Entre Mãe E Filha escrita por nikas


Capítulo 36
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou, novamente
Espero que gostem e leiam as notas finais, por favor.



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POV BELLA

A vigem até casa dos Cullen foi rápida e agradável. O tempo estava optimo e convidativo para passeios e a companhia não podia ser melhor. Felizmente, Edward parecia ter ultrapassado toda aquela angustia que eu sentira emanar dele na noite passada.

Enquanto Edward estacionava o carro, voltei-me para ele.

- Como é que achas que vão estar os meus pais? – apesar do tempo que já se passara, eu ainda tinha receio que as coisas não estivesse a correr bem.

- Tu é que és a idealista desta equipa. Diz-me tu. – respondeu sorrindo.

- Então e qual é a tua função?

- A minha? É ser realista.

- Estás a ver amor? Completamo-nos.

- Mas tu ainda tinhas duvidas? – perguntou voltando-se para mim com um sorriso doce.

Inclinei-me na sua direcção e escovei os lábios nos seus, antes de pedir passagem. Beijei-o lentamente, permitindo-me explorar a sua boca. Quando nos afastámos, sorri.

- Não tenho qualquer dúvida. Pertencemos um ao outro.

Edward olhou-me durante um momento, os lábios inchados, até que pareceu despertar e saiu do carro, vindo abrir a minha porta.

- Deixas-me louco. – disse encostando-me na lateral do carro, e dando-me um beijo de tirar o folego.

Óptimo, era isso que eu queria. Deixá-lo louco por mim.

Separámo-nos ao ouvir a porta abrir e com um sorriso e revirando os olhos Edward puxou-me para a entrada, onde Esme já nos esperava com os braços abertos.

- Bella, querida, que bom ver-te. – disse, abraçando-me carinhosamente.

- É bom vê-la, Esme.

- Não podias esperar para que tocássemos à campainha não é, mãe? – Edward provocou enquanto também ele recebia um abraço apertado.

- Naturalmente. Eu... Edward, o que tens na boca? — per­guntou Esme, sorrindo enquanto tirava um lenço do bolso do avental e o limpava.

- Eu não sou criança, mãe — reclamou ele, recuando.

- Não, querido — admitiu Esme, sorrindo, maliciosa. — Mas este tom cereja não é a tua cor. Embora na Bella fique perfeito...

Senti o meu rosto quente enquanto corava e Edward passou o braço pela minha cintura.

- Ora eu gosto de me ver com este tom – respondeu rindo, enquanto Esme se afastava para nos deixar entrar.

- Não duvido.

Assim que entramos vi os meus pais a falar com Carlisle parecendo muito animados, enquanto Alice estava abraçada a Jasper num sofá, os dois no seu mundinho particular.

Sorri ao ver que os meus pais estavam com as mãos entrelaças e fui rapidamente na sua direcção.

- Mãe, Pai. Que bom ver-vos – abracei cada um deles, um abraço apertado para matar saudades e suspirei feliz ao ser envolvida pelos seus braços.

- Estás cada vez mais bonita, querida – elogiou Charlie, olhando-me atentamente e em seguida voltou-se para Edward que acabava de cumprimentar Carlisle e os veio cumprimentar – estás a cuidar bem dela, Edward.

- Dou o meu melhor Charlie – Edward respondeu enquanto apertava a mão ao meu pai e abraçava Renee com carinho – Como foi a viagem?

- Rápida, felizmente. Correu tudo bem.

Senti o meu corpo ser levantado no ar e todo o ar sair de dentro dos meus pulmões, enquanto uma voz animada falava nos meus ouvidos.

- Olá Bellinha.

- Emmet põe-me no chão – tentei reclamar com o resto de ar que tinha nos pulmões.

Edward apressou-se a tirar-me dos braços do seu irmão, cumprimentando-o enquanto eu cumprimentava Rosalie.

Cerca de 3 meses depois de começarmos a viver juntos, Emmet e Rosalie vieram visitar-nos. Não posso fingir que não me senti intimidada ao ver Rosalie: por amor de deus, era seguramente a mulher mais linda que eu já vira na vida. Mas o que tinha em beleza também tinha em simpatia e demo-nos bem automaticamente.

Depois dos cumprimentos todas as mulheres seguiram Esme para a cozinha apesar dos seus protestos. Assim que lá chegámos cada uma deitou mãos à obra. Eu sentei-me no banco ao pé do balcão da cozinha e comecei a cortar os tomates para fazer a salada.

- Então, Allie como vão as coisas com o meu irmão? – iniciou Rosalie, com um sorriso.

- Bem. Agora que estamos juntos, ele finalmente está a soltar-se. Tenho de confessar, Rosie, que às vezes dava-me vontade de o encher de porrada para ver se ele se decidia.

Começamos a rir enquanto Rosalie acenava.

- O Jasper sempre foi muito quieto, muito tímido. Até acho estranho que tenha sido realmente ele a dar o primeiro passo.

- Como conseguiste isso, Allie? – perguntei provocando-a. Agora que conhecia Jasper tinha de dar toda a razão a Rosalie, ele era a pessoa mais quieta que eu conhecia, sempre no seu mundo sem incomodar ninguém.

Alice corou, algo nada normal para ela, e olha de esguelha para a minha mãe e Esme.

- Ora eu tenho os meus métodos – respondeu baixinho, se possível corando ainda mais. – podemos por favor mudar de assunto?

- Tudo bem. Vamos falar do Edward e da Bella – disse Esme.

- Ah não – reclamei receosa daquilo que elas me iriam dizer. Eram terríveis quando se juntava e especialistas em deixar-me envergonhada

- Ah sim – exclamou a minha mãe. – gosto cada vez mais de vos ver juntos – disse com os olhos brilhantes.

- É verdade. – Rose interferiu – O jeito que o Edward te olha é de ficar sem ar., Parece que ele não vê mais ninguém quando tu estás na sala.

Corei enquanto elas me olhavam com um sorriso nos lábios.

- Eu não consigo olhar para nenhum outro homem desde que conheço o Edward – admiti, fazendo Esme sorrir orgulhosa – é como se eles nem existissem mais.

- Eu sinto-me exactamente assim  - ouvi a voz de Edward enquanto ele entrava na cozinha com o seu sorriso torto perfeito. Parou atrás de mim, passando os braços pela minha cintura e deixou um beijo leve na minha bochecha, antes de encostar a sua cabeça no meu ombro.

Sorri assim que senti o calor do seu corpo contra o meu e encostei a bochecha na sua.

- Vocês dois ficam perfeitos juntos – Esme sorriu enquanto voltava a sua atenção para o jantar.

- Eu sei mãe – Edward disse, estreitando os seus braços fortes à minha volta.

Quando Rosalie e Alice chocaram uma com a outra na sua ansia de ajudar Esme voltou-se para nós segurando a colher de pau e ensaiando um olhar reprovador.

- Quero todos para fora da minha cozinha.

- Mas Esme … - tentei reclamar, contudo antes que eu tivesse tempo de acabar Edward puxou-me para a sala de estar que agora estava deserta e atirou-se para o sofá, sentando-se  e puxando-me para o seu colo.

Fui sem reclamar, aconchegando-me contra o seu corpo e ficámos num silêncio confortável, enquanto Edward passava os seus dedos de forma despreocupada pelos meus cabelos. Como sempre acontecia quando ele me fazia isso comecei a sentir os meus olhos pesados.

- Posso entrar, mano? – ouvi a voz baixa de Emmet vinda da porta.

- Claro Emmet. Entra.

Emmet sentou-se no sofá ao lado do nosso. Tentei levantar e ficar numa posição mais elegante mas Edward estreitou os seus braços à minha volta, impedindo os meus movimentos.

Deixei-me ficar no seu colo embora achasse que eles precisassem de um momento a sós.

- Quando é que vão embora? – Edward perguntou, tentando parecer relaxado. A falta que ele sentia de Emmet era mais que evidente.

- Vamos depois de amanhã – Emmet respondeu e pela primeira vez ouvi a sua voz séria, sem qualquer traço de brincadeira.

- Como é que estão a correr as coisas lá?

- Bem, vamos abrir outra sucursal. Estamos a ter muito sucesso.

Edward sorriu

- Fico muito contente por ti.

Durante alguns minutos eles ficaram em silêncio.

- Já viste que a mãe não para de sorrir?

- Claro, Em. Ele fica sempre em êxtase quando estás cá.

-Não é só isso. Ela mal se consegue conter quando olha para vocês juntos – senti o braço de Edward apertar-me mais contra ele, enquanto continuava  com as caricias no meu cabelo, senti os meus olhos tao pesados que tive de fechá-los.

- Nunca imaginei que seria assim. – ouvi a voz de Edward baixa, quase como se fosse uma confidência.

- Eu disse-te para não desistires. Tinha a certeza que as coisas iam correr bem.

Edward riu.

- Tenho de ver se te oiço mais vezes.

- Está tudo pronto para hoje?

- Sim. – a voz de Edward pareceu tremer de nervosismo mas não consegui interpretar o motivo.

Eles calaram-se mais uma vez e senti-me mergulhar na escuridão, para sonhos que faziam mais sentido que esta conversa.

Dedos a correrem pela minha bochecha fizeram-me despertar.

- Bella, amor, o almoço está pronto.

Abri os olhos sonolenta, encontrando o olhar ternurento de Edward. Olhei em volta e estávamos novamente sozinhos na sala.

- Que vergonha. Adormeci – constatei mortificada.

- Calma. Foste dormir tarde a noite passada, não tem mal adormeceres.

- Ah Edward, o que é que os teus pais estão a pensar de mim?

- Nada. Eles nem se aperceberam. Confia em mim – As suas palavras bastaram para me acalmar. Levantei-me e pegando na mão que Edward me estendia fomos até à sala de jantar, onde o almoço estava já servido e todos se sentavam.

Assim que entramos na divisão, Esme apontou-nos os lugares que nos pertenciam e sentamos rapidamente.

Como sempre, estava tudo maravilhoso e todos conversavam animados.

Vi Esme a olhar de forma estranha para Rosalie, talvez dando-se conta daquilo que eu também já tinha percebido.

- Rose, querida, não gostas do vinho?

Rosalie corou e olhou de relança para o copo em que ainda não tocara desde que nos sentámos.

- Oh é óptimo, Esme, eu só… - ela olhou para Emmet em busca de socorro mas ele apenas lhe sorriu e assentiu, fazendo com que Rose se descontraísse de imediato

– Nós temos uma novidade para contar. Queríamos esperar um pouco mais – Emmet olhou para Edward como que a desculpar-se para ele apenas sorriu, o que me deixou confusa – Eu e a minha ursinha estamos grávidos. – anunciou enquanto Rosalie acenava ao seu lado com um grande sorriso desenhado nos lábios.

A reação foi imediata. Todos nos levantamos para abraçar os novos papás e pela primeira vez vi Emmet com os olhos marejados de felicidade enquanto olhava com um sorriso babado para a sua esposa.

Esme  foi buscar sumo e todos brindámos ao novo elemento da família. De imediato começou a enxurrada de perguntas à volta e os papás respondiam a tudo com sorrisos que pareciam ter sido costurados no rosto.

Quando chegamos à sobremesa, senti a mão quente de Edward no meu joelho o que me fez tremer, mas antes de poder sussurrar-lhe para que se comportasse Edward levantou-se, para espanto de todos que interromperam a animada conversa e se calaram imediatamente.

Olhei o rosto que tanto amava e estranhei ao vê-lo nervoso, a boca um pouco contorcida e nos olhos não conseguia disfarçar a chama de incerteza e duvida.

Preparava-me para perguntar o que se passava quando Edward clareou a garganta.

- Obrigada por estarem todos aqui presentes, por terem vindo como vos pedi – arqueei a sobrancelha porque tanto quando sabia esta tinha sido uma ideia de Esme e não de Edward - Bem… - ele hesitou mais uma vez, respirou fundo e pegou a minha mão, fazendo-me levantar. Um pensamento assaltou-me fazendo-me morder os lábios enquanto todo o meu corpo estremecia.

A minha reação parece ter dado coragem a Edward que recomeçou a falar.

- Aqui estamos nós, basicamente sozinhos, em volta um dos outros à procura do menor indicio de uma conexão que seja real. Alguns procuram nos lugares errados e por isso não procuram o certo. Isso aconteceu-me a mim, quando conheci a tua mãe. Achei que era a mulher da minha vida. Mas mesmo sem sabermos, quando há algo dentro de nós que apenas espera encontrar a pessoa certa, nós continuamos a procurar e, por vezes, duas pessoas encontram-se e dá-se aquele sinal, é como se fosse ligado um interruptor que não poderemos nunca mais desligar.

O meus olhos começaram a marejar e as pernas a tremer

- Quando te vi pela primeira vez achei-te linda, mas quando te conheci melhor vi que eras muito mais que isso e rapidamente te tornaste aquela sem a qual eu não poderia mais viver, mesmo que eu tenha lutado para reprimir todo esse sentimento. – ele balançou a cabeça, talvez relembrando toda a nossa aventura – Não foi possível, e depois de todo este tempo eu posso dizer sem qualquer duvida que não imagino nem quero imaginar a minha vida sem ti, porque tal seria como perder toda a luz do mundo.

Deixei de conseguir reprimir as minhas lágrimas que já me escorriam pelo rosto, tornando difícil ver o rosto maravilhoso à minha frente e os olhos verdes que brilhavam com uma intensidade hipnotizadora.

Edward retirou um anel do bolso e ajoelhou-se à minha frente.

- Desejei amor e agora tenho-te a olhar para mim com todo o  teu amor a brilhar nos olhos. Os meus desejos realizara-se e pretendo trabalhar todos os dias para realizar todos os teus desejos. Pertenço a ti de corpo e alma e peço-te, Bella, que pertenças a mim, também.

Ajoelhei-me à sua frente e passei a mão pelos seus fios sedosos.

- O meu corpo, a minha alma e o meu coração são todos. Para todo o sempre. – declarei com voz rouca e com um sorriso enorme Edward deslizou o anel pelo meu dedo, selando o nosso compromisso. – Fazes-me feliz de uma maneira que eu não sabia ser possível e a minha missão de vida é fazer de ti o homem mais feliz do mundo e garantir que sejas também o mais amado.

- Bella… - ele sussurrou mas pousei delicadamente um dedo em cima dos seus lábios porque ainda não tinha acabado.

- Eu não quero outro sorriso, outra gargalhada ou outro olhar que me perfure a alma e desvende todos os meus pensamentos. Eu não quero outro colo, outro carinho ou outro abraço para me acolher e proteger de todo o mal que nos rodeie. Eu não quero outro beijo, outro cheiro ou outros dedos que entrelacem com os meus. Eu não quero outro amor que não o teu. Eu não quero outro alem que não sejas tu. Eu quero casar contigo e poder dizer que sou tua e que tu és meu. Para todo o sempre.

Uma lágrima desceu pelo rosto de Edward ao ouvir as minhas palavras.

Atirei-me nos seus braços, abraçando-o o mais forte que podia, e, afastando-se ligeiramente, Edward beijou-me lentamente como se tivéssemos todo o tempo do mundo.

E tínhamos.

Tínhamos a vida toda para estar nos braços um do outro.

FIM


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam do ultimo capitulo? Acho que o reescrevi umas cinco vezes, adiccionando e apagando detalhes em cada uma das vezes.
Tenho que agradecer a todos os que acompanharam a fic desde o principio, nunca deixando de comentar e dar força. É sempre importante para quem escreve ver que o tempo que "perde" a escrever é compensado com as maravilhosas opiniões que vão deixando.
Obrigada pelas recomendações minhas flores. Vocês sabem como fazer alguém feliz, disso não há duvidas.
Ainda não sei se vou fazer epilogo, é algo em que vou pensar esta semana.
Por favor não deixem de comentar por ser o ultimo capitulo.
Capitulo dedicadissimo a quem comentou o anterior.
Um beijinho a:
—> Carlota Teixeira
—> marlene
—> Carol Fernandes
—> Byy Pettz
—> Susa Santos
—> vau
—> bellacullen2
—> Lóte
—> clauida pires
—> veronica nuno
—> michaelamarce
—> joanattnp
—> patricia ribeiro
—> ana sara
—> patricia
—> leonor
—> rita Santos
—> diana palmeiro

Grande beijinho e uma excelente semana



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