O dia chegou e realmente tinha apagado na noite interior. Pensei que o que tinha acontecido ontem fosse apenas um pesadelo. Mas me olhei nos espelho e vi meus olhos com profundas olheiras de tanto chorar. Levantei e tomei meu café. Precisava fazer alguma coisa e esquecer aquilo. Resolvi ligar para Katy.

Alô Katy? – disse eu.

Oi, eu já ia te ligar...- disse ela- vamos fazer algo hoje? Você chama o Fr...- eu a interrompi.

Não tem mais Frank! – disse eu chorando- a gente terminou ontem...

Como assim “terminaram”?- ela disse aos berros- vocês mal começaram a namorar.

Eu também não entendi, ele é igual aos outros Katy. Só me magoam . – eu disse me lamentando.

Isso ta me cheirando muito mal, Cacau.- ela disse desconfiada- mas enfim, vamos esquecer isso, ok? Ele vai se arrepender e vai voltar.

Se for voltar pra me fazer sofrer novamente, não precisa..- disse eu revoltada.

É, mas então – disse ela mudando de assunto- estou indo aí, a gente pede uma pizza mais tarde, okay?

Ok, estou esperando- desliguei o celular.

Joguei o celular no sofá, liguei a TV e esperei Katy chegar.

Eu havia dormido muito e já era 13:30 da tarde. Não tinha NADA de interessante passando na TV então desliguei e fiquei deitada no sofá. Pensando. Até que algo me atrapalhou e era a campainha. Atendi. Era Katy que me viu e fez uma cara de “NOSSA”

Eu sei, eu to horrível- dei uma risada de lado.

Sim, você está – ela riu.

Passamos o resto da tarde rindo e lembrando das coisas que a gente fazia quando pequenas. Até que deu 21:00 e tudo ficou tão calmo.

Porque ele tinha que ter feito isso comigo?- Disse com a tristeza tomando conta de mim novamente.

Hã? – disse Katy prestando conta na TV.

O Frank,Katy! Porque ele fez isso comigo? Eu sou a pior filha da puta do mundo. Quero morrer.

Olha aqui Cacau – ela disse em um tom sério- eu sei que Frank gosta de você, ele deve ter motivos pra ter feito isso. De tempo ao tempo.

Vou tentar- disse deitando novamente.

Ficamos ali. A noite inteira. Katy dormiu em casa. Iriamos juntas para a escola no dia seguinte.

–-

Acordei e logo depois Katy também despertou. Era 11:00 e a gente tinha que se arrumar. Nos arrumamos, tomamos café e fomos para a escola.

Eu realmente não sabia como eu ia conseguir olhar para Frank. Não mesmo!

Cheguei naquele inferno de escola. Será que Gerard, Ray e Mikey sabiam que a gente tinha terminado? Sinceramente eu não sabia. Entrei na escola e vi Ray que me deu ‘Oi’, e eu retribui é claro. Só então fui pra aula.

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Era hora do recreio. Eu ainda não tinha visto Frank. Até que vi. E não estava sozinho. Estava com uma... uma garota! ASHLEY! Porque ela me odiava? Eu queria, morrer. Sem duvidas.

Ele me olhou e fingiu que não viu, enquanto Ashley estava agarrada com ele.

MEU DEUS! QUE ÓDIO. EU TINHA QUE ME CONTROLAR... ME CONTROLAR...ME CONTROLAR... Até que Ashley me irritou com seu oizinho falso

“Oi minha flor? – disse ela rindo.

... E EU NÃO AGUENTEI! VOEI EM CIMA DELA.

“FLOR? GAROTA SE NÃO SABE COM QUEM VOCÊ TA MEXENDO”- Disse gritando.

“Ta bravinha só porque o Frank preferiu eu, do que você? “ – ela riu.

Lhe dei um tapa. E ela me deu outro. Até que eu lhe dei um chute e ela caiu no chão.

“COITADA DE VOCÊ QUERIDA”- disse gritando.

Frank tentava segurar sua namorada, enquanto Gerard me puxava para traz. Até que conseguiram nos separar.

Que coisa feia Cacau, brigando na escola? – Gerard parecia estar se divertindo com aquela situação.

Cacau, você devia ter se contido- disse Katy arrumando meu cabelo.

Me contido? Você viu o que aquela vadia fez? Ela estava com o MEU namorado e você queria que eu fizesse o que? Porra, não dava para simplesmente eu ir e fingir que nada aconteceu- disse gritando.

Katy, melhor você ficar na sua se não vai acabar apanhando junto- disse Ray entre gargalhadas.

Eu tive que rir. Pelo menos Ray me divertia.

Fui chamada na diretoria. Que droga! Eles ligaram para minha mãe que foi me buscar na escola me dando sermões! E tudo pra acabar com a minha vida ela iria me deixar de castigo! Muito legal isso. Cheguei em casa, me tranquei no quarto. Dormi e acordei com meu celular tocando. Atendi sem ver quem era na tela. E logo reconheci a voz.

“Frank?” – disse não acreditando.

“Pode me encontrar na praça, agora?” – disse ele. Parecia preocupado com algo.

“Sim, já estou indo.”- desliguei.

Não sabia porque Frank queria falar comigo. Mas eu iria ir até a praça.

Como estava de pijama, puis uma calça jeans, uma blusa preta, e um all star. Deixei meu cabelo solto.

–-

Cheguei na praça. Lá estava ele. Sentado olhando pro céu. Sentei ao seu lado do banco. E ele percebeu que eu estava ali.

“O que você quer Frank?” – eu disse seca.

“Esclarecer, tudo...”- ele disse.

“Então esclareça...” -eu disse.

“Me desculpa ter terminado com você, do nada. Eu estou com problemas. E você não ia me entender.”- ele disse pegando na minha mão e se aproximando mais.

“Frank... eu vou entender. Me fala “ – disse eu.

“É Ashley...”

MEU SANGUE SOBIU.

“O QUE QUE TEM ESSA GAROTA?”- disse eu quase gritando.

“Ela está grávida, de mim.”

Não acreditei. Fiquei gelada. E calada.

“Esta vendo...- ele continuou- eu sabia que você não ia entender.”

“Como aconteceu isso Frank?”

“Acontecendo ué – ele deu uma risada- no começo achei que era mentira dela, mas não, ela fez o teste.”

“Já contou isso pro seus pais?”

“Não...”- disse ele.

“Mas, não é só por isso que a gente tem que se separar, eu entendo Frank.”- disse eu.

“Você não conhece Ashley, ela não vai nos deixam em paz”- disse ele.

“Você tem razão- disse eu concordando- então, felicidades pra vocês...”- deixei uma lagrima escapar.

Ele secou minha lagrima e me beijou delicadamente. Eu precisava daquilo. Eu precisava, dele.

“Preciso ir”- disse ele olhando nos meu olhos.

“Por favor...”- disse eu.

“Tchau...”- disse ele se levantando.

Não acreditava. Me levantei e fui para casa. Não estava com cabeça pra nada. Então, fui pro meu quarto, onde dormi.