O Oposto escrita por Sopinha


Capítulo 24
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!



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Me sentia humilhada diante um juri, sim isso mesmo,  assim que me sinto, em um juri onde eu sou a ré, isolada, sendo julgada não pelos meus erros e sim pelo erros dos outros, mais especificamente, das pessoas que eu acreditava que eram meus pais.


O que aquela mulher me disse caiu como um baque em meus ombros, pensei muitas vezes em como essa história iria acabar, entretanto a vida não é um filme onde o final é sempre bom, onde tudo acaba bem.


–Pare de chorar!-gritou a mulher, a olhei, ainda com lagrimas escorrendo pelas bochechas.


–O que você quer que eu faça! Minha vida...foi uma grande mentira, eu não tenho nada a ver com isso!-Eu gritei, fui até ela e bati minha mãos sobre a mesa, seu rosto tinha uma expressão de surpresa.


–Você tem que decidir Annabeth, se vai continuar procurando os seus sonhados pais, ou vai cair na realidade seguir sua vida e esquecer tudo isso.-ela disse de uma maneira calma.



Como eu conseguiria viver sabendo que nunca realmente conhecia meus pais verdadeiros, era uma proposta que poderia virar minha vida,eu poderia ter um recomeço...Deixar que o passado para trás e que fosse apenas uma lembrança dolorosa. Podia mudar para uma cidade nova em outro estado, ou até em outro país...Não tem como isso acontecer, eu quero descobrir de qualquer forma onde meus verdadeiros pais estão, eu não vou desistir disso.


–Eu não vou desistir!


–Você não vai conseguir, você não tem nenhuma pista, as chances são praticamente nulas. Eu não me importo com isso! Mas se você atrapalhar minhas investigações, vai resolver isso com a policia.


–E os meus direitos! A policia tem o dever de me ajudar!


Ela deu uma risada com pura ironia.


–Você acha que seus "pais", eram simplesmente um casal que roubava! Claro que não garota! Eles eram, ainda são, uma quadrilha muito organizada, eles tem muitas pessoas envolvidas. E acredite, sua história e mais complicada do que parece.


–Você acha o que?! Que ela simplesmente viu uma menina num carrinho perto dos pais e a pegou? Não seja tola Annabeth, você foi escolhida por um motivo.-Ela continuou.



–Quem são meus pais?-pergunto no que não passa de um sussurro.


–Sigilo, não posso te contar.


–Como assim!? Eu não tenho o direito de saber quem são meus pais.


E agora a porta bate, sem ela me responder.


–Pode entrar.


A porta se abre e de lá aparece Percy,será que eles estava envolvido com isso desde o começo?

Ele me olhou surpreso.


–Diga.


–E...que...eu queria um copo d'água.


A mulher bate a mão na testa. Enquanto ela fazia eu analisava o garoto dos olhos verdes, e ele me encarava.


–Você conhece a loira, garoto?


A expressão dele gelou.


–Er...Sim.


A mulher deu um sorriso diabólico.


–Quando você a conheceu?


–Faz uns dois dias.


–Como vocês se envolveram?


–Como?


–Ele não tem nada a ver com a história-eu intervi.


–Como você pode ter tanta certeza?-perguntou ela.


Essa pergunta me pegou,como eu poderia ter certeza que o Percy não estava envolvido com toda essa história.


–Ele não fez nenhuma pergunta.-eu respondi.


–Ei, garoto você estava em serviço quando encontrou a loira?-perguntou à Percy.


–Não ,na verdade eu nem trabalho aqui, a porta estava aberta e eu entrei pra pedir um copo d'água, o que está acontecendo aqui?-respondeu eles calmamente, o que ele disse não fez muito sentido.


Em pouco tempo, a mulher gritou, Percy me puxou pelo braço e saímos correndo, com muitos homens atrás de nós, parecia que ele conhecia o caminho, andava rapidamente entre os corredores escuros, os passos atrás de nos continuavam contínuos, mas em menor quantidade.


Percy me puxou com mais força, viramos para direita no meio de um corredor e entramos numa porta a esquerda, ele chegou a porta lentamente, depois ficou escutando atrás da porta, e eu fiquei parada no meio do cômodo sem saber o que fazer.


–O que você está fazendo aqui?-perguntei sussurrando.


Ele suspirou.


–E uma longa história quando sairmos daqui irei lhe contar.


Ele saiu de perto da porta, foi para parede contraria que tinha uma janela vedada, com papelão ele arrancou eles de lá e jogou no chão, revelou uma janela grande os os vidros preto. Ele tentou abrir a janela, mas estava emperrada, eu fui até ele tentar ajudar.


Puxamos juntos cada um, um lado da janela, ela abriu com um estrondo, nos entreolhamos, eu pulei a janela e parei em um beco, atrás de mim Percy fez o mesmo. Ele me puxou pela mão e fomos para a entrada do beco, escutamos homens gritando, aceleramos com o passo, escutei um tiro, eles provavelmente estavam atirando dos pés, eu entrei em desespero, corri mais rápido ainda.


Eu não sabia onde estávamos,tenho certeza que nunca fui aquele lugar.


–Vem.-disse Percy,me puxando para direita.


Entramos no que parecia,um mini shopping,estava cheio de gente,Percy me guiava entre as pessoas, me puxou bruscamente para a esquerda, uma escada de emergência. Descemos correndo, as escadas deram num estacionamento subterrâneo, em todo esse trajetos algumas pessoas reclamaram por esbarrarmos nelas, e estranharam o porque de estarmos correndo.


Siamos ela entrada, ainda com Percy me guiando andamos uns dois quarteirões a frente, Percy entrou em um prédio onde não tinha porteiro, ele pegou a chave, assim finalmente soltou minha mão que estava meio dolorida, ele abriu a porta e depois a fechou, pego minha mão novamente e subimos correndo, paramos no segundo andar, ele pegou o mesmo chaveiro abriu a porta.


Entramos e demos de cara com um apartamento com a mesa da cozinha cheia de latas de cerveja, alguns pratos sujos nas pias, no sofá tinha vários salgadinhos espalhados.


–Seja bem vinda à minha casa!


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo tá maior!
Eu não vou dar desculpas esfarrapadas para justificar minha demora, foi simplesmente falta de criatividade,e preguiça.
Vou tentar postar rapido!
Até o próximo!



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