POV. Belle Granger

Cheguei sem folego no salão comunal e encontrei um Harry andando de um lado para o outro, até que ele me viu e parou.

_O que aconteceu Annabelle? – perguntou ele.

_Annabelle? Nunca me chama assim. – disse recuperando o folego.

_Estava preocupado, só isso. – explicou ele passando a mão pelos cabelos.

_Eu demorei porque o seboso do Snape me deu um suco de abóbora com a poção da verdade e começou a me perguntar o que eu fazia lá e porque estava lá. – disse me largando no sofá.

_Ele o que? – perguntou ele incrédulo.

_Isso mesmo.

_Eu sabia que isso não ia dar certo. – dizia ele para si mesmo – E agora?

_Fica tranquilo, porque a Belle aqui não dedurou ninguém.

_Como não? Ele não te deu a poção da verdade?

_Deu sim, mas ele fez as perguntas e eu contei meias verdades. Por isso ele não sabe de nada. E você? Pegou o que precisava?

_Sim, está aqui. – disse me mostrando dois frasquinhos. – Agora vamos lá.

Fomos então até o sétimo andar e entramos na sala precisa. Ela estava diferente da ultima vez em que eu estivera lá. Nela não havia nada, ela estava vazia. Fred e Jorge estavam sentados no chão preparando a poção, quando nos viu perguntaram:

_Já era hora, achei que tinham se complicado.

_Na verdade só demoramos porque o seboso do Snape me deu o veritaserum e ficou me interrogando. – disse me sentando a frente deles e Harry ao meu lado.

_ELE FEZ O QUE?- gritaram eles.

_Exatamente. – respondeu Harry.

_Estamos fritos! – disse Jorge choramingando

_Não estão não. – disse Harry sorrindo e olhando para mim. – A Belle contornou a poção e não nos dedurou.

_Isso é impossível. – disse Fred olhando para mim desconfiado.

_Não é não. – disse dando de ombros.

_Annabelle levanta. – pediu Fred e Jorge

Levantei-me sem saber o por que. De repente eu estava sento jogada pra cima pelos dois e cada vez mais alto, eu comecei a gritar para que eles me colocassem no chão.

_SE NÃO ME COLOCAREM NO CHÃO AGORA EU VOU CONTAR PRA ELE! – berrei

_Tudo bem.

Eles colocaram os ingredientes na poção e terminaram de prepara-la. Depois saíram de lá deixando eu e Harry lá sozinhos.

O silêncio nos deixava constrangidos, até que eu resolvi quebra-lo.

_Aqui é um ótimo lugar quando se quer ficar sozinha. – disse olhando em volta.

_Estava pensando na mesma coisa. – disse ele rindo sem humor.

_É melhor irmos, Hermione deve estar preocupada comigo. – disse me levantando.

Saímos de lá e estávamos a caminho da torre da grifinória até que encontramos Malfoy e Blásio no meio do caminho.

_Ora, ora. Se não são Potter e Granger? – disse com tom de deboche.

Olhei para Harry que o fuzilava com os olhos, ele encontrou o meu olhar e eu arqueei uma sobrancelha e ele logo entendeu que eu iria responder.

_Ora, ora. Se não são o casal mais fofo do mundo da magia? – disse arrancando uma gargalhada de Harry.

_Quero falar com você Granger. – disse Malfoy fingindo que não tinha ouvido o meu insulto.

_Fale.

_Não quero que o Potter ouça. – disse olhando com desprezo para ele.

_Harry, pode ir. Não perca o seu tempo. – disse a ele dando um sorriso. – Avise a ela que eu já vou.

Ele assentiu e disse ao Malfoy:

_Estou de olho em você.

Ele saiu e Malfoy olhou para mim e disse:

_Você se acha superior não é? Acha que tem amigos.

_Eu não acho, eu tenho certeza.

_Pois só lhe digo uma coisa. Você não é superior a ninguém, e os seus amigos só dizem ser seus amigos porque tem medo de você. Você não tem amigos de verdade, você não presta Granger. Você é uma vergonha ao mundo bruxo. – ele cuspiu as palavras.

Aquilo me machucou profundamente, mas eu não iria dar esse gostinho a ele. Me limitei a dar de ombros e sair dali e ir para um lugar e chorar em paz.