The Ruler And The Killer escrita por Marbells


Capítulo 37
EXTRA


Notas iniciais do capítulo

xD xD xD As vossas resções foram hilárias! Então, eu fui hoje a correr para a biblioteca tentar escrever o próximo capitulo, mas como vi que não ia dar escrevi só uma espécie de introdução para o que vai acontecer a seguir. Obrigada pelos comentários e lamento terem entrado em depressão por causa da morte da Clove. Mas leitores e leitoras, ainda há muita surpresa para vocês, não desesperem.
Boa leitura!



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O tempo passa a correr nos momentos em que menos queremos. Para Cato, porém, o tempo tinha deixado de existir. A sua voz era quase inaúdivel devido aos gritos e berros a chamarem por Clove durante horas; o seu rosto estava pálido e inespressivo; os olhos vazios e sem emoção. Depois de ser obrigado por Finnick e Gale a desistir de procurar Clove e a admitir que o corpo irreconhecível e queimado pela expressão era dele, o garoto se desligou de tudo o resto. A pequena nave salva-vidas foi o que os levou ao Distrito 13, com Gale como piloto de emergência.

Estavam todos em mau estado quando chegaram lá. Finnick perdera a mobilidade de um dos braços e só a recuperou algumas semanas depois; Annie entrara em estado de choque e assim que Finnick parava de falar com ela a jovem parecia voltar a mergulhar no seu mundo; Gale tinha duas costelas quebradas e Johanna estava praticamente ilesa. Cato, por sua vez, tinha hematomas espalhados pelo corpo e aparentava não comer há meses, o que não estava muito longe da realidade.

Juntamente com Annie, o loiro foi anestesiado e deitado numa das várias camas do pequeno hospital subterrâneo. Se não fossem as enfermeiras a limpá-lo e a obrigá-lo a comer, o seu corpo debilitado não teria aguentado muito tempo.

Gale sentia-se frustrado e confuso. Era suposto que a morte de Clove lhe desse alguma satisfação. Olho por olho. Mas não. Cato perdera a pessoa que amava mais do que tudo, não era suposto que Gale se sentisse contente por isso? Ou que ao menos achasse que já tinham pago por terem morto Katniss? O único sentimento que lhe foi despertado com a morte da garota das facas foi tristeza. Ela não parecia ser assim tão má, embora Gale continuasse a ver a soldado Breil como uma garota que precisava de umas quantas consultas num psicólogo. No primeiro dia de Cato no hospital, as enfermeiras tentaram dar-lhe banho. O resultado não foi dos melhores. Ele não deixava que ninguém o tocasse e o simples fato de o olharem durante dois segundos o deixava fulo. Depois de esbravajar, Cato voltava ao seu estado de apatia, caído na cama e longe da realidade, preso num mundo onde ele e a sua pequena estariam juntos para sempre e ele a protegia, tal como prometera... e falhara. Duas das três enfermeiras ficaram feridas, empurradas para longe com brusquidão e uma força que parecia impossível vir de um corpo agora tão fraco, enquanto a outra corria pelos corredores e chamava por ajuda. Gale ofereceu-se para ajudar. Ele estava ali perto com Annie e Finnick e decidiu ver como estava Cato. Parece um morto, pensou. A partir desse dia, em que Gale foi obrigado a ver o estado lamentável daquele que fora o seu alvo de ódio e agora não passava de uma pessoa fraca e perdida. Gale nunca pensou sentir pena de um carreirista, mas, como se costuma dizer, há uma primeira vez para tudo.

Dois meses e meio depois do acidente em que uma das vitoriosas dos Jogos da Fome morreu, juntamente com o piloto, e a co-piloto e um avoxe desapareceram, a Guerra teve o seu fim. Coin guardou Snow para uma morte pública, onde seria apedrejado até á morte. Houve até que filmasse o momento em que a população de Panem se unia para celebrar o fim de uma era de fome e miséria e o início de outra, rica e próspera.

Duas semanas depois, Cato foi transferido para um hospital que tinha resistido na Capital. O Distrito 2 estava completamente destruído, não restara nada daquele lugar. Se Cato tivesse ficado lá, teria morrido. Mas para o loiro, já não havia grande diferença entre a morte e o estado onde se encontrava.

Nessa tarde, Enobaria estava estendida no sofá da sua nova casa. Era uma casa confortável, mas muito diferente das do 2. Não que a treinadora de Clove sentisse saudades daquele lugar que a fazia recordar os Jogos. Todas as pessoas têm os seus fantasmas e Enobaria não era exceção.

Quase a adormecer, um toque na campainha faz Enobaria quase saltar do sofá. Ela range os dentes. Quem se atreve a perturbar a sua hora de sono? Bom, aquela hora não era propriamente para dormir, mas Enobaria não queria saber disso.

-A porta está aperta, imbecil! - grita. Não havia razão para trancar as portas de casa agora que Panem era segura novamente. Além disso, Enobaria não teria qualquer dificuldade em matar quem quer que se atrevesse a invadir a sua casa. Não seria a primeira vez que o faria.

-Boa tarde para você também. - Brutus fecha a porta atrás dele, entrando na casa com passos largos e urgentes. A sua expressão é séria e isso alerta Enobaria - Temos de falar.

-O que foi agora? - ela cruzou os braços - Veio pedir mais vinho outra vez? Já bebeu o seu todo? - provoca com satisfação, mas Brutus limita-se a encolher os ombros.

-Também, mas tenho algo mais importante para dizer. - ela ergueu uma sobrancelha com interesse e Brutus suspirou - É sobre a Clove.


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Notas finais do capítulo

Peço desculpa pelos erros... Comentem! Quantos mais comentários houver mais rápido eu escrevo (estou a falar a sério, funciono melhor com motivação)