A Garota Dos Cabelos Vemelhos escrita por NANAoosaki


Capítulo 3
Primeira vez


Notas iniciais do capítulo

Anne vai à casa de Tama, já que não tem ninguém na casa do mesmo, esse é o momento perfeito para eles começarem alguma coisa. Na verdade, eles dão um passo maior que o esperado.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/242358/chapter/3

Eu realmente não sei o que me deu. Eu simplesmente tive que fazer isso ou ela ia me deixar louca. Eu fiquei a noite toda pensando naquela garota e tudo o que ela fez foi ficar estática enquanto eu a beijei. Tudo bem, não foi um beijo, foi um carinho. Olha, uma mensagem.

Oi, é a Anne, boaaa noite”.

Ela ainda deve estar levemente embriagada. Garota louca, fica destruindo o fígado desse jeito.

Boa noite, nos vemos segunda na aula? Se quiser, podemos fazer alguma coisa”.

Acho que preciso dormir, se conseguir.

Hoje começou oficialmente o inverno, não está tão frio assim, mas não dá pra andar a vontade. Não sei nem com que cara olhar a Anne, mas ela parece estar super à vontade com o friozinho, só está de calça jeans e uma jaquetinha de couro.

-Oi... – Foi só isso que ela me disse quando me viu, nem um beijo ou um comprimento, mas logo saiu e foi pra suar carteira, começar a rabiscar as coisas dela. Queria saber que tanto ela risca os cadernos e com o quê.

No meio da aula, antes do intervalo mandei uma mensagem pra ela, querendo saber se ela toparia fazer alguma coisa, só recebi uma palavra como resposta: “claro!”, e nada mais. Acho que ela está querendo cortar assutos comigo...

-Vamos onde? –Isso me pegou desprevenido, não à vi ao lado da minha carteira, me olhando. Ela estava sorrindo, mas sem transparecer nada.

-Não sei bem... Hoje minha mãe também não vai estar em casa, mas os meninos já foram pra casa deles, se você quiser, podemos jogar... – Não sei se ela toparia ficar sozinha comigo, então deixei um convite aberto.

-Claro! Mas vou levar cervejas. –Ela ficou rindo quando falou isso, acho que esperava que eu negasse isso à ela, mas não iria fazer  isso, é uma vontade dela. –Só preciso passar em casa, pra tomar um banho e trocar de roupa, sai sem tomar banho hoje, por causa do frio. Você quer que leve algo pra gente almoçar?

-Não, não. Tenho comida em casa, pronta já.

Na hora do intervalo ficamos conversando os dois sozinhos, em um banco do lado do ginásio do colégio, ela deixou a mão em cima da minha enquanto comia, não quis tirar porquê achei que ela iria pensar algo errado, mas fiquei com medo de mim mesmo pensar algo errado por esse gesto.

Mais tarde, fui com ela até sua casa. O quarto dela ficava do lado de fora da casa, com um banheiro junto. Enquanto ela tomava banho fiquei no quarto, esperando. Ela tem um violão no canto do quarto e uma pilha de cd’s e revistas. Os cd’s que mais me chamaram a atenção foram os que mais tinham Misfits, Ramones e Sex Pistols, ela parece mesmo gostar de punk. Conheci algumas musicas do Ramones, e até acho uma banda boa, um dia poderia ver ela tocar, ou até mesmo, tocar pra ela.

-Vamos? –Disse ela saindo do banheiro. Não parecia muito diferente do normal, só estava de cabelos molhados e com a blusa do ramones.

-Vamos. Você gosta de punk né?! –Mostrei pra ela a pilha de cd’s no canto do quarto, ela só riu e assentiu.

Na minha casa, esquentei a comida, e deixei para que ela comece. Era a metade de uma lasanha do dia anterior, só tive que fazer arroz.

-Comida boa. Sua mãe que fez?

-Não, a mãe está viajando, fui eu, ontem a noite. Nem ficou tão bom. –Disse eu, já que não sabia cozinhar muita coisa.

-Tá muito bom, você precisa me ensinar a fazer isso...!

Ela comeu bem, mesmo sendo magrinha, parece comer pra caramba. Ela entrou no quarto guardou as cervejas na caixa de isopor que estava no quarto desde a sexta anterior, só precisou colocar um pouco de gelo. Jogou os coturnos no canto do quarto e ficou me olhando, séria, enquanto eu arrumava os jogos e ligava o PS.

-O que foi? Vai ficar ai parada ou sentar na cama? –Fiquei olhando pra ela e ela me olhando. Não sei quanto tempo passou, mas quando percebi o que ela queria dizer não sabia bem o que falar. –Bom... Sexta... É... Desculpe por aquilo, se você não queria aquilo... –Ela começou a caminhar na minha direção, mas eu não conseguia parar de falar.- Não vou fazer aqui... –E me beijou. Não sei como, nem porquê, mas foi simples assim. Um beijo. O melhor que já ganhei, ela sorriu e se sentou, com a mão na minha.

-O que você estava falando mesmo? Há sim, desculpa pelo beijo né?! Tá perdoado. –E sorriu. –Vamos jogar o que?

Peguei o primeiro jogo que vi, não sabia o que dizer, e acho que ela percebeu meu desconforto e a palpitação barulhenta no meu peito. Não sei o que estava dando em mim, já namorei antes e isso estava me deixando com medo dela pensar que sou inexperiente.

-Pode ser esse? –Entreguei à ela.

-Pode sim. Mas não sabia que você gostava de jogar mortal kombat.

-Nunca disse que não gostava, vai querer jogar MK mesmo? –Enquanto ia preparando o jogo, ela foi buscar uma cerveja pra ela.

-Quer uma? –Ela perguntou já tirando uma segunda latinha. –Vamos jogar MK, sim...

-Tá, pode ser. –Ela voltou e me entrou a bebida, gelada, era estranho tomar uma bebida gelada no frio.

Ela se sentou no chão pra jogar, entre as minhas pernas, com um cobertor nas costas, como sempre, ela escolheu a Jade, ela sempre escolhe as mulheres, e sabe jogar com elas. Claro que ela era muito melhor que eu no jogo, já que jogava muito mais do que eu, mas é a vida. Quando terminou de beber sua latinha e voltou com outra, largou meu controle no chão e me abraçou.

-Você tem medo de mim? Me desculpe pelo o que eu fiz tá?!

-C-como assim...? –Fiquei confuso com o que ela estava falando, quando percebi do que se tratava. –Há, sim! Não tenho medo de você, sua boba. –Puxei seu rosto, para ela olhar nos meus olhos, quando vi de novo aquela chama no seu cabelo e, também, nos seus olhos.

E, assim, ela me beijou de novo. Foi um beijo mais forte, mas muito bom, com carinho. Ela me abraçou e continuou a me beijar. Puxei ela para a cama e ela, nada relutante, me acompanhou. Fiquei por cima dela e começamos a trocar caricias, beijos, mais carinhos, algumas mordidas, chupões no pescoço e corpo. Foi quando ela me arrancou a blusa que percebi onde estávamos indo. Só fiz com uma pessoa na vida e era inseguro pra saber se era bom ou não. Ela, ao contrario, já parecia mais experiente, mas não seria eu que iria parar.

E assim foi, com as mãos frias e suaves ela tirou toda a minha roupa e eu a dela. Lembrei que tinha preservativos na escrivaninha ao lado da cama, e isso facilitaria muita coisa. Seus toques eram suaves e, simultaneamente excitante, ela tocava em meu membro de uma forma que não poderia explicar. Percorri seu corpo todo com beijos e mordidas; com as mãos modelava seu corpo nu e fazia carinhos no corpo, seios, grelo... Quando cheguei com a boca em seu grelo, fiz algo que nunca pensei em fazer antes. Com os toques da lingua quente ela gemia e sorria na cama, foi um som muito bom para os meus ouvidos, era excitante ouvir algo assim. E foi quando ela me tocou que a coisa mudou de figura. O toque da sua boa, sua lingua, completamente diferente das suas mãos, era quente, fresco e delicioso. Nunca senti nada igual, ela mordia, chupava, lambia, tudo tão maravilhosamente bem, que enlouqueceria qualquer homem.

Foi um sexo fora do comum, se as preliminares foram boas, quando chegou no ápice, foi demais. Ela cavalgava, fazia varias posições e não parecia ter medo do que eu fosse pensar, apenas me olhava, sorria, gemia e se satisfazia com o nosso momento de prazer. Com toda certeza era a melhor pessoa na cama. Não sei como, nem porquê, mas tudo foi tão bom que não tinha vontade de parar. Não sei quanto tempo durou, mas sei que ter seu corpo no meu foi muito bom.

Quando ela se levantou foi que eu percebi a sua tatuagem nas costas. Uma caveira com asas, linda. Percebi apenas a pimenta na virilha, mas com mais luz pude ver a grande das costas. Uma verdadeira obra de arte.

-Linda tatuagem... –Foi só o que eu disse. Ela se virou para mim e sorriu.

-Faz alguns meses que fiz, ninguém em casa reparou, então você é a primeira pessoa que me diz que gostou. Obrigado. Posso fumar aqui ou tem que ir lá fora?

-Você fuma...? Achei que só bebia, mas pode sim.

Ela acendeu o cigarro e se sentou na cama, apenas com sua calcinha preta de renda. Ela era o que eu queria para mim a muito tempo. Acendi o meu cigarro também e peguei uma cerveja para a gente. Me sentei na cama a seu lado.

-O que deu em você? Olha, pode ter tanta gente legal, todos os meus amigos que tem o seu gosto, por quê eu? –Ela me olhou, sem entender e apagou o cigarro na cama.

-Não penso assim. Não quero quem quiser, acho você legal e, também, não quero seus amigos, você é bom, legal, inteligente, bonito...

Depois que colocamos a roupa, ficamos deitados na cama durante muito tempo, quando começou a escurecer, ela precisou ir pra casa, mesmo sabendo que poderia dormir lá. Como ela mesma disse: “posso até não ter uma mãe que queira noticias minha, mas ainda assim tenho minha casa e coisas de aula pra fazer”. Ela ficou de me ligar antes de dormir, mas já está ficando tarde, acho que ela pegou no sono. Vou tocar um pouco e ir dormir também.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Garota Dos Cabelos Vemelhos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.