A Emboscada escrita por Lana


Capítulo 4
Cap. 3 - A realidade contada em sonho.


Notas iniciais do capítulo

E aí galera?
Como vão as coisas??
Percy Jackson de volta em um capítulo todo sobre ele! Quem sentiu falta?
Quero reviews hein! A propósito, eu adorei os do capítulo passado. :) :) :)
Divirtam-se!



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Capítulo 3

“A realidade contada em sonho”

Definitivamente, a tranquilidade assustava a Percy Jackson.

Há incríveis dois meses, desde o fim da guerra contra Cronos, ele não sofria a nenhum ataque, nem de uma mísera dracaenae inexperiente. Isso era realmente estranho, e potencializava-se a considerar que ocorria o mesmo com Annabeth, em seu novo internato em Nova York.

A seu ver, as forças míticas malignas tomaram o destino do titã como lição, e decidiram se aquietar um pouco, o que era libertador, já que nos últimos cinco anos Percy não conseguia respirar sem sentir a ameaça da morte descrita na grande profecia a lhe rondar.

Tudo parecia entrar nos eixos novamente. Era inédito que estivesse cursando o segundo ano consecutivo na Goode High School, sendo que ser expulso de todas as escolas que anteriormente frequentara era absolutamente normal para o filho do poderoso Poseidon, deus dos mares. Talvez isso se devesse ao fato de que o diretor da escola era Paul Blófis, seu padrasto, o cara que depois do desprezível Gabe Ugliano, conseguiu trazer de volta o semblante apaixonado à Sally Jackson, e Percy se sentia incomensuravelmente feliz por isso.

Desde que Percy voltara do acampamento, os três viviam em um apartamento pequeno no Upper East Side, mantendo uma rotina de seres completamente mortais, na qual o semideus teve facilidade para se encaixar. Paul e o garoto se davam bem, tão bem que provocara ciúmes em Poseidon da última vez que apareceu para ver o filho.

Ele estava se tornando alguém profissionalmente responsável, e agora, ajudava o diretor da Goode com seus papéis no colégio. Após um dia extremamente cansativo no colégio e de lidar com os extensos relatórios em inglês, o que tornava o trabalho duas vezes mais difícil por conta da dislexia, a pedido do “Senhor Balofice” – como Percy gostava de chamar Paul em pensamento -,  ele simplesmente se jogou em sua cama exausto, sem ao menos tirar o par de tênis. Mas o sonho que veio a seguir, transformou-se em pesadelo assim que ele identificou a figura. E  sonhos de meio-sangue não são apenas meros devaneios inconscientes.

Ouvia-se gritos.

 A atmosfera de terror causava arrepios na espinha de qualquer um que a sentisse, e pior, o ambiente pequeno, baixo e fechado, ou seja, causava pânico. Quem estava lá dentro? Annabeth Chase.

A loira estava desmaiada e com uma mordaça, com sangue impregnado no cabelo e caminhos de lágrimas secas em seu rosto. Ainda se podia ver, embora a obscuridade atrapalhasse, as escoriações que a garota tinha pelo corpo.

Um feixe de luz apareceu, e uma porta se abriu instantes depois. Uma voz encheu o ambiente gélido, e fez com que Annabeth arqueasse levemente o corpo, porém, a inconsciência ainda a bloqueava. Era o que parecia. Um homem de estatura mediana, magro e com traços duros e expressivos fez-se visível.

- Vejo que ainda dorme, filha de Atena. Seu destino será o início da minha vingança, agora mais perto do que nunca.

Um sussurro cortou os pensamentos audíveis do homem.

- E por que você quer vingança? – Annabeth falou em um fio de voz que transparecia fraqueza. Um hematoma em seu queixo a impedia de falar corretamente as palavras, enquanto fazia um grande esforço para se sentar, encostada na parede.

- Porque por culpa de gente como você, eu perdi a única coisa que importava para mim. – ele completou.

Podia-se ver que Annabeth franziu o cenho, tentando encontrar algo que fizesse sentido para ela na fala do homem. Em um gesto rápido ela se levantou.

- Quem é você? – ela disse fria.

 Tentou dar um passo á frente, mas suas pernas fraquejaram e ela foi de encontro ao chão, batendo fortemente a cabeça na parede, desfalecendo mais uma vez. O homem delicadamente ajeitou a garota sobre o colchonete, acariciando seu rosto.

- Você se parece com ela. – ele murmurou. Em seguida, encaminhou-se para a porta e sem virar para atrás, disse.

-E não precisa saber quem sou, pelo menos por enquanto.

Ele saiu, deixando que a porta batesse ás suas costas.

Percy acordou de supetão, ofegante e assustado. Olhou pela janela de seu quarto e viu Apolo trazendo o sol para Manhattan em plena terça-feira.

Ele se desesperou ao lembrar-se que não tivera notícias de Annabeth no dia anterior, e a última vez que havia visto sua namorada foi na noite de domingo, quando foram passar o fim de semana em Montauk, no estreito de Long Island. Havia sido um dia incrivelmente tranquilo, em que fizeram coisas como adolescentes normais, como passear pelo cais e lanchar em um quiosque à beira da praia.

Mas agora essas lembranças apenas aguçavam o mal pressentimento de Percy. Sem demora, ele levantou-se e correu para a sala. Discou rapidamente o número do celular de Annabeth, que o filho de Poseidon torcia para que estivesse a salvo no internato à quarenta minutos dali. Chamou, chamou e... nada. Ele tentou mais duas vezes, e o resultado era sempre o mesmo, a ligação sempre caia.

Escutou uma voz atrás de si.

- Percy, você está bem? – Era Sally, sua mãe.

- Não. Acho que Annie pode estar com problemas. – Ele disse tentando parecer calmo, o que definitivamente foi em vão. A mão instintivamente apoiava-se ao bolso dianteiro do pijama, procurando por Contracorrente.

- Como você pode saber meu filho? – Sally tentava tranquiliza-lo.

- Eu sonhei que ela havia sido raptada. Tentei ligar várias vezes, mas a ligação chama até cair. Preciso descobrir mãe.

Com o seu consentimento ou não, a mãe sabia que Percy iria conferir se Annabeth estava em segurança. Dando um suspiro cansado, ela o abraçou protetoramente.

- Pegue o carro de Paul e vá ao internato. Mas cuidado Percy, há algum tempo você não é atacado e isso me deixa receosa, ainda mais com esse tal sonho.

- Eu me cuido mãe. Preciso ver se ela está bem.

Percy correu para o quarto e colocou uma roupa qualquer. Em questão de segundos já estava pelas ruas de Nova York em direção à escola de Annie. Os nós dos dedos estavam embranquecendo devido a força com que segurava o volante, em uma tentativa certamente falha de abrandar a tensão.

Minutos depois, chegou até a portaria do imenso prédio da “Phytagoras Academy School ”. Com um pouco de dificuldade, convenceu os seguranças a deixarem-no entrar, dizendo ser irmão de Annabeth. Sem dificuldades de andar pelo local, por já ter ido com a namorada ali, Percy encaminhou-se para a ala dos dormitórios, onde os estudantes dividiam-se em duplas.

O zelador olhou de esgueira para o garoto apressado, mas conteve-se. Após subir quatro lances de escada, Percy bateu na porta do quarto 32. Samantha Nolan abriu, com os cabelos bagunçados e os olhos semicerrados. Em outra situação Percy iria rir da amiga de sua namorada, mas diante de seu desespero, foi direto ao ponto.

- Olá Sam. Annie está aí? – Percy disse olhando para dentro do quarto, sem encontrar nenhum vestígio de Annabeth.

Samantha arqueou uma sobrancelha. Percy deduziu que ela copiara essa mania de Annie.

- Oi Cabeça de Alga. Não oras, achei que ela estivesse com você. – ela disse confusa.

- Como assim? – ele se limitou a perguntar. Seu interior agitando-se com a confirmação de seu sonho.

- Depois da nossa última aula ontem, ela disse que precisava passar no Empire State Buillding para fazer alguma coisa, que eu não me lembro qual. Disse também que depois passaria na sua casa para fazer uma surpresa, e que não era para me importar se demorasse.

Quando ela terminou de falar, uma lágrima escorreu pelo rosto de Percy.

- Ela só pode ter sido sequestrada.


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Notas finais do capítulo

Tenso... O que vocês arriscam?
Ah, e descobriram de quem a Alliz é filha? Está implícito.
Posso pedir mais coments? E Recomendações????
Por favor ~le carinha de gatinho do Shrek~ heheheh
Divulguem para seus amigos tah!
Beijinhooos



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