Entre Mãe E Filha escrita por nikas


Capítulo 35
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Capitulo novo do nosso casal 20
Tenho de admitir que amei escrever este capitulo



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POV BELLA

Acordei sobressaltada e olhei em volta logo percebendo o motivo: Edward não estava comigo. O quarto ainda está escuro e quando olhei para o relógio e vi que eram quatro da manhã.

Os meus ouvidos aguçam e logo ouvi o som do piano que está no quarto de hóspedes. Levantei de um salto, vesti a sua camisa e corri para o corredor, indo até ao quarto.

Quando lá cheguei os meus olhos enchem-se de lágrimas, ao ouvir a melodia tão triste que ele tocava… um lamento triste que eu nunca o tinha ouvido tocar enchia a sala, criando uma atmosfera de melancolia.

Edward terminou a música só para começar a tocá-la de inicio. O meu coração apertou ao vê-lo, tão concentrado, com um ar abatido. Porque é que ele estava tão triste? O que se passou?

A música terminou novamente e pela terceira vez volta ao inicio. A sua tristeza consumiu-me e não aguentando mais entrei no quarto. Aproximei-me lentamente do piano, não querendo incomodá-lo ainda mais, atenta à sua reacção. Edward não levantou os olhos do piano, mas mexeu-se ligeiramente no banco para me dar espaço para que me sentasse ao seu lado.

Ele continuou a tocar, sem falhar uma nota, enquanto me sentei ao seu lado, pousando a cabeça no seu ombro, olhando os seus longos e hábeis dedos correr pelo piano. Edward beijou o meu cabelo, mas não deixou de tocar até chegar ao fim da música.

Olhei para cima encontrando o seu olhar, sem o brilho de que gosto tanto.

- Acordei-te? – perguntou preocupado.

- A tua ausência acordou-me. Sabes há meses que não consigo dormir sem ti ao meu lado.

- Desculpa.

Peguei na sua mão e beijei os seus dedos.

- O que aconteceu, amor?

Ele balançou a cabeça, olhando para as nossas mãos unidas.

- Edward – levei a mão livre ao seu rosto, forçando-o a olhar para mim – conta-me o que aconteceu. Por favor – supliquei.

Ele suspirou, mas não desviou o seu olhar do meu.

- Perdemos uma menininha hoje – disse com a voz a falhar. Edward fechou os olhos e quando os voltou a abrir eles estavam desolados.

Encostei a testa na sua e perguntei suavemente:

- Como aconteceu?

- Ela entrou com indícios de constipação, mas o quadro deu uma reviravolta – balançou a cabeça e uma lágrima escorregou dos seus olhos – Não podíamos ter feito nada.

Levantei e sentei no seu colo, passando os braços á sua volta enquanto Edward enterrava o rosto no meu pescoço, inspirando o meu cheiro. Senti-o estremecer.

- Sonhei que tinhas morrido – confessou num sussurro estrangulado.

Oh Edward.

- Deitada numa maca de hospital… pálida… fria… não te mexias.

Afastei-me um pouco e peguei o seu rosto entre as minhas mãos.

- Ei, olha para mim. Eu estou aqui. Foi apenas um pesadelo – sussurrei ternamente, passando os dedos nos seus fios de cabelo. Os olhos de Edward ardiam com angustia.

Inclinei-me e beijei-o ternamente. Quando nos afastamos levantei-me e estendi a minha mão na sua direcção.

- Vem. Vamos para a cama. – Esperei até que ele pegou na minha mãe e se levantou. Sorri internamente e puxei-o para o meu quarto. Assim que nos deitamos Edward puxou-me para os seus braços, para onde vou sem resistência.

Senti os seus braços a apertarem-me firmemente contra ele, como se tivesse medo que eu desaparecesse do nada. Deixe-me ficar nos seus braços, apenas relaxando quando a sua respiração se tornou calma, um sinal de que adormecera.

Senti os raios solares baterem-me nos olhos e abri os olhos preguiçosamente, sorrindo ao sentir a cabeça de Edward no meu ombro enquanto ele dormia pacificamente.

Não me mexi, não querendo incomodá-lo no seu sono e relembrei a sua tristeza da noite passada.

Perdi-me em pensamentos, relembrando como tem sido a nossa vida juntos, desde que ele viera morar comigo. Já se haviam passado 8 meses e eu não poderia deseja outra vida.

Edward mexeu-se e levantou a cabeça, fixando os olhos verdes nos meus, enquanto piscava sonolento.

- Bom dia – disse com a voz rouca e o meu coração aliviou ao ver que nos seus olhos já não está a angústia presente na noite anterior.

- Bom dia, amor. Dormiste bem? – perguntei gentilmente correndo os dedos pelos seus cabelos sedosos.

- Sim, depois de te sentir nos meus braços dormi bem. E tu? – perguntou beijando carinhosamente a ponta do meu nariz.

- Eu durmo sempre bem, desde que estejas ao meu lado.

Edward sorriu e passou a correr o dedo, levemente, quase sem tocar, por todo o meu rosto.

- Apetecia-me ficar aqui contigo, todo o sábado, aproveitar o pouco tempo que temos disponível.

- Mas temos o almoço em casa dos teus pais – Relembrei e tentei levantar-me mas ele fez peso em cima de mim e não me consegui mexer.

- Onde pensas que vais?

Olhei para a sua expressão que mostrava o quão decidido ele estava em ficar mesmo na cama e só me lembrei de uma coisa.

- Eu estava a pensar que poderíamos tomar um banho de banheira, mas se tu não queres – respondi encolhendo os ombros.

No mesmo instante, os olhos de Edward brilharam intensamente e ele puxou-me da cama, arrastando-me em direcção à casa de banho.

- Vamos, Bella. Temos um banho a tomar – mandou enquanto eu gargalhava atrás dele.

Assim que o nosso banho ficou pronto entramos para a banheira e sentámo-nos um de frente para o outro.

Olhei-o atentamente enquanto ele brincava com a espuma.

- Como estás? – perguntei, com medo de trazer o assunto à tona mas sabendo que se ele não falasse tudo não ia ficar bem.

Edward olhou-me e ensaiou um sorriso falso, tentando enganar-me, mas nem deixei que ele começasse. Arqueei uma sobrancelha em aviso e olhei-o seriamente fazendo-o suspirar.

- Não é fácil quando uma coisa destas acontece. Mas ontem, enquanto tocava revi todos os passos que nós seguimos e pelo menos sei que posso ficar de consciência tranquila, porque sei que não havia absolutamente nada que nós pudéssemos ter feito -  balançou a cabeça – Acho que foi simplesmente a sua hora.

Ele sorriu para mim, um pequeno sorriso, e percebi que ele já tinha dito tudo o que tinha a dizer por isso, enquanto lhe devolvia o sorriso pensei em algo para aliviar o ambiente.

- E aquela atiradiça estava lá contigo, ontem? – perguntei, em parte para o distrair mas eu realmente queria saber.

- A Lauren estava lá – respondeu simplesmente deixando-me louca de ciúmes.

Lauren, aquela que uma vez encontramos quando Edward ainda namorava com a minha mãe, tinha conseguido um estágio como enfermeira no mesmo serviço que Edward, tornando-se uma dor de cabeça para mim, já que fazia tudo para estar com ele.

Apesar do nosso relacionamento ser perfeito, havia uma coisa que nos fazia discutir: os ciúmes. Tanto meus como dele. Não podia acontecer nada que um de nós corria para mostrar que pertencíamos um ao outro.

- Claro que estava. Nem sei porque perguntei.

- Bella –Ele disse, cansado do assunto “Lauren” – Eu sou te, de corpo e alma. Não tenho culpa que ela esteja a trabalhar no mesmo sitio que ela.

- Mas parece que tens mel.

- E tu achas que eu a encorajo? – perguntou parecendo chateado

- Não foi isso que eu quis dizer – bati na água, exasperada.

Edward olhou-me com a sobrancelha arqueada.

- Acabaste de espirrar água para mim?

Como uma criança apanhada apenas assenti.

- Bella, Bella – ele murmura, balançado a cabeça – eu penso que a nossa conversa já foi suficiente – e levando as mãos à minha cintura puxou-me na sua direcção, fazendo com que a água transbordasse da banheira.

Não nos poderíamos ter preocupado menos com isso.

Ambos gememos quando os nossos lábios se tocaram, provando um do outro. Senti um calor dentro de mim , o mesmo que sentia sempre que Edward me tocava, e as minhas mãos foram automaticamente para o seu cabelo, puxando-o na minha direcção, assegurando-me que não ficava espaço entre nós.

Edward segurou a minha cintura com ambas as mãos e olhou-me, os seus olhos verdes agora escuros e luxuriosos brilhavam para mim.

- Eu quero-te, Bella. – sussurrou e ergueu-me de forma a que eu fiquei a pairar por cima dele – pronta?

- Sim – sussurrei de volta.

Edward foi soltando a minha cintura, preenchendo-me lentamente,, fazendo-me fechar os olhos e gemer com a sensação de tê-lo dentro de mim.

Soltei as mãos dos seus cabelos e agarrei na borda da banheira, onde me apoiei para conseguir levantar e baixar lentamente, enquanto fixava o olhar no seu. Edward abriu ligeiramente a boca e a sua respiração tornou-se mais rápida, assim como a minha, enquanto os nossos movimentos começaram a acelerar.

Baixei o meu corpo sobre o seu para voltar a beijá-lo, enquanto os nossos corpos procuravam desesperadamente um pelo outro, aumentando o ritmo, fazendo a água balançar à nossa volta enquanto que a casa de banho era preenchida pelo som dos nossos gemidos.

Senti o meu baixo ventre a contrair e então cheguei ao orgasmo, clamando o seu nome, para logo em seguida ser acolhida nos seus braços, quando ele me apertou contra o seu corpo ao atingir a sua libertação.

- Oh Bella.

Olhei para ele, ainda mais bonito do que o costume, agora com as bochechas coradas, e beijei-o delicadamente.

- Eu amo-te tanto – declaro baixinho, com os lábios colados aos seus.

- Como eu te amo – respondeu-me da mesma forma.

Ficámos na banheira até a água esfriar e quando saímos passamos pelo duche rapidamente e vestimos os roupões.

- Não sei o que vestir – pensei em voz alta, enquanto olhava para as minhas roupas.

Edward, que já tinha uma camisa branca na mão, olhou-me.

- Ficas boita com qualquer coisa. Além disso é apenas um almoço de família.

Sorri enquanto corava com o seu elogio e escolhi um vestido leve.

- Estou ansiosa por ver os meus pais. – Falei saudosa. Charlie e Renee vieram fazer uma surpresa e apesar de todas as minhas reclamações decidiram ficar instalados num hotel em vez de virem aqui para casa. – Os teus pais foram uns queridos em convidá-los para o almoço.

- Sabes que eles os adoraram desde o jantar aqui em casa. A minha mãe passa a vida a dizer como tem pena que eles morem longe – Edward aproximou-se de mim e beijou-me ternamente – Espero por ti na sala. – e saiu.

Olhei na direcção da porta por alguns minutos antes de me levantar e começar a vestir-me. Calcei uns sapatos de salto, fiz uma maquilhagem leve e, depois de me olhar ao espelho, sai do quarto.

Assim que entrei na sala o meu olhar encontrou imediatamente o de Edward. Ele esperava-me ao lado da janela, vestindo as calças pretas que eu gostava tanto de lhe ver, porque caem perfeitamente nos seus quadris e uma camisa branca.

A voz de Frank Sinatra faz-se ouvir pela sala.

- Olá – eu disse, espelhando o sorriso que ele me dirige.

- Olá. Estás maravilhosa- elogiou, fazendo-me corar.

Penso em algo que me permita mudar o rumo da conversa.

- Frank. Nunca imaginei que fosses um fã de Sinatra.

As suas sobrancelhas levantaram enquanto o seu olhar percorre o meu corpo, como se ele se tentasse concentrar.

- O meu gosto é variado, Srta. Swan. - murmurou, avançando lentamente na minha direcção e parando à minha frente com um olhar intenso que me fez suspirar, tirando-me o folego.

A música mudou, tocando agora “the way you look tonight”. Edward tirou o comando do bolso da camisa e aumentou o som.

- Dança comigo – murmurou o seu pedido com a com voz rouca.

Pensei em mil desculpas para justificar a minha falta de habilidade para dançar mas todas elas foram varridas da minha mente quando Edward esticou a mão na minha direcção, olhando-me com expectativa.

Ele é tão sedutor que faz com que eu o olhe encantada. Coloquei a mão na sua e ele sorriu preguiçosamente, puxando-me para o aconchego dos seus braços, enroscando o outro braço ao redor da minha cintura.

Pousei a minha mão livre no seu braço e ele começou a mover-nos, guiando-nos ao longo da sala, numa dança lenta, na nossa própria bolha. Deslizamos pela sala, embalados pelo ritmo da musica, os nossos olhos sempre conectados. Edward fazia com que dançar parecesse a coisa mais simples do mundo.

O ambiente estava descontraído e eu ri despreocupada assim que a musica chega ao fim. Quando paramos de nos mover, Edward sorriu, um sorriso que faz os seus olhos brilharem.

- Estás absolutamente deslumbrante– ele murmurou e então, beija-me docemente.

Quando nos separamos corri a mão pela linha do seu maxilar sentindo a barba rala. Lentamente, fechando os olhos, Edward inclinou a cabeça na direcção da minha mão, aproveitando o carinho, e percebi que a sua respiração ficara presa.

Levei a outra mão ao seu cabelo e corri os dedos por entre os seus fios sedosos, e sorri ao ouvir o seu gemido suave, quase inaudível.

Dei um passo em frente, colando os nossos lábios e aproveitando a altura extra proporcionada pelos saltos altos, puxei gentilmente o seu cabelo, trazendo a sua boca na direcção da minha e beijei-o, forçando a minha língua entre os seus lábios e invadindo a sua boca.

Edward gemeu e levou os braços à minha cintura, puxando-me firmemente na sua direcção, beijando-me de volta, com força e possessividade.

Quando nos separamos tínhamos os lábios vermelhos e a respiração entrecortada.

 – Estás pronta?

- Sim, podemos ir. – respondi sorridente.

Edward vestiu o blaser que estava sobre o sofá, pegou na minha mão e saímos de casa.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Espero que tenham gostado tanto do capitulo como eu.
Como já disse no capitulo anterior a fic aproxima-se do fim e eu realmente pensava em fazer deste o ultimo capitulo mas mudei de ideias.
Queria saber quais são as vossas opiniões sobre aquilo que ainda poderia acontecer com o nosso casal.
Leitoras anónimas, ultimas oportunidades para dar um "olá".
Capitulo dedicado a quem comentou o anterior. Um beijinho a:
—> Susa Santos
—> Paulas2Lima
—> vau
—> Leticia Dos Santos
—> MaduCullen
—> joanattnp
—> veronica nuno
—> ana sara
—> michaelamarce
—> claudia pires
—> Carlota Teixeira
—> marlene
—> patricia ribeiro
—> leonor
—> diana palmeiro
—> Rita Santos
—> patricia
—> Lóte

Grande beijinho e até ao próximo capitulo



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