Senzafine escrita por Lílly


Capítulo 3
Remember


Notas iniciais do capítulo

Oii gente.. então eu não ia postar hoje, mas acho que se eu demorasse mais um pouco teria pessoas que iam me matar.. hihi ' pois é, capítulo novo õ/ espero que gostem ^^
O capítulo será mais de lembranças do passado e somente no próximo as coisas começarão a "andar".



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- O que ela ta fazendo aqui? Depois de um longo tempo de silêncio ele falou intacto com os olhos penetrados nos meus.

Minha vontade era de desaparecer, sumir, se tivesse um buraco em minha frente eu juro, eu me enfiava dentro.

- É.. É.. Bill eu.. Eu vejo Simone outro dia. Foi o que consegui dizer, já me virando para ir embora.

- Espera. – Me virei. – Como você está? Ele veio em direção a mim.

Eu queria estar sonhando para poder acordar, quanto mais ele se aproximava, eu dava um passo para trás, a vontade de sair correndo tomava conta e foi o que eu fiz.

- Evee espera. Bill veio correndo atrás de mim.

Não sei aonde arrumei tanta força e fôlego para correr daquele jeito, agradeci por não estar de salto. Em menos de um minuto já me encontrava na rua da minha casa, só então parei, já sem forças para dar mais nenhum passo.

Lágrimas invadiam meus olhos, sentia uma dor em meu coração, como se estivesse sendo arrancado friamente.

Eu queria ir embora pra longe fugir de tudo aquilo, fugir dele, desse amor que me persegue por todos esses anos, mas parece que chegou a hora de encarar isso, não da mais pra adiar. Só não hoje, não agora.

Depois de um bom tempo cheguei em casa, já havia recuperado as forças.

Fui direto para meu quarto precisava de um banho.

“ – Para Tom, não pula. Gritava.

- Deixa de ser medrosa. – Ele ria. – É só água.

- Parece fundo. Olhava para a enorme cachoeira.

- Vem, vamos pular junto. Ele me estendeu a mão.

Estava morrendo de medo, nós nos encontrávamos no topo de uma cachoeira que tinha perto de sua casa, prestes a pular lá em baixo.

- Não tenho coragem. Vamos embora é perigoso tentar pular. Disse juntando minhas coisas.

- Ok, você venceu. – Ele disse bufando. – Me ajuda sair daqui então.

Fui em sua direção para ajudá-lo a sair daquele lugar. Em um único movimento ele me puxou, e nós caímos.

O frio na barriga era intenso, mas não demorou muito, para nossos corpos se chocarem com a água gelada.

- Você é loco. Disse lhe dando tapas.

- Louco por você. Ele me agarrou dando-me um selinho.

- Podíamos ter morrido. Disse fingindo estar brava.

- Você tem que parar de ter tanto medo e se arriscar mais...”

Sorri com a lembrança do dia em que levamos o maior sermão por pular naquela cachoeira, minha mãe e Simone nos deram um belo castigo por conta disso, tirando o fato que eu fiquei doente por conta da água gelada.

“Mais uma aula chata de educação física, e mais uma vez eu não via a hora de acabar.

- Está faltando um no nosso time, professor. Caio disse.

Ótimo, assim não precisaríamos jogar e essa merda acabaria. Pensei.

- Ei, você. – Meu professor apontou para a arquibancada. – Não quer jogar? Está faltando um jogador. Ai Deus era ele, meu coração disparou ao vê-lo vindo em direção a quadra, que lindo já não bastava todos os micos que eu pago e ele lá da arquibancada vê, imagina aqui no mesmo time que eu.

O jogo começou e até então estava tudo normal.

Depois de vai e vem da bola, finalmente foi ponto, pro meu time claro. Não que seja o melhor, mas Tom jogava muito bem.

Dirigi-me até o lugar na rede onde o professor me ordenou a ir.

Marina sacou, e novamente começou o vai e vem da bola. Torcia para que não viesse em minha direção nunca sabia o que fazer.

Quando fui me virar sinto uma coisa chocar contra minha cabeça então tudo escureceu.

- Ela está bem? Ouvi a sua voz.

- Vai ficar bem. A voz feminina disse.

Esperei um pouco antes de abrir os olhos, fiquei me lembrando do que tinha acontecido.

- Ela acordou. Vi ele levantar-se rapidamente e vir até a beira da cama da enfermaria da escola, reconheci o local.

- Está sentindo alguma tontura querida? A enfermeira da escola disse.

- Não. Respondi.

- Bom vou avisar sua mãe que acordou. Ela saiu me deixando a sós com ele. E agora o que eu faria?

- Está se sentindo bem, de verdade? Ele questionou.

- Sim. Por que mentiria?

- Sei lá. – Ele sorriu. – Olha me desculpe, não quis acertar você.

- Ah você quem me deu a bolada?

- É me empolguei demais. Ele sorriu e pude ver o quão lindo era seu sorriso.

- Mas.. Como vim parar aqui? Perguntei curiosa, afinal estava desmaiada, andando é que não foi.

- Eu trouxe você.

- Ahh... – Falei envergonhada, ele tinha me carregado. – Obrigada.

- Minha filha como está? Machucou muito? Ah Meu Deus vou te levar ao médico, tem que fazer um raio x, precisa ver se está tudo bem mesmo...

- Mãe! - A interrompi, morrendo de vergonha. - Sem piti, por favor, ta tudo bem. Tom ria da situação. “

Lembrei de nosso primeiro contato, a partir daquele dia nossa história começou.

Saí do banho, me vesti, sequei meu cabelo e as lembranças continuavam a invadir  minha mente.

“ Acordei com o telefone berrando, ainda sonolenta atendi sem olhar quem era.

- Alô!

- Vem aqui na portaria. Ele ordenou.

- Eu não Tom. – Olhei o relógio. – É quase uma da madrugada, ta maluco.

- Desci aqui, por favor.

- O que você ta fazendo a essa hora em frente ao meu prédio?

- Vem aqui Evee, por favor... Ele implorava.

- Ta frio Tom...

- Deixa de ser preguiçosa e vem tenho uma surpresa.

- Ta bom, já to indo.

- Mas é curiosa. Ele riu.

Desliguei o celular, levantei, coloquei um casaco mega grande estava muito frio.

Fui vagarosamente até a porta pra não acordar meus pais.

Chegando à portaria vi Tom, mais encasacado que não sei o que com um enorme embrulho, aquilo devia ser maior que eu.

- O que quer? Disse bocejando.

- Também te amo. - Ele riu. – Feliz aniversário. Ele me entregou aquele pacote gigantesco.

Só então me lembrei que era meu aniversário. Abri o embrulho e vi um urso de pelúcia gigante, escrito Ich Liebe Dich.

- Aiii obrigada Toom.  - Pulei em seu pescoço fazendo-o quase cair. – Te amo muito. Dei-lhe um beijo.

- Também te amo. Ele sorria.

- É lindo. Disse abraçando o enorme urso.”

Meus pensamentos foram interrompidos pela campainha tocando.

Meu coração disparou, demorei mais tempo possível para abrir a porta na esperança de que quem fosse já tivesse ido embora, mas foi em vão ele estava ali intacto em minha frente.


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Notas finais do capítulo

Então ? Mereço reviews ?