Memories From Those Moments escrita por Agatha Fawkes


Capítulo 13
Capítulo 13 O Legado




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"He really loved you, Agatha, very much..." Disse Louis quando eu terminei de ler a carta, como uma maneira de tentar me tranquilizar, mas isso não ajudou lá muita coisa! Todos os quatro estavam bem, um pouco fracos e com uns arranhões, Louis torcera o tornozelo, mas todos sãos e salvos, com suas esposas e seus filhos presentes para alegrar ainda mais o retorno deles.

"We owe everything to you, Agatha, We would probably be dead at this time if you haven't found us..." Disse o outro, o Liam, enquanto eu dava detalhes de como todo o sucedido ocorrera.

"No, you owe nothing to me. It's Zayn who you'd be thankful to..." Eu respondi enxugando umas últimas lágrimas que caíam e outros dois começaram a chorar também com saudades do grande amigo que fez por eles o que poucos fariam, só os verdadeiros mesmo. Passei um pedaço da tarde com eles lá e relembramos aquela nossa adolescência, os ensaios na garagem, a escola, as músicas da época, as trapalhadas deles, os trotes... Ah, rimos muito, apesar das lágrimas que antes derramamos. Quando eu e Zayn namorávamos eu não era tão próxima de seus amigos, conhecia mesmo de vista e de alguns ensaios, mas decorar nomes nunca foi meu forte, preferia ficar calada. Conheci suas esposas e, detalhe que a esposa de Niall era Demi Lovato! Ela era uma cantora muito famosa na minha época, linda demais! Me segurei para não surtar feito uma adolescente. A esposa de Liam era Danielle, a de Louis se chamava Eleanor e Harry, bem, ele não era casado, mas tinha uma namorada, ele sempre teve fama de galanteador mesmo nos nossos tempos de escola... Ela era muito simpática também, mas não lembro seu nome. Por incrível que pareça, eu e os quatro senhores e suas respectivas famílias nos tornamos muito amigos, fazíamos visitas um aos outros, combinávamos pique-niques e viagens de férias. Acho que esse foi mais um dos legados de Zayn, ele partira, mas deixou-me aqui como uma espécie de consolo, óbvio que ele é insubstituível, mas eu era como se fosse a prova viva, o instrumento do amor e da amizade de Zayn por eles.

Naquela mesma tarde, quando cheguei em casa, deparei com Charlie em pé na sala de estar e um ar interrogativo, me senti novamente aquela Agatha de quinze, dezesseis anos, que quando chegava em casa encontrava seus pais de braços cruzados e batendo o pé, já cientes de algum malfeito seu. Eu ainda não contara a história a ele, então, foi justamente isto que eu fiz, eu contei tudo, inclusive os acontecidos de noite passada e mostrei-lhe a carta. Ele estava perplexo.

"Durante todo esse tempo a senhora nunca esqueceu este homem, mamãe? O papai sabia disso?"Ciúmes, era isso que eu via nos olhos de Charlie, pois além de seu pai, ele não pensava que outros pudessem ter lugar no meu coração. Ele não tinha o direito de me julgar.

"Sim, eu nunca o esqueci e não, seu pai não sabia dessa história, apesar de saber existir algo de triste em meu passado que eu lutava para esquecer. E acredite, Charlie, eu tentei, mas esse sentimento era forte demais e dadas as circunstâncias em que tudo aconteceu, eu não conseguiria deixar toda uma vida para trás da noite pro dia. Ele acima de tudo era meu melhor amigo. Mesmo não o tendo esquecido, isso nunca significará que eu alguma vez traí seu pai, pois eu o amava também, éramos muito felizes e eu nunca procurei ninguém que não fosse ele, eu sabia que apesar de tudo, minha história com Zayn havia ficado no passado, a nossa vez passara. Você não tem o direito de me julgar, ou de julgá-lo. Ele também era uma boa pessoa, sabia? Viu o que ele fez por seus amigos e por mim mesmo já estando morto? Tenho certeza que seu pai, meu filho,  onde quer que ele esteja, está entendendo tudo o que estou aqui falando e não se sente chateado ou diminuído, ele me amava o bastante para saber que eu era imperfeita e que meu coração era - é - grande, capaz de abarcar o mundo, se preciso fosse."

"Desculpe-me mamãe, é que é tudo muito repentino, essa história, o que aconteceu ontem, essa carta, que à propósito é muito bonita...."

"Não tem do que se desculpar, meu filho, eu entendo." Disse abraçando-o ternamente, meu menininho, agora tão grande.... Ele se levantou e foi chamar as crianças para jantar. Helen, quando passou por mim, piscou o olho, ela escutara a conversa, pois seu quarto era próximo à sala de estar e, apesar de não falar português, deve ter subentendido do que se tratava.

"He would have made you happy."Sussurrou Sarah quando se inclinou para servir a lasanha. Não podia ser mais grata a Deus por ter uma família tão maravilhosa como aquela. Tudo estava bem, agora. Não havia mais segredos.


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Notas finais do capítulo

tá acabando, né gente? sniff sniff =´( Mas não se preocupe, tudo o que posso dizer é que haverá mais algumas surpresinhas no grand finale!!!



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