Mistakes Of The Love escrita por LittlePhoenix


Capítulo 10
Capítulo 9




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Eu sabia! Eu sabia que isso ia acontecer! Eles não podiam descobrir sobre o Rabicho. Agora tudo vai acabar, tudo vai ser destruído e as coisas já começaram a mudar. Eu senti lágrimas se formarem em meus olhos, mas consegui segurá-las.

— O senhor, - começou Snape, com o típico mau-humor, falando para Sirius, que ainda olhava para baixo para não ser reconhecido – vai arrumar meu estoque de poções. E a senhorita, - agora ele se virou para mim. – Vai me ajudar a organizar alguns ingredientes.

Sirius foi para o armário do estoque de poções e eu fui para o fim da sala onde ficava a prateleira com os ingredientes.

Snape se sentou na mesa dele e não falou nada. De vez em quando ele dizia como era para fazermos, ou dizia “coloque isso aqui” ou “coloque isso ali”. Era como se tudo estivesse absolutamente normal e nada tivesse mudado.

 

Acho que já estávamos na sala de Snape a mais ou menos duas horas. Então, finalmente, ele disse que podíamos ir embora e que amanhã voltaríamos para arrumar caldeirões. Demos boa noite e saímos o mais rápido possível, Sirius ainda olhando para baixo.

Assim que estávamos a uma certa distância da sala, mais especificamente quase no saguão de entrada, eu me sentei no chão e desabei a chorar. Esse choro era possivelmente uma mistura de raiva, estresse e medo. Sirius se sentou ao meu lado e me abraçou, encostando minha cabeça em seu peito, e ficamos assim por um tempo.

— Está tudo perdido, Sirius. – Falei ainda chorando muito. – Severo tinha morrido, aí ele voltou. As coisas vão começar a mudar, não, já começaram. O Tiago está perdendo a memória, eu vou morrer e tudo vai acabar.

— Calma, Lili. – Ele falou de um jeito calmo, passando a mão no meu cabelo.

— Não dá pra eu me acalmar. – falei nervosa. – Você não entende o que está acontecendo!

— Então me explica. – Pediu ainda calmo.

— Não dá... Não posso... – Falei me obrigando a me acalmar um pouco.

— Olha, no final tudo vai dar certo e se não der, pelo menos vai ser engraçado. – Ele falou se levantando e estendendo a mão para me ajudar a levantar.

— Mas eu vou morrer se nada der certo! Como isso é engraçado? – falei me levantando.

— Ok... Não vai ser engraçado. Mas tudo vai dar certo, Lili. Você precisa relaxar um pouco, tirar o estresse. – Começamos a andar na direção do saguão de entrada.

— O que você sugere para eu relaxar? – perguntei.

— Você confia em mim?

— Não. – Respondi, ele me olhou surpreso.

— Por quê?!

— Porque na última vez que eu confiei em você, a gente ganhou uma detenção com o Snape!

— Então você não vai me acompanhar? – Perguntou, erguendo uma sobrancelha.

— Não. – Respondi. – Nós vamos para a sala precisa. – Continuei começando a subir as escadas do saguão, mas percebi que ele estava parado. – O que houve? – Voltei até ele.

— Nada. – Respondeu tentando disfarçar. – Hoje está calor, né? – continuou tirando o casaco das vestes.

— É... – Falei me questionando por que raios ele estava falando aquilo.

— Quer que eu segure o seu casaco? – Perguntou.

— Ah... – eu tirei o casaco e dei para ele. – Obrigada. – Então ele começou a sair do castelo. – Onde é que você está indo Sirius?! – Ele nem olhou para trás. – O que você vai fazer?! – Ele saiu, fui até a porta do castelo. – Se você está pensando que... AH!

Antes mesmo de eu completar a minha frase, Sirius me pegou no colo e começou a correr na direção do Lago Negro.

— O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?! – gritei batendo nas costas dele, para que ele me colocasse no chão. – LOUCO!

— Eu estou relaxando, Lilindinha! – Ele começou a dar risada enquanto continuava correndo para cada vez mais perto do Lago Negro.

— SIRIUS!

Então ele pulou no lago me segurando. Só consegui pensar em prender a respiração e fechar os olhos. Depois senti a água morna me envolver. Nadei para a superfície e então vi Sirius rindo loucamente.

— Seu idiota! – falei jogando água nele, ele não parou de rir. Pulei em cima dele, fazendo com que afundássemos e o beijei. Estávamos nos beijando em baixo d’água.

— Está mais relaxada? – Perguntou, falando no meu ouvido com a voz sexy, quando tínhamos voltado para a superfície.

— Muito. – Falei rindo e empurrando ele pra trás.

Ficamos lá, nadando no Lago Negro, na segunda noite quente que surgiu no meio do outono. Não tinha Lua no céu, porque ela era nova, nem estrelas, mas a noite estava linda. Mais uma vez eu tinha me esquecido dos meus problemas e estava relaxando.

Acho que Sirius tem o poder de fazer com que eu me sinta bem.

 

Sirius tinha levado a capa da invisibilidade, então voltamos tranquilamente para a sala precisa. Ele perguntou se eu ia dormir lá, mas eu tinha um negócio pra fazer, então disse que não. Ele me deu a capa da invisibilidade para eu conseguir ir embora, pedi a gravata dele emprestada, e sem questionar ele me deu. Dei um selinho nele, ele entrou na sala e eu fui embora.

Precisava falar urgente com a Rose e a Roxanne, sobre várias coisas. Por exemplo, eu estar apaixonada por Sirius. Acho que ainda não contei exatamente isso para elas. Não me importava que já era tarde, não custava nada olhar se elas ainda estavam acordadas.

Um pouco antes de chegar à torre da grifinória, tirei a capa e coloquei a gravata de Sirius, fui até o quadro da Mulher Gorda, falei a senha e entrei. Como era de se esperar, Tiago ainda estava na sala comunal, conversando com dois amigos. Otavio Finnigan, um garoto de cabelos escuros e curtos de pele bronzeada e com olhos azuis, não era nem alto nem baixo. E Tyler Corner, que tinha olhos meio puxados, cabelo na altura do ombro, branquinho e alto e por mais que fosse da Corvinal, ele sempre estava na sala comunal da Grifinória com Tiago.

Eu era afim dele até o começo do quarto ano, quando comecei a sair com Escórpio, mas isso não vem ao caso agora.

— Tiago. – Chamei, ele se virou pra mim.

— O que você faz aqui toda molhada, Lilian? – perguntou se levantando de um salto e vindo na minha direção.

— Não te interessa. – Falei e os amigos dele riram.

— Desde quando você usa perfume masculino?! – perguntou. A gravata do Sirius, pensei. – O que você estava fazendo, Lilian Luna?

— Nada! – falei irritada.

— Não minta para mim, Lilian Potter! – Ele gritou.

— Eu não estou mentindo! – Gritei. – E você não é meu pai, Tiago!

— Sou seu irmão!

— E daí? Contínuo não te devendo satisfação alguma! - Falei cruzando os braços.

— Deve sim! – Ele cruzou os braços também.

— Meu! Para Tiago! – Gritei já muito mais irritada. – Para de ser chato, para de querer controlar a minha vida! – Ele ficou olhando para mim, eu olhei para Tyler e Otavio por cima do ombro dele. – Sabem me dizer se faz muito tempo que a Rose e a Roxanne subiram para o dormitório?

— É... Já faz um tempinho... – Respondeu Tyler.

— É. – Concordou Otavio.

— Ótimo, obrigada. Eu falo com elas depois. – Me virei e sai da sala.

Ainda estou com raiva do Tiago. Ele sempre quer me controlar, saber o que eu estou fazendo. Ele quer tomar conta da minha vida. Por que ele não cuida da dele e deixa a minha em paz? Já estava colocando a capa da invisibilidade quando ouvi alguém me chamar.

— Ei! Potter! – Me virei e vi Tyler Corner vindo na minha direção.

— Oi, Corner. – Falei. – Já não te disse que pode me chamar de Lilian se quiser?

— É melhor não, o Tiago pode pensar que estamos tendo um caso e pode querer me matar. – Nós dois rimos. Típico do Tiago. – Deve ser difícil ter ele como irmão.

— É, muito. Ele sempre quer me controlar e isso me irrita demais. – Fiz uma pequena pausa. – Não é meio perigoso você ficar andando por Hogwarts essa hora da noite?

— Pergunto o mesmo a você. – Ele pegou a capa da invisibilidade e nos cobriu. Então começamos a andar. – Tiago me emprestou para voltar para a sala da Corvinal. Vi que você tem uma também.

— Ela não é tão boa. – Menti, dando de ombros. Tecnicamente é a mesma capa, não é mesmo Lilian?

— Então, seu irmão tem um ciúme descomunal de você, mas não culpe ele.

— Eu não o culpo, só queria que ele fosse menos ciumento. – Falei.

— Difícil. – Ele falou mais para si mesmo. Já estávamos perto da sala comunal da Sonserina, Tyler tirou a capa de cima de nós. – Posso te perguntar uma coisa?

— Pode... – Respondi um pouco cautelosa.

— Afinal, por que você está toda molhada e com perfume masculino?

— Tyler!

— Brincadeira. – Ele falou rindo, eu ri também. – Boa noite.

— Boa noite – sorri.

Entrei na sala comunal e fui para o meu dormitório. Às vezes eu converso com o Tyler, ele é legal e sempre me ajuda quando o Tiago começa a dar seus surtos de ciúmes, e ele sempre tenta conversar com o Tiago, para ele parar. Não funciona, mas pelo menos ele tenta. Não confunda o fato de eu ter gostado dele até o terceiro ano, com a nossa amizade. Agora só gosto dele assim, Como amigo.

Depois de tomar banho e me trocar, me deitei para dormir e deixei a gravata de Sirius do meu lado, o cheiro dele faz eu me sentir bem e me ajuda a dormir... Isso pode parecer estranho, mas é a verdade.

 

Pov’s Sirius Black.

Assim que entrei, vi Pontas sentado no sofá comendo tortinhas de abóbora. Tirei a camisa que estava toda molhada, os sapatos e me joguei no sofá, começando a comer uma tortinha também.

— A detenção de vocês era dar banho na Lula Gigante? – Perguntou olhando para as roupas molhadas espalhadas pelo quarto.

— Não – respondi – Fomos arrumar a sala de poções, eu te falei.

— Então por que você está todo molhado?

— Eu dei um mergulho no Lago Negro. – Dei de ombros. Ele me olhou malicioso.

— Estou sentindo que você não mergulhou exatamente sozinho...

— A Lula Gigante estava lá. – Falei.

— Sei. A LuLa ou a LuNa? – Ele riu, dei um risinho corando um pouco. – Trouxe o negócio? – Perguntou mudando de assunto.

— Trouxe, mas não sei não, Pontas. – Me sentei. – Você não sabe quem era o professor quando entramos na sala de poções.

— Quem era? – perguntou.

— O Ranhoso.

— O Ranhoso?! Como aquele imbecil conseguiu virar professor?!

— Esse não é o caso. – Falei pegando mais uma tortinha.

— Então qual é?

— Quando saímos da sala a Luna começou a chorar e a falar uma parada de “ele morreu” e “ele voltou” e também “as coisas estão mudando, eu vou morrer”. Acho melhor esquecermos isso, fingir que não ouvimos nada. Continuar confiando no Rabicho.

— Relaxa, Almofadinhas. Depois que descobrirmos tudo, as coisas vão voltar ao normal. Talvez só estejam assim porque só sabemos da metade. Já pensou nisso?

— Sei lá...

— Qual é, Almofadinhas? Não é você quem diz que no final tudo vai dar certo e se não der pelo menos vai ser engraçado?

— Matar pessoas não é engraçado. – Respondi.

— Não vamos matar pessoas, vamos salvar pessoas – Ele corrigiu.

— É... Talvez você tenha razão.

— Claro que eu tenho. – Ele falou.

Então peguei o frasco da poção polissuco que tinha roubado do estoque do Ranhoso e joguei para ele.

— Agora só precisamos de um fio de cabelo do outro Tiago. – Ele deu um sorriso.

É... Talvez isso dê mesmo certo.


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