Após a o sucessivo ataque massivo de flashbacks os dois garotos acordam atordoados, com suas mãos sobres às cabeças, e ainda com os corpos brilhando suas partes biônicas, mas não as vêem, logo elas desaparecem. Enquanto os garotos se recompunham o barman indagou Annabel:

_Não acha estranho os dois rapazes passarem mal ao mesmo tempo menina?

_Não acho estranho, acho preocupante, estou preocupada com meu... Amigo. –A face de Anna tornava-se rubra enquanto se perdia na expressão

_Hmmm. Vejo uma garota apaixonada aqui –Disse o barman se desfrutando de suas risadas.

Os dois retornavam á parte principal do bar, se estranhando ,como se conhecessem a muito tempo,muito descompromissado Babel pergunta ao seu estranho amigo:

_Você também passou mal não é? –Chester permaneceu calado com uma afeição de raiva sem explicações enquanto os dois viam um flashback de duas crianças com roupas tipicamente rústicas alemães, como as de crianças da segunda guerra mundial, se encarando e disseram simultaneamente:

_você! Quem é você?!

_Isso tudo é muito estranho. –Disse Babel sem titubear. –é como se eu te conhecesse a anos sem ao menos saber seu nome

_Chester Bennington... Também sinto o mesmo amigo...

_E você mora aqui há muito tempo? –perguntou Babel em voz baixa.

_Na verdade não me lembro desde quando estou aqui, mas sei que estou a bastante tempo desde que abri meus olhos.

Tais palavras entraram como uma bala pelos ouvidos de Babel, trazendo-lhe lembranças do dia chuvoso ao qual havia encontrado Annabel, e a mulher misteriosa de voz penetrante, tudo fazia sentido para ele agora.

Também notara que Chester possuía o mesmo “cadeado-coleira” em seu pescoço ao qual a de babel havia o número dois em forma romana e o de Chester o número um.

Os dois olharam para seus cadeados e Chass disse:

_Todas essas coisas querem nos dizer algo amigo, todas essas coincidências, e temos que ir atrás das respostas, apesar de eu não ser muito de ir fazendo amiginhos para onde quer que eu vá, mas acho que algo maior está por trás disso tudo.

_Concordo, achar respostas é o que estou tentando fazer aqui desde que abri meus olhos como você acredite.

_Hey! Garotos eu aqui! Eu ainda estou aqui viu?

_A loirinha também pode vir conosco. –disse Chester em tom de sarcasmo

Babel riu. –Acredite sem a “loirinha” eu não estaria vivo meus ossos teriam virado pó na chuva sem ela. –Anna corou ao ouvir as doces palavras dando a Bel um beijo em seu rosto.

Deixando o romantismo de lado Babel tomou uma afeição mais seria e indagou:

_E onde acha que devíamos começar a procura do nosso passado?

E os dois disseram ao mesmo tempo:

_A catedral!

Os três saíram do bar e pegaram um táxi até a catedral a qual os dois ouviram os sinos tocarem em suas mentes, e a qual chamou muito atenção de Babel quando ele havia “chegado” a cidade de Cyberia.

No caminho Babel comentou a Chester:

_ Na primeira vez que vim parar nestas cidade ouvi uma mulher sussurrando no meu ouvido algo sobre eternidade ,eu cheguei a vê-la mas logo ela desapareceu outra coisa que me disseram ,e que me disse foi Anna, foi sobre a lenda de um escolhido ,algo de pré destinado ,algo do tipo , e na tevê vi algo sobre experiências mutagênicas ,anjos mecânicos ,mestiços ,e uma rebelião de robôs.não sei se isso faz algum sentido pra você mas são apenas informações que fui coletando durante minha estada aqui..ah e algo sobre uma coisa chamada Driver.não sei o que é pois não deram muitos detalhes na televisão.

_Claro sem satisfações meu caro, as coisas vão se esclarecer aos poucos, qualquer informação será útil, também vi algo sobre essas experiências e esses robôs modificados, raças, tudo parece parte um plano do governo por parte das Zaibatsus de autoritarismo que acabou não dando certo, mas iremos chegar ao fim do nosso destino, breve eu espero.

Chegando ao seu destino os três notaram que a catedral parecia esta lá há milênios, mesmo Annabel que morava na cidade a mais tempo e passava ao lado da mesma todos os dias não havia prestado atenção na imensidade arquitetônica da catedral

Encontraram um padre em seus rituais rotineiros e o interrogaram:

_Com licença não quero atrapalhar o senhor, mas, será que poderia nos dar algumas informações sobre esta cidade, o senhor parece ter estado aqui a bastante tempo.queremos algo mais relacionado com as atividades e experiências suspeitas do governo –Disse Chester com frieza e calma.

_Oh, claro rapazes por favor ,é sempre bom ver a mocidade interessada na história local

O padre era um típico franciscano de sandálias gastas, óculos enferrujados com fundo de garrafa, poucos cabelos sobre a cabeça, bastante idade e pouca altura,e bastante humildade.  

_bem deixe me ver. –disse o padre enquanto ajeitava os óculos.

_Durante a segunda guerra mundial meus parentes me contaram que o governo estava mexendo com o desenvolvimento de máquinas durante esse período, mas não simples máquinas, as máquinas mais humanas possíveis, infelizmente a verba e os instrumentos científicos daquela época não eram nem um pouco avançados e suficientes para a produção dessas super máquinas, atualmente estamos mais desenvolvidos e usamos os robôs no nosso dia-a-dia, o que tem acontecido é que com o aperfeiçoamento das maquinas algumas delas digamos, se tornaram humanas demais sentimentalmente, se rebelando contra os humanos, e mesmo assim o governo e as recentes corporações continuam aperfeiçoando mais e mais seus robôs sem se importar com a humanidade,

Também houve rumores que no período da segunda guerra algumas crianças eram tiradas de seus lares a força para fazer parte da construção dessas máquinas, eu mesmo vi duas crianças serem levadas pelos militares aqui em minha catedral.

Eu tentei impedir, mas fui nocauteado junto com a mãe delas.

A memória dos sinos, das crianças e dos militares tornou-se mais claros a cada fato narrado pelo franciscano e a familiaridade também.

Os três estavam perplexos com o relato, agradeceram o padre.

 O próximo passo era encontrar aonde essas experiências eram feitas e quais foram às crianças raptadas e o destino final delas.