Make A Wish escrita por Carol22


Capítulo 13
De volta ao lar


Notas iniciais do capítulo

Oii! Eu já falei que não consigo ficar tanto tempo longe daqui e precisei postar logo esse capítulo.
Acho que esse capítulo vai ser mais interessante...



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-Carol, levante um pouco o queixo e mexa a cabeça um pouco para trás -disse o assistente do fotógrafo, ajeitando também minhas roupas.

Ouvia o barulho de "Flash" da câmera a cada 20 segundos. O fotógrafo demorou uma eternidade para definir a pose na foto e assim que conseguiu, não parava de apertar o botão.

A tão esperada sessão de fotos havia começado logo de manhã. Eu não parava de pensar no sonho que havia tido. Estava mais para pesadelo para dizer a verdade.


-Pausa de 10 minutos para troca de figurino!
-Arrumem o cenário e quero a unha daquela modelo pintada de laranja! -gritava o fotógrafo, seu nome era Timorty Drizzo.

Eu não era a modelo que o fotógrafo desejava as unhas laranjas mas logo ele veio querer mudar algo em mim.


-Sua pose está boa mas está faltando algo. Seu cabelo não combina com a roupa -disse ele analisando meu corpo.
-Produção! Quero essa modelo loira!

Olhei para ele. Só podia ser brincadeira. Clair logo veio argumentar contra a decisão do suposto fotógrafo Timorty e resolvemos o "problema" com uma peruca loira.


-Okay, acho que agora está melhor -eu não concordava com isso mas enfim...

Depois de mais 50 "flashs", conclui que havíamos terminado. Suspirei um alívio e deixei a sala do fotógrafo maluco.


-Clair, aquele cara é louco né?
-Tenho quase certeza que sim mas ele é o mais premiado da região.
-É, ele deve enlouquecer várias modelos.

Antes que me desse conta, o fotógrafo estava perto de mim chamando por mim.


-Modelo, venha aqui por favor.
-Algum problema? -disse Clair.
-Não, queria dizer que precisarei dela para outro trabalho mais tarde.
-Estamos de saída Sr. Drizzo, mas posso agendá-la para o próximo horário.
-Que assim seja.

Ele voltou a me analisar.

-Cogite a possibilidade de ter seu cabelo loiro porque minha inspiração artística está criticando a cor castanha. Talvez eu queira cortá-lo também. O que acha de um loiro platinado curto e desfiado?


Olhei pra ele voltando a pensar que aquele louco estivesse de brincadeira.


-Diga a sua inspiração artística que ela só trabalha comigo sem modificações no meu cabelo.
-Bem, vou precisar de outra peruca.

Agradeci profundamente Clair, por me tirar daquele lugar e se livrar de Sr. Timorty Drizzo.

Fui pra casa esperando poder dormir a tarde inteira.


-Como foi a sessão de fotos, dolce luce?
-Ah, foi meio estranha nona, mas era importante.
-Te fizeram usar algo bizarro?
-Não Luca. Só tive problemas com um fotógrafo louco. Pensa, ele queria tingir meu cabelo de loiro e cortá-lo. Louco total!
-Vish! Maninha, você com certeza não ficaria bem de cabelo loiro.
-Eu sei! Tive de usar uma peruca horrível!
-Haha quem mandou largar o curso de gastronomia.
-É, era legal decorar cupcakes... 
-Olha quem fala. Era você que queria fazer arquitetura e resolver se dedicar ao futebol!
-Nossa família é mesmo bem inconveniente -riu nona Vaiola

Subi pro quarto e resolvi arrumar algumas coisas. Isa e Bia tinham ido ver o jogo do Luca.

Tirei as roupas do armário e tentei recolocá-las de forma organizada, já que tudo estava uma bagunça.

No meio da pilha, peguei a roupa que tinha usado na festa do tal do Dilan. Senti tanta saudade dos meninos da banda naquele momento. Em especial, lembrei da dança com Brad. Ele também não era muito fã do Bill, mas disse coisas que me fizeram pensar. Ele disse que teria me beijado se tivesse chance.

Se ele tivesse feito isso, eu teria continuado com o Bill? Comecei a cogitar os dizeres de Dona Anna Clara. Meus romances sempre foram rápidos e todo aquele suposto amor, sumia em menos de uma semana. Eu era de fato, jovem demais.

Guardei tudo e fui encontrar as meninas no local de treino de Luca. Ele praticava os treinos em uma quadra não muito longe de casa.

Peguei meus patins e saí. Sentia falta da brisa de Verona. Aquele sono de antes havia desaparecido com uma boa xícara de cappuccino. 

Notei que tinha feito o caminho errado até o local e fui parar em uma praça ao lado da famosa "Casa de Julieta".

Eu tinha mandado uma carta a muitos anos atrás. Nunca acreditei muito na tradição mas uma "ajudante de Julieta" me respondeu dizendo para não me estressar com a magia do amor.

Aquele lugar ficava cercado por turistas na temporada. Me sentei em um banco perto da fonte e fiquei apreciando um violinista de rua que estava tocando.

Sentia falta de minha cidade. Jamais serviria para a vida de Los Angeles. Eu deveria arriscar minhas verdadeiras raízes italianas-brasileiras por um romance típico americano?

Estava anoitecendo. Quase me perdi de novo indo pra casa. Eu adorava respirar o clima fresco e tranquilo da casa dos meus avós no coração da Itália. O cheiro do vinho do vinhedo veio a tona e fui visitar o escritório de nono Lorenzo no Vinhedo Manfredini.


-Oi nono!
-Olá dolce luce. O que faz aqui quase de noite?
-Senti saudade do cheiro do vinho.
-As parreiras do cultivo Manfredini vieram bem cheirosas esse mês.
-Lembra de quando eu ajudava a retirar as uvas nas férias de verão?
-Claro, seu tio Paolo quase te ofereceu um contrato de trabalho de meio período -riu ele.
-Venha, vamos pra casa antes que sua vó reclame que nos atrasamos para o jantar.
-Vou levar um pouco das uvas!

Subi na caminhonete de nono Lorenzo e fomos pra casa. Carregava vários cachos de uva no colo enquanto ouvíamos o cd de canções típicas favorito de nona Vaiola. O sotaque forte do cantor me fez voltar a infância. Era bom estar em casa.


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(Bill)

-Então irmãozinho, o que faremos hoje? -disse meu irmão Tom.


Lá fora fazia uma noite linda. O céu iluminado de Los Angeles me fez calar alguns pensamentos. Geralmente eu sairia para me divertir ou algo do gênero mas hoje, eu estava sóbrio e desacordado.


-Bill, você me ouviu?
-Sim, eu ouvi. Não sei o que iremos fazer Tom.
-Você anda muito desanimado ultimamente. Saudade da sua namorada?
-Namorada?
-É, a modelo gostosa com quem você andou saindo e milagrosamente deu uns amassos outro dia.
-Sim, claro. Eu não usaria esse termo. Carol e eu trocamos demonstração de afeto e amor. Eu não chamaria de "dar uns amassos". Tenho muito respeito a ela.
-Claro, eu também tenho. E o que eu disse é o que se faz geralmente quando se está a sós com sua namorada.

Namorada. De repente aquela palavra começou a ecoar em minha mente. Eu não havia pedido Carol em namoro. Essa deveria ser minha função, pensei. Eu queria tê-la como namorada. Mas me surgiu a dúvida, ela era minha namorada? Não oficialmente, mas ela queria ser?


-Bill, onde anda sua mente, porque aqui ela não está.
-Tom, preciso ir pra Verona.
-O que?
-Eu preciso fazer algo importante.

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Notas finais do capítulo

Disse que ele voltava...
E então? Gostaram?
Quero saber a opinião de todo mundo que está lendo nas reviews :)
Obrigada mais uma vez!
Bjs!



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