Sweet Children - Green Day escrita por Renata Pádua


Capítulo 2
Perda de Memória


Notas iniciais do capítulo

Então, esse é o primeiro capítulo, espero que gostem! ^^



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Al Sobrante's POV

Apertei meus olhos contra o sol que ofuscava minha visão. Me sentei lentamente, ficando um pouco tonto. Olhei à minha volta, e percebi que estava sentado no asfalto, no meio do nada. Tentei me lembrar de como cheguei até ali, mas em vão. Não conseguia nem ao menos me lembrar de quem eu era. Passei a mão pelo meu rosto. Havia um grande hematoma na minha testa, e meu nariz estava coberto com uma camada de sangue seco.

- Ouch - gemi enquanto massageava minhas têmporas. - Mas que merda aconteceu aqui?

Olhei novamente à minha volta, mas não encontrei nada além de uma placa e muito mato. Nela, eu conseguia ler somente “Al Sobrante”.

- Al Sobrante - murmurei comigo mesmo.

Levantei meio cambaleante e me apoiei no acostamento.

Apertei meus olhos enquanto tentava raciocinar o que estava acontecendo. Mas como fazer isso quando não sabe nem ao menos quem você é?

Fui seguindo pelo acostamento sem saber mais o que fazer. Afinal, ficar ali parado não me levaria a lugar algum. Literalmente. A medida que ia caminhando, uma cidade podia ser vista ao longe. Nada que me fosse familiar. Meu objetivo era passar por algum local e ver se tinha alguma lembrança, por menor que seja. Assim, sai andando por aí como um vagabundo, com as roupas rasgadas e sujas de sangue.

Fiquei rodeando a cidade, sem saber exatamente para onde ir, somente com a esperança de que alguma coisa voltasse à minha memória.

Agora, já tinha chegado ao centro da cidade, e estava passando em frente a um local que pelo visto vendia costelas.

- Desculpe - murmurou um rapaz baixinho após esbarrar em mim na rua. Seus cabelos eram na altura dos ombros, negros. Parecia que ele nunca tinha ouvido falar em condicionador antes. Mas eu também não podia falar nada, minha aparência provavelmente estava tão desleixada quanto a dele. Ele parecia concentrado em alguma espécie de lista em suas mãos. Fiquei o observando por um momento, até que outro garoto se juntou a ele.

Ele era alto e magro. Também tinha cabelos longos, mas parecia ser mais cuidadoso que outro.

- Billie - disse o alto - conseguiu alguma coisa?

O tal “Billie” negou com a cabeça.

- Nada. - disse ele. - Vamos voltar para casa, depois nós resolvemos isso.

O outro concordou e os dois seguiram caminho, saindo do meu alcance de vista.

Continuei encarando o horizonte até que percebi uma mulher, já com uns quarenta anos. Ela me encarava de dentro de sua casa por uma pequena brecha na cortina com um olhar desconfiado. Dei de ombros e segui meu caminho - ou melhor, segui para qualquer lugar, já que não tinha para onde ir.

Cheguei numa área afastada da cidade, onde havia uma das últimas casas antes de um graande bosque. A observei. Ela tinha dois andares e era feita de madeira. Forcei minha mente a lembrar se já tinha visto aquele lugar antes. Nada. Minha memória não queria colaborar. Já estava decidindo ir embora quando ouvi uma espécie de som. Era agitado e muito alto. Parecia uma espécie de tambores tocados ritmicamente para fazer uma melodia. Aos meus ouvidos, o som era maravilhoso. Fui me aproximando mais e mais da casa de madeira, tentando me envolver ao máximo naquele som contagiante. Ele me fazia ter vontade de gritar. Berrar. Rir. Pular. Tudo ao mesmo tempo.

Fiquei parado em frente a garagem, que era de onde o som vinha. Olhei por uma pequena janela para ver o que estava acontecendo.

Era um rapaz que estava em frente a uma espécie de instrumento, o qual eu não sabia qual era. Parecia que eram vários tambores presos uns aos outros, e o rapaz batia neles com dois pedaços de madeira numa velocidade surpreendente.

O fiquei encarando pela pequena janela, até que ele parou de tocar e me lançou um olhar inquisitor. O rapaz se levantou e abriu uma porta na garagem.

- Posso ajudar? - perguntou, levantando uma sombrancelha. Ele era meio baixinho, e seus cabelos castanhos estavam dispostos em um topete.

Eu não sabia o que responder. “Oi, eu perdi minha memória e não tenho para onde ir, dia lindo, não?”. Então provavelmente saiu uma coisa muito inteligente do tipo “huh”.

- Qual o seu nome? - ele disse, rindo.

- Al Sobrante. - respondi, pensando no primeiro nome que veio à cabeça.Que foi? Você não sai na rua dizendo que acordou sem memória para estranhos. Se bem que eu estava na casa dele, então tecnicamente eu era o estranho.

- Oi.- ele respondeu ,abrindo um sorriso simpático. - Meu nome é Frank, mas todos me chamam de Tré.



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Notas finais do capítulo

Se alguém chegou a ler até o final, agradeço pela consideração hahah já estou começando a escrever o próximo capítulo, então se tem alguém lendo, por favor, deixem reviews ou comentários, falem o que acharam do meu texto, para eu ver se vou seguir isso adiante :)
Obrigada



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