Julie e os Fantasmas - Segunda Temporada escrita por Alice e Cecília
Notas iniciais do capítulo
Gente, ficou meio grande mas a fic não é assim. (Só alguns capítulos)É porque é o primeiro capítulo, sabe, apresentação... Foi a Alice que escreveu, então ela posta as notas finais...
“Te levar” – Daniel palhetou a última nota da música.
Nicolas levantou batendo palmas.
– Muito bom! – exclamou. – Parabéns, pessoal!
Daniel revirou os olhos por dentro da máscara.
– Valeu! – Martim, como sempre sem noção, falou, praticando um toque de mão com seu novo amigo.
– Vou pegar uns sucos, alguém quer? – Julie perguntou desviando do equipamento de som.
Todos negaram em coro.
– Já venho.- Julie saiu da edícula praticamente pulando.
Martim e Félix sentaram no sofá e começaram a conversar, rindo e brincando, com Nicolas.
Daniel se sentou em um amplificador no fundo da sala e ficou tocando sua guitarra em silêncio.
Ele odiava a ideia de que Martim e Félix virarem amigos íntimos de Nicolas e o deixarem de lado.
Levantou-se e saiu da edícula. Nenhum dos três percebeu a sua ausência
Foi para a cozinha, ainda de fantasia, aonde Julie preparava um suco para ela.
– Oi. – falou Daniel chegando atrás dela.
– Oi. Por quê você veio aqui? Eu falei que eu já tava indo. – Falou, virando-se com um copo de suco na mão.
– Eu tive que vir. Antes que vomitasse. – acrescentou sorrindo e tirando a máscara.
– Pensei que já tivéssemos resolvido isso. – disse Julie rindo.
– E resolvemos, mas ele ainda é um panaca. – um sorriso brincou em seu rosto.
– Um panaca lindo e fofo. – Julie abriu um sorriso de fora a fora no rosto.
– Não acho. – ambos começaram a rir.
– Mas é sério o lance. Tá tudo resolvido né? – Julie falou baixo.
– Claro. – Daniel disse com a cabeça baixa.
– Sério mesmo? – Julie levantou seu rosto pelo queixo.
– Uhum. – respondeu, fixado em seus olhos.
– Que foi? – disse, rindo.
– Eu já te respondi essa Julie! Tenho que fazer força para não ficar hipnotizado. – disse, sorrindo.
– Essas não eram as palavras do Nicolas? – falou, levantando uma sobrancelha.
– Julie! – Nicolas gritou chegando na cozinha. Daniel colocou a máscara rapidamente. – Vamos? – disse, aparecendo na porta.
– Onde? – Daniel perguntou agressivamente. Nicolas revirou os olhos e ficou calado.
– Eu e o Nicolas vamos tomar sorvete. – disse rindo. – Porque você se odeiam tanto? – Julie saiu da cozinha.
– Cuide bem dela. – Afirmou Daniel. – Ela merece. – assentiu com a cabeça.
– Eu vou cuidar. – Nicolas saiu, e o silêncio reinou até que Martim e Félix chegaram.
– Ah é Daniel! A Julie não vai mais tocar. Ela vai tomar sorvete com o Nicolas. – disse Martim.
Daniel simplesmente saiu da cozinha em silêncio. Voltou para a edícula, tirou a fantasia e continuou tocando.
Enquanto isso, Julie e Nicolas chegaram a sorveteria. Sentaram em uma mesa para tomar os sorvetes.
– Sabe, eu tô tão feliz ultimamente... – Julie falou, pegando um pouco de sorvete com a pazinha.
– Eu também. – Nicolas sorriu, segurando a sua mão
Ambos riam feito bobos e de vez em quando Julie o beijava no rosto.
– Mas é sério. Por que você odeia tanto o Daniel? – Perguntou a Nicolas.
– Porque... Ele estava afim de você. – falou, sorrindo para ela.
– Estava! Estava, afim de mim. Não está mais. – falou, chegando mais perto.
– Eu só retribuo o ódio que ele tem por mim. Acho que ele tem raiva por que a gente está junto. – Nicolas se aproximou de sua namorada para beijá-la.
– Eu acho...- disse virando o rosto. – que é porque o senhor escreveu no site da banda que ele era um dos piores guitarristas que você já tinha visto lembra?
– Eu acho... – ele imitou-a. – que você devia parar de falar e me beijar. – disse, aproximando-se dela.
Ficaram se beijando por um tempo.
– Seu sorvete vai derreter. – Julie pulou da cadeira gritando.
– O que foi? – perguntou Nicolas assustado.
– É... – falou pensando. – Foi o meu celular. É. Foi o meu celular, que vibrou e me deu um susto. Eu já volto tá?! – disse se levantando da mesa.
Saiu da sorveteria com o celular na orelha.
– O quê você tá fazendo aqui? – disse fingindo falar no celular.
– Eu estava entediado. – respondeu Daniel.
– E veio se divertir com o especial Julie e Nicolas? – perguntou Julie agressivamente.
– Não. Vim me divertir vendo como um cara pode ser tão tapado. – mexeu a cabeça. Julie fitou-o com raiva – Vamos para casa, vai?!
– Não dá!
– Duvido que você prefere ficar com ELE do que ir para casa COMIGO. – enfatizou o “ele” e o “comigo”.
– Não é ele, ou você. É isto ou aquilo. – falou, checando se Nicolas estava olhando.
– Vai me dizer que você predere ficar aqui, trocando saliva com um panaca, do que tocar com a sua banda? – levantou uma sombrancelha.
– Mais cinco minutos. – falou, fingindo desligar o celular. Daniel sorriu.
Voltou para a sorveteria. Disse para Nicolas que tinha que ir para casa, pois era seu pai no telefone. Ele se ofereceu a ir com ela, mas ulie negou ajuda. Saiu, e Daniel a esperava na porta.
– Ele não é um panaca. – sairam andando.
– É sim.
Daniel e Julie voltaram para casa, mas ao chegar, Martim e Félix haviam saído e deixado um bilhete. “ Saímos com o Nicolas.. A gente se vê.”
Daniel suspirou.
– Ah, Daniel! Não fica assim! Eles já vão voltar e aí a gente toca! – falou, pegando sua mão.
– Não é isso, Julie! – respondeu ele, largando a mão dela. – O Nicolas está tentando roubar o meu lugar! – declarou, jogando-se no sofá.
– Não tá nada! – puxou-o, forçando-o a levantar. – Isso é tudo paranóia da sua cabeça. Vem, quem disse que a gente precisa deles? – completou, pegando a guitarra e dando a Daniel.
Daniel sorriu, sentou-se novamente e começou a tocar “Para sempre nós”. Julie ficou em pé a sua frente, como gostava de fazer e começou a cantar.
Daniel sorria feito um bobo e ficou olhando fixamente para seu olhos.
Estavam lá, simplesmente cantando e tocando como adoravam fazer, quando de repente Pedrinho entrou correndo a edícula chamando pelo nome de Julie.
– Que é?! – disse suspirando. – Já venho.
– O papai vai viajar! – disse Pedrinho, pulando de alegria.
– A mamãe vai voltar? – Julie começou a pular também.
– Não! Eu vou dormir a casa do Patrick e o papai quer que você arrume alguém para ou dormir aqui ou você dormir lá.
– Então a Bia dorme aqui. – falou ela.
– Como assim não vai poder ir? – perguntou Julie, indignada.
– Julie, eu já falei. Não vai dar, uma prima minha está dormindo lá em casa, minha mãe não vai deixar. – explicou.
– Então onde eu vou dormir?
– Dorme na casa do Nicolas.
– Você acha que meu pai deixou? Ele já tinha oferecido, mas meu pai, nunca ia deixar eu dormir a casa de um menino; muito menos do meu namorado!
– Verdade. Eu tenho que ir. Beijo. – falou Bia.
– Beijo. – Julie desligou a webcam. Perguntou a todas as pessoas que conhecia. Até para Valtinho, mas ninguém podia passar a noite com ela. Explicou para seu pai a situação, e ele deixou que ela ficou sozinha em casa.
Já estava tarde e seu pai ia sair bem cedo para viajar, então Julie foi dormir.
Estava quase adormecendo quando seu celular tocou e era Nicolas.
– Julie... – falou ele, pausadamente. – Eu deixei minha carteira aí?
– Acho que não, deixa eu ver.
– Não precisa, olha amanhã. Eu só liguei para ouvir sua voz.
– Ah, fofura. Também já estava com saudade da sua.
Julie, ainda deitada, falava ao telefone, quando olhou para frente e viu a carteira de Nicolas voando. Sorriu e continuou a falar.
– Uhum. – falava, sem ao menos ouvir o que Nicolas dizia – Nicolas, eu estou muito cansada.
– Ah, desculpa. Boa noite, viu?
– Boa noite. Beijo.
– Beijo.
Ela desligou o celular.
– Daniel! Deixa a carteira ali em cia que amanhã eu devolvo.
Daniel apareceu.
– Só queria fazer você rir. Você está precisando, namorando o panaca.
– Sabe, Daniel, eu cansei de te corrigir; se você acha que ele e um panaca, então ele é um panaca! Eu tenho aula amanhã. Boa noite. – virou-se e fechou os olhos.
Daniel ficou sentado em um lado da cama.
– Desculpa. – falou ele, em voz baixa.
– Tanto faz. – respondeu.
Daniel sumiu e Julie caiu no sono.
Julie acordou de manhã e se arrumou, pegou a carteira de Nicolas e foi para a escola.
Quando chegou na sala, percebeu que tinha um rodinha de pessoas e volta da mesa de Thalita.
– O que ela aprontou agora? – perguntou para Bia.
– Sabe aquele produtor musical que te produziu? – Julie assentiu, colocando sua mochila em cima da carteira. – Ele ouviu a música da Thalita e adorou! Ele está produzindo ela, e ela vai para os EUA na semana que vem. Hoje é o último dia dela a escola. – Bia sorriu.
– Amém! Agora sim a minha vida tá boa! Quer dizer, tirando o Daniel.
– Por quê? – perguntou Bia. – O que é que ele fez?
– Fica ofendendo o Nicolas o tempo todo. Eu briguei com ele ontem. Mas ele tem um pouco de razão, o Martim e o Félix nem falam mais com ele! – Nicolas chegou de repente.
– Oi linda! -Nicolas beijou seu rosto carinhosamente.
– Falando nele! – Julie abraçou-o, retribuindo o carinho.
– Beatriz! – Valtinho gritou, do outro lado sala.
Bia revirou os olhos.
– Tenho que ir. – falou e saiu.
– Ah... – Julie soltou Nicolas... – Sua carteira.
– Abre. – falou ele.
Julie abriu e havia uma caixinha dentro. Ela pegou e abriu: havia um colar dentro, tinha um coração com uma foto dos dois juntos.
– Ai que fofo! Obrigada! – Julie exclamou e beijou-o.
– Preciso dar presente para ganhar beijo? – quando foram se beijar, a professora chegou. Julie colocou o colar.
– Eu deixei a carteira de propósito. – disse sorrindo.
A aula passou rápido e logo era a hora da saída.
Nicolas saiu abraçado com a namorada, e quando saiu, Daniel esperava-a na porta da escola.
– Fofo, eu te encontro a esquina, tá? Vou mostrar meu colar novo pra Bia.
– Tá, tchau. – Julie o beijou.
Dirigiu-se a Daniel revirando os olhos.
– Belo colar.
– O que você está fazendo aqui? – ela o cortou brava.
– Preciso falar com você.
– É grave?
– É grave. – afirmou Daniel sério.
– Tá. Vamos para casa conversar melhor.
Foram para casa e Julie nem encontrou com Nicolas no caminho.
– Me fala! O que oi?! – Ela perguntou desesperada. Geralmente Daniel dirigia-se a ela por coisas bobas, sorrindo. Mas desta vez ele parecia sério.
– Eu descobri... – falou, pausadamente. – Que o Martim e o Félix...
– Ai Daniel! Fala logo!! – gritou.
– Eles estão ficando visíveis para o Nicolas.
– Quê?!!Como?? – exclamou, surpresa.
– Eles vestem as roupas do seu pai e vão.
– Eu vou matar eles! – colocou a mão na cabeça. – Parece que só você tem consciência aqui! – Daniel abriu os braços.
– Eu disse que já estavam passando dos limites! Como você vai matar eles se eles nunca estão em casa?
– Não tem problema! Eu espero a eternidade se for preciso! Mas não saio daqui a ter dar uma bronca nos dois!
Esperaram quase duas horas, até que chegaram dentro das roupas do pai de Julie. Ela deu uma bronca neles, e gritou. Armou o maior escândalo, mas não adiantava nada. O que está feito, está feito. Martim admitiu também que havia ficado visível para Shizuko.
– Desculpa aí Julie! Foi mal mesmo, eu avacalhei com o seu namoro? – perguntou, meio envergonhado.
– Não mas... – suspirou. – Deixa, eu nem tenho mais o que falar. Eu esperava mais de vocês dois. Principalmente de você Félix, do Martim eu já esperava alguma burrice, mas de você... Vamos Daniel. – puxou-o para seu quarto.
Ela se jogou na cama com os braços cruzados.
– Você tinha razão. Como sempre. – falou irritada.
Daniel sentou-se na cama e Julie deitou suas pernas em seu colo.
– Julie. Pensa pelo lado bom. Os dois vão passar a noite na casa do Nicolas. Aqui só vai ficar eu e você. – sorriu. – Nós podermos fazer o que você quiser! A gente pode tocar, a gente pode passear... Dá pra fazer um monte de coisa. E aí?
– Você tá certo. Dá pra fazer um monte de coisa ainda. -sorriu.
Daniel esticou a mão, e Julie pegou-a com carinho.
Passaram a noite inteira tocando, e indo a vários lugares inclusive na loja de música que Daniel já havia a levado uma vez.
Então, ele a levou até o parque onde havia tentado beijá-la.
– Você consegue se lembrar de algum momento importante da sua vida que aconteceu aqui? -perguntou olhando em seus olhos.
– Claro que lembrou! – exclamou. – Foi aqui que eu quebrei o coração do meu melhor amigo. -Julie falou afastando uma mecha do cabelo do olho sorrindo.
– Que amigo? – retribuiu com outro sorriso.
– Que amigo? –começou a rir junto com Daniel. – Mas... Sabe... Eu fiquei... Te devendo uma coisa a você naquele dia.
– O quê? – sorriu.
Julie chegou seu balanço mais perto de Daniel, do qual o rosto se tornou de feliz a ansioso, se aproximando dela, esperançoso. Seus rostos estavam frente- a- frente. E já podiam sentir a respiração um do outro. Quando Daniel chegou mais perto para beijá-la, Julie virou seu rosto e beijou-o a bochecha.
– Seria mais se eu não estivesse compromissada. – sorriu meio sem jeito, envergonhada.
– Vamos para casa. Você tem aula amanhã. – disse esticando a mão.
– Vamos. – Julie se levantou pegando a sua mão.
Saíram de mãos dadas. Quando chegaram em casa, Daniel a pôs a cama,e ambos ficaram
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aí, gostaram??
No próximo episódio, vão encontrar a nova vilã de Julie e os Fantasmas... Muahaha.
Postem reviews, precisamos de opniões. ;P