Acordei. Não vi Frank do meu lado. A noite passada eu realmente apaguei. “Será que minha mãe pegou a gente juntos?” Pensei. Então ouvi meu celular tocar.

“Alo?” – eu disse sem nem mesmo ver quem era.

“Oi – reconheci a voz, era Katy- quanto tempo em menina?!”

“Ah Katy, preciso contar varias coisas pra você amiga.” – disse a ela.

Ficamos ali, batendo papo, pelo resto da tarde.

(Frank POV)

A noite passada tinha sido a melhor da minha vida. Eu tive que sair de lá sem que acordasse a Cacau. Estava com medo de a mãe dela chegasse e me chutasse dali. Aquela história daquela carta não me saia da cabeça. Será que foi Ashley ou algum amigo que quis fazer uma brincadeira? Bom, já passou.

Ouvi a campainha tocar. Fui atender e me arrependi. Era minha ex. Ashley. Porra, essa garota  não entende que eu não quero mais nada com ela?

“Oi meu amor...- disse ela passando a mão no meu pescoço só pra me irritar- como vai vc?”

“O que você quer aqui Ashley?” – fui direto ao ponto.

“Só quero te dar um aviso. Larga da sua namoradinha, agora.” – disse ela.

“O QUE? – dei uma gargalhada- você é doente.”

“Ah é? Se você não largar dela eu falo pra todo mundo que eu estou grávida de você meu amor. E acabo com esse seu namorinho de contos de fadas.” – ela disse dando risada.

“Ashley, sai daqui”- fechei a porta em sua cara.

O que eu ia fazer? Estava perdido. A Cacau nunca ia me perdoar por isso. Mas eu tinha que fazer.

Tomei um banho para esfriar a cabeça, como era sábado não teria nada para fazer o dia inteiro.

Aquilo que a Ashley tinha falado não me saia da cabeça. Então resolvi ligar para Cacau para fazer o que eu tinha que fazer e esquecer de vez essa história.

“Alô?” – disse ela.

“Oi, posso ir aí hoje a noite?”- disse eu.

“Pode sim... – disse ela feliz- que horas?”

“Lá pras 21:00 eu apareço ai”

“Ok”- ela desligou.

Não queria magoar Cacau, mas era preciso. Estava me sentindo mal por isso.

(Cacau POV)

Conversei com Katy a tarde inteira. Contei sobre minha primeira vez  com Frank e ela achou que a gente foi rápido demais. Em partes eu também concordava com ela. Afinal, eu tenho 15 anos. Desliguei o celular e logo ouvi ele tocando de novo.

“Alô?”- eu disse

Era Frank.

“Oi, posso ir aí hoje a noite?”- ele parecia desanimado.

“Pode sim...- disse eu feliz- que horas?”

“Lá pras 21:00 eu apareço aí” – disse ele pensativo.

“Ok”- desliguei o celular.

Frank estava estranho. Estava triste e isso não era o normal dele. Estava começando a ficar preocupada. Comecei ficar agoniada. Estava nervosa, mas eu não sabia exatamente porque.

Tomei um banho gelado, pois já era 20:00. Vesti uma blusinha larga e um short jeans.

Deu 21:00 a campainha tocou. Era Frank.

Oi – me deu um selinho seco.

Oi? – retribui.

Bom a gente precisa conversar – disse ele abaixando a cabeça.

Pode falar – disse eu tremendo.

Bom – ele começou- a gente não vai dar certo junto Cacau.

Não dar certo? – disse indignada- como assim? Você arranjou outra?

Não, não é isso. É que... meu passado...- disse ele abaixando a cabeça.

Seu passado? Frank Iero, não faz isso comigo. Ontem eu tive a noite mais incrível da minha vida. Agora você me faz pensar que é tudo um pesadelo. Você...- ele me interrompeu com um beijo.

Me desculpa, mas é preciso...- ele disse entre os beijos.

Afastei-o de mim.

Nunca mais olha na minha cara Frank, você me iludiu- eu disse derramando uma lágrima.

Me desculpa...- disse ele arrependido- você vai me entender, e vai entender que não é fácil pra mim também...

Sai daqui- eu disse o levando até a porta.

Ok- ele disse.

Ele se virou e eu fechei a porta em sua cara.

Não podia acreditar no que estava acontecendo. Seria tudo ilusão? Frank, porque você fez isso comigo?

Me encostei na porta e escorreguei até o chão. Desabei. Chorei ali por uns 30 minutos.

Logo depois fui para meu quarto, onde eu chorei mais ainda. Não podia acreditar.

O que estaria acontecendo com Frank? Ela não era assim. Tão frio.

Pensei nisso por horas e horas. Chorando. Até que adormeci.