Make A Wish escrita por Carol22


Capítulo 22
O Inevitável erro


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoas que leem :)
Como eu tinha dito, a minha fic editada está no site
http://threvolutionfics.blogspot.com.br/
Lá vocês encontraram a fic até mais ou menos o capítulo 15 e será nesse site que eu continuarei a fic devido as mudanças do nyah. É uma pena não poder terminar a fic para já postar aqui. Faltam muitos capítulos ainda, eu devo dizer. Mas, queridos leitores, quero que aproveitem e não deixem de acompanhar! Muitos beijos pessoal!



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Capítulo 22 – O Inevitável erro


Acordei de repente na madrugada com a luz da luminária da cama de Isabelle acesa.


- Não consegue dormir Isa?

- Desculpa Carol, não quis te acordar.

- Tudo bem. Quer falar sobre alguma coisa? Tipo, porque não quis ir à festa ontem?

- Ah, eu só não estava com vontade. Já tinha saído com a Bia na outra noite. Fiquei vendo as pessoas passarem na rua através da janela.

- Aquele menino, o Perseu, ele perguntou de você.- Ele ligou aqui no quarto. Não achei legal.

- É? Porque pra mim pareceu legal. Ele gosta de você e vou dizer, os olhos castanhos dele são quase mais bonitos que os do Bill.

- Quem liga pra olhos brilhantes? Eu não quero nada com ele. Já pedi desculpas.

- Então fala o que está te incomodando? 

- Quer a verdade?

- Nada além dela.

- Bom, é o seu irmão.


Assustei-me um pouquinho com a fala de Isa. O Luca? Como assim?


- Não entendi. Por que você se preocuparia com o Luca?

- Ahh eu não sei! - ela disse confusa e tensa. - Seu irmão não anda bem. Eu acho que seria bom eu conversar mais com ele. Ele me disse que queria ter alguém que fosse capaz de ouvi-lo.

- O Luca anda numa fase meio estranha. Ele não gosta do Bill e quer que eu o deixe. Eu não vou.

- Ele precisa de amor Carol. Só assim ele te deixa em paz.


Agora eu estava mais confusa. Amor? O Luca não é muito de melosidade ou romance. Nem um pouco.

- Isa, não se preocupa com o meu irmão. Pensa em você. Ele já é grandinho e sabe se cuidar. Deixa que logo ele cai em si e para de implicância com o Bill.

- Boa noite amiga.


Apesar do “boa noite”, Isa não iria dormir tão rápido. Ela poderia ter conhecido garotos tão legais na festa. Esse Luca já estava passando dos limites. Mesmo não querendo, meu irmão sabe complicar as coisas. Coitada da Isa que quer se envolver nisso.


Eu tinha outra manhã de ensaio fotográfico. - Não posso fazer besteira, eu repetia em minha mente.


Todo mundo estava pronto e tentei me concentrar. A produção pareceu estar mais satisfeita com meu desempenho hoje e eu também.


Lembrava-me do conselho que Enzo tinha dito. Foque na cena. Encare a câmera naturalmente e se solte. Faça parte da arte.

- Carol, isso foi tão intenso! Também quero tirar fotos - gritava Bia.

- Valeu. É mais difícil do que parece.


Ficamos rindo e a Isa estava deitada em um banco. Depois de uma noite mal dormida é de se esperar que ela esteja desmaiando. Culpa do Luca claro. Vou ligar pra ele!


Fomos almoçar em uma boa cantina italiana com decoração típica e uma carta de vinhos invejável. Se tinha uma coisa que o italiano gostava de exibir era a culinária.


Olhei no relógio e vi que marcava 02:30 p.m. Hora de voltar para o hotel e me preparar para o desfile da estilista Tifany Pisanello.


Derramei sais de banho na banheira e tentei relaxar. Deveria ir para o local do desfile às 06:00 p.m.


Antes de sair tinha uma coisa que deveria fazer. Peguei o celular e a pessoa certa havia atendido.


- Oi mana tudo bem?

- Oi Luca. Me diz você, está tudo bem?

- Aqui está. 

- Falo de você, está tudo bem contigo?

- Ah, eu tô bem. 

- É bom estar porque eu estou cansada de ver as pessoas ficarem mal por sua causa. A Isa nem conseguiu dormir hoje.

- Quê? E posso saber pelo o que estou sendo culpado?

- Ela anda preocupada com você. Você estava tão alterado e problemático que deixou todo mundo louco.

- Eu não sou problemático. Quem deve ser é o seu namorado. Aquele monstro ligou outro dia e fiz questão de dizer que você não estava.

- Monstro? Você é que está sendo um monstro falando dele dessa forma. Eu só liguei pra saber se você estava longe de encrenca e se a minha amiga poderia dormir em paz.

- Claro que ela deve dormir em paz. Eu faço o que eu quiser e não estou metido em encrenca tá? Agora passa esse telefone que eu quero falar com a Isa.


Dei o telefone pra Isa e a voz irritada de Luca havia mudado. A conversa deles parecia pacífica e suave. Diferente da minha eu aposto. Querendo ou não, a Isa deixou meu irmão mais calmo.


- Luca, se cuida, por favor. 

- Promete uma coisa pra mim? Me faz entender. O que é o amor Isa? Digo, o que é o amor da minha irmã pelo monstro?

- Você vai entender Luca. Eu não posso abrir seus olhos. É uma coisa natural que você sente quando está apaixonado.


Deixei os dois ficarem conversando no quarto e voltei pra minha banheira quente. Bia estava na piscina. Quando contei da piscina, minha amiga saiu correndo pra lá.


*******


Luzes, público, uma passarela enorme no meio...


Respirei fundo. Aquilo era importante e eu não queria decepcionar nenhum dos produtores que estavam investindo em meu talento.


Fazer parte da arte. Carol sinta-se parte de tudo isso.


Minha mente estava preparada. A música tecno pop tocava e eu fui andando, ou melhor, “desfilando”. Paro no meio, faço uma pose e dou a volta. Mais uma vez, pose, volta...


O desfile era composto por garotas e garotos. As meninas entravam pela direita, paravam para a pose no meio e voltavam pela esquerda cruzando com o garoto na hora da pose. Com os meninos era o mesmo. Eles só entravam pela esquerda e saíam pela direita.


Na troca de roupa principal, minha pose no meio da passarela era ao lado do Enzo Petroski. Encaramo-nos e juntos fizemos parte da cena. Sinto seu olhar provocante me fitando. Eu tinha de fazer o mesmo. O dele era melhor.


Aquele tempo em cima de um salto enorme e andando por uma passarela fazia bem pra mim. Era a minha vida. Gostava de meu trabalho. Foi rápido, mas a sensação permanece.


No final, todos os modelos formaram duas filas indianas compostas cada uma por casais. A estilista passou pelo meio de nós e agradeceu a presença de todos. Do lado de Enzo, senti um holofote inesperado iluminando qualquer que fosse "aquele" momento.


Seguimos para o camarim. Atrás das cortinas, senti uma mão em meu ombro. Um rapaz alto que me fazia lembrar o MEU rapaz alto.


- Você foi ótima.

- Você também.


Continuei andando. Minha habilidade para caminhar em saltos imensos não era muito promissora. Queria trocá-los depressa.


Senti aquela mão mais uma vez tocando meu ombro. O toque foi mais forte, me puxou para perto e algo selou meus lábios em uma fração de segundos.


Iludida, pensei que fosse Bill. Porém, tive o desprazer de abrir os olhos e me certificar que estava errada.



- Enzo! Meu Deus! Não era pra você ter feito isso! - gritei apavorada.

- Desculpa! Foi o impulso...


Eu permaneci imóvel. Queria me matar por ter feito aquilo. Por ELE ter feito aquilo.


- Foi tão ruim assim?


Olhei pra ele com mais cara de indignação e pavor.


- Você é louco? Eu tenho namorado! - gritei pasma.


Ele pareceu surpreso e se apavorou um pouco.


- Desculpa, eu não sabia. Desculpa mesmo eu não devia ter feito isso.


Só agora tinha caído a ficha. O anel que usava no dedo não foi suficiente para informar ao mundo de que Carolina Manfredini tinha um namorado. Um namorado que não estava presente, mas, era o namorado. Tínhamos um compromisso.


- Por favor, me perdoa. Olha pra mim, eu não sabia que você tinha namorado.


Continuei calada encarando o chão. Odiava o fato do rapaz em minha frente estar usando sapatos bonitos. Estava tão confusa e pasma que só conseguia olhar para baixo.

- Mas, só pra constar, eu adorei - ele disse.


Enzo tentou se aproximar. Hesitou o primeiro passo e logo segurou meu rosto e me forçou a olhar pra ele.


- Eu não devia ter jamais feito isso - tentei dizer.- Eu sei, sinto muito. Agora já passou. Pode ignorar se quiser, mas... Eu não vou.


Ele me soltou e voltou a caminhar para frente olhando para trás só uma vez.


- Só me diz... Quem é ele?

- Bill Kaulitz - foi tudo o que consegui pronunciar.


A cara de convencido de Enzo meio que desapareceu. Ele olhou pra mim e saiu. 

- Você beija muito bem Manfredinni. Merecia alguém melhor - ele disse entre passos saindo do local.


Tentei voltar para o camarim e apagar aquilo de minha memória. Não parava de me culpar. Culpar por ter beijado outro cara. O pior de tudo, foi ter sentido aquilo. Seu beijo tinha sido bom. Por favor, alguém me mate.


Vesti minha roupa e saí de lá o mais rápido que pude. Achei minhas amigas e implorei para que fossemos direto para o hotel. Sem comentários ou argumentos. O silêncio seria meu castigo até chegar ao quarto.


Joguei-me na cama e implorei, tinha de ser um pesadelo.


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Notas finais do capítulo

Reviwes?? Please!



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