Life Hates Me. escrita por dreamr


Capítulo 32
I feel weak


Notas iniciais do capítulo

to atrasando alguns capitulos, mas é só 1 dia ou outro.............



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~ LISA POV ON.
Horas já se passaram e eu continuo aqui, sozinha tomando esse soro. Não sei o que aconteceu porque esse doutor só serve para me falar “Está tudo bem com você! Sua situação foi controlada”. Como assim? Que situação? O que não estava controlado? Não entendo.
Pode ser que não tenha se passado horas, somente minutos. Só que aquele garoto saiu com o médico há um tempão e não voltou desde então. Estou aqui olhando para o teto e a decoração deprimente deste quarto. É para eu me sentir viva ou morta aqui? Socorro.
– Quer saber... – pensei alto.
Retirei a agulha do soro que penetrava em minha veia e retirei as cobertas de cima de mim. Virei-me e apoiei de leve os dois pés naqueles ladrilhos gelados. Reuni todas as minhas forças e peguei impulso para sair daquela cama. Ao equilibrar o peso do meu corpo em meus pés frágeis senti uma tontura, minha visão ficou embaçada e tentando consertar eu piscava forte e até tentava esfregar as pálpebras o que só piorava. Numa tentativa frustrada de sair daquele quarto, perdi todo o meu equilíbrio e me apoiei na cômoda aonde se encontrava o abajur e uns remédios. Provavelmente por eu ser uma baleira orca, eu não consegui apoiar delicadamente, joguei meu peso e minha mão empurrou todos os objetos que se encontravam ali em cima. Não consegui me certificar de que tudo havia se quebrado porque minha audição também não estava funcionando perfeitamente, ela não se ligava com o que estava acontecendo em frente aos meus confusos olhos. Eu ouvia uns eternos e irritantes apitos enquanto minha visão me enjoava e não parava de rodar.
Acho que neste momento eu caí no chão, não sei, não senti. Só pude confirmar que eu me encontrava deitada no chão do quarto de hospital quando senti uma dor forte na têmpora esquerda (lado que bati com a cabeça no chão) e quando o frio do ladrilho percorreu meu corpo seminu, coberto apenas pela camisola do hospital.
~ JUSTIN POV ON.
– Sinto muito ter que vir aqui, mas é urgente!
– Não me incomodo. Afinal, você é minha fonte sobre a Lisa! Era pelo menos.
– Sim, de qualquer jeito, a senhora precisa vir comigo ao hospital!
– O que aconteceu? Você está bem Justin?
– O problema não é exatamente comigo...
Ela me encarava assustada. Exatamente igual o jeito com que a Lisa me encarava, perplexa com qualquer coisa que eu tivesse dito.
Tentei não perder tempo com explicações bestas e a levei diretamente para o hospital, tudo bem que no caminho ela começou a se desesperar e eu acabei contando tudo. O resultado não foi muito melhor, só que agora ela gritava comigo para acelerar e chegar o mais rápido possível para poder tirar a Lisa de lá. Como se eu já não estivesse fazendo isso. O quanto antes eu chegasse, mais tempo a Lisa teria fora daquele hospital.
Estacionei rápido, pelo menos hospitais não tem tanto movimento nos estacionamentos. Subimos até a recepção e fomos tentar conseguir a alta da Lisa.
– Com licença! – ela tossiu forçado.
A recepcionista nos ignorou... Ou é surda mesmo.
– Oi! – aumentou o tom e tossiu novamente.
Continuou nos ignorando. Ela devia estar mesmo ocupada...
– Caralho! Não deu pra ver a gente aqui não?
– Rapaz, isto é um hospital... Silêncio.
Ri sem humor. Como ela é quer que eu faça silêncio se é uma surda do c... Enfim.
– Queremos falar com o doutor sobre a alta da paciente do 202.
– 202? – checou a lista e nos olhou confusa.
– Sim... – falei num tom de dúvida.
– A paciente teve um problema agora a pouco e não pode receber visitas.
– Como é que é? – gritei.
Um frio percorreu todo o meu cérebro e os meus sentidos. Eu gelei só de pensar o que a Lisa poderia ter feito pra si mesma ou se o quadro dela pudesse ter piorado. Apesar de ela não ter tido nada tão sério, eu acho... O doutor não falou nada.
– Calma Justin... – me acalmou, mas estava pirando também. – Moça, tem certeza?
– Sim, a paciente Lisa... Tyler Bellwood! – confirmou.
Ouvir esse nome só me vez piorar. Corri sem rumo e sem sentir o que eu estava fazendo, eu só precisava ver o que tinha acontecido com a minha pequena.
Meus olhos percorriam as plaquetas das portas até encontrar o “202” e sem pensar duas vezes minha mão girou a maçaneta da porta a abrindo. Incrível porque para a minha sorte não estava trancada nem nada. A Lisa estava novamente lá, deitada e recebendo soro, mas era pior porque mais tubos estavam conectados a ela. E o médico junto a uma enfermeira cuidavam dela.
– O que ela tem? – senti os meus batimentos acelerados.
– Quem deixou você entrar? – a enfermeira largou sua prancheta e veio até mim com as mãos na cintura.
– Ninguém... – me desviei. – O que aconteceu?
O médico permanecia indiferente e checando uns rascunhos dele enquanto a enfermeira tentava chamar minha atenção e me expulsar do quarto. Ela só parou quando alguém chegou no quarto, então foi tirar satisfações com essa pessoa que nem vi quem era. Permaneci encarando o médico. Isso está me irritando. Trabalhar nessa porra de hospital afeta os ouvidos deles? Ou é só antipatia mesmo?
– Oh, você é responsável da paciente? – olhou meio que através de mim. Para a pessoa que estava atrás de mim.
– Sim! Sou a mãe dela...
Ah, então era ela que estava atrás de mim. Pensei que tivesse a deixado na recepção falando com a tia, mas tudo bem, pelo menos vamos ver se direto com o doutor conseguimos a alta de uma vez.
– Excelente, neste caso, rapaz nos deixe a sós, sim?
– Não. Vão falar lá fora, eu vou ficar com a Lisa...
Senti uma gota de suor percorrer minha testa.
Ele me olhou meio ofendido (?). Sinto muito, mas eu não saio daqui nunca mais. Não vou deixar que façam nada com ela e nem que ela mesma se machuque.
– Deixe ele ficar... – Elizabeth (mãe da Lisa) disse para o médico em tom de compreensão.
Todo mundo saiu e fecharam a porta. Consegui soltar um suspiro aliviado, é tão difícil se respeitado ou compreendido... Até mesmo tendo 18 anos.
Sentei na mesma poltrona onde eu tinha ficado antes e a observei, novamente naquela posição frágil e delicada. Peguei sua mão e a virei para poder observar seu pulso. Aqueles malditos cortes, porque? Isso não foi um acidente, óbvio que não... São inúmeros cortes e todos em posições horizontais, tudo bem que tem um gigante que percorre todos outros verticalmente. Mas é o único. Separei dois dedos e passei suavemente em suas marcas e senti uma textura lisa no início, mas que conforme eu passava o dedo ficava gosmenta e um pouco áspera. Olhei para o meu dedo e vi que eles estavam lambuzados com uma pasta invisível. Também conhecida como pomada. Então o médico também viu os cortes.
Neste momento a Lisa se contorceu e começou a respirar pesado. No meio de um desses movimentos bruscos, o cobertor descobriu boa parte da sua perna. Acariciei seu braço para que se acalmasse, o que foi rápido e ela logo parou. Peguei sua coberta e tirei para poder arrumar. Ali estava... Tinha que ter mais... Inúmeros cortes na coxa, eram muito mais do que no pulso. Muito mais. Senti um aperto e sinto que comecei a chorar de leve. Limpei os olhos de leve, somente com o indicador. Dói de pensar que a pessoa alegre e toda fofa que eu conheci aquele dia no pic nic ou no campo do colégio pudesse se machucar tanto ou se transformar nessa pobre menina machucada numa cama de hospital. Não sei o motivo dos cortes, mas sinto a culpa cair em meus ombros.
Então outro ataque daqueles deu nela, pior dessa vez, ela começou a suar frio e respirar muito rápido. Sai correndo abri a porta e gritei para qualquer um que passasse.
~ LISA POV ON.
Eu já odiava a minha vida, agora nem sei que palavra eu posso usar. É uma mistura de raiva com depressão. Eu não sei mais se estou morta porque praticamente nunca estou acordada, nunca vejo o rosto de ninguém conhecido. Só um mar de pesadelos que me assustam a cada noite. O mesmo sonho se repetindo e me aterrorizando, eu no meio do mar perdida e tentando nadar. Mas é como se tudo me puxasse para baixo e eu tentasse lutar para permanecer na superfície, porém o mar não era algo bem normal... Ele era mais pegajoso e vermelho.
Como num impulso, meu corpo foi para frente, eu puxei muito ar e acordei. Foi como acordar de um coma, horrível.
– Filha...
Olhei para aquela criatura e pisquei o olho forte, eu ainda não acordei?
– Mãe?
Ela sorriu e apertou a minha mão, senti um certo conforto e uma sensação muito boa. Como ser amada, coisa que eu só sentia com o Bieber. Mas era mais do que se sentir amada, era um sentimento único e totalmente novo para mim. Talvez de mãe e filha, algo como uma lembrança de antes dos meus 5 anos.
– Graças a Deus você tá bem e acordou...
– O que eu tenho? Porque não paro acordada? – me senti fraca e cansada.
– Filha não se preocupe, você já está melhor...
– Melhor do que?
– Pode deixar que eu explico... – uma terceira voz entrou na nossa conversa. Virei meu rosto para a esquerda e era o tal doutor Patrick.


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Notas finais do capítulo

ENTÃO A PESSOA QUE O JUSTIN LEVOU P O HOSPITAL ERA ELIZABETH - mãe da lisa - HUUUUUUUUUUUM
VISH ESQUECI DE FALAR!!!!!! HOJE A FIC COMPLETA 2 MESES!!!!! NOSSA PASSOU MUITO RAPIDO, MEU DEUS!!!!!!!



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