O Abismo escrita por Miss Weird


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas, não sei se estou em dias com as postagens, simplesmente não me lembro qual foi o ultimo dia que eu postei e não, e não fui conferir também, mas creio que se não estou em dia não estou muuuito atrasada também.
Enfim, esse capitulo não acontece nada de "ÓH MEU DEUS A BAGAÇA VAI PEGAR FOGO" mas aqui estou esclarecendo algumas coisas, como algo que eu havia me esquecido de por, que era a situação do reino xD
Eeeeeeeenfiiiiim, vamo pra história neh? ~le sai de fininho e escondendo o rosto~



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Era possível sentir uma energia muito poderosa vindo daquela bola misteriosa. Uma energia intimidadora, mas muito familiar, algo semelhante à energia da própria garota, como se estivesse vindo dela, mas ao mesmo tempo parecia estar vindo de outro alguém.

Lindsay se aproximou da bola de fogo, mas hesitou em toca-la. Quando se virou para encarar Jack para buscar algum sinal de que ela não devia temer seguir em frente, não encontrou nada na cela. Ela estava completamente vazia. Ela buscou pela cela aquele senhor estranho, mas não tinha ninguém ali. Como ele havia saído da cela? Ela se virou novamente para a bola de fogo e um grito morreu em sua garganta ao encontrar Jack bem à sua frente lhe encarando com um sorriso assustador. Ele se jogou em cima da garota e tudo ficou escuro.

~*~*~

Um cheiro estranho impregnava as narinas de Lindsay. Ela estava de olhos fechados, e não tinha certeza de que queria abri-los. Barulhos de passos apreçados, e de crianças brincando começaram a surgir, mas quando ouviu o barulho de um cavalo trotando em sua direção foi que resolveu abrir os olhos. Quando encontro uma charrete vindo em sua direção, levantou-se do chão sujo num pulo, indo parar ao lado de uma fonte de água que parecia estar bem no meio daquele lugar.

- Não se preocupe, ninguém pode te ver ou te tocar – o dono da voz era Jack, que estava sentado na mureta da fonte e encarava a garota com um sorriso divertido.

- Onde estou? – perguntou Lindsay demonstrando irritação na voz.

- Aqui minha cara, é o reino de Hector, ou melhor, o reino de Clarissa – Lindsay olhou ao seu redor e só encontrou pessoas sorrindo e seguindo suas vidas sem se darem conta de sua presença. – Quero que você veja a vila como era antes de Hector – disse Jack se levantando – e depois lhe mostrarei como ela está hoje em dia – ele fez sinal para que Lindsay a seguisse e começou a caminhar, mas a garota continuou parada.

- Quem é você? – Chamou ela, fazendo com que Jack lhe lançasse um olhar de tedio. – Quem é você, de verdade? – perguntou com mais firmeza.

- Realmente não sabe quem sou menina? – Perguntou-lhe naquele tom bondoso e frio que Lindsay já não sabia mais se podia confiar.

Mil coisas se passavam pela mente de Lindsay. É claro que ela tinha uma ideia de quem era esse maluco, mas queria ter certeza antes de chutar, e mais, queria ouvi-lo dizer quem era. Como se só assim não sobrariam mais duvidas em sua mente.

- Tenho uma ideia, mas prefiro que você me diga – respondeu ainda sem se mover um único milímetro.

- Façamos assim então – disse Jack indo em sua direção. – Você me acompanha como uma boa garota e esperta que eu sei que é , e no final do nosso tour eu lhe conto quem sou.

- Certo – concordou Lindsay.

As ruas eram bem movimentadas, cheias de pessoas andando para todos os lados, o cheiro de comida que vinha das casas era simplesmente delicioso. Um grupo de garotos passou correndo, pareciam estar brincando de pega. Uma das crianças chamou a atenção de Lindsay. Um menino de cabelos e olhos escuros.

Curiosa, Lindsay resolveu seguir as crianças. Jack que ia na frente, percebeu que a garota havia mudado o curso da caminhada, e ao notar o motivo seguiu-a sem falar nada. As crianças pararam numa praça em frente a algo que parecia ser uma escola, elas continuavam brincando e se divertindo como qualquer outra criança.

- Reconhece o garoto mais baixo? – perguntou Jack assustando um pouco Lindsay que estava distraída observando as crianças.

- É ele mesmo? – perguntou Lindsay ainda olhando para um pequeno Axel que corria e fazia pequenos truques com fogo para impressionar as crianças.

- Nessa época ele ainda não morava no palácio, mas já tinha perdido seus pais – disse Jack com um sorriso bondoso. – Nessa época também não tinha perigo os órfãos andarem pelas ruas para brincarem.

- São todos órfãos? – perguntou Lindsay apontando para as outras crianças.

- Sim, todas elas.

Jack pôs a mão no ombro de Lindsay e começou a guia-la novamente. Por todos os lados, qualquer canto, qualquer misera esquina que você olhasse, só veria alegria e paz se espalhando. Era um lugar agradável. Ali, Lindsay se sentiu em casa pela primeira vez em dias.

- É realmente uma das melhores sensações andar por aqui, você não concorda? – Perguntou Jack.

- Realmente – respondeu Lindsay sorrindo. Sorriso esse que sumiu com a pergunta que veio a seguir. – O que houve com esse lugar quando Hector tomou o trono?

- Bom... – começou Jack – A primeira crise foi a noticia da morte de Clarissa, o povo simplesmente não conseguia acreditar que alguém realmente havia conseguido chegar perto dela, muito menos que haviam conseguido chegar perto a ponto de mata-la. A segunda crise veio quando Hector subiu ao trono e proibiu a cidade de fazer qualquer tipo de homenagem à Clarissa, afinal, isso era um absurdo. Mas a pior coisa que aconteceu nesse dia, foi quando Hector trouxe um decreto com inúmeras regras, tirando qualquer liberdade que o povo da cidade tinha – a voz de Jack demostrava cansaço, magoa, e uma tristeza profunda. – Venha menina, você vai ter que ver com os seus próprios olhos para entender o que houve com este lugar.

Com um movimento de mão, Jack fez com que conforme eles fossem andando a paisagem ao redor deles fosse mudando. As belas casas, as crianças brincando, as pessoas rindo, a felicidade solta no ar, tudo isso foi sumindo e dando lugar a um lugar medonho. As casas que antes eram coloridas e bem habitadas, agora eram escuras e gastas, algumas até tinham pedaços de madeiras nas janelas e nas portas como se estivessem abandonas, mas se você se aproximasse mais veria que ainda eram habitadas.

As ruas estavam completamente vazias. Não haviam comércios ou crianças brincando. Um lugar que antes era acolhedor agora causava calafrios ao andar pelas ruas. Nem barulho de animais de rua você conseguiriam escutar. Todos estavam aprisionados em suas casas. Mas do que eles estavam fugindo? De onde estava vindo todo aquele medo que se alastrava como uma praga por todos os cantos?

Aquilo havia virado uma cidade fantasma.

- O que houve aqui Jack? – perguntou Lindsay sentindo um nó se formando em sua garganta conforme iam se aprofundando mais naquela ferida em forma de cidade.

- Quando Hector assumiu o trono, novas regras vieram como eu havia lhe dito agora pouco, os impostos aumentaram absurdamente. A desculpa que haviam usado era par reforma na cidade, mas essa reforma nunca veio e nenhum deles soube o que foi feito com o dinheiro. Um tempo depois começou os desaparecimentos dos imortais. Veja bem, a cidade é composta de imortais e de pessoas comuns, mas apenas os imortais desapareceram. Com isso todos começaram a se aprisionar em suas casas com medo de serem os próximos a sumirem.

- Tudo bem – disse Lindsay parando de andar. – Primeiro. Como você sabe o motivo dos desaparecimentos? E segundo. Pela segunda vez, quem é você?

Jack que havia parado de andar também e estava a uma pequena distância de Lindsay, finalmente se virou e encarou a garota. Sua expressão parecia misturar divertimento e impaciência. Ele avançou alguns passos em direção à Lindsay, mas o olhar que foi lançado à garota fez com que ela recuasse.

- Quem sou eu Lindsay? – perguntou Jack. – Vamos, me responda, você sabe a resposta.


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Notas finais do capítulo

Enntão meu povo, se estiver uma bosta deixe um review se não estiver também deixe um review ^^
Não vou confirmar nada, mas talvez,repito, TALVEZ, eu poste de novo mais tarde, se eu conseguir terminar o proximo cap, se não só semana que vem mesmo ^^
Beijinhos