Amor Doce: Nova Vida (Em Revisão) escrita por Lyes


Capítulo 4
Capítulo 4 - O Pior Melhor Dia de Todos


Notas iniciais do capítulo

Ooooooooooi
Então, passei por aqui pra mudar coisas! Isso não é maravilhoso?
Nos vemos depois? xD
Eu tinha uns 12 anos quando escrevia isso... Pra mim ainda tá muito sem noção. Mas vamos lá. Eu basicamente tive que reescrever esse capítulo, mas vamos lá². Mas vamos lá!
Plus ultra!
Epa, fanfic errada.



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Já disse que adoro abraços? Não? E o Lysandre tinha o melhor abraço do planeta!

— O que diabos você está fazendo aqui? Não que seja uma surpresa desagradável. — Sorriu, sem conseguir realmente esconder a surpresa.

— Quem é vivo sempre aparece. — Dei de ombros, ainda sem me soltar de seus braços.

O mundo era realmente pequeno (apesar de que nos conhecemos na cidade vizinha, vai entender).

— Certas coisas nunca mudam, você não cresceu nem um centímetro.

Uma ótima hora pra rir da minha cara, certo? Não. Porque Lysandre tinha crescido muito mais e eu continuava com meus 1,55. Uma ótima hora pra me lamentar no cantinho? Exatamente.

— Também te amo, criatura que nem me diz "oi". — Mel resmungou, irritada.

Eu cheguei primeiro, querida.

— Ciúme? — Lysandre apontou discretamente para ela, que nos fuzilava com o olhar.

— "Nah", ela só gosta de ser o centro das atenções. Sempre foi assim e isso não vai mudar.

— Onde está a "minha futura sobrinha", ou dizendo igual a você, "a peste"?

Velhos hábitos realmente nunca mudam, Lysandre continua lerdo como sempre.

— Bem, parece que já se conhecem.

— Então a Cat é  sua sobrinha? — A cara de confusão dele era tão, mas tão fofa. Tão lindo, mas tão... lesado.

— Não, Lys. Nós somos casadas e viemos aqui anunciar que você vai fazer parte para termos uma relação à três. — Revirei os olhos, sem muita paciência para a lerdeza dele. Deve ser proporcional à beleza, não é possível.

— Mas... Como se conheceram?

Eis a pergunta do milhão.

— Era uma tarde no parque de diversões, eu tinha uns doze anos. Você estava em um encontro com um garoto e me deixou sozinha. Pra matar o tédio, fui na montanha russa e alguém se sentou comigo, era o Lys. Ficamos conversando, até nos tornarmos amigos e uns dois anos depois ele se mudou pra cá e nunca mais nos vimos.

— Então foi ele que te beijou e depois foi embora? Quando você chegou em casa chorando eu prometi matar esse garoto?

Acontece que era vergonhoso dizer que já fomos "apaixonadinhos" um pelo outro.

Tá, apaixonadinhos um ova. Éramos como Romeu e Julieta. Um dramalhão, só que sem causa.

Tudo começou quando eu estava sentada no carrinho da montanha russa, sozinha. Melina estava com um garoto do outro lado do parque, já que naquela época, sendo quase dois anos mais velha que eu, me tratava com um incômodo. Pra vocês verem como o amor é lindo, minhas visitas eram muito raras, já que meus pais não gostavam muito de viagens fora de hora. Até que alguém se sentou ao meu lado e acabou com as minhas esperanças de uma viagem solitária e cheia de remorsos pela montanha-russa da amargura.

— Posso me sentar aqui?

— Claro, ninguém está te impedindo. — Catherin, o exemplo da boa educação since 1989.

— Prazer, me chamo Lysandre.

Quando olhei para o lado para finalmente deixar a revolta para trás, esqueci meu nome, como se fala e até como se respira. Lysandre era o garoto mais lindo que meus olhos destreinados já haviam visto! Sem contar com o fato de que ele literalmente brilhava, já que o sol refletia em seus cabelos prateados. Sim, foi mega poético.

— O prazer é todo meu. — E como, viu... — Meu nome é Catherin.

Além disso ele ainda tinha um sorriso lindo, céus. Juro que por pouco não virei uma poça aos pés dele.

— Posso te chamar de Kitty?

Foi ai que comecei a perceber que o que aquele garoto tinha de lindo, também tinha de sem noção. Não dá pra ser perfeito, não é mesmo?

Mentira, dá sim.

— Ahn... Pode! Mais um apelido pra minha coleção.

A montanha russa começou a andar e não falamos mais nada. Depois fomos ao trem fantasma e paramos um pouco pra conversar, já que aqueles "sustos" tinham nos proporcionado um lote novo e fresquinho de tédio.

E fomos conversando. Até nos tornamos quase que melhores amigos, graças ao maravilhoso deslumbramento de conhecer alguém se parecia com você. Adoro amizades instantâneas! Tão bom quanto mingau.

Essa foi ruim, né? Desculpa.

A hora de se despedir é sempre... constrangedora. Nossa amizade com consistência, gosto e velocidade de preparo de mingau talvez tivesse um fim ali.

Talvez.

Lysandre se aproximou e me abraçou. Quando me soltou, fui me afastando lentamente sem querer realmente sair dali, já que o abraço dele era muito bom.

— Sai comigo amanhã?

— Sim.

Simples assim.

E dois anos se passaram como se fossem meros dias. Lysandre sempre estava ao meu lado, por mais que fosse um tanto reservado e misterioso, por mais que não morássemos na mesma cidade e não nos víssemos com tanta frequência.

Bem, até que tivemos aquela conversa. Quando Lysandre disse que iria se mudar e bem... eu também.

Sabe quando você sente o seu coração se partir em vários pedaços?

Lysandre e seu irmão iriam morar juntos, sair da fazenda dos pais. E eu iria morar com a minha tia, do outro lado do país. Minha matrícula havia sido aprovada em uma escola aparentemente maravilhosa e meus pais queriam que eu fosse. Mas eu não. Eu só queria chorar e me esconder debaixo da cama, já que aquela era a despedida de verdade e eu odiava ter que dizer adeus.

— Não fique assim, nos veremos em breve. Quero aproveitar e te dizer uma coisa antes de ir. — Suspirou. Aparentemente era pra tomar coragem. — Ultimamente eu tenho me sentido meio... diferente em relação à nossa amizade. Não que tenha algo errado, é só que eu... estou apaixonado por você e gostaria de dizer antes de ir, somente. Sei que você não sente o mesmo por mim, mas fico mais tranquilo pelo fato de você saber.

E então eu o beijei. Foi meio sem pensar, por mais que eu quisesse aquele beijo mais do que tudo. Apesar de não ter durado muito, ficamos uns minutos abraçados. Queria prendê-lo a mim, para que aquela despedida não se consumasse.

— Queria poder ir com você — confessei, finalmente me rendendo a verdade.

— Não faça essa cara. Ou te pego no colo, saio correndo, fugimos para o Canadá e nos casamos quando chegarmos. E depois... — e em seu rosto, pude ver um raro sorriso malicioso (que não deveria ser raro já que a humanidade merece presenciar tamanha maravilhosidade). — Não me responsabilizo por meus atos.

— Mesmo em horas difíceis você me faz rir. 

Ri principalmente por causa dessa história do Canadá.

Não por causa da sugestão, mas sim por causa do local. Fala sério, Canadá?

— É impossível não querer te ver sorrindo, Cat.

— Te amo, idiota.

E ao me dar um último beijo na testa, ele se foi...

Quando cheguei em casa, só sabia chorar. Porque algo me dizia que ficaríamos um bom tempo sem nos vermos. E não é que foi isso mesmo?

Dois anos se passaram e agora estamos aqui. Destino, seu malandrinho!

— Esse mesmo. Vai cumprir sua promessa?

— Não, não quero machucar o meu bebê. 

Juro que mais um pouco e eu acabaria vomitando.

— Começou logo cedo a sessão romance, sério?

Um terceira pessoa aparentemente se juntou à conversa. Pessoa que, bem, não pude ver. Lysandre ainda estava me agarrando e eu não estava muito feliz com a ideia de um dia ter que sair dali.

— Oi, Castiel, bom dia. Eu estou bem, obrigada por perguntar. E você?

— Conseguiu tirar o sorvete do seu cabelo? — Lysandre riu, o que foi divertido porque pude sentir seu corpo vibrar e ouvir bem de perto.

Já disse que a risada dele é linda?

— Nem tem graça. 

Mas espera... sorvete? Cabelo? Não.

— O que houve?

— Ele brigou com uma garota que jogou sorvete na cabeça dele.

Assim que Lysandre respondeu a pergunta de Melina, engoli em seco. Não, não pode ser mesmo. Chão, abre aí, por favor.

— O que aconteceu Castiel? Essa garota é louca pra jogar sorvete na sua cabeça? 

Tá, não entendi qual era a graça. Lysandre e Mel gargalhavam sem parar, enquanto eu só queria berrar e sair correndo.

— Devo confessar que sim, ela deve ser louca. Ela tinha o quê, 1/3 do meu tamanho? Alguém deve ter deixado a porta do berçário aberta.

Ele falou mesmo do meu tamanho, é sério? Isso eu definitivamente não posso aceitar. Eu não baixinha, eu só... não cresci o bastante. Ou eles que são altos demais! É, é isso.

— Louca é a mãe — resmunguei e finalmente me virei para ver mais uma vez para ver o rosto da criatura desagradável que se chamava Castiel. Afinal, eu não podia ameaçá-lo sem fazer cara feia, olhando-o direto nos olhos. E que olhos, viu...

Foco, Catherin!

— Mas que diabos... você é tão pequena que não te vi ai, que coincidência!

Deboche, deboche e mais um pouco de deboche.

Definitivamente eu não queria ficar nem mais um segundo na presença daquele atrevido. Deixei para trás a criatura debochada, uma tia embasbacada e um Lysandre com cara de paisagem. Sobre a última parte, nada novo sob o sol. Saí andando e a única coisa diferente que vi foi duas garotas discutindo, e eu como uma boa menina que odeia encrencas, parei para escutar, é claro.

— E você se acha quem? — perguntou uma delas, que estava com o dedo apontado na cara da outra. É assim que eu gosto. Vou chamá-la de Garota Coelho, já que seus olhos vermelhos e cabelo branquinho me faziam querer abraçar um coelhinho. Certo, parei.

— Eu mando nesse colégio querida, mando em todos — respondeu a outra, uma loira exageradamente bonita, com olhos que mais pareciam um par de joias. Qual é a da tara com olhos, Cat? — E você aí, tá olhando o quê? Ah, vejamos... deve ser a novata esquisita. É um real desprazer te ter aqui, quanta falta de sorte. A diretora deveria não aprovar a entrada de qualquer coisa nessa escola.

Mas hoje é o dia de me ofender e eu ainda não estou sabendo disso? Sério que outra criatura debochada veio falar mal de mim? Um fala que fugi do berçário, a outra me chama de esquisita... é o quê?

— Ela estava certa em perguntar, quem diabos você pensa que é? Pelos céus. Vai lá entupir sua cara de reboco, por favor. Aposto que se alguém beijar a sua bochecha fica grudado nessas toneladas de reboco.

—Quem te chamou na conversa, afinal? 

— Você é tão burra que nem consegue perceber que foi você quem falou com ela, Ambre? — a garota coelho retrucou, tentando segurar o riso.

— Mas não dei autorização pra essa criaturinha ai entrar na nossa conversa.

— Quantas vezes vou ter que repetir que você não manda em nada? Tão burrinha...

— E eu entro se quiser, loira aguada.

— Saiam, suas idiotas.

— Você não pode falar nada, sua vadia de esquina — Minha companheira de briga respondeu, claramente ofendida. A loira (que eu já sabia que viria a ser a criatura mais babaca da escola) levantou a mão para lhe acertar um tapa, mas alguém segurou seu pulso e disse:

— Não ouse tocar em um fio de cabelo da Karina, entendeu? — Um ser moreno brotou do chão. E me era familiar.

— Leigh?! — Disse ao mesmo tempo que a tal de Karina em tom de surpresa.

— Sim, sou eu Kah e... Cat?!

— Sim, sou eu. Quem mais seria? — Só disse isso pra me sentir especial, porque poderia realmente ser qualquer outra pessoa.

A loira aguada resolveu se pronunciar, sem muita paciência para o momento do emocionante reencontro.

— Me larga — E Leigh a soltou, mas levou Karina para o fim do corredor.

E eu, saí, porque já não estava entendo mais nada.

Karina P.O.V

Leigh me levou para o fim do corredor, que estava tão povoado quanto um deserto.

— Valeu — resmunguei, sem me importar muito. Eu queria tanto que aquela vaca ousasse me bater... acabaria com a raça dela em dois tempos.

— Não precisa ser tão fria, ninguém te ensinou bons modos? Tem que me agradecer.

— Melhor agora? — Estendi a mão para um High Five.

— Ainda não, Karina. 

Leigh segurou a minha cintura gentilmente e me beijou. Confesso que morri, fui para o céu, voltei, fui de novo e voltei mais uma vez pra continuar o beijo. E depois, nos separamos por falta de vergonha da cara por parte dele, já que ele adora esse tipo de coisa.

Ficamos nos olhando por alguns segundos, sem saber exatamente o que fazer ou falar.

— Senhorita, ainda quero te ajudar muito. Se precisar de ajuda me chame, e se meta em muitas confusões, pois quero estar lá para te salvar. Como seu protetor, super-herói ou qualquer coisa do gênero. E quero que me agradeça dessa mesma forma. Espero que seja assim daqui pra frente, pelo resto da vida — Leigh me dá um selinho e se vai.

Sabe quando você esquece como pronunciar as palavras? Estava nesse estado ou um pouco pior.

 


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Notas finais do capítulo

Qual era aquela do Lysandre beijar a garota no "primeiro encontro"? OMG, que problema mental sério eu tinha. Vou me esconder debaixo da cama, pessoal.
Morri com isso x.x