Rascunhos! escrita por EsterCavalcanti


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas. Me perdoem por não ter postado na sexta, mas tive uns afazeres hehe
Enfim, o capítulo de hoje está bem Hotzinho kk'
Muitas surpresas e reviravoltas.
Não sei se depois disso vão querer ler a Fic, mas prometo que terão mais surpresas. Acho que mais uns dois capítulos e já acaba. Portanto, não parem de acompanhar.
Quero dedicar o capítulo de hoje (olha que não faço isso) ao Ral Eph sz Sempre com Reviews que me deixam com um sorriso de orelha a orelha haha Não desmerecendo os outros leitores, não pensem isso por favor. Amo todos.
Enfim, vamos ao capítulo? Já falei demais né!
Enjoy ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/243165/chapter/8

Eu precisava esfriar a minha cabeça, mas era impossível com aquele garoto roubando os meus pensamentos a todo instante. Foi então que eu tive uma idéia. Eu não ia ficar me prendendo por causa de ninguém.

_ Alô _ Ellena atendeu logo no primeiro toque.

_ Ainda está a fim de ir para a festa? _ perguntei já rindo.

_ Eu já estou é pronta, gata. _ Até imaginei ela dando pulinhos de alegria e empolgação. _ Eu sabia que você ia mudar de idéia.

_ Pois é _ sorri. _ Chego aí em menos de 15 minutos. E eu tenho muita coisa para te contar.

_ O que aconteceu? Pela sua voz não é algo muito bom. _ Ela me conhecia melhor do que ninguém.

_ Depois. _ Falei só isso. Não queria que meu pai percebesse algo de estranho.

_ Ok. Estarei te esperando.

_ Beijinhos. _ Desligamos o celular.

Guardei o celular na bolsa e suspirei. Finalmente parte daquela noite havia acabado.

_ O que você tem para contar para a Ellena que eu não posso saber, hein?  _ papai falou em tom brincalhão.

_ Coisas de meninas, papai _ não tive como não rir.

_ Vai contar que o filho do Willian era um gato? _ Eu já falei como o papai conseguia ser inconveniente quando queria? Pois é!

_ Coisas de meninas _ enfatizei.

_ Não vou encher seu saco, então.

_ Mas me fala, deu tudo certo nos negócios? _ Quis mudar logo de assunto, porque mesmo ele falando que não ia encher o meu saco com certeza iria tocar de novo no assunto.

_ Deu tudo certo. Ele parece um cara todo “boa pinta” e a minha empresa foi muito bem recomendada para ele.

_ Ah, então deu tudo certo. Isso é bom.

_ Quanto mais dinheiro, melhor _ riu. E eu já falei como odeio esse lado ganancioso do papai? Pois é!

_ Ah, é. Quanto mais, melhor _ sorri forçada. _ Papai, depois de me deixar em casa, será que tem como você me deixar em uma festa?

_ O que vamos fazer em casa então?

_ Pegar a Ellena, ué.

_ Ah, é mesmo. Eu me esqueci de que ela está passando uns dias na sua casa. _ Nesse instante estacionamos em frente de casa.

_ Ok. Eu só vou subir para retocar a maquiagem e já desço. Quer entrar?

_ Não, fica tranqüila. Te espero aqui.

Subi os degraus correndo e no ultimo quase caí. Retomei o equilíbrio e entrei no meu quarto com a respiração ofegante.

_ Ah não, sem correr, gata. Isso te faz soar e estragar o meu trabalho _ Ellena falou levantando-se de um salto.

_ Seu trabalho já foi por água abaixo há muito tempo _ falei baixo.

_ O que aconteceu? Sua voz está esganiçada, como se quisesse jogar logo pra fora o que está preso aqui _ colocou a mão em meu coração.

_ Era o Caleb. O filho do tal homem de negócios era o Caleb _ falei. Meus olhos encheram-se d’água, mas eu não queria chorar.

_ O QUE? Como assim era o Caleb? Quer dizer que vocês dois foram a um jantar juntos sem saber que se encontrariam lá?

_ Pois é. Nós ficamos jogando indiretinha um pro outro e nossos pais perceberam e começaram com brincadeirinhas sem graça. Isso está acabando comigo, Ellena.

_ Amor, você não acha que já está na hora de você parar com esses joguinhos e admitir logo pra ele o que você sente?

_ O que eu mais queria era isso. Mas as coisas são tão difíceis quando o assunto é ele, amiga.

_ Só é difícil quando nós complicamos. É simples, você chega nele, fala o que sente e o resto fica por conta do destino. Essa história toda não está te fazendo nada bem. Sabe, você não é mais a minha Spencer. Está agindo sempre com ironia e o tempo todo distraída. Amiga, abre seu olho, para de tornar as coisas mais difíceis para vocês dois.

_ Eu não sei mais o que fazer.

_ A única coisa que eu posso fazer por você é dar conselhos, mas você é quem decide o que faz. Eu não vou poder chegar nele e falar ou fazer o que você tem vontade, isso é só contigo. Se eu pudesse já tinha acabado com essa história de uma vez, mas quem sou eu no meio de tudo isso?

_ Eu vou pensar. Eu vou analisar tudo e tomar uma decisão. Isso tem que acabar.

_ E logo, por favor, né amiga.

_ Logo, eu prometo.

_ Agora, esquece esse Caleb. Vamos para essa festa que vai ter um monte de gatinhos e vamos nos divertir.

_ É isso aí, eu vou me divertir. Sem Caleb por hoje.

_ Essa é a minha Spencer. Vamos lá.

Descemos e papai já estava impaciente nos esperando.

_ O que é isso? Nem mudou nada em você. Mulheres, viu. Mulheres. _ Resmungou.

_ Para nós faz toda a diferença, ok papai?

_ Vamos logo para essa festa. Eu tenho compromisso agora.

_ Que compromisso? _ perguntei rindo.

_ Uma candidata a ser sua madrasta _ já desfez a cara de bravo.

_ Uma das muitas né. _ Falei.

O trânsito estava um pouco chatinho, mas chegamos ao local da festa rápido. O Bruce havia me dado o endereço de sua casa caso eu mudasse de idéia, então foi fácil para o papai achar. Ellena mal podia conter a sua empolgação.

Chegamos e a única coisa que o papai disse foi “Cuidado e divirtam-se”. Sorrimos para ele e assentimos. Descemos do carro e foi como se o mundo se conectasse, logo escutamos o som da música e a vibe que transmitia. Entramos e já foram nos servindo bebidas. Eu recusei e a Ellena pegou uma batida de maracujá.

O local era lindo. Estava com as luzes apagadas e todo pintado com tinta neon brilhando. Flash’s cegavam os nossos olhos e um globo pendia do teto. Era uma festa perfeita dada sempre pelos populares da cidade. Eu geralmente não freqüentava esses lugares, esse era o papel do meu irmão, mas então eu percebi que devia aproveitar, eu era nova e não ia ficar me prendendo dentro de casa para a vida toda. Eu e Ellena fomos andando pela pista e o pouco que se via eram pessoas se beijando ou dançando bem coladas umas nas outras. Eu estava ali para me divertir certo? Peguei um copo de tequila para me soltar mais e comecei a dançar, Ellena me acompanhava. Logo um menino grudou em mim e tentou me beijar, mas eu o empurrei. Era bem bonitinho e Ellena ficou me olhando perplexa, mas me divertir não significava que eu precisava sair beijando todos os garotos da festa, ainda mais que eu havia acabado de chegar à festa.

_ Você não acha que deveríamos procurar o Bruce e o Will? _ ela perguntou.

_ Relaxa, amiga. Vamos curtir. Com certeza vamos esbarrar neles a qualquer momento.

Ela concordou e pegou uma tequila para me acompanhar. Ficamos dançando por algum tempo e eu só deixei me levar pelo som da música.

“I wanna dance, and Love and dance again.

Only got just one life. This I’ve learned

Who cares what they’re gonna say

(Let’s do it do it do it)”.

Depois de mais ou menos uns 40 minutos na pista decidimos encostar em algum lugar. Eu já estava no 2º copo de tequila e queria mais, ajudava a relaxar.

Olhei para um canto escuro aonde havia uma escada e decidi ir sentar lá. Quando eu estava perto vi o senhor Willian conversando com uma mulher e rindo. Eu já ia saindo para não repararem a minha presença, mas ele me chamou.

_ Eu não sabia que você estaria aqui, lindinha _ falou rindo. _ Essa é a minha esposa Garcia. _ Me apresentou.

_ Muito prazer _ falei.

_ Igualmente _ sorriu. _ Então quer dizer que essa é a adorável garota que o Willian quer como namorada do Caleb?

_ Ah, comentou de mim, é? _ Comecei a rir.

_ Disse que você seria perfeita para ele.

_ Mas tenho certeza de que o Bruce também se interessaria por você _ o senhor Willian falou.

_ Ah... é... _ Nessa hora eu engasguei. _ Bruce?

_ É, o aniversariante, nosso outro filho.

_ Temos dois meninos e não poderíamos querer mais nada _ disse Garcia.

_ Nossa, que legal. _ Não, isso não era nenhum pouquinho legal. Isso significava que ELE estava por ali em algum lugar. Meu coração parou.

_ Spencer, eu estava te procurando. Preciso que você vá ao banheiro comigo _ Ellena veio atrás de mim.

_ Eu vou lá com ela. _ Falei. _ Foi um prazer conhecê-la, Garcia.

_ Igualmente.

Fui ao banheiro com Ellena e ela só queria me falar que Elliot estava ali na festa. Sem comentários. Falei do Caleb e ela ficou pasma. Éramos duas sem sorte ali. Até que rimos disso. Quando saímos do banheiro, que era perto dos quartos (fomos nesse porque o outro estava ocupado e nós queríamos conversar) eu vi ELE saindo de um dos quartos com uma menina. Me escondi e puxei Ellena para de trás da porta. Era aquela menina da escola. Eles deram um selinho e saíram andando, cada um para um lado. Grrr, se raiva matasse eu já estaria mortinha da silva e enterrada.

Mas eu estava ali para me divertir e esquecer TUDO. Foi um choque descobrir que ELE é irmão do Bruce, mas eu poderia de alguma forma me dar bem em cima disso.

Encostei-me ao balcão do Barman e um garçom passou do meu lado. Peguei um copo de tequila e virei metade de uma só vez. Eu estava irritada e não estava nem aí para as conseqüências, depois veríamos isso.

_ Cuidado, menina. Beber demais faz mal. _ Era uma voz forte e rouquinha. Bruce.

_ Refrigerante não faz mal _ menti.

_ Só um segredinho: _ ele se aproximou e sussurrou no meu ouvido _ Na minha festa não tem refrigerante. _ Sua boca roçou na minha orelha e sua voz soou bem sedutora, me fazendo arrepiar e morder o lábio. 

_ Nessa você me pegou. _ Ri e peguei mais um copo da bandeja de outro garçom que estava passando e tomei outro gole enorme.

_ Há há Pode parando de beber _ pegou o copo da minha mão e tomou o que sobrou. _ Para uma menina isso é muito forte.

_ Você não me conhece para saber o que é forte para mim _ arqueei uma sobrancelha.

_ Eu sei que você não bebe, porque você mesma me falou no dia em que fomos almoçar juntos.

_ Me pegou mais uma vez _ ri de novo.

_ Olá, Bruce _ Ellena apareceu do nada e o cumprimentou.

_ Olá, Ellena _ deram dois beijinhos.

_ Oi, Will _ falei quando o vi atrás da Ellena.

_ Oi. Spencer.

_ Bruce, nos perdoa por não termos trazido um presente, mas é que a gata da Spencer só decidiu na última hora vir a sua festa.

_ Que desconsideração, Spencer _ Bruce fingiu estar magoado.

_ Quem disse que eu não trouxe presente? _ falei rindo.

_ Você trouxe? _ Ell perguntou.

_ Um especial _ falei. Dei um sorrisinho malicioso, peguei o copo de batida da mão da Ellena e tomei um gole grande para criar coragem.

Olhei para o Bruce e sorri. Encarei seus olhos verdes e foi só então que eu notei a semelhança entre ele e Caleb. Isso seria legal. Passei meus braços em volta do seu pescoço e me aproximei devagar, sem tirar os olhos dele. Lhe dei um selinho e ouvi a Ellena dar um gritinho. Ri com isso e lhe dei outro selinho. Comecei a beijá-lo e minha língua já foi adentrando, pedindo passagem, e ele correspondeu. Ele agarrou a minha cintura e apertou me fazendo arrepiar, sua mão subiu até o meu pescoço e nosso beijo ficou mais intenso. Eu já estava irritada e beijá-lo era bom demais. Sua língua era macia e grossa e fazia movimentos circulares sincronizados com os meus. Como eu havia dito não me prenderia por causa de ninguém, principalmente se esse alguém fosse o Caleb.

_ Uau! _ Will exclamou rindo. _ Não é o meu aniversário, mas até eu quero um presente assim.

_ Esse é especial _ falei parando de beijar o Bruce, mas ele não tirou a mão de minha cintura.

_ Agora eu vou curtir a minha festa de uma forma diferente, galera. Se divirtam aí _ Bruce falou isso e pegou em minha mão, me guiando pela multidão.

Quando fui me dar conta, estávamos em seu quarto. Ele fechou a porta atrás de si e agarrou minha cintura, me beijando. Nossos corpos estavam bem colados e eu o puxava cada vez mais para mim, até que caímos na cama. Nós rimos e ele começou a passar a mão por minhas coxas, mas eu empurrei sua mão. Foi então que me dei conta de que não era isso o que eu queria. Ele não era quem eu queria estar beijando, não era quem eu queria estar abraçando, não era quem eu queria estar junto. Por mais que ele fosse uma pessoa muito legal e admirável, ele não era o Caleb.

_ Eu não posso, Bruce. _ Me sentei na cama e me afastei dele, abaixando a cabeça. _ Me desculpa.

_ Está tudo bem, Spence. _ Achei estranho ele me chamando pelo meu apelido. _ Eu não faria nada que você não quisesse ainda mais nessa situação.

_ Que situação? _ Fiquei sem entender.

_ “Alegrinha” _ falou rindo. _ Você é fraca pra bebidas, hein.

_ Nada haver, você que é exagerado _ brinquei.

_ Exagerado nada. Eu sei que se você estivesse bem não teria me beijado.

_ Ah, você fala o que não sabe.

_ Então você teria me beijado sem estar bêbada? _ Se aproximou e ficou roçando sua boca na minha.

_ Eu não estou bêbada _ falei com a respiração ofegante.

_ Está “alegrinha”. _ Rimos juntos e nossos corpos tremeram.

Ficamos sérios e ele ficou me dando selinhos. Sua mão foi ao meu pescoço e logo eu estava sentada em seu colo, não de uma forma vulgar, mas bonitinha. Continuamos nos beijando, mas foi mais por momento. Eu realmente não queria aquilo. Mas não daria um fora nele ali.

Nos beijamos mais uma vez e depois voltamos para a festa. Eu já fui pegando um copo de Uísque e virei de uma só vez. Era amargo.

Encontrei Ellena e ela ria da minha cara, só que não parecia a Ellena, ela ria e não conseguia parar, por qualquer coisinha que fosse o ataque voltava. Mas logo em seguida seu sorriso se desfez e eu não sei descrever sua expressão. Surpresa? Tristeza? Raiva? Acho que tudo ao mesmo tempo.

_ O que foi? _ Perguntei.

Ela não disse nada. Seus olhos encheram-se d’água e eu segui seu olhar. Meu irmão. Suzanne. Beijo.

RAIVA!!!

_ Eu sinto muito, Ell. _ Falei.

_ Não! Quer saber? Eu deveria ser que nem você.

Dessa vez foi ela quem tomou o copo de tequila de uma só vez. Só fui ver quando ela já estava agarrada com o Will o beijando fervorosamente. Uauuuuuuuuuuu!

...

Depois de esperarmos a Ellena parar de vomitar e de chorar ao mesmo tempo, Will nos levou embora. Bruce aproveitou para ir junto e ficou me beijando no banco de trás. O que eu tinha feito? É nisso que dá não pensar nas conseqüências.

Quando chegamos em casa Elliot estava jogado no sofá e ria que nem um idiota. Com certeza estava bêbado.

_ Spence? Hahahahaha Meu amigo está no seu quarto hahahahaha

_ Que amigo, Elliot? _ Eu me senti tonta e percebi que aquele era o efeito da tequila.

_ Hahahaha Meu amigo, ué.

Ellena se jogou no mesmo sofá que Elliot e capotou ali mesmo. Mas pude ver que mesmo bêbado Elliot passou a mão em seu ombro.

Eu subi para o meu quarto e quando abri a porta trombei com alguém.

_ M-me desculpa. _ ELE. _ Spencer?

_ Caleb? _ fiquei boquiaberta. _ O que você está fazendo no meu quarto?

_ Seu quarto? _ Arregalou os olhos. _ Esse aqui é o quarto da irmã do Elliot.

_ Mas ela... Hmm... Está viajando, ele não te falou? Então, tecnicamente, esse quarto é meu.

_ E você tem um quarto para você no quarto do seu namorado?

_ É, sabe.... Fico bastante aqui, sabe. É só que... _ Grrr, eu não conseguia parar de gaguejar. _ Eu... é...

_ Espera aí _ arqueou uma sobrancelha. _ Fica bastante aqui ou mora aqui, Spencer?

_ P-praticamente moro, sabe. _ Pisquei. _ Tempos modernos _ forcei um sorriso.

_ Tempos modernos, é? _ Ele parecia bravo. _ Como eu sou burro!

_ Como assim? _ fingi-me de desentendida.

_ Qual é seu nome mesmo? _ falou bem perto do meu ouvido.

_ Spencer, ué _ arregalei os olhos.

_ Que engraçado, esse não é um quarto só provisório enquanto a irmã do Elliot não volta de viagem?

_ Eu não estou entendendo aonde você quer chegar.

_ Porque teria uma plaquinha com o seu nome na porta do quarto da irmã do Elliot?

_ Eu... _ Paralisei. Meu coração parou de bater e eu não tinha mais como argumentar. Se eu não tivesse bebido tanto até poderia me sair melhor, mas eu estava sem condições.

_ Seu nome por um acaso seria Spencer Hedge? _ Ele me olhava profundamente.

_ Eu... é... _ Eu realmente não tinha mais o que falar.

_ Sim ou não?

_ Sim. _ Abaixei a cabeça.

_ Porque você mentiu pra mim? Porque você disse que era namorada do Elliot?

_ Porque sim, Caleb _ falei mais alto. _ E mesmo assim isso não teria mudado nada entre... _ me calei no meio da frase.

_ O que você quer dizer? _ Ele encostou seu corpo no meu e me prendeu contra a parede.

_ Eu vi você beijando aquela menina na festa, Caleb. A festa do seu irmão.

_ E o que isso tem haver?

_ Nada! _ gritei com os olhos cheios de lágrimas.

_ Isso te afetou? _ Ficou roçando sua boca em meu pescoço. Eu estava delirando e fora de mim. Aonde estava meu controle?

_ E se tivesse afetado? Não teria mudado nada, do mesmo jeito.

_ Não teria mudado o que? _ Sua boca roçava a minha e respirava fundo. _ Alguma coisa entre nós dois? Alguma coisa que eu deveria saber, mas que você não tem coragem de me contar? Me fala, o que é? _ Estávamos quase dando um selinho e eu já não pensava direito. Ele já fazia isso comigo naturalmente, imagina comigo bêbada e bem perto dele. Aquilo era coisa da minha cabeça ou estava mesmo acontecendo?

_ Eu não estou pronta para isso _ falei com a voz esganiçada. _ Eu vi muita coisa sua e fiquei sabendo muita coisa.

_ E isso também te afetou? _ Fez de novo essa pergunta e dessa vez ele passou sua mão por minha cintura. Seu hálito de hortelã estava me deixando louca. Mas eu não podia fazer nada naquele estado em que me encontrava.

_ Também não teria mudado nada. _ Respirei fundo e o empurrei quando percebi que não conseguiria mais segurar as lágrimas.

Saí correndo e me escondi no jardim. Eu precisava de ar! 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mereço Reviews? Gente, não gosto de pedir isso, mas se vocês acharem a Fic boa e quiserem recomendar, eu não ligo não ta kkk'
Até o próximo :3