Life Changing escrita por Cecí


Capítulo 9
Capítulo 8 - Uma segunda-feira especial - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem lindas!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/242717/chapter/9

Quando entraram no auditório, o diretor Kennedy acabara de dar apresentar o último professor. Cada aula tinha 50 minutos, e as reunião no auditório duraria duas aulas. Os alunos nem gostaram.

– Cara, você tá vendo Odele por ai? - Perguntou Dylan para Duke.

– Que é isso, mano! - Riu Duke. - Cê tá de olho na irmã da Elise? Deixa Debby saber disso.

– Como? É isso mesmo que eu ouvi? Você e a esquisita da Odele estão tendo um trê-lê-lê? - Perguntou Christian, que estava fora de órbita até aquele momento.

– Que trê-lê-lê com Odele. Vocês tão loucos? - Respondeu Dylan. - Eu só tou preocupado com ela... Ela não chegou até agora, né. Nem eu vi a amiga dela, Nina. - Confessou Dylan.

– Aaaah, sabia. Nina. - Respondeu Duke. - Toda essa preocupação com a irmã de Elise, que aliás, você nem lembrava que existia até ontem, era só embromação pra falar de Nina.

– Quem é Nina? - Perguntou Christian, o nooby da história.

– É a amiga de Lexi que te levou em casa. Lembra? - Perguntou Duke. - Ela tá fazendo intercâmbio com Elise, a irmã McAllister mais velha, a gatinha que Dylan tentou, mas não conseguiu dar o primeiro beijo com ela. - Riram.

– Bem, eu não lembro não. Mas ela é "comível"? Você pegava Duke?

– Oh, se pegava, mano. Gata tem umas pernocas, que só Deus. Mas Dylan tá todo ca-ca aqui por ela.

– Ca-ca? - perguntou Dylan.

– Caidinho, mano. - Respondeu Duke. Christian riu.

– Shhhhhhhhhhhh. - Falou a inspetora Cruela. - Se vocês não calarem a boca, eu levo os três pra diretoria. Entenderam?

– Sim, senhora, capitã Cruela. - Respondeu Duke batendo continência.

– Sem gracinhas, Duke Marshall. Ou eu me encarrego de mandá-lo para a sala de prestação de serviços comunitários e suspensão de uma semana pessoalmente.

– Desculpe. - Respondeu Duke. Quando ela se virou, eles começaram a rir.

– Que bruxa - falou Dylan.

– Até pra bruxa tem remédio - falou Duke.

– Qual? - Perguntou Christian esperando pela resposta.

– Uma de 18 cm.

– Uma de 18 cm o que, sr. Marshall? - Perguntou o diretor Kennedy ao lado da inspetora Cruela.

– Uma cobra, senhor. - Falou Duke se endireitando na cadeira, e os outros também. - Acharam uma cobra no meu quintal. Ela tinha 18 cm...

– O senhor prefere estar falando sobre cobras na minha sala, ou prefere assistir a apresentação de boas-vindas do colégio?

– Hã... A apresentação senhor.

– Então, cale a boca e preste atenção. Ou eu mesmo irei ligar para seus pais. Entendido?

– Sim, senhor.

– E entendido vocês também?

– Sim, senhor. - Responderam Dylan e Christian. O diretor se retirou para seu lugar no palco do auditório.

– Imagina até ele descobrir que sou eu que carrego essa cobra... - Riram os três. A inspetora Cruela mandou os três se retirarem. Quando estavam saindo pela porta do auditório, Odele e Nina estavam chegando.

– Ei - falou Dylan. Olhando para Marina. - Ei, você está bem? - Ela estava com os olhos inchados e com os cílios visivelmente molhados.

– Hã? - Falou Nina ao lado de Odele, até aquele momento não tinha percebido eles saindo da sala.

Christian olhou para Nina e ficou bestificado com a sua beleza. Era linda. E tinha uma doçura no olhar que jamais encontrara em ninguém.

– Sim, eu estou. - Falou Nina nervosa. Não imaginava encontrá-lo ali.

– Por que você tá chorando? - Perguntou Dylan.

– Eu não tou chorando...

– Vamos, Nina. Vamos entrar nesse auditório. - Odele foi puxando Nina.

– Espera - segurou Duke o braço de Odele. Ela sentiu uma corrente elétrica percorrer todo o seu corpo. Ela era apaixonada por Duke Marshall desde a quinta série. - Caramba, Odele. Você tá bonita hoje. - Duke nunca parara para observar Odele. Mas naquele dia em que ela tava apressada, ele observou como os cabelos castanhos dela caíam em ondas leves e repicadas e as mechas loiras de seu cabelo estavam brilhando com os raios do sol. Ela vestia uma blusa branca, e uma calça de couro preta e tênis. A jaqueta creme com o zíper transversal por cima da blusa combinava com seus olhos cor de mel, e tudo ficava perfeito com a sua bolsa a tira-colo. - Eu nunca havia reparado, mas você é bonita. - Falou Duke em transe, sério. Como nunca havia ficado antes.

– Obrigada. - Falou envergonhada. Nina ficou olhando bestificada. Duke não era o tipo de cara que elogiava uma mulher. Odele entrou no auditório com as maçãs do rosto vermelhas.

– Oi, Nina. - Christian quebrou o silêncio.

– Oi, Christian. - Respondeu tentando dar um sorriso. Ainda estava muito nervosa com o que aconteceu. - Você está melhor?

– Sim, estou. Obrigado.

– Nenhuma ressaca? Nadinha? - perguntou ela.

– Claro que não. Como poderia ficar depois de você cuidar de mim daquele jeito tão doce? - Hã?

– Er... Bem... - falou envergonhada. Dylan ficou olhando para ela e para ele sem acreditar. Como Christian poderia fazer isso? Mas lembrou que ele era livre pra fazer o que quisesse e Nina também. Ele, pelo contrário, estava amarrado até a morte a Debby. Ele ficou frustrado. - Bem, Christian... - ela não sabia como dizer. - Não fui eu que cuidei de você ontem. - Falou por fim. - Foi a Lexi. Eu só ajudei carregar você pra dentro. - Ela ficou sem graça e ele mais ainda. Duke riu saindo do seu transe.

– DOCE?! HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA. Lexi foi doce com você? Que é que isso, cara, incesto?! Pegando irmãzinha gostosa? - Duke não parou de rir.

– Bem, é... é que... - Christian ficou morto de vergonha. Ele começou a andar de nervoso. - É que... você... eu... Lexi... Eu tenho que ir. Desculpa. - Ele saiu envergonhado. Duke foi correndo pelo corredor atrás dele.

– Volta aqui, tarado de irmãs! Você é um safado! Pegando a irmã! Sortudo. Dá ela pra mim!

– Minha nossa, eu nunca o vi tão sem graça.

– Bem, eu acho que eu nunca fiquei tão sem graça. - Falou Nina.

– Eu imagino... Quebrar as esperanças de alguém assim... Isso foi mal. - Dylan sorriu.

– Ser malvada às vezes é bom - Nina riu.Dylan também. "Ela tem senso de humor", pensou Dylan.

– Acho que ele tava com uma ressaca também. - Tentou brincar Dylan. Por um momento, ele ficou com medo de que fosse verdade.

– Deve ser. Bem... Eu, eu tenho que entrar. - Ela falou lembrando da promessa que fizera à Odele.

– Não, espera. - Dylan não esqueceu dos olhos vermelhos de Nina. - Por que você tava chorando?

– Eu não tava chorando - tentou disfarçar. - Foi um dedo que enfiei no olhos sem querer...

– E enfiar o dedo no olho deixa os olhos inchados também? - Perguntou muito observador.

– Eu... hã...

– Por que você estava chorando Nina? - perguntou gentilmente. Ela lembrou que jamais poderia ser amiga dele. E estava totalmente encantada por ele. "E você acha que ele vai deixar Debby, linda e poderosa, com o colégio aos pés dela, por você?", perguntou a si mesma. Ela caiu em si. Mas percebeu que gostava dessa insistência dele.

– Não aconteceu nada. - Ele se aproximou e enxugou as lágrimas que restavam nos olhos dela. - Tome.- Entregou uma toalha de rosto que carregava na bolsa para o fim do dia, depois do treino de futebol. Nina surpreendeu-se.

– Eu... Eu... - Ela aproximou-se da porta e entrou. Sem dar xau, nem nada.

"Meu Deus, que loucura!", pensou Nina.

"O que aconteceu com ela? Cara, de repente ele é legal, depois ela fica estranha. Ela deve ser bipolar", pensou Dylan chateado com a atitude de Nina.

Nina procurou e logo encontrou Odele, que estava se sentando perto do corredor central com as irmãs Natsumi e Lexi.

– Olá, Nina. Bom dia para vocês, senhoritas atrasadas. - Sussurou Lexi.

– Bom dia - falou Odele na cadeira. Nina ainda estava com a toalha nas mãos. Na barra da toalha, existiam bordadas duas iniciais: D.W. - Dylan Warminster.

– Que é isso nas suas mãos, Nina? - Perguntou Samara.

– Hã? - Saiu do transe em que estava. - Nada. - Guardou rapidamente a toalha na bolsa e sentou-se.

– Nina tá estranha... - Falou Zahara. Nina estava em outro mundo e nem escutava. Só podia lembrar dos dedos de Dylan enxugando suas lágrimas.

– Odele McAllister? - Perguntou a inspetora Cruela.

– Sim, senhorita Cruela.

– Poderia me dizer onde está a garota que está no lugar da sua irmã aqui no colégio? O diretor quer conhecê-la antes que ela vá para a sala.

– Sim, senhora. Ela é esta daqui - apontou para Marina que estava vidrada na sua frente.

– Queira em acompanhar, senhorita? - Perguntou para Nina.

– Nina? - Perguntou Lexi.

– Eeeei - Odele a cutucou de lado.

– Oi?!

– A senhorita Cruela está lhe chamando, Nina. - Falou Samara.

– Senhorita quem? Cruela? - "Cadê os 101 dálmatas, que não tou vendo?", pensou.

– Isso mesmo, garota. Agora mexa-se que eu tenho que levá-la ao diretor Kennedy. - Falou ríspida a inspetora. Não gostava de pessoas desatenciosas.

– Sim, senhorita.

– Olá, senhorita Magalhães. - Falou o diretor Kennedy. - É um prazer recebê-la.

– Obrigada, senhor.

– De onde você é?! - perguntou com alegria, mesmo sabendo que ela era do Brasil.

– Sou do Brasil, senhor.

– Ah, que país! Com aquela saúde natural que ele possui...! Como está o Brasil?

– Bem, obrigada. Acho que ele anda tomando muita vitamina D, senhor. Com aquele sol todo, não poderia estar melhor. - Ele riu.

– Muito bem, querida. Você é engraçada. Eu quero apresentá-la para os professores. Venha até o palco comigo.

– Não, senhor...! Por favor, eu sou muito tímida. Por favor, me perdoe. Mas não vou senhor. - falou Nina se retirando às pressas. A inspetora Cruela segurou seu braço.

– Não, senhorita Cruela. Deixe-a. Ela está nervosa. Deixe que ela se apresente pessoalmente nas aulas. Desculpe querida.

– Não, senhor. Eu que peço desculpas.

– Desculpas aceitas. Volte para seu lugar, sim?

– Obrigada. - Nina voltou para seu lugar.

Logo depois, o diretor avisou que havia uma novata de outro país no colégio e que todos dessem boas-vindas a ela, e que ela estava com vergonha e não subiu ao palco. Ele dispensou todos.

"Deve ser uma daquelas nerds feiosas", falou alguém.

"Ou uma daquelas garotas xexelentas que vem pra cá querendo ser uma Debby Sutherland."

"Se for, Debby vai colocá-la no seu devido lugar".

A curiosidade das pessoas era enorme para saber quem era a tal novata. Todos foram para suas respectivas salas e os olhos estavam vasculhando todos os locais para descobrir o novo rostinho. E se ela tinha bunda grande também, como diziam por ai - bem, isso era da parte dos meninos.

Nina seguiu com as garotas ao seu redor, e nervosa para seu primeiro dia de aula.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, lindas, da pra perceber que Duke é o mais sarcástico e brincalhão dos três né? Eu me divirto muito tentando dar um ar mais leve e mais maloqueiro pra o Duke, que é o que ele é. Estilo largadão sabe? Espero que vocês estejam gostando também. Beijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Life Changing" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.