Nota mental: Justin Bieber jogava extremamente baixo.

[...]

– Mas você sabe que eu tenho medo de altura! – Disse exasperada assim que Justin comprou dois tickets para irmos à roda-gigante.

Entrelaçou novamente nossos dedos e já me sentia confortável com aquela sensação, ele havia feito isso à noite inteira. Apertei o urso gigante que Justin tinha ganho para mim em um joguinho de tiro – já que era péssima naquela porcaria – com o braço direito e ele encarou brevemente seu relógio e os tickets que estava segurando.

– Você tem meia hora até perder esse medo ou vou ter que procurar outra garota para ir comigo, não gastei dois dólares de graça. – Deu de ombros e começou a me arrastar pelas barraquinhas de comida.

Palhaço. – Resmunguei empurrando seu ombro de leve e ele sorriu.

– Vai querer o que? – Perguntou assim que paramos em uma barraquinha de doces.

– Algodão doce. – Respondi soltando sua mão para pegar o dinheiro na minha bolsa e assim que Justin percebeu o que ia fazer me repreendeu com o olhar.

– Já te disse que não vai pagar nada essa noite. – Segurou minha mão outra vez e revirei os olhos. – Um algodão doce e uma maçã do amor. – Disse para a senhora que até agora nos olhava sorrindo e ela assentiu.

– Vocês formam um lindo casal. – Disse entregando nossos doces e tinha certeza que todo o sangue do meu corpo foi parar nas minhas bochechas naquele momento.

– Somos só amigos. – Eu e Justin falamos juntos e a senhora nos encarou um pouco surpresa.

– Oh claro, me desculpem. – Sorriu timidamente.

– Tudo bem. – Dei um sorriso fraco e logo Justin já estava me arrastando para algum banco depois de pagá-la.

“Essa juventude de hoje em dia.” Escutei a senhora resmungar e foi inevitável não rir, minha avó dizia a mesma coisa.

Sentamos no banco para comer e coloquei o urso gigante do meu lado, meu braço já estava ficando dolorido. Tirei o plástico que cobria o algodão doce e o senhor fiquei-o-dia-inteiro-sem-comer já tinha acabado com a metade da sua maçã.

– Você parece um bebê comendo. – Disse assim que vi o rosto de Justin todo melado por causa do caramelo.

– Pareço o que? – Perguntou parando de comer e me segurei para não rir novamente do seu rosto.

– Um bebê. – Dei de ombros, mas me arrependi assim que um sorriso nada bondoso se formou em seus lábios e ele se aproximou perigosamente de mim.

– Eu acho que bebês não fazem isso. – Disse desdenhoso e meu corpo congelou quando ele se aproximou um pouco mais e sua respiração soprou em meu rosto. Todas aquelas sensações estranhas que sentia quando estava perto demais de Justin voltaram com ainda mais intensidade, fechei meus olhos em uma tentativa frustrada de me controlar e seus lábios tocaram delicadamente meu pescoço no mesmo momento, deu uma leve mordida no local e arrastou seus lábios até minha clavícula. Oh, dammit!

“Deixe ele sempre querendo mais.” A voz de Caitlin surgiu no meu subconsciente e travei meu maxilar em desgosto pelo que estava preste a fazer.

Empurrei seu peito e logo tratei de encher minha boca com algodão doce, não estava conseguindo nem raciocinar direito imagine falar. Meu cérebro tentava processar aquilo com certa rapidez, mas era uma coisa meio impossível. Afinal de contas, o que tinha sido aquilo?

Justin voltou a encostar-se ao banco, mas não manteve a distancia que tínhamos antes tanto que conseguia sentir o calor do seu corpo e sua respiração meio afoita, assim como a minha.

– Ach... Acho melhor nós irmos agora. – Disse assim que percebi que meus pulmões lembraram suas funções e meu cérebro voltou a ser oxigenado, apontei para a roda-gigante que estava a alguns metros de nós e ele concordou.

Joguei o palito do algodão doce no lixo e abracei meu urso com o braço direito outra vez, Justin passou seu braço em torno da minha cintura e colocou sua mão em cima da minha.

– Me desculpe. – Sussurrou no meu ouvido e percebi que era uma forma de tentar acabar com aquele silêncio.

– Tudo bem, Jay. – Suspirei e sorri para ele.

Pegamos nosso lugar na fila e tivemos que esperar por cerca de mais quinze minutos, Justin contou suas famosas piadinhas sem graças que sempre me fizeram rir durante esse tempo e sempre que podia, ou quando eu dizia alguma coisa boba ele me presenteava com seu perfeito sorriso, fora as vezes que colocava algumas mechas dos meus cabelos atrás das minhas orelhas devido ao vento forte e terminava acariciando minhas bochechas. Realmente não existiam mais formas de Justin ser tão carinhoso.

Assim que entramos na nossa cabine da roda-gigante Justin passou seus braços pelos meus ombros e encostei minha cabeça em seu peito, abracei sua cintura e ficamos em silêncio até perceber que estávamos no topo da roda-gigante, senti suas carícias por toda a extensão do meu cabelo e levantei meu rosto para poder encará-lo. Perto demais.

Estávamos apenas alguns centímetros de distância e já conseguia sentir nossas respirações se misturando e batendo contra nossos rostos, Justin acariciou meu rosto com sua mão livre e fechei meus olhos tentando gravar cada detalhe do seu toque em minha mente.

– Eu... Eu acho que vou te beijar Mel. – Sua voz rouca soou em meus ouvidos e seu nariz fez uma pequena caricia no meu enquanto me inebriava com seu delicioso hálito de menta, eu estava errada, ainda existiam milhões de maneiras para aquele garoto mostrar o quão carinhoso conseguia ser.


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Notas finais do capítulo

Ferris Wheel - Roda-gigante.
Aaaaaah, eu disse que sou extremamente melosa AUHSIAHSUAISA Espero que tenham gostado e me desculpem qualquer erro, ok?
Quem vai ser a próxima a recomendar a fic, heim? Ganha um beijo melado de caramelo do Justin! hahaha
E leitoras fantasmas, pfvr né! Apareçam queridas, não mordo ninguém c: heh
Ah, alguém se candidata a fazer uma capa para mim? Sou horrível com photoshop e etc UAHSUAHSUA :c
Beijos suas divas! :*