Fiquei ali deitada, depois de um tempo dormi. Quando acordei pensei que tudo que tinha acontecido era um sonho, ou melhor pesadelo, mas para variar eu estava errada. Olhei para o despertador que era seis horas, eu queria ficar ali deitada até o fim dos tempos, como uma borboleta em um casulo, mas que eu não iria sair iria ficar lá dentro até que isso que tenha acontecido não passasse de uma lembrança dolorosa, também sabia que não poderia fugir disso teria que enfrentar, sabia que meu casulo de alguma forma seria violado.

Me levantei, com certeza eu estava horrível, fui para o banheiro, não quis me olhar no espelho, foi difícil porque o espelho era enorme, fui direto para o chuveiro de roupa e tudo e liguei no máximo, nossa que água fria, tá eu posso tá deprê mais não to bêbada, logo coloquei na quente e com certeza ficou muito melhor.

Quando terminei o banho me vesti com um moletom, e me sentei na ponta cama e pensei o que eu vou fazer agora em diante pensei em varias coisas como: matar o Luke e a Rachel e ficar presa, procurar meus verdadeiros pais, virar uma alcoólatra e esquecer de tudo e várias outras opções e com certeza a segunda foi a melhor, mas pro onde começar pensei em ir procurar meu pai, mas onde ele estaria? Em casa, no trabalho, na Alemanha, não saberia dizer, a melhor opção foi ligar pra o celular dele. Me levantei e fui procurar minha bolsa, mal me mexi e lembrei que a tinha deixado em cima da bancada da cozinha e falando em cozinha lembrei-me que não havia comido algo há muito tempo, e como qualquer ser humano meu estômago se manifestou.

Abri a porta silenciosamente se houvesse alguém, em algum cômodo da casa não ouviria, fui andando calmamente pelo corredor esperando escutar alguma coisa, nada escutei, desci as escadas ao mesmo modo, cheguei à sala e estava tudo normalmente arrumado, o que fez com que eu suspeitasse se eu não havia sonhado com aquilo tudo, andei até a espaçosa cozinha e vi minha bolsa ao lado da bancada que eu tinha me apoiado ontem ,fui até lá e peguei meu celular ,tentei liga-ló, mas nada adiantava, previ que a bateria teria acabado, peguei a bolsa coloquei no ombro, com o celular em mãos fui até a geladeira peguei um iogurte de morango e quando me virei, vi minha mãe, a falsa, de um jeito que nunca vi antes.