Um Dia na Praia escrita por Machene


Capítulo 3
Ela Tem Namorado!




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Cap. 3

Ela Tem Namorado!


Já que Zuko reservou um quarto de hotel no nome da mãe para ele e os amigos passarem o fim-de-semana na praia, depois de uma boa noite de sono todos voltam a ela, para curti-la mais antes de ir embora. Willa aparece com um avental e bandeja na mão quando eles chegam.


– Ajudando os garçons? – Toph é a primeira a falar com ela e Willa ri divertida.

– Querem alguma coisa? – ela pergunta assim que todos se juntam.

– Uma porção de batatas fritas e dois refrigerantes. Pode ser guaraná. – Sokka fala e leva a namorada para a mesma barraca da noite anterior, que por sorte está livre.

– O mesmo e mais uma porção de bolinhas de queijo! – Aang pede animado, esfregando as mãos, e Willa ri antes de Katara, rindo também, o puxar pelo braço para seguir o primeiro casal.

– Eu só quero um protetor solar, mas me esqueci do meu no hotel. – Toph lamenta.

– Tudo bem, use o meu. – Willa pega o frasco sobre o balcão de pedidos e entrega.

– Valeu! E é o mesmo fator! – Toph comemora e sai atrás dos amigos.

– E você Zuko? Quer alguma coisa também? – ela põe a mão livre na cintura.

– Ah quero! – ele cora, mas mantem o sorriso safado – Você! – Willa ri igualmente corada – Quando sai do serviço?

– Bumi só me libera no almoço. Já que eu como pouco, não preciso trabalhar muito! – eles riem – Só precisa esperar um pouco. Isto é, se aguentar passar muito tempo longe de mim!

– Eu vou tentar. – ela ri novamente – Já disse que adoro o seu sorriso?

– Pare de me provocar! – Zuko ri enquanto Willa passa por ele e bate levemente nas suas costas com as costas da mão – Vá se proteger do sol, sedutor!


Zuko ainda fica a observando sumir detrás da barraca de pedidos antes de se reunir com o grupo de amigos. Eles o recepcionam com olhares maliciosos que ele tenta ignorar. Mais tarde, a moça volta com os pedidos deles e aproveita a distração dos outros pra comida pra piscar para o mais novo admirador, que cora automaticamente. É minha gente... Um luau faz tão bem!... A Willa e ele nem sequer se beijaram ontem, mas o clima ficou visivelmente picante na dança.


Dentre as várias músicas que eles dançaram entre a roda de pessoas formada, uma delas o instigou a dar mais um passo antes de ir embora e não vê-la mais. E foi esta:


(http://www.youtube.com/watch?v=KtsV4bWPHsY&feature=related&noredirect=1)


Mas devemos lembrar que Azula não está muito satisfeita com isso, e que dirá Mai! Elas arquitetaram um plano ontem, dormiram em um quarto no mesmo hotel de Zuko e dos outros e combinaram de levantar juntas pra segui-los de manhã. Mesmo se acabando de sono e aos finos protestos, Tai Li foi obrigada a vir também. Agora as três observam o grupo a três barracas de distância. Quando Willa passa por elas, Azula ergue a mão e a chama com dois dedos.


– Da licença queridinha! – Willa se aproxima e entra em alerta quando percebe quem é.

– O que vai querer? – Willa tenta manter o sorriso.

– Uma porção de corações, muito bem passados. – a garota estremece com o pedido, porém, tenta disfarçar o nervosismo e balança com a cabeça para o sorriso assustador de Azula antes de se afastar – Ela tem medo de mim! – ri.

– E quem não tem? – Tai Li boceja antes da garota a olhar com raiva.

– O Zuko tá caidinho por ela!... – Mai comenta enquanto olha o rapaz de longe, e as suas acompanhantes notam o quanto sua voz saiu invejosa e tristonha.

– Não se preocupe querida. Ela logo vai cair. – Azula diz confiante e toma seu suco.

– Não tenho tanta certeza disso. – Mai endireita o corpo pra frente e brinca com um garfo – Ela é esperta! Com certeza as amiguinhas dela já devem ter avisado que eu sou a ex dele!

– E vai continuar a ser reconhecida assim enquanto não parar de correr atrás dele Mai.

– Cala essa boca Tai Li! – Mai grita, aborrecida, e a garota dá de ombros, deitando a sua cabeça no apoio dos braços – Azula, é sério! Seu plano é bom?

– E ainda tem dúvida? Espere o meu fã-clube chegar.


Duas horas mais tarde, com o sol das nove da manhã, Aang e Katara resolvem nadar. Em pura preguiça, Toph se refugia debaixo do guarda-sol novamente para tirar um cochilo e Zuko a acompanha. Sokka começa a construir uma tentativa de escultura na areia enquanto Suki está sentada na toalha próxima dele, tomando sol. Quando ele termina, Aang e Katara chegam perto.


– Sokka, o que é isso? – a irmã apoia as mãos nos joelhos para ver de perto o amontoado de terra molhada envolta em algas marinhas.

– Gostou? – Sokka aponta com um sorriso vitorioso a escultura e chama a atenção de Suki.

– O que é? Um monstro marinho? – Aang chuta e os dois começam a rir da cara de Sokka.

– Não, é a Suki! – ele aponta com veemência para a escultura.

– Mas não parece. – Katara põe a mão na cintura e Aang continua rindo.

– Eu gostei. – Suki anuncia e, contente, seu namorado corre para abraça-la, ajoelhando-se na areia e beijando sua bochecha direita.

– Nunca vou entendê-los. – Katara balança a cabeça para os lados e ri.

– Ei Katara, vamos tentar fazer um anjo na areia! Aquele lado da praia tá molhado!

– Tá! – ela concorda e sai correndo atrás do namorado.


Na hora do almoço, quando finalmente Willa é liberada, Zuko parece despertar como uma mágica do sono, sem despertador algum. Mesmo assim, ele permanece de olhos fechados até sua garota fazer sombra sobre si. Zuko abre os olhos e sorri quando a vê pondo uma mecha dos seus cabelos atrás da orelha direita. Ela ajoelha ao seu lado, tomando cuidado com o vestido.


– Quando você vai embora? – ele retira as mãos detrás da cabeça e senta, olhando-a.

– Não se preocupe com isso agora. Independente do tempo que ainda temos, eu vou te ver novamente. – Zuko toca seu rosto e ela sorri, colocando sua mão sobre a dele.

– Espero que sim. Eu gosto de você. – os dois coram, mas mantem os sorrisos.


De repente uma zoada estarrecedora cobre o ambiente. Toph levanta com um susto e todo o grupo se reúne para ver o que está acontecendo. Bumi observa da barraca de pedidos sua praia ser tomada pelo fã-clube de Azula. Automaticamente, alguns banhistas parecem reconhecer sua mais nova modelo midiática e a cercam, mas se mantem distantes pelos homens do fã-clube. Em completo orgulho, de nariz empinado e mão na cintura, ela caminha com as amigas até Willa.


Um tanto assustada pela quantidade de homens, ela levanta e recua. Zuko entra na frente dela com a impressão clara de que a irmã vai aprontar alguma. Inesperadamente, ela apenas vai para o lado e começa a posar para fotos ao lado de Mai e Tai Li, também dando autógrafos. Sem entender, os amigos se distraem fazendo comentários. Inesperadamente, o fã-clube de Azula vê Willa e cai sobre ela, fazendo elogios. Ela recebe em três minutos quatro propostas de namoro!


Aborrecido, Zuko tenta entrar na confusão para tirá-la dali, mas não consegue. Em pouco tempo, outros homens descomprometidos na praia começam a aparecer e dar em cima de Katara, alegando que ela marcou de se encontrar com todos quando Aang não estivesse por perto. Todo o barraco irrita Bumi, que reúne os seguranças para tentar mandar embora os arruaceiros. Em uma distância segura, Azula assiste tudo as gargalhadas. Mai ri de braços cruzados.


– Tem certeza que pedindo ao fã-clube pra fingir gostar da Willa e pagando a esses outros solteiros para dizer que marcaram de sair com a Katara nós vamos conseguir manda-las embora?

– Claro Mai! – Azula garante – Os homens são tão manipuláveis! – as duas riem.

– O Zuko parece estar preocupado com ela. – Tai Li comenta e retira o sorriso de Mai.

– Não se incomode! – Azula põe uma mão no ombro da amiga – Vê? Ele não pode entrar na roda do meu fã-clube e tirá-la de lá mesmo se esforçando. Ela vai ficar tão aborrecida com ele por não consegui salvá-la que nunca mais vai querer vê-lo de novo!

– E o que a Katara tem a ver com a história? – Tai Li questiona.

– Ela me irritou! É justo que passe vergonha também! – Azula grita aborrecida e Tai Li se aborrece, quase rosnando alto e surpreendendo as outras duas.

– Eu tô cansada disso! – ela as encara – E de vocês duas! São terríveis! Não conseguem se divertir sem irritar ou envergonhar as outras pessoas? Eu não quero tomar parte nisso!

– Então pode ir embora querida! – Azula balança a mão, enxotando-a, e ela sai andando a passos duros em direção à confusão na beira do mar.

– Onde está indo? Se nos delatar, você vai estar muito encrencada!

– Eu não preciso! – ela grita sem se virar – O cheiro da maldade de vocês a gente sente de longe! – as duas rosnam com raiva enquanto Tai Li se aproxima dos homens ao redor de Katara – Ei! – ela chama a atenção deles – O acordo está desfeito. Podem ir embora! – eles balançam os ombros e vão – Eu sinto muito por isso.

– Você os mandou contarem aquelas mentiras? – a raiva de Aang é redirecionada.

– Não fui eu, mas sei quem foi. – um pouco distante, Sokka tenta ajudar Zuko a afastar o grupo afobado de perto da assustada Willa, que já rasgou a alça do vestido – É melhor falarmos disso depois! Temos que ajudar ela! – eles concordam e correm com Suki e Toph para puxar os homens pela camisa e chamar sua atenção – Ei! Acabou a farra! Azula está chamando vocês! – no mesmo instante eles correm até a ídola e ela se afasta junto de Mai, ambas aborrecidas.

– O que está acontecendo aqui? – Toph questiona.

– Só pode ter sido a Azula! – Zuko fala, ajudando Willa a levantar do chão – Tudo bem?

– Acho que sim. – ela treme e está descabelada, cheia de areia.

– Tudo bem, eles já foram! – Zuko a abraça e ela esconde o rosto em seu peito, tentando se segurar para não chorar, e Tai Li sente-se mal.

– Eu lamento por isso... – ela começa – Eu devia ter vindo avisar sobre o plano da Azula e da Mai antes. Mas agora eu estou do lado de vocês!

– Verdade? – Suki põe as mãos na cintura – Pois eu não acredito!

– É verdade! Eu gostaria de ter me livrado das duas antes, mas se tivesse tentado elas iam me infernizar para o resto da vida! Elas são terríveis!

– Eu acredito nela. – Willa se afasta um pouco de Zuko e sorri para Tai Li – Obrigada. – Tai Li retribui o sorriso e Zuko faz um apelo com o olhar para os amigos.

– Ah, então tudo bem! – Katara suspira – Vamos te deixar em período de experiência.

– Obrigada. – Tai Li sorri – Mas o que vão fazer agora? Azula está disposta a estragar o fim-de-semana de vocês! – eles pensam um pouco.

– Eu quero falar com ela. – Willa anuncia e todos a olham como se tivesse ficado louca.

– Essa não é uma opção! A minha irmã é maluca! Não ouviu?

– Mas se todos ficarem com medo de confrontá-la, ela nunca vai parar! – todos silenciam por um tempo, refletindo nas palavras – Eu vou conversar com ela. Azula vai me ouvir!


...


– O que você quer comigo? – Azula pergunta aborrecida para Willa, de pé ao seu lado.

– Eu quero que pare de atormentar meus amigos! – a outra gargalha enquanto chama com a mão o garçom do restaurante onde está com Mai.

– E por que eu faria isso se é tão divertido? – Willa põe as mãos na cintura.

– Não é divertido para quem está sendo atormentado! – sorri – Mas eu sabia que você iria recusar, então, eu tenho uma proposta. – Azula e Mai largam os copos de suco e a encaram – Já que você gosta tanto de desafios, eu tenho um. Nós iniciamos às três da tarde.

– E o que a bela sirigaita da praia tem em mente? – Mai afia a língua.

– Uma competição de corrida. Eu sou uma ótima corredora! Posso competir com qualquer uma de vocês. – Mai levanta da mesa e joga as mãos na mesma, olhando séria para a garota.

– Isso é o que vamos ver lindinha! – Willa descruza os braços e não desvia os olhos.

– Na ponta esquerda da praia tem uma gruta dentro da floresta. Atrás dela, uma nascente de água doce forma um rio que desemboca no mar, entre as montanhas. Vamos correr lá.

– Ótimo. Estou louca para derrotar você, vadiazinha!

Willa dá as costas para Mai, que se irrita e senta de uma vez enquanto ela se afasta. Doze segundos de caminhada depois, encontra-se com os amigos a esperando. Eles correm para vê-la.

– E então? Como foi? O que elas disseram? O que você disse?

– Calma Sokka, eu vou responder! – ela ri e suspira – Ela concordou com o desafio.

– A Azula ficou muito irritada quando você a desafiou? – Toph sorri curiosa.

– Na verdade, quem aceitou meu desafio foi a Mai. – todos se assustam.

– Ai meu Deus! Vamos perder! – Aang põe as mãos na cabeça em sinal de desespero.

– Você tinha que brigar logo contra Mai? – Katara choraminga.

– Mas qual é o problema com ela? – Tai Li chega mais perto.

– Ela é uma ótima corredora! Além disso... – ela pausa e olha pra trás, vendo os outros do grupo observando a conversa com um olhar de "anda logo" ao Zuko, e então ele anda pra frente.

– Mai é minha ex. – Willa apaga por um momento, mas desperta quando Suki a chama por trás de Zuko, balançando as mãos.

– Ex? Sua ex-namorada? – ela dá um sorriso nervoso – Ah, mas isso é irrelevante!

– É melhor que seja! – Suki sussurra, mas todos escutam.

– Ela pode ser uma boa corredora, mas eu sou melhor! E tem mais: conheço aquele lugar a bem mais tempo, com a palma da minha mão! – os amigos se entreolham.

– Espero que esteja certa... – Zuko suspira – O que ela pediu como recompensa?

– Na verdade, não discutimos isso... Mas não tem problema, porque ela não vai ganhar!


Em pura apreensão, rezando para nada dar de errado, eles retornam para sua barraca e se forçam a esperar até as três. Zuko e Willa ficam sozinhos debaixo do guarda-sol, sentados sobre as toalhas-de-praia enquanto os outros jogam frisbee. A moça sente que o rapaz está aborrecido, mesmo não dizendo nada. Pelo sim, pelo não, ela resolve puxar assunto para distrai-lo.


– O dia está bonito, não acha? – ele olha para o céu, quase sem nenhuma nuvem.

– É. – responde, mas logo volta a fitar o chão, ainda de pernas cruzadas.

– Você não gosta de nadar, não joga nenhum jogo de praia... Tem alergia ao sol?

– Claro que não, mas prefiro ficar parado! – Willa desiste e dobra os joelhos, abraçando as pernas, e faz uma careta, o que o faz rir quando nota e ele prossegue – Meu tio era marinheiro. – ela o encara com curiosidade e ele desvia o olhar para o céu – Meu primo, filho dele, ia servir ao exército, como manda a tradição da família, mas meu tio não quis. Ele também não quer que eu me aliste, porque diz que uma guerra muda demais um homem, mas meu pai não se importa com a minha participação, no exército e na família. Acho que não me reconhece como filho dele... – o rapaz dá um sorriso tristonho e Willa sente o coração apertar – E por causa do meu tio eu fiquei acostumado a não me mexer muito. Ele é preguiçoso! – os dois riem – A minha mãe gosta dele e do meu primo, então eu sempre brinquei com ele quando era criança.

– Seu primo tem a sua idade? – Zuko suspira, já com um sorriso sincero no rosto.

– É um pouco mais velho. Mesmo assim, nós nos damos tão bem quanto eu e o Aang.

– Eu notei que vocês dois são bem... Ligados.

– Antigamente nós vivíamos brigando... Em parte por minha causa.

– Jura? – de repente ela se lembra de algo – Ah!... – ele a encara com curiosidade – Eu me lembrei de uma coisa que a Suki me disse de você. – ela ri – Falou "orgulhoso e esquentadinho".

– "esquentadinho"? – ele repete meio nervoso – Eu não sou...! – quando se toca de que já começou a gritar, Zuko recua o impulso de se aproximar da Willa e senta comportado, com um bico no rosto – Eu não sou "esquentadinho"! – Willa ri – Mas admito ser orgulhoso.

– Você nervoso fica muito fofo! – ela comenta, fazendo-o corar e desviar o olhar.

– É porque você não me conheceu na época do segundo grau... – ele ri – Houve um tempo em que eu queria muito ser reconhecido pelo meu pai... Por isso, eu fazia tudo que minha irmã mandava, porque ela dizia que ia conseguir impressionar ele. – pausa – Mas ela arrumava uma confusão atrás da outra, e como eu a imitava também ficava com imagem de arruaceiro. Aang e eu éramos quase os inimigos mortais do colégio! A Katara o protegia muito, desde aquela época, e não confiou em mim quando desisti de andar com Azula e Mai e disse que queria fazer parte do grupo. Felizmente, o Aang me perdoou. Os outros eu precisei conquistar aos poucos...

– E você virou namorado da Mai por quê? – Zuko cora ainda mais e Willa também assim que percebe sua pergunta – Ai não, me desculpa! Estou sendo intrometida! – ela desvia o olhar.

– Tudo bem... – ele demora a responder e não a olha nos olhos – Na verdade... Nós nunca chegamos a falar em namoro. Antes que eu percebesse, estávamos saindo juntos. Na época não via problema, porque ela era a melhor amiga da Azula. Depois eu me toquei que ela manipulava as minhas vontades de acordo com o que ela queria e todos estavam rindo pelas minhas costas!...

– Mas ela parece gostar de você. – Willa dá de ombros, tentando disfarçar a mágoa – Acho que ela só não gosta de mim porque eu passo muito tempo com você.

– Não vai querer chamar a atenção dela! – ele diz e ela ri, ainda com o sorriso triste – Mas não me importa se ela não gostar. Eu ainda vou ficar perto de você!


Willa fica ainda mais rubra e acaba escondendo o rosto entre as pernas. Zuko procura não rir alto, para evitar irritá-la, mas acha fofa a sua vergonha. Com muita coragem, ela ergue sua cabeça depois de um tempo e ainda fica fitando a areia sobre seus pés por mais alguns segundos antes de fechar os olhos. Num impulso, Willa beija Zuko bem nos lábios. Ela fica com sua boca parada até que ele se recupere do susto e feche os olhos, movendo a própria boca em boas-vindas.


Totalmente desajeitada, Willa pende a cabeça para os lados, procurando uma boa posição, e Zuko então prende a mão direita em seus cabelos, fazendo-a ficar parada enquanto desliza sua língua para dentro da boca dela. Muito corada e nervosa, ela sente a mão esquerda dele guiar as suas para o seu pescoço pra abraça-lo. Quando Willa o faz, ele põe a mesma mão na sua cintura, para puxá-la pra mais perto. Em êxtase, a moça arranha a jugular dele sem querer.


Zuko suspira e se afasta após um tempo por culpa do oxigênio. Willa vira o rosto e toca os lábios rapidamente, com os olhos arregalados. O rapaz respira alto e rápido, sentindo o coração martelar o peito na tentativa frustrada de sair pela boca. Perto do mar, os amigos pausam o seu jogo de frisbee por um momento para observar. As garotas suspiram, mas os rapazes e Toph só dão de ombros e sussurram um "até que enfim". Atrás de Zuko e Willa, Mai e Azula observam.


Nervosa, Mai pega a pata de um caranguejo sobre o prato de um rapaz e quebra na mão. O coitado só não reclama porque a cara assustadora dela o desmotiva a arranjar briga!... Azula parece muito mais tranquila, com uma das mãos na cintura e sem uma expressão definitiva em seu rosto. Elas vêem o grupo de amigos se reunindo aos risos. Mai chega perto da abelha rainha.


– Não me contento mais só em vencer! Quero acabar com ela!

– Calma Mai. Terá a sua chance. – Azula responde tranquilamente.

– Como pode ficar tão calma? Já pensou o estrago que essa menina pode fazer se for parte da sua família? Se ela conquistar o seu pai... – ela pausa quando vê o sorriso diabólico da amiga.

– Eu mesma vou acabar com ela, e quando terminar talvez você possa ficar com os restos!


Continua...


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