Plus Que Ma Propre Vie. escrita por CammisM


Capítulo 2
Primeiro


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.
Então, voltei com a fanfiction. E lá embaixo nós conversamos sobre os detalhes das postagens, preciso da opinião de vocês, sim? Sim.
Ok, enjoy! (:



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Corria de um lado para o outro dentro do apartamento, recolhendo todos os brinquedos espalhados pelo chão. Se tinha algo que Matthew era, bagunceiro com certeza estava em primeiro lugar em sua lista.
Minha mãe adorava dizer que eu era exatamente como ele, jogava minhas coisas pelos corredores sem nem ao menos parar para me preocupar se deveria ou não leva-las novamente para o meu quarto.
Bem, dizem que os filhos vêm para fazer os pais pagarem por tudo o que eles foram quando crianças. Eu, certamente, tinha uma lista enorme de dívidas.

— Matthew!— Gritei assim que coloquei o resto de seus brinquedos dentro do baú azul no canto de seu quarto. — Nós estamos atrasados. — Para variar um pouco

— Já acabei de comer, mamãe. — Ele apareceu aos saltos no quarto, com um enorme sorriso travessa nos lábios, fazendo-me erguer as sobrancelhas.

Algo me dizia que a cozinha estava uma bagunça agora.

— Você comeu tudo? — Perguntei, indo em direção ao meu quarto com a minha pequena sombra logo atrás.

Meu quarto era outra bagunça, mas quando se tinha um filho e uma faculdade de medicina para conciliar, a organização do próprio quarto dificilmente vinha em primeiro plano.

— Eu sempre como tudo. — Disse com um bico nos lábios rosados.

Uhum. Como se eu não conhecesse meu próprio filho. Fazer Matt comer era tão difícil quanto me fazer comer comida humana. Nós dois compartilhávamos o mesmo pensamento que aquilo não tinha gosto de nada. Entretanto, diferente de mim, Matthew precisa de comida, uma vez que sua parte humana se sobressaia sobre a vampira. Isto é, se ele tinha alguma.

Parei em frente ao espelho, arrumando meus cachos fofos e castanhos avermelhados que já estavam uma bagunça graças a breve organização da casa. Passei a mão sobre a blusa que trajava, tentando desamassá-la e puxei minha bolsa que estava pendurada na porta do closet antes de passar pela mesa do canto e pegar dois livros que estavam ali. Deveria ter estudado na noite passada. Deveria ter arrumado meu quarto. Deveria ter feito tantas coisas que não fiz.

— Matt, para de pular na cama amor! Eu já tinha arrumado — Suspirei baixinho, puxando-o da cama com o braço livre e assim sai do quarto, equilibrando meu filho de dois anos de um lado e os livros do outro.

Sua risada preencheu o corredor, enquanto passava em direção à porta principal. Era o tipo de risada que fazia você rir junto.

Tão gostosa. Tão infantil. Eu era extremamente apaixonada por ele.

— Sabe quem vem nos visitar nesse final de semana? — De mãos dadas, saímos do prédio em direção à sua escolinha, não muito longe dali.

— O papai? — Ele ergueu os olhos azuis esverdeados para mim.

Uma careta involuntária se formou em meu rosto. Argh, ainda não entendia como consegui ter algo com o inútil do Nathan... De qualquer forma.

— Não. — Respondi rapidamente. — A vovó. — Disse com um sorriso.

Ele pulou no lugar por alguns instantes, enquanto esperávamos o sinal fechar para atravessar a rua.

Alguém podia me explicar como as crianças conseguiam ser tão agitadas?

— Ela vai me comprar sorvete? Vou poder comprar doces com ela? O tio também vai vir? Quando eles vão embora? Nós vamos para a casa deles? Eu estou com saudades de todo mundo lá, sabia? Nós podemos passar o Natal lá? — Disse rápido e tudo de uma vez.

Espera, qual foi a primeira pergunta mesmo?

— Sabe que eu não entendo nada quando fala rápido assim. — Suspirei baixo, o que o fez dar de ombros e rir baixinho.

— Mamãe, você precisa começar a prestar mais atenção no seu filho.

Pronto, sermões de Matthew. Com certeza a convivência com a minha mãe o afetava.

(...)

— Nesmee! — Annabel gritou praticamente na minha orelha, fazendo-me pular para trás. — Você não sabe aonde vamos nesse final de semana! — Completou com um sorriso animado, praticamente quicando no lugar.

Bel me lembrava alguém que não conseguia saber ao certo quem. Sabe aquelas lembranças antigas, como algo que você sonhou quando era criança ou algo do gênero? Era mais ou menos assim que me sentia quando a via.

— Bem, não sei quanto a você, mas eu não vou a lugar nenhum. Meus... hm... Primos, isso, meus primos estão vindo da Itália passar o final de semana comigo e com Matt, não vou poder sair. — Disse.

Primos, huh. Arrumar desculpas e graus parentescos era a pior parte. Não era como se eu pudesse dizer à Bel que minha mãe viria, afinal ela aparentava ser ainda mais nova que eu! Passava-se facilmente por uma menina de dezesseis anos ou até menos, devido à suas feições angelicais e delicadas. Já tinha perguntado, uma vez quando era pequena, com quantos anos ela - e meu tio. Eles são gêmeos, ou quase. Não gostava de pensar neles como gêmeos, já que bem... Eu tinha um pequeno amor platônico por ele desde meus dois anos, ou nove. - tinha morrido e transformada e ela comentou que não se lembrava direito, já que foi a muito tempo atrás. De qualquer forma, foi algo entre seus dezessete anos ou talvez menos. Eu estipulava para menos.

Eu vi a expressão animada de Bel mudar em questão de segundos. Ela soltou um suspiro alto, balançando a cabeça em uma negação frenética, fazendo com que os cabelos escuros e curtos bagunçassem ainda mais.

— Não parece ter muita certeza disso. — Comentou, assim que entramos na sala para mais uma aula de anatomia humana. — De qualquer forma, leve-os conosco. Eu consigo arrumar mais ingressos até sábado. Pelo amor de Deus Renesmee, vai ser o melhor show do ano! — Animada, sentou-se na cadeira a minha frente, me encarando com aqueles enormes olhos castanhos escuros cheios de expectativa.

Oh, então o show seria naquela semana. A banda do namorado de Bel estava começando a fazer um sucesso de verdade e iriam tocar em um festival que teria no sábado. Era o grande evento daquela pequena cidade e claro que todos iriam.

— E deixarei Matthew com quem? Não é o final de semana de Nathan e dificilmente ele fará algo só porque eu pedi. Afinal, nem a obrigação ele fazia direito.

— Pode deixa-lo com meus pais, sabe que eles o adoram.

Revirei os olhos castanhos chocolates por um instante.

— Não é obrigação deles, Bel. — Argumentei.

— Por favor! Por favor, por favor, por favor! — Repetiu freneticamente.

Suspirei. Discutir com ela era pura perda de tempo.

— Vou ver, tudo bem? Se puder, eu te aviso.

— Você vai poder, eu tenho certeza. — A convicção dela me dava medo.

(...)

— Vocês não sabem! — Libby soltou alto, enquanto se sentava à minha frente na mesa do refeitório, com uma bandeja de comida quase vazia.

Sua obcessão por medidas era algo absurdo.

— Se você não contar a gente não vai saber mesmo. — Isabelle murmurou, com a boca cheia de comida, irônica.

— Você deveria comer menos Iz, não vai ter vinte anos para sempre. — Comentou, fazendo-a revirar os olhos azuis claros para o teto.

Segurei uma risada. Elas eram irmãs, com uma diferença ridícula de quase um ano, exatos onze meses. Os pais delas eram pessoas rápidas na arte de procriar.

— De qualquer forma, o novo professor de Semiologia médica é tão... gostoso! Ele é maravilhoso, perfeito, glorificado por Deus. Acho que eu estou apaixonada. — Seus olhos quase brilhavam enquanto ela comentava sonhadora.

Eu e Bel trocamos um olhar, antes de rir baixo. Libby era apaixonada por quase todos os professores com menos de sessenta anos que lecionavam na faculdade, o que incluía exatas quatro paixonites.

— Mas eu acho que é casado. Não que eu tenha problema com isso, é claro, não sou do tipo ciumenta. — Completou, dando de ombros.

— Deus Libby, sossegue essa bunda. — Iz suspirou baixo, largando o garfo. — Preciso te lembrar você não pode ficar dando em cima dos nossos professores? Isso é nojento.

— Nojento? Espere até conhecê-lo e nós voltamos a conversar. — E deu de ombros, jogando os cabelos loiros para o lado.

(...)

— E vamos finalmente conhecer o professor que a Libby tanto comentou. — Izzy comentou, assim que encontramos um lugar na sala já parcialmente lotada.

Pelo que eu conseguia perceber, a maior parte do grupo feminino daquela sala comentava sobre a mesma coisa: A beleza do nosso mais novo professor.

O mais interessante era que nenhuma delas parecia saber o nome dele. Aparentemente tinham coisas mais importantes para reparar, como o quanto lindo os cabelos loiros dele eram, ou seus olhos em um tom curioso de dourado ou qualquer outra coisa, menos no nome... Ou na matéria.

Estava prestes a abrir minha boca para comentar qualquer coisa quando ele entrou na sala.

Trajando uma camisa social branca, calça jeans e sapatos sociais, ele era realmente lindo. Porém, por algum motivo estranho, pensar em gostoso fazia meu cérebro dar um nó e meu estomago embrulhar.

Com os cabelos loiros perfeitamente penteados para trás, eu conseguia analisar cada uma de suas linhas do rosto bem desenhas e perfeitamente angulosas. Pálido, sem nenhuma cor nem menos nas bochechas, eu ergui as sobrancelhas, porém quando não escutei nenhum batimento cardíaco vindo dele tive certeza do que me parecia óbvio: Ele era um vampiro. Deveria ter percebido antes, uma vez que nenhum humano poderia ser tão lindo quanto ele.

O que mais me chocou não foi ter um professor vampiro, mas sim o quanto familiar ele me parecia. Aquele aperto familiar no peito voltou, assim como a vontade de chorar e correr para seus braços.

Deus, isso era estranho!

Ele colocou suas coisas em cima da mesa e virou-se diretamente para mim, certamente ouvindo o ritmo estranho e acelerado do meu coração. Assim que focou seus olhos dourados em mim, o ouvi prendi a respiração e, em uma fração de segundos tão rápida que, se fosse humana não teria percebido suas feições passaram de surpresa para impressionado, até assumir uma expressão neutra. Com um sorriso quase afetado, ele tirou seus olhos de mim, antes de direciona-los para a sala.

— Ele é realmente gostoso — Izzy comentou em meu ouvido.

Uma careta involuntária se formou em meu rosto. Bonito sim, mas gostoso? Hum, não.

— Boa tarde, turma. Sou o dr. Carlisle Cullen, seu novo professor de Semiologia médica.


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Notas finais do capítulo

Então, eu vou voltar se tiver leitores dispostos a acompanhar e comentar. Entendam, estou em épocas de vestibulares e é extremamente corrido isso... E até um pouco depressivo e completamente desesperador. Enfim, estou disposta a voltar a escrever a fanfiction desde que vocês estejam dispostos a comentar ok? Ok. Mudei o rumo da estória inteira e estou gostando mais desse jeito do que da minha ideia inicial. (:
Anyway, as postagem vão ocorrer de 15 em 15 dias, todas as sextas ou sábados, dependendo da minha disponibilidade para revisar o capítulo (detesto postar sem revisar d.d). Se tiver um grande número de comentários (de acordo com o número de leitores, claro) eu posto capítulos bônus entre esse intervalo de um capítulo e outro, sim? Sim.
Enfim, o que acharam? Devo continuar com a fanfiction ou deixar de lado? Opiniões são importantes.
xxxxxx



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