Hawaii Games escrita por Youth Is Like 1D


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Oi lindas, só postei hoje o capitulo porque passei o feriadão sem internet. Mas, enifm, após matar vocês de curiosidade finalmente vocês vão saber o segredo do Thayer. Não se esqueçam, deixem reviews e/ou falem comigo pelo twitter.



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Beatriz POV:

- um...

 Eu já estava perdendo a paciência com Harry e com toda essa palhaçada.

- vendedor de drogas. – meu mundo parou, parecia que eu havia sido nocauteada. Olhei para Thayer em busca de alguma defesa da parte dele. Nada. Ele estava apenas fitando o chão.

- Thayer? Isso é verdade? – esperei que ele negasse.

- Sim – ele assentiu com a cabeça.

- De que? – tentei me controlar, as lágrimas surgiam nos meus olhos.

- Anfetamina – ele me olhou nos olhos.

- Eu... apenas não acredito – foi tudo que consegui dizer antes de sair dali, correndo.

Thayer POV:

 Bia saiu correndo pela trilha. Eu esperava que ela gritasse comigo, me desse uma tapa. Mas nunca achei que ela fugiria do mesmo jeito que ela fez com Harry. Harry estava com uma expressão de vitória.

- Finalmente você conseguiu não foi? – agora, o meu assunto era com ele.

- Oque?

- Você não aguentava nos ver juntos. Não é? – ignorei a pergunta dele.

- Ver vocês juntos? – ele riu cinicamente.

- Sim.

- Não existia “vocês” – ele se virou rindo em direção a trilha.

- Nós transamos.

- Oque? – ele se virou com uma expressão totalmente perplexa. Ignorei-o e segui em frente. Eu tinha que achar Bia. Ela não podia contar isso a ninguém. Corri o mais rápido que pude e quando sai da mata procurei por ela. Ela estava subindo as escadas do lado oposto correndo. Corri em direção a ela. Pra minha sorte, mas não pra dela, ela tropeçou antes de chegar à Vila.

- Bia? Você está bem? – a ergui pelo braço.

- Me larga – ela puxou o braço, mas eu segurei firmemente – Oque você quer? – as lágrimas escorriam sem que ela percebesse.

- Por favor, me escuta!

- Não! – ela gritou cheia de magoa – Eu já escutei o bastante por hoje – vi a dor nos olhos dela, mas não a dor física.

- Eu não faço mais isso.

- Oque? – ela me desafiou a falar.

- Você sabe – apertei seu braço ligeiramente.

- Não, não sei! – ela cuspiu as palavras.

- Eu não vendo mais drogas – falei sério.

- Aham, e eu acredito em você.

- Eu não contei nada antes porque tinha medo que você se afastasse.

- E você preferiu que eu descobrisse pelo Harry? – ela falou num tom mais baixo. Balancei a cabeça, amoleci um pouco e ela puxou o braço.

- Só não conte para ninguém.

- Não vou – falou virada de costas e começou a subir novamente as escadas. Dessa vez num ritmo mais lento.

Beatriz POV:

 Rancor e magoa. Isso definia muito bem meu estado emocional. Após ganhar um arranhado no joelho e uma marca vermelha de mão no braço segui em frente. Cheguei à cabana e tentei abrir a porta. Merda! Eu esqueci totalmente que estávamos na cabana grande. Desci as escadas o mais devagar que conseguia. O sangue do joelho escorria pela perna, tirei o olhar antes de chorasse mais ainda.

- Bia? – alguém gritou de longe, me virei, embora não tivesse vontade de ver ninguém. Derek desceu as escadas correndo.

- Tudo bem? – ele colocou a mão no meu ombro. Olhei para o pé – Ah! Que feio – ele fez uma careta, ele estava se referindo ao corte, pelo menos agora eu tinha alguém ou algo para culpar.

- Está doendo – oque não era uma mentira.

- Surpresa seria se não estivesse – ele sorriu – Venha, vou lhe ajudar a descer. Oque está fazendo aqui sozinha?

- Achei que ainda estivéssemos numa dessas cabanas – ri da minha confusão.

- Não se acostumou com o luxo, princesa? – eu sabia que o “princesa” havia sido totalmente irônico, mas havia me afetado bastante.

- Acho que não.

[...]

 Após descer as escadas lentamente, Derek praticamente me carregou até a minha cabana onde eu tinha sido deixada nos cuidados de Carol.

- Como conseguiu isso? – Carol perguntou enquanto limpava meu machucado delicadamente.

- Subi as escadas correndo. – respondi rapidamente pra que ela não perguntasse nada mais.

- Porque você estava subindo as escadas correndo? – ele ainda estava cuidando do machucado.

- Confundi, achei que ainda estivéssemos na outra cabana – deixei escapar um riso nervoso.

- Porque a pressa? – ela perguntou sutilmente.

- Por que... – pense, pense, pense.

- Nem pense em mentir – ela agora olhava pra mim balançando um algodão ensanguentado.

- Ok, é que eu estava conversando com Thayer quando Harry chegou e fez o maior barraco...

- Fale mais – pelo canto do olho vi que ela pegava um produto e colocava em outro algodão limpo, eu só não sabia que ia arder tanto.

- Ai! – gemi.

- Continue falando – e ela continuava limpando.

- Eu briguei com Thayer.

- Por quê? – ela parou de limpar.

- Carol, depois nós conversamos sobre isso, ok? Eu estou cansada e...

- Ok – ela cortou o assunto.

[...]

 Após tomar um banho me troquei e deitei na cama. Fitei a escrivaninha onde estavam algumas coisas de Thayer. Evitei pensar naquilo. Rolei na cama a fim de sair daquela visão. Mas tudo me fazia lembrar de um deles.

 Acordei cedo. Cedo demais até. 5:17. Olhei em volta. As coisas de Thayer haviam sumido. Ainda bem. Sai da cama e cambaleei até a cozinha. Lá fiz um café e tomei-o lentamente. Fazia questão de sentir a bebida descer queimando. Pelo menos assim, eu esquecia toda a dor que estava sentindo. Hoje tinha jogo de grupo. E graças a deus eu não podia participar. Voltei a dormir, com sorte eu dormiria até o dia seguinte. 15:00. Acordei com Adrianna me cutucando e perguntando se eu estava viva.

- Sim estou – respondi mal humorada.

- Então saia dessa cama mulher!

- Oque você quer?

- Oh! Quem disse que quero algo? – levantei a cabeça e fitei-a desconfiada – Faz o almoço?

- Ah, sim. Esqueci que as Marias não sabem nem quebrar um ovo.

[...]

 Estávamos sentadas na mesa da cozinha, almoçando e conversando.

- Hm! Eu me esqueci de perguntar. Onde estão as coisas do Thayer?

- Ele veio pegar ontem á noite enquanto você dormia – Carol cortava um pedaço da sua carne.

- Hm.

- Oque aconteceu? Falando nisso... – Naomi parecia a ser mais curiosa de todas.

- Nós brigamos, só. Cadê Austin? E Scott? – perguntei tentando mudar de assunto.

- Austin está no jogo.

- Scott dormiu na cabana de Derek.

- Falando no jogo... Como esse está demorando – agora o assunto tinha morrido de vez, obrigado Danielle.

- O último de grupo também demorou... – Adrianna comentou. Naomi fez uma careta, ela não estava lembrando qual tinha sido o ultimo.

- O do “puxa” – Adrianna fez um gesto com as mãos.

- Ah!

- É porque você não estava lá! – retruquei, Adrianna riu.

- Ainda bem, nós empurramos você pra fazer isso!

- Ade, malvada.

- Ade? – Carol riu.

- Sim, algum problema? – ela sorriu mostrando seus dentes brancos e perfeitamente enfileirados.

- Nenhum – Carol continuou a comer.

- Isso foi na edição passada não foi, Adrianna? – Danielle perguntou.

- Sim, foi Thayer que inventou – e foi na edição passada que Thayer virou um vendedor de drogas, bacana essa edição passada.

 Já passava da 17:00 quando paramos de conversar e fomos lavar a louça. Alguém bateu na porta e Ade foi atender.

- Quem é você?

- É sério Adrianna – ouvi Austin reclamar do lado de fora.

- Tem um mendigo dentro da cabana – Ade gritou, não entendi direito, só quando Austin entrou na cozinha.

- Eu mereço – ele estava acabado, deitou a cabeça na mesa e eu acho que dormiu ali mesmo.

- Vamos garotas, vamos deixar que Adrianna cuide do namorado dela. – Danielle nós empurrou para fora da cozinha.

 Todas estavam reunidas no meu quarto, o único que tinha uma visão perfeita pra trilha e pro mar. Alguns minutos depois que Austin chegou escutamos um monte de pessoas gritando e fazendo barulho.

- Parece que hoje tem festa - Danielle sorriu.

- Você vai? – fiz uma careta.

- Lógico, vou dar um “olá” pros vizinhos.

- Ah! Sei... – Danielle e Naomi saíram do quarto. Só restava eu e Carol.

- Não comece – adverti.

- Oque?

- A fazer perguntas – deitei a cabeça no travesseiro e ela riu.

- Ok – ela bagunçou meu cabelo com a mão.

[...]

 Terça de manhã, fomos tomar café da manhã. Austin parecia de ressaca e Scott estava de ressaca. Sentamos numa mesa grande e logo vi Tyler e seus amiguinhos se aproximando.

- Podemos sentar aqui? – Tyler sorriu diretamente pra mim.

- Claro – Scott respondeu antes que alguém falasse algo. Tyler puxou a cadeira do meu lado e se sentou.

- Bom dia, linda.

- Bom dia.

- Porque tanto bom humor? – ele sorriu. Fitei-o com uma sobrancelha erguida – Cadê seu namorado?

- Que namorado? – apoiei o cotovelo na mesa e pousei a cabeça na palma da mão.

- Thayer, ou essa semana é o Harry? – ele me provocou.

- Nenhum dos dois – sorri de canto cinicamente.

- Resolveu tirar férias?

- Sim – soltei uma lufada de ar com a boca. Se ele não calasse a boca eu enfiaria a cara dele numa panela de feijoada. Comecei a observar o fluxo das pessoas, numa mesa não muito longe vi Thayer. Com Vee.

- Bem, eu vou me servir – Tyler falou alto para que todos da mesa escutassem. Ele se levantou e andou em direção ao buffet.

- E ai gente? – Derek se sentou na cadeira vazia onde antes era Tyler. Sorri. Continuei a observar Thayer. Derek seguiu meu olhar e soltou um suspiro.

- Você gosta dele não é? – ele olhou pra mim. Fitei a toalha de mesa.

- Não deveria – observei Derek, que agora tinha voltado o olhar para Thayer, ou melhor, Vee.

- E você? – me aproximei dele – Gosta dela?

- Oque? – ele virou o rosto para me olhar.

- Vee?

- Ahn, sim, é complicado. Não deveria. Eu sei, ela é burra como uma porta, mas eu gosto dela.

- Não a conheço – ri – Mas, se você diz que ela é burra como uma porta – me espreguicei.

- Não diga que eu falei isso – ele riu.

- Não vou.

 Tyler voltou à mesa, que estava toda ocupada ele se aproximou de Derek e disse:

- Ei, sai dai – ele falou bem humorado.

- Não - Derek riu.

- Cara, eu estava ai. – Tyler começou a perder o bom humor.

- Estava – Derek virou a cabeça e começou a conversar com as pessoas da mesa.

- Eu estou falando sério – Tyler segurou a cadeira.

- Eu também – Derek cruzou os braços. Eles começaram a discutir.

- Vá para o inferno – Tyler rosnou.

- Porque não vai você para o inferno? – gritei mais alto que os dois. Parece que todos calaram a boca nesse exato momento. Tyler estava surpreso. Acho que nenhuma garota jamais o tratou assim. Ele riu fraco. E foi pra outra mesa. Todos ainda estavam calados.

- Ok, vocês acabaram de discutir por causa de uma cadeira? – Ade perguntou surpresa.

- Não é só por causa de uma cadeira – Derek começou a gesticular – É que ele está acostumado a ter tudo que quer.

- Isso é verdade – um dos amigos de Tyler sentado à mesa concordou.

- Você diz isso, mas na frente dele duvido que diga. – alfinetei.

- Como sabe? – levantei o olhar. A aparência dele explicava o sotaque diferente. Ele era nórdico. Tinha cabelos loiros arruivados, olhos azuis de dar dor de cabeça, branquelo, tinha os primeiros indícios de barba. Ele arqueou uma sobrancelha. Fiquei um tempo calada.

- Vou me servir.

- Eu também – o nórdico se levantou da mesa e caminhamos quase juntes até o buffet.

- Ainda não respondeu minha pergunta – ele disse pegando uma bandeja.

- Que pergunta? – me fiz de doida.

- Como sabe que não falaria na frente dele?

- Por favor – ri – É só olhar – fitei-o da cabeça aos pés.

- Se eu jugasse você por aparência – ele tinha parado de andar e agora me olhava nos olhos – Eu diria que você é só mais uma garota mimada, narcisista e egocêntrica. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



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