Hawaii Games escrita por Youth Is Like 1D


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

o outro capítulo de hoje (((:
reviews ? ^^



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Beatriz POV:

- Harry te trouxe de volta.

 Fuck. Naomi estava de brincadeira, só podia. Harry me trouxe de volta? Eu nem havia o visto. E se ele tentasse se aproximar de mim eu daria um soco nele. Talvez eu estivesse bêbada demais pra isso.

- Harry? – perguntei incrédula.

- Sim – ela mordeu o sanduiche.

- Como eu estava?

- Desmaiada – ela respondeu indiferente.

- Desmaiada? – eu tinha desmaiado no meio de todo mundo e não lembrava disso. Qual o problema comigo?

- Sim, você é estupida.

- Oque? – Naomi tinha acabado de me xingar?

- Você é estupida – ela repetiu as palavras com um intervalo maior.

- Por quê?

- Você foi pra uma festa, sozinha, bebe até cair e não lembra como chegou aqui – ela deu ênfase no “sozinha” – Precisa de outro motivo?

- Não – não precisava mesmo, eu tinha sido estupida o bastante, e Harry me levou pra cabana, mais estupido ainda. E eu ainda lhe devia um “obrigado”. Droga.

[...]

 Depois de tomar o café da manhã. Saí da cabana e fui em direção à cabana de Harry. Segui pelo caminho vagarosamente esperando encontra-lo antes de precisar bater na sua porta. Acabei tendo que bater na porta dele. Harry abriu a porta e demonstrou-se surpreso.

- Oi – ele gaguejou.

- Oi – espiei discretamente o interior da cabana, não havia ninguém, apenas ele – Posso conversar com você?

- Ahn, sim, claro – ele abriu completamente a porta para que eu entrasse.

- Eu queria... agradecer – entrei na cabana devagar, medindo cada passo.

- Pelo que? – ele virou-se para mim.

- Por ter me trazido pra minha cabana – fitei o chão.

- Ah, tudo bem – ele sorriu de canto.

- Então, era só isso – dei um passo em direção à porta.

- Não, espere – arqueei uma sobrancelha – Bia, por favor, me desculpe por ter feito aquilo com você. Foi estupido, – nossa como eu tinha escutado essa palavra hoje – eu agi por ciúmes. Tanto quando eu fiquei com Bella, quando eu contei a você sobre Thayer. Eu não deveria ter feito nada disso. Eu fui um idiota.

- Harry, eu não fiquei chateada por você me contar sobre Thayer.

- Não? – o olhar dele se iluminou.

- Não, mas, ficar com Bella Thorne? – apertei os olhos – Foi estupido. Você deveria ter conversado comigo...

- Eu sei, me desculpe! Foi por impulso. Por ciúmes – tristeza. Era a única coisa que eu conseguia ver no fundo daqueles olhos verdes – Eu tinha medo de perder você pra ele.

- Você tinha medo que eu ficasse com Thayer? – franzi o cenho.

- Não ia ser a primeira vez que isso acontece.

- Oque? Como assim?

- Ahn, nada – ele balançou cabeça.

- Não, Harry, agora eu quero escutar.

- Bia, me desculpe. Eu só quero uma segunda chance.

- Ok, mas, sobre oque você estava falando?

- Nada, esquece.

- Harry, é sério...

- Eu sei, é sério, não é nada! – o transtorno dele com minha insistência mostrava que não era nada.

- Você pode me contar.

- Bia, esqueça – ele falou firme.

- Se você quer assim - me rendi. Fui em direção à porta e a abri – Tchau.

- Tchau.

 Saí da cabana dele com um misto de raiva e pena ao mesmo tempo. Eu não sabia o porquê da pena. Mas, por algum motivo eu estava com pena de Harry. Eu nem estava mais com tanta raiva dele, embora devesse. Sou fraca. Como estava quase na hora do Salão de Refeições abrir para o almoço, decidi chegar antes de todos. Andei vagarosamente pelas escadas. Observei o balançar da mata. O correr da água nos tobogãs. Tinha muitas pessoas que trabalhavam no Hawaii Games almoçando no restaurante. Os reconheci por causa do uniforme preto e branco.

 Comecei a lembrar do dia em que Harry me levou pra jantar. Nos não estávamos namorando. Estávamos, praticamente namorando. E foi nesse tempo que eu deixei Thayer me beijar. Então, eu tinha traído Harry. Senti um pouco de peso na consciência. Um pouco não, muito peso na consciência. Ele havia sido um fofo comigo, tudo que eu sempre pedi em um garoto. Eu praticamente lhe devia aquele perdão. Pois, em nenhuma das nossas discussões ele cogitou que eu devesse pedir desculpas pelo beijo de Thayer. E depois de vê-lo beijando Bella, de vê-lo me traindo. Eu transei com Thayer. Não foi certo, porque eu não gosto o suficiente de Thayer pra isso. Eu o usei. Eu fui fraca.

 Mas ele não sabia disso, pelo menos, eu esperava que não. Mas, havia acontecido algo entre Harry e Thayer. Algo que desde o começo os dois se recusavam a contar. Algo que eu conseguira esquecer a curto prazo. Mas que agora voltava a minha cabeça constantemente. Lembrei-me das palavras de Harry.

“- Não ia ser a primeira vez que isso acontece.”

 Oque ele queria dizer? Que já havia perdido alguma garota pra Thayer? Quem era essa garota? Senti uma pontada de ciúmes. Afastei o pensamento. Ou pelos menos eu havia tentado afastar. Entrei no Salão, eu estava aérea. Sentei numa mesa qualquer e esperei. Eu estava sentada virada para a porta de entrada. Vi um grupo de garotos entrando. Não que eu estivesse realmente prestando atenção. Eu ainda estava perdida em pensamentos. Vi um dos garotos se afastar do grupo e vir em minha direção.

- Olá – alguém havia me cumprimentado, sai do transe.

- Ah, olá – sorri, era Peter.

- Pensando? – ele perguntou.

- Sim – concordei com a cabeça também.

- Veio sozinha? – ele arqueou uma das sobrancelhas loira/ruiva.

- Sim, eu estava por aqui por perto, resolvi chegar antes que todo mundo.

- Ah! – ele não me perguntou o motivo.

 Ficamos conversando esperando que todos chegassem, nossa mesa estava quase lotada quando vi Harry entrando com os garotos da banda.

- Podemos sentar aqui? – Liam perguntou segurando uma das cadeiras vazias, fiquei ligeiramente surpresa. Todos na mesa me fitaram buscando por uma resposta.

- Sim, claro – eu não diria não ao Liam. E eu não estava “brigada” com o Harry. Depois de todos esses acontecimentos eu tinha parado de vê-los como minha banda favorita, agora eu os via como colegas, amigos. Eles se sentaram à mesa, arrisquei olhar para Harry. Ele estava conversando com Niall. Todos á mesa ainda estavam em choque diante da minha atitude. Ainda bem que Derek chegou nesse exato momento.

- Oi pessoal – ele falou animado.

- Olá – todos responderam em coro.

- E ai, troublemaker? – ele falou me olhando enquanto se sentava numa cadeira próxima.

- Você está falando comigo? – arqueei uma sobrancelha.

- Sim – ele sorriu.

- Não sou uma... troublemaker – reclamei.

- Não? – ele arqueou uma sobrancelha e todos na mesa riram, ou pelo menos, quem entendeu a piada. Mas, ainda assim, eu não sou uma troublemaker. Os problemas é que tem alguma cisma comigo. Eu não arrumo problemas.

- Sabe qual é a pior coisa de hoje? – Derek perguntou a todos.

- Oque? – Danielle perguntou apoiando a cabeça no punho.

- Que a gente vai voltar pra cabana de pobre amanhã – cabana de pobre? Ah! Sim, amanhã teria o jogo individual.

- Mas e se algum de nós vencer? – alguém perguntou.

- Baby, só cabem dez pessoas, a não que todos durmam juntos – ele falou com um tom de safadeza na voz.

- Isso séria uma boa ideia – Peter riu.

[...]

 Saímos todos juntos do Salão, não fiquei próxima de Harry. Não estava pronta pra dar a bandeira branca de vez. Fomos para a cachoeira. Um lugar de qual eu não tinha boas lembranças. Chegando perto pudemos ver grandes tabuas de madeira pintadas de preto tampando a visão do campo de grama.

- Desde quando isso está ai? – perguntei.

- Desde que a festa de ontem acabou – Peter respondeu prontamente. Dava pra escutar o barulho de construção. Notei que Danielle se aproximou de Peter e tentou puxar assunto com ele. Danielle não fazia isso com frequência, a não ser que estivesse interessada. Me distanciei um pouco deles.

 Percebi que Harry não tentou se aproximar de mim nenhuma vez. Eu não sabia se isso me incomodava ou se eu gostava disso.

[...]

 Saímos da cachoeira, pois o barulho da obra estava ficando ensurdecedor. Resolvemos ir para a nossa cabana, aproveitar nossa última noite de luxo.

 Como havia dormido cedo, acordei cedo. Eram 8:00 quando tive coragem de levantar da cama. Como o Salão de Refeições só abria as 9:00 desci até a cozinha para comer alguma coisa. Todos estavam dormindo. Me perguntei como seria a prova de hoje.

 Quando todos acordaram e ficaram prontos fomos para o Salão de Refeições, voltando do café da manhã fizemos as malas, colocamos na outra cabana e corremos para o pátio de grama. Chegando lá ficamos imensamente surpresos. Eles haviam construído um labirinto enorme que ocupava quase todo o espaço.

- Uau – Carol estava boquiaberta assim como todos ali.

- Olá – uma coordenadora nos cumprimentou – Bom, como vocês podem ver, a prova vai ser no labirinto – ela apontou para o labirinto – Mas, como vocês perceberam também, aqui tem muitas pessoas para um labirinto só. Então, vocês vão se dividir em grupos de dez. Nesse grupo vocês vão fazer um sorteio de duas pessoas. Essas duas pessoas vão entrar no labirinto. Lá vocês vão ter que achar a saída. Mas, como hoje é um jogo individual, só quem completar a fase vai ganhar os pontos. Como vocês sabem os três primeiros vão ter direitos a uma pontuação maior e as cabanas na Vila dos Vencedores.

[...]

 No nosso grupo tinha: Eu, Carol, Adrianna, Danielle, Derek, Austin, Scott, Naomi, Peter e um amigo de Derek. Alguns funcionários distribuíram caixinhas de plástico e papeis para que fizéssemos o sorteio. Derek estava mexendo na caixa de plástico lentamente deixando todos ansiosos.

- Vai logo Derek – Scott reclamou.

- Ok, relaxe – Derek escolheu um papel e o puxou – Carol.

- Ah, não – Carol gemeu – Eu? Vamos fingir que deu outra pessoa.

- Não – Derek riu e puxou outro papel – Troblemaker.

- Tá de brincadeira? – olhei feio para Derek.

- Não – Derek mostrou o papel com meu nome escrito. Respirei fundo. Labirinto? Legal. Derek derrubou os outros papeis e colocou o meu e o de Carol. E entregou a um funcionário.

 Quando todas as caixas com os nomes estavam no palco os coordenares chamaram os nomes e mostraram a que entrada as pessoas deviam ir. O labirinto tinha quatro entradas, eu e Carol ficamos em entradas diferentes. Dez jogadores em uma entrada. Eles nos empurraram um pouco mais pra dentro. Observei a estrutura. Eram arvores sintéticas, de plástico e embaixo delas havia um trilho de metal, pude ver um fio elétrico escondido. Oque haviam aprontado dessa vez?

- Prontos? – a coordenadora perguntou – Não saiam dos seus lugares até a largada. 1... – meu coração acelerou, eu tinha medo do que ia fazer conosco aqui dentro – 2... – tum tum tum – 3... Já!

 Ninguém correu, todos ficaram surpresos porque uma parede de plantas havia acabado de se mexer tampando a entrada. Merda, corre! Ou eu corria ou eu séria pisoteada. Entrei na primeira entrada a direita e continuei a correr, vi um grupo de pessoas aglomeradas num quadrado de paredes, corri em direção na esperança de ver outra entrada por ali. Mas outra parede se moveu tampando o quadrado. Corri em outra direção. Corri desesperadamente com medo de ficar trancada. Sozinha. Trancada. Quando esbarrei em alguém, a adrenalina do meu corpo estava tão alta que em um segundo estava de pé. Fitei a pessoa que estava no chão.

- Thayer? – por impulso corri para ajuda-lo a se levantar.

- Corra antes que uma parede nos tranque aqui! – ele gritou. Sem pensar duas vezes corri. Segui pelo caminho até chegar num pego.  Vup!  Uma parede fechou me deixando trancada. Corri em direção à parede. Gritei. Soquei. Chutei. Nada. Me agachei e tateei os trilhos de metal, nada que pudesse ajudar. Eu estava entrando em desespero quando outra parede se moveu me destrancando, corri. Entrei num quadrado enorme, tinha uma fonte no meio e alguns bancos. As entradas do quadrado fecharam. Tinha outra pessoa no quadrado, eu conhecia essa pessoa.

 Essa pessoa, era Harry.


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