Life Hates Me. escrita por dreamr


Capítulo 31
my addiction


Notas iniciais do capítulo

esse capítulo acontece muita coisa, é um grande impulso para o final..............so..............tentem entender tudo



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Voltei para minha mesa, por mais que não quisesse, meus olhos se voltavam até ela. Ela é, sempre foi e sempre será meu vício. A vontade agora era de pegar ela e irmos para algum lugar bem longe, como eu queria ouvi-la dizer que precisava de mim. Mas isso estava bem longe da realidade, ela me mataria se pudesse e com razão. O que eu mais odeio nisso tudo é aquele filho da puta chegar e tirar ela de mim. E o pior, eu não reagi. E de novo, fiquei ali parado vendo a vida a afastá-la de mim.
Ela não foi embora, resolveu ficar e estava com duas crianças. Quem são? Isso não faz sentido, oh... Bem que pode ser o filho que a Rachel esperava, velho como o tempo passou. De um jeito doloroso, mas passou.
Percebi que de vez em quando ela olhava para mim, mas rapidamente desviava o olhar. Continua muito marrenta, a minha marrenta.
~ LISA POV ON.
Às vezes, eu voltava meu olhar para ele. Que estava sozinho na mesa e lançava uns sorrisos de lado. Aqueles sorrisos. Não, parou. Ele já era, foi uma pessoa importante. Importante no papel de destruir o pouco de felicidade que eu tinha. Agora com o Josh, a Claire e o Frankie e a Lindsey eu consigo sentir o que me parecem os velhos vestígios de felicidade.
Saímos de lá e eu não prestava atenção na rua, pensei que fosse morrer a qualquer hora. Minha visão se fechava e eu prestava atenção em imagens da minha mente.
Subimos até o apartamento e coloquei a Lind para dormir, fui até o meu quarto e me joguei na cama.
Eu tenho que odiá-lo, mas não consigo, nem me torturando com ‘o passado’ que ele me trouxe. Aquele sorriso dele, só me dá vontade de pular em seus braços e esquecer a vida. Meu coração bate mais forte cada vez que eu o vejo, quando sinto seu cheiro é como se um arrepio tomasse conta do meu corpo. E na lanchonete, quando ele me tocou, eu só... Caralho, para.
Curvei minhas costas involuntariamente, para depois perceber que eu estava debulhando de chorar.
Para de pensar no imprestável que te machucou tanto, para de ser tão ingênua, tão estúpida de pensar que alguém poderia querer isso contigo. Para de fantasiar coisas. Cresce Lisa. Cresce!
Agarrei a tesoura. Foi o que deu para pegar no estado de fraqueza em que eu me encontrava. Eu não posso fazer isto comigo, ele não merece que eu sofra por ele... Mas eu... Mas eu sim!
Sem pensar duas vezes, a tesoura já estava em contato com a minha pele. Eu estava jogada na frente do espelho, observando minha ‘auto-tortura’. Para cada lágrima, uma gota de sangue. Sinceramente, era isto... Exatamente isto que eu precisava neste momento.
[...]
- Pai, vou andar por aí... Eu já... Já volto! – forcei a voz para que saísse alguma coisa.
Espairecer. Preciso tomar ar, só isso.
Saí pelas ruas, pessoas e mais pessoas andando por aí em sua vida perfeita. Como eu as invejo. Muito mais do que eu poderia imaginar. Continuei andando, fraca, posso jurar que às vezes eu não sentia o peso do meu corpo, era como se tudo ficasse amortecido por um momento. De repente, minha visão escureceu por segundos e eu parei de andar.
- Preciso comer... – sussurrei.
Procurei o primeiro café que encontrei e pedi algum lanche. Sentei em uma mesa ao ar livre.
- Ah não... Isso já é perseguição! Caralho... – apoiei a cabeça em minhas mãos.
O maldito Bieber estava ali na calçada.
- Você chama assim! Eu só chamo de destino.
Levantei e fui em sua direção. Gosto de bater de frente com uma pessoa, quando a raiva me consome. E ele com essas frases de cínico só me provocavam cada vez mais. Levantei o braço em sua direção e então minha visão escureceu totalmente. Não senti mais nada.
~ JUSTIN POV ON.
- Você que está com a Lisa?
- Sim, sim!
- Ela já está melhor e está recebendo soro – disse o médico.
Caralho, eu devo ter ficado muito pálido. Tanto que a recepcionista me trouxe água com açúcar. Minha pequena ia começar a gritar comigo e simplesmente, apagou. Ficou fraca e caiu, mas claro que eu não a deixei cair, fui rápido o bastante para agarrá-la antes disso.
- Eu posso ficar com ela no quarto agora?
- Ah sim, venha...
Não entendo o que aconteceu, mas ela só ficou repousando no quarto, e ninguém dessa merda de hospital me deixou ficar com ela. Agora que ela está acordada, é bem capaz que me bata ou me expulse, mas estou pouco me fudendo. Vou entrar mesmo assim.
Ver ela deste jeito machucava. Até mais do que todo o ano em que ficamos separados. Toda frágil ali deitada, muito pálida, um cabo de soro penetrando sua veia e aparentemente dormindo. Pelo menos ela não ia reclamar de eu estar aqui.
Sentei na poltrona ao lado da cama e somente a observei. Tão vulnerável, tão desprotegida, tão inocente. Como eu pude ser tão covarde de brincar com o coração dela? No começo até tudo bem, eu não conhecia a Lisa direito, sempre quieta e na dela. Mas depois... Eu deveria ter contado e acertado tudo entre a gente, porque depois... Eu realmente me apaixonei por ela. Infelizmente né. Porque tudo seria mais fácil se eu não a amasse tanto.
Meu peito começou a apertar. Peguei, cuidadosamente, sua mão e a segurei firme. Ela estava gelada.
- Mas o que... – o que é isso?
Puta que pariu... Lisa... O que você... O-o que você fez? O que significam esses... Cortes?
- Justin... – sussurrou.
- Lisa! – sorri.
Ela estava com os olhos semicerrados, mas de algum jeito, estavam me observando.
- O que... Onde estamos?
- Tá tudo bem... Eu estou aqui com você!
Ela não tinha sido atropelada ou qualquer coisa séria, é só que... Eu queria deixar claro, quero que ela entenda que estou aqui – sempre- para ela.
- Ah, como se você realmente se importasse... – começou.
Firmei nossas mãos e ela correspondeu, segurando a minha com vontade. Apesar de estar fraca e tentar aumentar o tom para gritar comigo, era incapaz. Seus olhos mal conseguiam se manter abertos.
- Lisa calma, eu deixo você me espancar... Só que depois... Só descansa!
- O que eu tenho? O que aconteceu? Me explica!
Agora ela acordou... Foi como se algum choque a tivesse atingido e seus olhos se arregalaram e ela já podia gritar comigo.
~ LISA POV ON.
A primeira coisa que veio na minha mente foi:
- Justin...
Talvez porque ele foi a última pessoa que vi antes de apagar, eu acho... Não consigo me lembrar o que aconteceu, aonde fui parar. Só lembro de vê-lo na lanchonete, se é que foi isso mesmo porque a minha mente gira e eu só confundo todos os acontecimentos de que consigo me lembrar.
Porém ao vê-lo ali, só me observando com uma cara de dó, parece que todo o ódio e a raiva retornaram. E eu deveria estar um pouco agradecida, afinal foi ele quem obviamente me trouxe para o hospital depois do desmaio. Mas só consegui me estressar e comecei a brigar com ele. Em vão, porque ao passo em que eu aumentava o tom e procurava palavras para deixa-lo mal, ele continuava indiferente e tentava me acalmar.
- O que eu tenho? O que aconteceu? Me explica!
- Lisa... Calma...
Antes que ele pudesse continuar a frase, o médico chegou e forçou uma tosse para chamar atenção.
- Com licença jovens, algum adulto por aqui?
- Já somos maiores de idade! – Justin disse meio impaciente e eu ri baixo.
- Perdoe, mas você não é pai dela ou é?
Ouch! Levando fora até de um médico. Acho que adorei esse cara, ele pode falar tudo o que eu não falo e calar a boca do Bieber rapidamente.
- Não, mas eu estou com ela...  – o médico o interrompeu.
- Entendo, porém o diagnóstico da paciente tem de ser dado à um parente.
- Eu tenho o número do meu pai, então...
- Fala que eu ligo.
Passei o número e o Bieber ligou. A cada bip que dava e a ligação não era atendida ele me olhava meio constrangido. Depois de inúmeras vezes tentando, meu querido pai atendeu e o Justin disse somente o básico tentando não assustar meu pai com a notícia de que eu estava no hospital. Depois de uns “hum” “entendi” e respostas assim, ele encerrou a chamada e tanto eu quanto o médico permanecemos ali, o encarando à espera de saber o que ele tinha falado.
Um suspense tomou conta da sala, o Justin me olhava e umidificava os lábios como no intuito de pensar o que dizer. Só sei que ele resolveu me “poupar” de alguma coisa e pediu para conversar com o médico no corredor. Que ódio! Porque tinha que ser ele a pessoa a estar passando na rua aquela hora? Porque ele tinha que me trazer até o hospital? Sem a Rachel ou o meu pai aqui, além de não ter alta e nem o meu diagnóstico, vou ter que permanecer olhando para a cara desse filho da mãe.
~ JUSTIN POV ON.
- Doutor, ele só volta daqui há uma semana! Está viajando junto com a mulher!
Suspirou.
- E como a jovem não sabia?
Dei de ombros.
- O relacionamento deles é complicado. Não tem como ela ter alta?
- Não sem a autorização de um responsável.
Bufei. Caralho, não tem jeito de eu tirar minha pequena daqui. O pai e a madrasta estão viajando, não sei de avó ou tia... A Lisa nunca comentou sobre eles, se é que ela tem.
Se bem que...
- Eu já volto!


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Notas finais do capítulo

kisses



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