Desculpa.

Por: Lemma.

Mas quem aquela garota pensava que era para se meter comigo? Não sou ninguém da espécie dela, e muito menos uma patricinha igual a ela, eu sou eu, Hyuuga Hinata.

Samui: Sua emo, você não volta me dirigir a palavra, tá legal? - Ela me ameaçou, dei um sorriso de canto e dei um passo para a frente, vendo-a recuar. O meu sorriso foi-se murchando ao ritmo que eu ia andando, cada vez mais rápido, e ela sempre recuava.

Hinata: Não sou emo, e se fosse? Tem algum problema com isso? Puta, eu não sou a sua mãe e muito menos uma amiga sua para enfiar os segredinhos no cu, se não sabe o que é uma verdadeira amizade então, pelo menos, não faça amigos. Amizade é aquela que você começa feliz, e acaba feliz, é interno. - Eu disse, sabe que mais? Que se fodam todos os que estiverem vendo essa briga, até mesmo a Directora, se for expulsa melhor ainda.

Samui: Baka! - A loirinha gritou e correu até mim com dificuldade, tentou me acertar um soco no rosto mas eu fui mais rápida e dei um soco na sua barriga, e vi-a vomitar um pouco de sangue. - Filha da PUTA!

Hinata: Não queria lhe explicar isso, mas não tenho outra opção. Aqui vai: ainda me lembro, era de manhã e a minha mãe me levou até à pré primária (tinha eu seis anos) e ela me disse que como em todos os dias da Mãe, que iriamos tomar sorvete e que depois iriamos a um sitio especial. Eu fiquei feliz em saber. Depois quando deu o horário de sair a minha mãe não chegava, eu estava com o meu peluchinho que meu primo Neji havia me dado, o horário de saída dela era 15h ou 15.30h, então fiquei sentada na porta até dar 18.30h, pedi para a Directora ligar para a minha mãe e ela não atendia. Eu estava com medo, então o meu primo Neji foi me buscar, ele não estava bem, estava estranho, havia fumado, ele tinha chorado mas olhava para mim e sorria, perguntei para ele sobre a minha mãe e ele não respondia, estava mal e com os olhos inchados. Quando cheguei em casa meu Otou-san estava lá com a minha irmã mais nova, Hanabi, ele me sentou na cadeira da sala e disse que a minha Kaa-sama tinha ido viajar, todas as noites eu esperava deitada na cama ela voltar, meu colegas diziam que ela nunca mais iria voltar, que ela havia morrido... mas para mim isso nunca aconteceu, o corpo dela nunca foi encontrado só mesmo o carro. E quer saber? Até mesmo hoje eu espero ela na minha cama, espero um dia em que ela abrirá a porta e exclamar: Hinata, eu te amo.

Vi que todos haviam ficado calados, chocados, mas era a mais pura realidade. Dei costas para ela e vi algumas pessoas chorando silenciosamente, vi até mesmo a Directora chocada pelo que eu tinha dito, não quis saber e corri, corri o mais rápido que eu pude e sai daquele colégio, sai do pé da merda daqueles idiotas que frequentam aquela escola, só me apetecia chorar, chorar muito e enfiar a minha cabeça num beco sem saída, mas eu sabia que tinha que ser forte, não podia chorar por causa de uma loira que não sabe do que se trata a palavra sentimentos e amor. Acalmei-me e quando já estava longe o suficiente daquele colégio, encostei-me em uma parede e deixei o meu corpo deslizar pela mesma, então foi quando eu fechei os olhos e passado alguns segundos reeabri-os, encarando uma figura masculina agachada a minha frente, estendendo a sua mão e com um pequeno sorriso no rosto.