Sekai

No dia seguinte~

– Filha, vamos conhecer a escola. – falava a mãe da garota, olhando atentamente a um mapa do local.

– Tá, mãe. – respondeu.

E as duas foram andando em meio a escola, sempre observando o mapa.

– FIIIIIILLLLLLLLLHHHHHHHHHHHHHAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!! OLHA SÓ! AQUI TEM UM CENTRO DE LUTAS! – gritava, ou melhor berrava sua mãe.

– MÃE! QUER PARAR COM ISSO? – a garota respondia, envergonhada – Depois reclama que eu não namoro.

– Mas é verdade. Se continuar assim, vai ficar igual a sua tia! – continuava berrando a mãe e alguns alunos viam e começavam a rir.

– Mãe, vamos ali na secretaria pegar o comprovante de matrícula, onegai! – falava a garota, arrastando a mãe para que não passasse mais vergonha.

As duas entravam na secretaria e foram em direção ao balcão.

– Em que posso ajudá-las? – perguntou a Secretária.

– Gostaria do comprovante de matrícula e da lista do que precisa. – solicitou a mãe da garota.

– Nome?

– Lawliet Yui!! – respondeu a garota.

– Ah, então foi você que passou em segundo nos testes pra entrar no Sekai.

– EXATAMENTE! – se intrometeu a mãe – MINHA FILHA É MUUUUUUUUUUIIIIIITO INTELIGENTE! TENHO MUITO ORGULHO DELA.

– MÃE! PARA! - pediu Yui.

– Mas as pessoas precisam saber que sua mãe se orgulha de você! – continuava a mãe e ela olhou para a secretária – Quando ela passou...

– NÃO, VOCÊ NÃO VAI FALAR ISSO!!! – gritava Yui.

– O QUE FOI, MENINA? - falou a mãe – Quando ela passou, eu fiz uma camisa pra ela. Mostra a camisa, Yui.

A Yui tirou a camisa da bolsa. Nela estava escrito: “Sou a nº2 do Sekai. Completamente inteligente”

– Me arrependo de ter falado que passei em segundo... – se lamentava Yui.

– Aqui está, “menina inteligente”. – disse a secretária, entregando o papel a mãe de Yui.

– A propósito, quem passou em 1º? – perguntou a mãe da Yui.

– Okumura Yumi. – respondeu ela, friamente. – Ela fechou a prova.

– Nossa... ela deve ser inteligente mesmo. – falou Yui. – Quero conhecê-la.

– Se conseguir conhecê-la, me apresente. Ninguém nunca a viu e ela sequer veio fazer a matrícula. – respondeu a secretária. – De qualquer forma, nos vemos em dois dias. Aqui – ela entregou uma chave – Essa é a chave do seu quarto.

– Arigatou. – disseram as duas.

– Vamos conhecer seu quarto? – perguntou a mãe de Yui.

– Não pode. – respondeu ela, lendo o formulário. – O quarto só pode ser ocupado um dia antes do início das aulas.

– Ahh, é mesmo uma pena. O que vamos fazer então? – perguntou a mãe da Yui.

– Podemos continuar conhecendo a escola. – respondeu ela.

– Ok então. – E continuaram andando.

As duas visitaram desde o centro de Artes até as quadras. Tinham várias quadras, desde quadra de tênis até campo de futebol. As salas ficavam em um prédio gigante e os dormitórios em outro separado e meio distante.

Os dias passaram rapidamente e logo chegou o grande dia. Os portões da escola estavam cheios de alunos e pais com suas malas enormes e uma confusão enorme se formava nos portões.

– Não acredito que eu vou ter que ficar no meio deles... – falava Misaki.

– Calma Misaki. – falava seu pai, Hashirama Senju – É para o bem de todos, não se esqueça.

– É meio difícil com você me lembrando todo o dia...

~Do outro lado da multidão ~

– VAAAAAAAAAMOOOOOOOOOOOOOOS YUI!! – gritava a mãe da Yui. – ISSO AQUI TÁ PESADO!!!

– MÃE! QUER PARAR? – gritava Yui.

– Seu quarto fica longe menina! QUER QUE EU CARREGUE E FIQUE FELIZ? – gritava ainda.

– AFFE! – E Yui continuou andando.

E as duas seguiram para o quarto da garota e colocaram suas malas lá. Durante o caminho viram outras pessoas tentando colocar suas malas nos quartos. Yui se despediu de sua mãe e começou a andar pelos corredores, até que foi parada por uma garota meio estranha.

– Você deve ser a Yui, né? – falou uma garota

– É... Sou eu sim. – respondeu Yui, com uma cara meio assustada.

– Que bom! Achei a minha companheira de quarto! – continuou a garota. – Me chamo Masami!

– Etto.. prazer então. – respondeu Yui, mais aliviada.

– Vamos logo que agora é a reunião dos alunos novos. – gritou a Masami que resolveu puxar a Yui.

– EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEIIIIIIIIIIIIIIIIIIII! – gritou a Yui, que era puxada até o auditório.

Quando as duas chegaram lá tinha um monte de alunos sentados. Alguns conversavam, outros ficavam jogando em alguma coisa.

– Vamos sentar aqui. – Sugeriu Yui, apontando para as cadeiras do meio.

– Ok então. – concordou Masami.

Então surgiu um homem de cabelos vermelhos e um terno preto. Ele seguia em direção ao palco, se ajeitou e começou a falar.

– Bem Vindos, alunos novos do Sekai. – falava o homem – Me chamo Nagato Pain e sou o diretor dessa escola.

– Nossa... cara estranho ele, né? – perguntava Yui.

– Ele é o meu tio... – comentou Masami.

– A-ah, Go-gomen! – começou Yui.

– Então, gostaria que prestassem a atenção, porque logo teremos os primeiros testes. O que chamamos de “Teste de Encaixe”.

– Teste de encaixe? – perguntou um moleque no fundão.

– Sim. Eles servem pra saber em que nível você está e quais aulas você pode fazer. – continuava Nagato.

– Mas já fizemos as provas pra entrar aqui. Temos ainda que fazer provas pra saber quais matérias podemos fazer? – falou outra garota.

– É, exatamente. – prosseguiu Nagato, sem alguma emoção em seu tom de voz. – Agora dispensados.

E todos os alunos foram para os seus quartos. No meio do caminho, Yui e Masami estavam conversando sobre como seriam os testes.

– E então, será que vamos ficar na mesma turma? – perguntou Yui.

– Tomara que sim. Não quero ter uma colega de turma diferente. – respondeu Masami.

– Nem eu... – comentou Yui, mas ela esbarrou em alguém.

– Ei, olha por onde anda. – falou uma garota. – Baka.

– QUEM É BAKA? SUA BAKA? – gritou Yui.

– Eu que não sou. – continuou a menina.

A garota que a Yui esbarrou tinha cabelos pretos que iam avermelhando até chegar nas pontas, onde era vermelho sangue. Seus olhos eram pretos e usava uma maquiagem prata, uma saia xadrez com correntes penduradas, uma blusa de lã roxa com um sobretudo preto.

– Quem você pensa que é pra falar desse jeito com ela? – gritou Masami.

– Sou alguém que vão se arrepender de ter conhecido. – respondeu a garota, que foi embora.

– Nossa... – disse Masami – Que menina estranha.

– Eu gostei do visual dela! Eu usaria se minha mãe deixasse. – comentou Yui.

– Você é realmente estranha. – falou Masami e as duas começaram a rir.

Do outro lado da escola...

Misaki chegou ao seu quarto e encontrou uma surpresa nada agradável. Os quartos tinham 2 camas, uma sala com sofá, TV, vídeo game e computador, uma cozinha e um banheiro.

– QUE TIPO DE PESSOA DEIXA ESSA SUJEIRA? – gritou Misaki.

– NÃO FALA ASSIM DA MIHNA LIMPEZA! – gritou um garoto com cabelos azuis, orelhas meio pontudas e dentes estranhos. – CAI FORA!

– O quarto também é meu! – falou Misaki. – Quem é você pra me mandar sair daqui?

– Okumura Rin! – disse o garoto, ou melhor, Rin – E você?

– Senju Misaki. – respondeu o outro – Peraí, você é o garoto que enfrentou Sat..

– NÃO FALE ISSO! – gritou Rin, que bateu na cabeça dele com uma frigideira.

– ITAI!!! – gritou Misaki – TÁ PARECENDO MINHA MÃE QUANDO BRIGA COM MEU PAI!

– Gomen. É que eu não queria que terminasse a frase sobre o meu “pai” – continuou Rin.

– Por que não?

– Porque minha irmã tá aqui. E ela é... diferente.

– Diferente como? – falou Misaki, meio confuso.

– Só diferente, você vai entender amanhã nos testes. E então, está com fome? – falou Rin, mudando de assunto.

– Hai! – gritou Misaki.

– Ook, vou ver o que eu faço para comermos. – disse Rin, que foi direto para a cozinha.

Eles jantaram e foram dormir, já que no outro dia seria um dia complicado para muitos. Yui e Masami também tentaram descansar, mas a ansiedade era tanta que nem conseguiram dormir direito. Como será que eles irão se sair?