Acordei de madrugada. Duas horas da manhã. Fui pra cozinha e tomei um copo d’agua. Ouvi meu celular tocar. Atendi.

“Alô”- disse uma voz que eu não conhecia.

“Oi?”- eu disse.

“É-éé-é a doutora Cacau?”- disse uma mulher, parecia nervosa.

“Sim, sou eu. Quem é?”- perguntei.

“Aqui é a mãe de Ashley, queria avisar que ela foi pro hospital á meia hora atrás e estava passando muito mal”- disse ela chorando

“Okay, estou indo aí, fica calma”- disse eu

“Ok”- ela desligou.

Me arrumei e fui correndo para o hospital.

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Cheguei na recepção.

“Quero ver a Ashley Simmons”

“Senhora ela está sendo atendida”- ela disse

“Não interessa, eu sou a medica dela, eu quero vê-la”- disse eu dando um murro no balcão.

“Ok,  está na sala de exame”- ela disse assustada

“Obrigada”- disse seca

Fui até a sala. Os médicos estavam desesperados. Numa correria. Cheguei perto da cama e Ashley estava pálida e se debatendo.

“O que está acontecendo aqui?”- perguntei para o médico Joseph.

“Oi, você é a médica né, ela esta tendo uma parada cardíaca, precisamos de ajuda”- disse ele ajustando o desfibrilador.

Eu realmente estava com más pensamentos sobre o que ia acontecer com Ashley. Ela não iria aguentar.

“ELA NÃO VAI AGUENTAR”- gritei

Nesse momento os batimentos cardíacos dela pararam, como mostrava no aparelho logo ao lado.

“Hora da morte: 2:45”- disse o medico abaixando a cabeça.

Realmente fiquei muito mal. Ela tinha tudo pra ser alguém na vida, e agora, teve uma morte assim, do nada.

“Adeus Ashley”- disse eu saindo da sala.

Me senti arrepiada. Olhei para cama aonde estava Ashley e pude ver uma mulher, uma garota de branco ao lado, olhando para Ashley morta e sorrindo. Era Ashley e estava como era antes, no colegial. Fui em direção a ela e ela percebeu minha presença.

“Ashley??”- disse eu me aproximando.

“Me desculpa”- disse ela desaparecendo

Eu estava ficando louca, completamente louco. Então fui pra casa.

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Cheguei em casa. Desabei. Sim, eu chorei. E Então fiz um café. Café sempre me acalmou. Me deitei no sofá e dormi.

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Dez horas acordei. Resolvi ligar pra Frank, que aliás não sabia da noticia e achei que ele precisava saber.

“Frank”- disse eu

“Oi”- disse ele animado

“Ashley se foi”

“O que? Como?”- ele disse

“Ela se foi”- eu disse

“Estou indo ai”- ele disse

“Okay”- desliguei o celular