Olá Natal! Ou véspera de Natal. Enfim a data comemorativa mais esperada por todos. Nesse momento eu e Sthe estamos tendo uma pequena conversa.

-Então desde quando você estava ficando com o Niall? – perguntei brava, arrumando as malas.

-Desde algum tempo. – ela falou baixinho.

-E por que não me contou? – perguntei indignada. – Somos amigas ou não? Poxa Sthe, o que você acha que eu faria se soubesse que estava ficando com o Niall? Eu iria ter um ataque por acaso? Não entendo porque não me disse nada.

-Desculpe Lice, mas eu achei muito cedo pra contar algo a alguém. – justificou-se. – Não queria que ninguém soubesse, nós não estamos tendo uma relação, estamos apenas se conhecendo.

-Mas achei que pelo menos podia contar pra sua amiga aqui. – continuei arrumar as roupas. – Tudo bem, se você não queria me contar o que eu posso fazer?

-Amiga. – ela se aproximou. – Você sabe que eu te amo demais, que você é minha irmã, mas sabe eu não me senti a vontade pra contar pra ninguém, mesmo que fosse você. Mas agora eu estou aqui na sua frente te falando tudo. – ela me abraçou. – Me desculpe?

-Eu não tenho que desculpar de nada Sthe, a vida é sua, se você não quis contar, foi uma opção sua. – retribui o abraço. – Só espero que da próxima vez que acontecer algo entre vocês, sendo bom o ruim, você conte pra mim.

-Eu contarei. – ela sorriu. – Eai, está nervosa para conhecer os pais do Harry?

-Muito. – fiz uma careta e ela riu. – Sei lá, ele já levou tantas garotas na casa da mãe dele que me sinto desconfortável, sabe?

-Mas agora é um motivo importante, é Natal, e se ele está te levando lá para conhecer eles em uma data comemorativa é porque você é bem importante pra ele.

-Não duvido que eu seja importante, só acho que é estranho. Nem a mídia, por incrível que pareça sabe que estamos juntos.

-Boatos sempre rolam, não é? Já estou sentindo o gosto dos julgamentos. Todo o tipo de rede social que entro, vejo uma noticia relacionada a mim e ao Niall, e é sempre as mesmas “Niall Horan o integrante da maior boyband do momento, está saindo com uma garota misteriosa. Quem será que conquistou o coração do loiro? “. – revirou os olhos. – Isso é um pouco cansativo.

-Essa é uma das conseqüências de se relacionar com um famoso. – ela assentiu. – Bom amiga, acho que isso é tudo. Só vamos passar três dias em Homes Chapel, então acho que isso está bom, não é?

-Sim, é até um pouco demais. – ela apontou para minha mala que não fechava. – Espero que se divirta lá e vocês voltam para comemorarem o ano novo aqui, certo?

-Sim. Logo estamos de volta. – subi em cima da mala, fiz uma forcinha e ela finalmente fechou. – Vou indo, pode ficar com o meu carro, e por favor não destrua meu apartamento, não sabemos como se o loiro é potente. – ri e ela automaticamente corou. – Na verdade eu não sei se o loiro é potente, agora você eu já não tenho tanta certeza. – ela virou um pimentão e eu cai na gargalhada.

-Cala a boca sua imbecil. – me deu um tapa no braço. – Fica tranqüila seu apartamento estará em boas mãos.

-Assim eu espero. – peguei as malas e chamei um táxi para ir até a casa do Harry. – Tchau amiga se cuida, e cuide do meu apartamento.

-Pode deixar. – nos abraçamos. – Se cuida você também, e volta logo.

-Até o Ano Novo. – acenei e desci para esperar o táxi.

Bem, como vocês sabem, ou não. Estou indo com Harry para Homes Chapel, ele insistiu em passar o Natal comigo e sua família. De começo hesitei um pouco, afinal ninguém sabia sobre nós, corriam alguns boatos, fãs já me odiavam, mensagens de ameaças eram constantes, mas nada afirmavamos.

Discutimos antes de decidirmos se eu iria. Mas no fim acabei cedendo ao senhor chato e aceitei ir. Acho que seria legal conhecer a família dele. Mas por outro lado, eu estava super nervosa e me sentindo totalmente culpada, pois depois do Ano Novo eu iria embora, e até agora eu não tinha dito nada ao Harry.

Não me julguem, mas eu não consigo falar. Não consigo dizer que eu vou ter que deixar ele, mesmo que seja por um ano, mas um ano é quase uma eternidade quando se tem uma pessoa amada ao seu lado. E se ele não me esperar como aconteceu da primeira vez? E se ele não aceitar e nós acabarmos no separando? Essas e mais algumas perguntas percorriam pela minha mente todos os dias.

Seria totalmente difícil dizer, mas uma hora eu teria que falar. Mas agora não era hora de pensar nisso.

O táxi parou no endereço que mandei e entrei no condômino dos garotos. Harry me recebeu com um sorriso de orelha a orelha.

-Olá meu amor. – me beijou. – Pronta pra irmos? – entrei e estava tudo uma bagunça.

Típico de Harry Styles e Louis Tomlinson. Falando em Louis Tomlinson onde estava o bundudo?

-Um pouco nervosa, mas pronta. – sorri.

-Bobagem, minha família vai adorar você. – me abraçou carinhosamente. – Só vou terminar de arrumar algumas coisas e logo partimos certo?

-Como você é lerdo Harry, eu que sou garota não demoro tanto assim. – revirei os olhos. – Imagine quando você se casar, em vez da noiva demorar e o noivo espera-lá no altar vai ser ao contrário.

-Espero que você não fique brava e não desista de se casar comigo. – ele sorriu. Um sorriso lindo, tão doce, tão adorável, tão meu.

-Não desistirei. – sorri e nós nos beijamos.

Um beijo calmo, suave. O beijo dele era totalmente surpreendente, toda vez que eu o beijava, era como se fosse à primeira vez. Em cada beijo era uma sensação nova, e isso que mais me fascinava. O beijo foi esquentando, ele foi me puxando para o sofá ficando sobre mim. Eu passava as mãos por toda a extensão do seu corpo definido. Ele explorada cada parte do meu corpo passando a mão por debaixo da minha blusa. Mas com o diz o ditado de “Tudo que é bom dura pouco” Louis chegou gritando e nos separou.

-Epa, que pornografia é essa? – colocou as mãos na cintura e nos lançou um olhar de repreensão. – Por favor, vão fazer isso em um quarto, no meu sofá não.

-Estraga prazeres. – Harry bufou.

-E que prazer em. – ele riu e Harry tacou uma almofada nele. – E to até achando que aquela cesta de brinquedinhos pornográficos que você me deu, você queria era para você usar com a Alice.

-O que?! – perguntei assustada. – Que cesta de brinquedinhos pornográficos?

-A que o Harry me deu. – falou simplesmente. - Você não viu?

-Não. – olhei para o Harry que fingia que não ouvia. – Ele não me deixou ver o que ele daria pra você.

-Vamos lá, vou te mostrar meus presentes. – me puxou para seu quarto. – Apropósito eu adorei os que você me deu. – eu sorri.

Chegamos ao quarto dele e tinha milhares de coisas espalhadas. Malas, roupas, algumas dentro da mala, outras fora. Os presentes estavam em cima da cama, outros no embrulho, alguns embrulhos rasgados. Resumindo, um desastre total.

-Louis você precisa arrumar isso. – apontei para o quarto. – Acho que está meio bagunçado.

Ele riu. Que sorriso mais lindo.

-Eu sei, mas é que eu tenho que arrumar as malas primeiro.

-Vai viajar com a Eleanor?

-Sim, vamos para minha casa passar o Natal lá. – ele sorria bobamente.

-Claro. – sorri. – Então me mostre seus presentes.

E assim ele foi mostrando um por um. Eram muitos. Niall havia dado uma cesta de chocolates, e Louis me disse que alguns haviam sidos roubados. Quem será que tinha pegado, hein Niall? Liam havia dado uma roupa que Louis gostou quando saíram juntos. Zayn deu a coleção toda de bonequinhos do Pokémon. Imagine o sufoco pra achar a coleção toda daqueles bonequinhos. E por fim Hazza deu uma cesta de brinquedinhos pornográficos, e um relógio só para dizer que ele não era só um rapaz pervertido. Ah claro.

-Louis que cueca é essa? – peguei a cueca na ponta dos dedos. A cueca era super engraçada. No lugar onde o “amiguinho” dele seria guardado era uma cenoura, então tecnicamente sempre que ele fosse colocar aquela cueca ele seria o senhor cenourão. Entenderam? Não. Ah, problema. – Quem te deu isso? – eu ria que nem idiota.

-O Ed, aquele pervertido. – ele riu junto comigo.

-Seus presentes são bem legais Lou, mas agora eu preciso passar na casa do Niall, Liam e Zayn para dar um tchauzinho.

-Tudo bem. – dei um beijinho na sua bochecha.

-Volto logo. – ele assentiu.

Estava saindo da casa de Teletubbies deles e estava quase me esquecendo de avisar o Harry.

-Hazza eu vou à casa dos meninos para dar um tchauzinho, volto logo. – gritei.

-Tudo bem, não demore. – gritou de volta.

-Digo o mesmo pra você. – gritei mais uma vez.

-Parem de gritar. – Louis gritou.

-Cala boca. – último grito. – Tchau.

Passei na casa do Malik que ainda dormia. Porra Zayn vai dar meio dia né, mas vida de famoso é diferente. Ele quase me jogou uma granada por acordá-lo, mas quem se importa? Logo depois passei na casa do Liam que já estava acordado. Me desejou uma boa viajem e que não fizesse nada de errado. Esse Liam é tão pai, me sinto totalmente protegida por ele. Lindo demais. E última parada, casa do meu loiro. Ele demorou um pouco para acordar, mas conseguiu levantar a bunda da cama. Como o Liam me desejou uma boa viagem e que eu me cuidasse, qualquer coisa era só ligar pra ele. Esse loiro é tão lindo, como ele consegue?

Quando voltei à casa do Harry, ele me esperava com a maior cara de tédio.

-E isso que era apenas um “volto logo”. – tentou imitar a minha voz.

-Sua missão em tentar imitar minha voz foi totalmente falha, seu idiota. – revirei os olhos. – Vamos?

-Claro. – pegou a malas. – Tchau Lou, cuida bem do nosso apartamento.

-Claro amor pode deixar. – precisava ter um momento gay desses dois. – E você. – apontou pra mim. – Cuide bem do meu homem.

-Pode deixar seu ciumento. – pulei em seu pescoço e lhe dei um abraço. – Até o ano Novo.

-Tchau pombinhos lindinhos. – acenou para nós.

-Gay. – gritei e ele me mandou o dedo do meio.

E assim seguimos rumo a Homes Chapel.

[...]

-Querida seu quarto fica logo ali, acho que você irá gostar. – Anne apontou para o quarto que ficava no fim do corredor. – Não é grande, mas é confortável.

-Mãe. – Harry reclamou. – Achei que ela dormiria no meu quarto.

-Só quando você mudar a cor dos seus olhos. – ela revirou os olhos. – Sem reclamar Harry.

-Vamos Gemma, vamos à farmácia, vou comprar lentes de contato. – ele zombou e Anne lhe deu um tapa na cabeça. – Ai, desculpe.

-Bem feito, quem mandou zombar da sua mãe? – ri e ele me olhou sério. – Brincadeira meu amor.

-Vamos crianças, vamos nos arrumar. Logo a ceia estará pronta. – Anne sorriu e foi para algum lugar que eu não faço idéia.

-Se precisar de algo é só me chamar, Alice. – Gemma sorriu gentilmente e foi para seu quarto.

Fui para o quarto de hóspedes me arrumar. Adorei totalmente a família do Harry. Eram todos gentis e adoráveis, me receberam super bem. Gemma era super simpática e como uma boa irmã ela tirou sarro e zoou Harry.

Anne como uma boa mãe também, contava tudo sobre o que Harry fazia quando menor. Ele protestava, mas não adiantava Anne sempre continuava o que me fazia rir demais. Robin o padrasto de Harry era um bom homem, meio sério, mas às vezes fazia brincadeiras. Pude perceber que Harry gostava muito dele, como se fosse seu pai.

Tomei um banho rápido, afinal não estou em casa e não posso enrolar muito. Coloquei uma blusa de cetim vermelha regata, com uma saia preta de cintura alta e um salto preto. Eu não sei, mas eu sempre acho que no Natal todos devem usar roupas vermelhas. Eu sei que sou estranha e problemática, mas talvez seja porque o vermelho é a cor que representa o Natal.

-Uau você está linda. – Harry entrou no quarto já arrumado. Não preciso nem dizer que ele estava perfeito, não é? Estava com um de seus famosos blazers, porem esse era preto. Usava uma blusa branca por baixo, uma calça jeans preta e os seus costumeiros all star brancos, que eu particularmente amava.

-Você também não fica por baixo senhor perfeição. – agarrei- o pelo pescoço e lhe dei um beijo de leve. – Obrigada por me trazer para conhecer sua família.

-Isso é importante pra mim, você é importante pra mim, não teria o porquê de eu não trazer você pra conhecer eles. – sorriu e me abraçou. – Espero que goste do nosso Natal juntos.

-Tenho certeza que irei amar, sua família é ótima e você está ao meu lado, não poderia ser melhor. – nos beijamos e ouvimos a mãe dele nos chamar. – É melhor irmos. – puxei-o e ele bufou.

Chegamos à sala e estava tudo arrumado. Tinha uma linda e grande arvore na sala e todos estavam sentados a mesa. Anne e Gemma estavam lindas, e o padrasto do Harry estava elegantíssimo.

-Falta pouco para o Natal. – Gemma dizia animada.

-Peguem suas taças. – Jay nos entregava taças com champae.

Certo, champae era só no Ano novo, mas acho que no Natal todos também tomavam. Pelo menos aqui eles tomavam.

-Bom, eu quero agradecer por passar esse Natal ao lado da minha família, agradecer por ter dois filhos lindos que me dão muito orgulho, pelo marido ótimo que eu tenho, por passar o Natal junto do meu filho e por ele ter arrumado uma namorada adorável. – Anne disse e eu quase chorei.

-Eu quero agradecer a tudo que eu tenho agradecer ao namorado lindo que eu tenho porem que não está aqui. Agradecer a mãe forte e guerreira que eu tenho, ao padrasto mais chato e irritante do mundo. – Gemma sorriu na direção de Robin que riu. – Agradecer ao irmão chato e feio que eu tenho, mas que me dá muito orgulho e celebrar a minha nova cunhada. - ela levantou a taça e eu apenas ri.

-Quero agradecer a minha nova família, dizer que eu sou muito feliz ao lado de vocês e principalmente ao seu lado Anne. – Robin sorriu e Anne deu um beijo nele. – Dizer que amo todos vocês e celebrar a entrada da mais nova integrante da família, Alice. – ele sorriu. Ah que graça Robin, eu acho quero você como meu padrasto também.

-Eu agradeço por tudo que tenho. Agradeço pela minha família, pela minha mais nova família. – apontei para eles. – Agradeço pelo lindo namorado que tenho, dizer que ele me faz muito feliz, ele é chato às vezes... – Gemma me interrompeu.

-Eu concordo plenamente. – nós rimos e Harry revirou os olhos.

-Mas eu o amo muito. Agradeço por me receberem de braços abertos, obrigada. – sorri e Harry me deu um abraço de lado.

-Bem, agradeço também por tudo que tenho, e por tudo que consegui. Agradeço pela minha família que é ótima, pela mãe guerreira que tenho, pela irmã chata e irritante, mas que eu amo demais, pelo padrasto que é quase meu pai e que eu amo muito, mas principalmente agradeço por ter encontrado uma namorada tão linda e adorável. Obrigado por me apoiarem. – ele levantou as taças e todos fizeram o mesmo. – E agradeço mais ainda pela minha banda e por viajar com meus quatro irmãos pelo mundo todo.

-Feliz Natal pessoal. – Gemma gritou.

Todos fomos se abraçar. Eu realmente me senti em casa perto deles. Eram parte de mim, como Harry era.

Comemos a ceia que a mãe do Harry preparou e que estava ótima. Ficamos mais um tempo conversando sobre a vida. Harry contando da vida em Londres e eu contando da minha vida no Brasil.

-Acho que está bem tarde, amanhã iremos acordar cedo para abrir os presentes. – Anne dizia.

-Certa boa noite pessoal, até amanhã. – Gemma se despediu.

-Boa noite querida, duma bem. – Anne deu um beijo em Gemma.

-Boa noite família, até amanhã. – Harry se despediu.

-Boa noite gente. Anne a ceia estava ótima, obrigada por tudo. – lhe dei um abraço.

-Imagine querida, eu adorei conhece - lá já faz parte da nossa família.

Eu e Harry fomos juntos para os quartos.

-Então até amanhã. – eu ia dar um beijo nele porem ele me puxou para dentro do quarto e trancou a porta. – Harry você está louco? Se sua mãe descobrir estamos ferrados.

-Ela não vai descobrir  e não vamos fazer nada. – ele me puxou para cama. – Só que você quiser. – sorriu malicioso.

-Nada disso. – neguei. – Apenas vamos dormir. – ele bufou, mas se rendeu.

Troquei de roupa, coloquei um pijama quente. A noite tinha esfriado de uma hora pra outra. Com certeza amanhã nevaria, o que era ótimo. Harry ficou só de Box. Legal, isso é muita tentação pra minha pessoa.

-Isso é maldade. – me deitei na cama e ele veio atrás se aconchegando junto comigo. – Não podia pelo menos vestir uma calça? Não está com frio?

-A calça está no meu quarto e se eu voltar pra lá não vou poder dormir agarradinho com você. É sério que você não quer dormir agarrada comigo em uma noite fria como essa?

-Então pode ficar aqui. Eu esquento você. – sorri e ele depositou um selinho nos meus lábios. – Boa noite meu amor.

-Boa noite e feliz natal. – ele me agarrou ainda mais debaixo das cobertas.

-Feliz Natal, eu te amo. – sussurrei.

-Eu te amo mais. – ele falou baixinho perto do meu ouvido.

E assim dormimos agarradinhos na noite fria de Natal. Tinha como esse Natal ser mais perfeito? Acho que não.