My Scoundrel Neighbor - HIATUS escrita por JGfradique


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Demorei meses, né? Eu sei, mil desculpas. Estou no último ano do ensino médio e já estou ficando louca com tanta coisa que eu tenho que estudar para passar em um vestibular, minha escola agora é de domingo a domingo! Por causa disso que demorei um século. Outra coisa, eu detestei esse capítulo, o começo ficou muito fofo, mas na hora crítica ficou uma bosta, ainda mais que eu tentei terminar o mais rápido que eu pude, então o final já uma droga.Peço desculpa desde já e boa leitura!



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8º Cap.

O frio que tomou dezembro poderia estar congelante, mas o Ano novo chegou com nevascas que eram esperadas desde o Natal. Com as ruas soterradas de neve era impossível ir a qualquer lugar, todo o comércio fechou inclusive escolas e, graças aos céus, meu local de trabalho, então eu não aparecia por lá desde o recesso de fim de ano.

Eu estava esparramada no meu sofá, com minhas meias coloridas preferidas(mesmo com o aquecedor, o ambiente ainda estava um pouco frio), minha caneca do cookie monster cheia de chocolate quente, meu moletom de gatinho e minha pantufa do Batman, ou seja, não saio de casa por NADA!

(roupa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=71587227&.locale=pt-br)

A televisão estava ligada, mas eu só estava mudando de canal continuamente, sem prestar atenção, até que alguém tocou minha campainha. Levantei-me preguiçosamente sem largar a minha caneca, tomei um gole de chocolate e dei uma olhada no olho mágico da porta. Do outro lado estava Emmett, o que me deixou um pouco constrangida, o beijo que nós trocamos no ano novo foi mágico, mas depois disso, nós não conseguimos mais ficar sozinhos. Desde que voltamos para Nova York, e isso faz uns dois dias, não nos vimos mais.

Abri a porta e o olhei nos olhos, uma coisa de Emmett que eu adoro mais que tudo é a forma que ele te olha nos olhos, ele sempre sustenta um olhar o fazendo emanar confiança.

– Olá Emmett, entra. – Dei passagem para ele. – Precisa falar alguma coisa comigo? Fique a vontade. – Ele entrou, mas continuou me olhando nos olhos.

– É só que... Nós não nos vimos mais desde a viagem e... – Emmett parou receoso com algo que eu não entendia. – Eu sinto a sua falta. Eu não consigo parar de pensar em você por um minuto. – Eu estava em choque. Ele foi se aproximando de mim e eu não consegui afastar, eu não queria afastar. Estava hipnotizada. – Eu não consigo parar de pensar no seu beijo...

Emmett grudou nossos lábios e enlaçou a minha cintura delicadamente. Eu estava prestes a explodir de felicidade, seus lábios continuavam macios como da última vez, mas a minha memória não foi nada perto desse novo beijo. Segurei seu pescoço com minhas mãos e senti sua língua pedindo passagem, então entreabri meus lábios. Sua língua invadia minha boca de uma forma doce, meu coração acelerou de uma forma inexplicável e nossas línguas se enlaçaram maravilhosamente.

Nós fomos separando quando o ar faltou, Emmett me olhou nos olhos radiante, eu via tantos sentimentos ali, uns até que eu não saberia explicar. Um grande sorriso se formou nos seus lábios, logo sendo copiado pelos meus. Ele me deu aquele sorriso que eu amo e eu sabia que ele era todo para mim.

– Agora sim eu me sinto completo – Disse Emmett.

. . .

Estávamos na cozinha, ele estava sentado na bancada e eu preparava o seu chocolate quente. Ouvia-se o som do borbulhar do chocolate, o que me acalmava, pois apesar do silêncio não estar incômodo eu me sentia nervosa com a situação. Emmett havia acabado de me beijar e eu não sabia o que fazer a seguir. Sentia seus olhos me acompanhando para onde eu fosse dentro da pequena cozinha e isso estava fazendo com que eu esbarrasse nas coisas.

– Você é linda, sabia? – O comentário do Emmett me deixou completamente rubra, eu nunca mais teria coragem de olhar em seus olhos.

– Obrigada. – Respondi, sem graça. Entreguei o seu chocolate e sentei ao seu lado na bancada. – Então, você veio ate aqui para beber meu chocolate e dizer que eu sou linda...

– Não se esqueça do beijo, foi o motivo principal. – Apontou ele, me deixando mais sem graça.

– Você está me deixando constrangida. – Respondi olhando para o chão e bebendo um gole do meu chocolate não tão quente.

– Não foi minha intenção, na verdade eu vim até aqui por que... – Ele respirou fundo e colocou a mão embaixo do meu queixo, levantando minha cabeça e olhando em meus olhos logo em seguida. – Porque eu estava com saudades, eu não consigo parar de pensar em você por um minuto. Isso é tão estranho, eu nunca senti nada parecido... Eu devo estar louco!

Os olhos dele brilhavam e por isso eram espelho dos meus, eu não acredito que não era a única. Ele estava sentindo tudo aquilo que eu sentia. E foi ai que eu percebi, eu estava me apaixonando de novo, isso me deu um aperto enorme no peito. A última vez eu me joguei de cabeça deu tudo errado... Deus, se você me ouve, não deixe acontecer tudo de novo!

Seus olhos ainda brilhavam, agora em expectativa ao que viria a seguir. Eu sorri e decidi parar de pensar no passado e agir, não é como se eu fosse esquecer, ou que Emmett nunca ficaria sabendo de tudo o que aconteceu, mas nesse momento eu só espero que Deus tenha ouvido as minhas preces e o resto que se dane.

– Bom, se você está sentindo tudo isso e acha que está louco... Eu também devo estar.

. . .

Decidimos ir para a sala, sentamos no chão e voltamos nossa atenção à TV. Emmett me abraçou e ficamos assim por um tempo, grudados, enquanto víamos uma maratona de um desenho animado em que dois irmãos construam coisas malucas, e toda vez que a irmã mais velha tentava achar um jeito de mostrar para os pais, tudo sumia misteriosamente.

– “Bauchicabaua; Falou o meu amor; Baubaubau; O meu coração bateu; Chiqui chiqui chua; Nunca mais parou; Isso quer dizer que você gamou!”* - Emmett cantava animadamente junto com os personagens, enquanto isso eu ria surpresa.

– Então é isso que Emmett Cullen faz nas horas vagas? Assiste desenhos animados?! – Falei ainda rindo.

– Ah, eu gosto... – Ele respondeu meio encabulado. – Está bem, eu amo ver desenhos! Você descobriu meu segredo mais obscuro, não use isso contra mim!

– Pode deixar, não farei isso. – Eu disse enquanto ainda ria da situação.

– Já que começamos com as revelações, que tal nós jogarmos um jogo? – Falou Emmett com aquela cara misteriosa.

– Que tipo de jogo?

– Perguntas e respostas. Vamos lá, eu começo! Qual sua cor favorita?

– Vermelho. E a sua? – Não iria fazer mal jogar esse jogo... Eu espero que não.

– Verde. Estilo de música favorito?

– Sou eclética. Um lugar que você adoraria conhecer...?

– Hawaii. Esporte favorito?

– Futebol americano, apesar de não saber jogar. Ver os jogos do Seattle Seahawks é obrigatório! – Quando eu terminei de dizer ele sorriu surpreso.

– Você também torce pelo Seattle Seahawks?! Rosalie, você quer casar comigo? – Okay, que eu fiquei rubra novamente é um fato.

– Não sei, vou pensar no seu caso. – Ri com Emmett, apesar de ainda estar constrangida. – Comida favorita?

– Frutos do mar. – Assim como um bom Poseidon deveria ser. – Melhor momento da sua vida?

Ri com a lembrança, todos achavam que o momento mais marcante da minha vida foi ganhar a bolsa para a faculdade, mas não era bem assim que eu pensava.

– Foi um Natal, eu tinha uns oito anos e estávamos todos na minha casa, quer dizer, na casa dos meus pais, Bella e o Tio Charlie também estavam lá e foi o dia mais divertido da minha vida. – Emmett me olhava fascinado e eu retornava com o mesmo fascínio – Acho que é a minha vez de perguntar.

– Pergunte o que quiser, não vou esconder nada de você.

– Hunn... – Disse pensativa – Já que você me perguntou sobre o melhor momento da minha vida, eu lhe pergunto sobre o seu pior momento da sua vida.

O brilho nos seus olhos diminuiu e por um momento eu vi um relance de tristeza.

– Se você não quiser contar, eu entendo.

– Eu falei que te contaria tudo, não falei? – Ele me olhou com aquela tristeza que me partia o coração. – Eu quero que você saiba tudo sobre mim, Rosie. E também quero que confie em mim.

Assenti sem palavras. Eu confiava nele, mesmo com medo pelos traumas passados, eu confiava nele.

– Eu confio em você.

– Eu agradeço. – Emmett pegou uma de minhas mãos e me deu um selinho – Bom, o pior momento da minha vida foi quando eu fraturei meu tornozelo e tive que sair das competições de natação. – Eu fiquei chocada, então era por isso que não tinha ‘dado certo’ - Acho que agora é a minha vez! – Ele tentou mudar rápido de assunto, mas eu queria saber essa história melhor.

– Emm, eu imagino que deve ser difícil para você... – Eu disse enquanto acariciava seu rosto com a palma da minha mão.

– Foi muito difícil aceitar tudo isso no começo, parar de competir por ter quebrado a perna jogando futebol americano com Eddie e mais uns amigos do High School – Emmett deu uma risada seca e sem humor. – Mas, o pior não foi ter que sair da competição quando eu era o mais cotado para vencer, o pior foi perder o patrocínio que eu tinha lutado tanto para conseguir, nunca mais me procuraram e eu fui esquecido. – O olhar que ele sustentava partia meu coração em dois.

– Já que você confiou em mim, agora é minha vez de contar o pior momento da minha vida. – Ele passou a me olha atentamente.

– Você tem certeza? – Eu me lembrava do pior momento da minha vida como se fosse hoje e como eu odiava isso, me lembrar do Royce sempre me trazia calafrios, principalmente do último mês em que ficamos juntos, mas Emmett tinha o direito de saber mesmo eu tendo que tirar coragem do fundo da minha alma para compartilhar tudo com ele.

– Tudo bem, eu iria te contar uma hora ou outra, não tem como fugir disso. – Dei um suspiro tentando organizar minhas ideias. – Você tem tempo? Porque a história é bem longa.

– Para você eu tenho todo o tempo do mundo. – Suas palavras me confortaram. Respirei fundo mais uma vez e comecei a me lembrar de tudo.

– No meu primeiro ano de faculdade eu conheci um cara, o nome dele era Royce, Royce King. Ele era um cara tão legal, ele era carinhoso, se preocupava comigo, eu logo cai na dele e começamos a namorar. Eu achava que ele era o cara, sabe? – Olhei nos olhos de Emmett, eles estavam atentos ao que eu contava. – Eu estava encantada com o jeito dele, eu ainda era virgem e ele... Ele era tão paciente! Olhando para trás eu percebo como eu fui uma idiota. – Deu uma risada forçada e senti meus olhos enchendo d’água, mas eu não iria chorar, não mais. Emmett pegou a minha mão para me apoiar e eu senti a vontade de chorar indo embora. – Depois de um tempo ele se formou na faculdade e quase não nos víamos mais e quando nos víamos... A paciência começou a diminuir, o assunto sexo começou a ser os motivos de todas as nossas brigas. Até que a paciência acabou. Aconteceram mais algumas coisas e depois ele sumiu, nunca mais consegui ter um relacionamento instável, fiquei traumatizada, eu acho.

– Rose, o que ele fez com você? – Emmett me perguntou com raiva na voz. Olhei nos seus olhos e eles pareciam como chamas. – O que foram essas ‘algumas coisas’?

– Ele me me forçou a fazer coisas que eu não não queria e depois foi embora. Nunca mais o vi. – Eu estava fria como gelo, eu achava que essa história não me afetava mais, só que ainda afeta. Pouco, mais afeta.

– Alguém mais sabe disso? – A voz de Emmett ainda estava mudada, a raiva era palpável.

– Jasper, mas eu o fiz prometer que ficaria quieto. Você não deve se preocupar com isso, já passou, não tem importância.

– É claro que tem Rose! – Emmett se levantou e começou a andar em círculos pela sala com a mão na cabeça. – Esse homem deveria estar preso.

– Por favor, Emmett, vamos mudar de assunto. Já acabou, passou, não quero mais falar sobre isso! – E como previsto, as lágrimas explodiram, eu não conseguira me segurar e isso era o que me deixava pior, odiava ter que chorar por isso novamente. Emmett abraçou-me fortemente e começou a falar palavras bonitas para me acalmar, alguns minutos depois, eu já estava mais calma e voltamos a conversar amenidades, tentando me fazer esquecer de tudo aquilo.

A conversa se voltou para os anos de faculdade e riamos cada vez mais com as loucuras que cada um fez naquela época.

– Foi hilário, Bella sempre foi desastrada, mesmo tendo sido líder de torcida no High School, na verdade nunca intendi como ela conseguia se equilibrar na pirâmide... Por que você está olhando pra mim desse jeito? – Emmett me encarava com uma admiração que eu não entendia da onde vinha.

– Eu só estou vendo o quanto você é bonita e o quanto eu sou sortudo por você ser minha vizinha.

E nos beijamos novamente e passamos mais o resto do dia nos beijando, e beijando...

* Acho que é perceptível que eles estavam vendo Phineas e Ferb.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que mesmo tendo ficado uma grande bosta, que vocês tenham gostado. Me desculpem novamente pela minha demora e eu não faço ideia de quando eu vou postar o próximo, só vou começar a escrever depois da prova da Uerj que vai ser dia 09/06.KissKiss, Julia Diq



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