Inferno...sim um longo e temido inferno tem sido minha vida,está tudo meio tumultuado, principalmente meus pensamentos, tenho pensado em suicídio, mas isso não me levaria alugar algum.
Eu me sinto frágil,indefesa,me sinto inútil por mais que muitas pessoas pensem que eu sou “forte e indestrutível” emocionalmente falando,eu me sinto vulnerável...vulnerável a qualquer coisa,qualquer sentimento seja ele: amor (sentimento desprezível pra mim),ódio,raiva...toda “penca” de sentimentos ruins fazem parte de minha vida nesse momento mas a felicidade mesmo eu não consigo ao menos senti-la.

Há alguns dias atrás tive um diálogo com uma pessoa muito espec...quer dizer: foi muito especial pra mim,mas agora se tornou apenas mais uma no meio de 7 bilhões de pessoas.O diálogo foi mais ou menos assim:

Pessoa: olá,como você está...senti sua falta

Eu: oi (sempre desprezei qualquer tipo de afeto)

Pessoa: sei que você não está legal...você quer conversar?

Eu: não,obrigado..como você sabe disso? Já faz 5 meses que não nos falamos

Pessoa: isso não quer dizer que eu deixei de te conhecer

Eu: você felizmente apenas conhece a parte que eu me deixei mostrar a você, você não me conhece..eu sou uma ilusão na qual os outros fazem suas “apostas”

Pessoa: isso seria minha culpa? Você se tornou fria,amargurada...não me lembro de você assim

Eu: não é culpa sua,não se culpe por algo que me tornei

Pessoa: ainda te amo

Eu: pode guardar isso pra você...faz muito tempo que eu não sinto amor,gostaria de ainda poder dizer o mesmo a você.

Foi assim, recusei um amor que era muito importante pra mim.No inicio senti medo, a sensação de perda doeu, mas logo aprendi a conviver com a “dor”. A dor se tornou prazerosa pra mim.

Como já diz o ditado “ A primeira vez a gente nunca esquece” por mais idiota que seja ele faz sentido, e foi assim meu primeiro corte...quer dizer um dos meus primeiros cortes.NAO! não me cortei por “dor de cotovelo” , como já disse anteriormente, a dor se tornou prazerosa pra mim,me cortei porque eu queria me autoflagelar com alguma coisa,queria colocar pra fora a dor e a angustia que eu sentia...muito parecidas com a sensação do corte.Me lembro como se fosse ontem, estava no banheiro,tinha acabado de tomar banho e um pensamento subliminar me veio em mente: CORTE-SE no inicio eu não quis,mas acabei cedendo a vontade da minha própria carne ME CORTEI;estava ouvindo My Immortal – Evanescence,quando ouvi um trecho da musica que dizia “This pain is Just real” e foi quando eu me dei conta que estava no chão sem ninguém, sem amigos,sem família, sem nada então desabei...sim, desabei e chorei como se fosse o ultimo dia da minha vida e nesse momento observei as lagrimas se misturando ao sangue e comecei então a sentir dor,dor e prazer ambos unidos me levando ao desespero quando vi o corte aberto..não era muito profundo mas quase me esvai em sangue.

Sinto como se a cada dia eu estivesse perdendo um pouco de vitalidade.

No inicio eu não sei como essa depressão me atingiu,eu era tão feliz, contava piadas,sorria,saía com meus amigos...mas sempre escondia uma lagrima quando colocava minha cabeça no travesseiro.Acho que foi pressão psicológica exercida em mim de forma que eu não sabia controlar, eu então tinha 2 escolhas: ENLOUQUECIA ou FICAVA DEPRESSIVA, sei que ambas não são sentimentos bons...mas dos maiores males,optei ficar depressiva.

Minha família sempre criou objetivos pra mim,eles sempre sonhavam por mim...fui amada mas em questão de afeto e carinho eu cresci com a política do “tem tudo”, eu sempre tive o que queria...tênis de marca, roupas caras,bolsas caras,viagens, notebook legal...tudo,TUDO o que eu queria eu tive, sei que esse pode ser o sonho de qualquer pessoa...mas eu cresci com o ego nas alturas e nada de amor.

Atualmente a situação apenas se agravou,depois que cresci...que comecei a ver o mundo da sua verdadeira forma e sentir as coisas com mais intensidade eu achei tudo meio estranho,porém mágico e acabei me iludindo,não gosto da forma que a sociedade se relaciona...então me machuquei muito com as pessoas,o que acabou me deixando no estado que estou hoje.