Life Changing escrita por Cecí


Capítulo 8
Capítulo 7 - Uma segunda-feira especial - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Estou aqui com mais um capítulo da nossa fanfic, com muitas emoções, claro! Como as aulas começaram, eu não vou postar mais que uma vez ou duas por semana meninas. Geralmente na sexta-feira, e nos fds. É que eu sou terceiro ano sabe? Ai tem muita coisa pra estudar, vestibular e tal. Espero que gostem. Beeeeeeijos enormes!



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A segunda-feira era o primeiro dia de aula. Dylan acordou e ficou olhando para o teto. Na sua cabeça soava apenas um nome: Nina. Ele ficou relembrando os olhos verdes dela e seu sorriso sem graça ao trocar seu nome. Ela era encantadora.

– Dylan? – Ele ouviu batidas na sua porta.

– Oi, mãe – espreguiçou-se. – A senhora não deveria estar no hospital?

– Acabei de chegar – falou entrando no quarto e sentando-se na cama perto dele.

– Pensei que o plantão fosse de 36 horas...

– Não, querido. Tive sorte de pegar um de vinte e quatro. Ai, Dylan... Aquelas crianças estão precisando tanto de ajuda... – Carol era a médica que cuidava da área das crianças com câncer e que precisavam de transplante de medula óssea, órgãos e sangue.

– O que aconteceu, mãe? – sentou-se na cama.

– O mesmo de sempre, Dylan. São muitas crianças doentes, poucos doadores, e os que existem não são compatíveis para o transplante de medula óssea.

– Eu sei... Aquele negócio de um em um milhão.

– É – Carol derramou algumas lágrimas. – Você se lembra do Mike?

– Aquele garotinho que estava precisando de transplante de medula?

– Sim. – Fez uma pausa. – Ele faleceu essa madrugada. – Carol chorou. Dylan gelou. Mike tinha 5 anos e era o mais novo do hospital que precisava de transplante.

– Não, mãe... Mike?! O Mike que a senhora tanto adora? – Dylan sentiu pena de sua mãe.

Essa criança lembrava outro filho de Carol, Adam, que morreu num acidente de carro junto com o primeiro marido de Carol, quatro anos antes de ela conhecer o pai de Dylan e tê-lo um ano depois. Ela tinha agora 49 anos e era uma das melhores médicas do condado de Pinelleas, onde ficava a cidade de St. Petersburg e a melhor do St. Pete Hospital.

– Eu sinto muito, mãe! - Dylan a abraçou gentilmente.

– Obrigada, querido. - Enxugou as lágrimas. - Você não está atrasado para o primeiro dia de aula? São 7:15.

– Eu posso faltar, mãe, se a senhora quiser. Eu fico com a senhora. - A ideia de não ver Nina não o deixou muito feliz, mas deixar a sua mãe naquele estado não era uma boa. Nunca gostou de vê-la assim.

– Não. Obrigada, meu anjo. Como você é gentil! Você me lembra seu pai, quando... - Não. Não queria reviver essas memórias tristes. - Bem, vá se trocar. Eu vou fritar ovos com bacon pra você. - Foi à porta. - Suco de laranja? - Sorriu gentilmente.

– Bem docinho e canudinho dobrável? - exigiu Dylan dando seu melhor sorriso para aquela mãe que tanto amava.

– Hmmmmm.... Só se você der um beijinho na mamãe. - Estendeu os braços para Dylan. Ele levantou-se e a abraçou forte.

– Eu acho que era um beijinho apenas, mãe. - Riram.

– Ah, meu filho! Você é tudo o que tenho! - Deu um beijo na cabeça dele. - Eu te amo.

– Também te amo, mãe.

Era fim de verão, mas o tempo estava ensolarado e sem nuvens. A brisa da manhã era gelada mesmo assim. Dylan tomou seu café e subiu para escovar os dentes, pegar sua mochila e dar um beijo na sua mãe que já estava na cama descansando. Ele desceu a sua rua em direção a St. Petersburg High School escutando música, com o capuz do casaco na cabeça, e no seu skate - seu vício. Ele morava perto da escola e levaria poucos minutos para chegar.




– Acorda, Odele! - Gritou Nina empurrando o braço de Odele. Nina pegou o copo que estava na mesinha de cabeceira, enche-o de água no banheiro, que estava geladíssima por sinal, e jogou na cara de Odele.

– O QUE É ISSO!?!?!? Tá doida Nina? - Tomou um susto.

– Eu tou há 20 minutos tentando te acordar! São 7:30. Levanta dessa cama, agora!

– SETE E MEIA?! Mentira! - ficou chocada. - Como você me acorda a essa hora?

– Pois é. Eu tou tentando há um tempão né! Eu tava aqui te empurrando e você...

– SETE E MEIA? Tá louca?!

– Sério. Nós vamos nos atras...

– NÃO! É CEDO DEMAIS! - Nina não acreditou no que ouviu. - Ah, me poupe. Tou com sono. Como você tem a audácia de me acordar a essa hora?

– A aula é daqui a trinta minutos!

– E eu com isso?! Eu quero mais é dormir. Xau. - puxou o edredom para cima da sua cabeça. - Sete e meia? Ela fumou alface... Só pode. - resmungou voltando a dormir.

– Sai daí agora, Odele McAllister!

– Tou te ignorando Nina! Olha só meu ronco... - ela tava dormindo mesmo.

– Sete anos de karatê não são páreos para mim. Eu sou brasileira e não desisto nunca. Levanta. AGORA!

Odele e Nina saíram de casa faltando 10 minutos e eram exatamente 10 minutos sem trânsito para chegarem ao colégio.

– Merda! Engarrafamento a essa hora não! - Gemeu Odele do lado de Nina no carro.




– Bom dia, Debby querida! - cumprimentaram as irmãs Nichols. Debby deu uma levantada de sobrancelhas e seguiu para onde estava Allison.

– Oi. - Falou com uma carranca no lugar de um sorriso.

– Oi, Debby. - Falou Allison cautelosa. Conhecia aquele "oi" e era de mau humor.

– Dylan, já chegou? - Perguntou Debby.

– Hmmm... Não que tenhamos visto. - responderam as Zoe e Zen.

– Allison...? Eu perguntei para ALLISON, eu acho - ignorou as meninas.

– Não, Debby. Eu não o vi ainda. - Alguns minutos depois, Veronica chega animada.

– Oiiiiii - falou serelepe. - Olhem minha linda bolsa que comprei para o primeiro dia de aula! - mostrou a bolsa para as amigas.

– Que linda! - Falaram as Nichols.

– É. Achei legal. - Falou Allison.

– Horrorosa. Terrível. Nojenta. E de péssima qualidade - ela segurou a bolsa e jogou-a no chão. - Igual a você.

– C-c-c-como você pode falar assim, Debby?! - Veronica choramingou com lágrimas escorrendo pelo rosto.

– Ah - sorriu Debby. - Estou me sentindo ótima agora! - Humilhar as pessoas era o que a fazia se sentir ótima nos dias de mau humor.

– Você é uma vaca! - falou Veronica com raiva. Ela se abaixou para pegar a bolsa. Debby deu um chute na sua bunda. Veronica caiu no chão.

– E você é medíocre. - Saiu. Allison tentou ajudar Veronica. Ela se pôs de pé.

– Allison, se você ajudar Veronica novamente, a próxima a ficar no chão é você. E não queremos isso não é, amiga? - Virou-se para Allison e disse falsamente: - Você é minha melhor amiga. Portanto, não faça isso. Ah, ali está o meu Dylanzinho. Fiquem aqui me esperando. - Dylan estava chegando ao colégio e foi falar com Duke.




– E ai cara? - Disse Duke.

– Oi, man.

– Que cara de que dormiu que nem pedra hoje...

– Cara, cê se lembra daquele moleque, o Mike?

– Quem? O baixinho do hospital?

– Sim.

– Que foi, mano?

– Ele morreu hoje de madrugada. - Duke se espantou.

– Mike? Aquele que precisava daquele negócio que tem no osso... é... Não-sei-o-que ósseo?

– Sim.

– Cara, tia Carol deve estar muito triste.

– Pra caramba. Ela chorou muito hoje, quando me acordou.

– Meus sentimentos, brother. - Duke bateu nas costas dele.

– Valeu, Ducky.

– Ihh, tou caindo fora - falou olhando para o outro lado.

– Que foi?

– Debby, a fúria sangrenta e namorada grudenta vindo pra cá. Fui. - Duke saiu. Dylan olhou para ela, que estava sorrindo e vindo toda saltitante para seu lado. Dylan não queria encarar Debby agora. Ele não estava muito bem pra um DR. E estava muito chateado com ela ainda.

– Ei, me espera. Eu vou com você - virou as costas para Debby e foi para o auditório. Eles iriam ter uma palavrinha do Diretor, de boas-vindas.

Debby parou no caminho e ficou abismada. Como ele ousava?




– Anda com esse carro, Odele! - Gritou Nina segurando na porta do carro conversível. A cada curva que Odele dava, ela mandava Odele acelerar.

– Não dá! Eu vou acabar queimando um sinal vermelho e recebendo uma multa.

– Arrrrgh. Culpa sua. Se você tivesse acordano na hora que eu tentei te levantar...

– Ai Nina, cala a boca vai. Já estamos chegando. - Falou Nina agoniada com Nina. - Você é muito impaciente.

– Eu vou te matar sabia? - Falou Nina rindo.

– Ah, você vai me agradecer no final.

Quando chegaram, era 8:10 da manhã. Tiveram que ir à secretaria pra pegar uma caderneta e um mapa do colégio. Todos tinham que pegar essa caderneta que era atualizada todos os anos. Assinaram e perguntaram onde estava todo mundo. Descobriram que deveriam estar no auditório desde as 8 da manhã e que o diretor Kennedy não tolerava atrasos.

O auditório ficava dentro do colégio. Infelizmente Nina não podia conhecer o colégio por que tinham que receber os avisos que o diretor tinha que dar.

– Ora, ora. Se não é o peixe que não sabe nadar...

– Ah, não. - Murmurou Odele no meio do corredor. - Eu não acredito! Tínhamos que encontrar com essa megera. - Falou baixo o suficiente para apenas Nina ouvir.

– Não há outro caminho?

– Infelizmente não, Nina... Vamos. Encarar nossos medos, ok? Foi você que nos ensinou isso.

– Eu sei - falou com a voz rouca. A sua garganta ardia sempre que falava, por causa da quantidade de água que engoliu no dia anterior.

– Onde vocês pensam que vão? - Perguntou Debby vindo na direção das garotas.

– Sai da nossa frente, Sutherland. Queremos passar, só isso. - Respondeu Odele.

– Não. E vocês não passam por aqui. - Falaram as irmãs Nichols.

– Nem por aqui - falaram Allison e Veronica que já estava "de bem" com Debby, logo atrás de Nina e Odele. 

– Ah, me poupe dessa palhaçada Debborah. Estamos atrasadas. Com licença - Odele tentou passar pelas irmãs Nichols.

– Não, antes de eu ter uma conversinha com essa sua amiguinha intrometida e asquerosa. - Nina fechou os punhos. Nunca teve vontade de matar alguém, mas essa menina a tirava do sério.

– Olhe, asquerosa é a sua mã... - começou Nina.

– Não se atreva a falar da minha mãe. Você já está muito mais que marcada comigo, sua brasileirazinha de merda.

– Você não tem o direito de me xingar dessa forma, sua garota mimada. - Peitou Nina.

– Nina. Vamos embora. Deixa essa menina idiota ai.

– Não, agora ela vai ver.

– Vou ver o que? Você se afundar? - Rebateu Debby. Nina ficou furiosa. - Você vai se dar muito mal, queridinha. Quanto mais você me enfrentar, pior. - Falou calmamente. – Deixe-as ir, Nichols. - As irmãs se prostraram de lado à Debby. Nina e Odele iam passando; Nina furiosa e encarando Debby, e Odele com medo e frustrada por toda a discussão. Debby agarrou o braço de Nina com as unhas.

– Ai - gritou. Odele segurou o outro braço de Nina para que ela não desse um tapa na cara de Debby.

– Pise no meu calo, e eu serei seu pior pesadelo.

– Cala a boca Debby. Isso já passou dos limites. - Falou Odele. - Vamos, Nina. - Odele andou puxando Nina que encarava Debby com todo ódio nos olhos.

– Ai que ódio! - Nina fechou os olhos e começou a chorar de raiva, assim que dobraram o corredor.

– Nina, não fique assim - falou Odele abraçando-a. - Debby gosta de provocar. Ela gosta de por medo em todos. Não fique assim.

– O pior, Oddy... O pior de tudo é que eu fiquei com medo dela - Nina chorou com mais raiva agora.

– Eu sei. Todos tem medo dela. Eu também tenho - confessou envergonhada.

– Como aquele garoto tão legal, tão gentil, pode ser namorado dessa menina ridícula? Como?! - perguntou Nina sobre Dylan. Odele estranhou. E ficou com medo disso também.

– Que garoto?

– O Dian! O namorado de Debby.

– Dylan, você quer dizer. - Odele falou gentilmente.

– É... Ele mesmo. Dylan. Como pode, Oddy?

– A verdade é que ele também tem medo dela, Nina. Todos, inclusive os pais dela têm medo dela. Ela é psicopata, neurótica, sei lá. - Odele realizou naquele momento. - Nina. Nina. Nina. Nina! Não me diga que...

– O quê?

– Nina, não. Por favor, não! - Odele se desesperou. - Pelo amor de Deus, não, Nina!

– O quêee? - Nina já tava apreensiva.

– Nina, prometa-me uma coisa. - Odele fez suspense.

– O que é, pelo amor do Pai?

– Prometa-me que você vai ficar longe de Dylan. - Ops.

– Como assim? Eu nem o conheço direito. - Falou Nina inocentemente.

– Nina, Debby não vai gostar nada de saber que Dylan fez o curativo na sua cabeça. - Nina nem lembrava do corte na nuca. Dylan foi tão cuidadoso que ela nem sentiu dor a noite. - Muito menos que vocês se falaram ou tiveram algum contato. Prometa-me Nina, que se Dylan lhe dirigir a palavra, você vai ignorá-lo e não vai falar com ele. - Como ela poderia prometer uma coisa dessas? Logo Dylan, aquele garoto que ela não conseguiu parar de pensar a noite inteira? Que ficou encantada com aqueles olhos azuis e aquele jeito doce?

– Oddy, não acho que isso seja necess...

– Não, Nina, você não pode achar nada..... Apenas me prometa. - Nina não tinha outra alternativa.

– Eu prometo. - Entristeceu-se. Adoraria falar com ele novamente, e conhecê-lo melhor. Mas sabia que, primeiro, sua timidez não iria deixar, e segundo, não tinha a menor chance de competir com a beleza de Debby e terceiro, voltaria para o Brasil dentro de um ano.

– Ótimo. Você não saberia o inferno que ia ser se você começasse uma amizade com Dylan Warminster. Ou até algo mais. Debby ia matar, trucidar, esquartejar qualquer uma que se atrevesse chegar perto de Dylan. - Espere um momento. Você não está pensando que você e ele... - Odele insinuou.

– Não! Claro que não! - Nina ficou chocada, e um pouco decepcionada por Odele achar que Nina não era suficientemente boa para Dylan.

– Não me entenda mal, Nina. Não é que você não mereça Dylan, ou algo assim. - Nina ficou aliviada e culpada por ter pensado mal de Odele. - Mas pra você ter uma noção, ele não tem amigas mulheres. Ela não deixa. Ela espanta qualquer menina que tenta se aproximar dele. Se você fizesse isso, meu deus, seira um inferno. - Nina estava estarrecida. E triste. Sabia que não queria mais nenhum tipo de confusão com Debby. Não aguentaria ser humilhada novamente por ela. Então seguiria o conselho de Odele e manter-se ajuizada. - Agora vamos. Estamos mais que atrasadas.




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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Deixem comentários lindas! Ah, e tem mais um capítulo apimentado de emoções saindo ai.



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