My Little Hermione escrita por Aluada_Lari, Pattychan


Capítulo 2
Capítulo 2 - Presos em um Armário


Notas iniciais do capítulo

Dramione, Dramione Nyaaaaan ~



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Gina acordou super bem humorada, atraindo olhares sempre que rodopiava pelo grande salão.

- Sua doida. Pare com isso, está me envergonhando.

- Deixe de ser chata, Mione! Eu estou feliz, e é divertido!

- Não te conheço!

- Conhece sim, vem!

Ela foi rodopiando até a mesa da Grifinória. Preciso dizer que tentei também? A alegria dela contagia. Só que na primeira tentativa, acabei trombando em alguém.

- Você adora esbarrar em mim, não é, Granger?

- Você que sempre está no meu caminho, Malfoy. – disse áspera. – Está me seguindo, é?

- Continue sonhando, Granger.

Dei uma cotovelada nele e saí andando atrás de uma Gina que continuava a rodopiar.

- Gina, o que você faz com alguém que só sabe te irritar? – disse, fazendo uma careta.

- Fácil, beije ele.

Arregalei os olhos para ela.

- O que?

- Garotos são assim, Mione. Quando eles te irritam, quer dizer amor. Quando eles te ignoram, quer dizer amor. Quando eles são uns completos idiotas com você, quer dizer amor!

- Gina, de onde você tirou isso?

- É assim mesmo, acredite em mim.

Eu estava surpresa. Por que, ultimamente, o Malfoy não era o único que estava me irritando mais que o normal... Será que Gina estava certa? Será que o fato de que Ronald estava sendo um idiota quando eu estava por perto, significava que ele me amava?

Não podia perguntar isso para Gina, claro, ela era irmã dele! Se eu contasse para ela, ela contaria para ele, e se eu estivesse enganada e ele simplesmente não gostava de mim, nem como amigo?

- Mione? Você está me ouvindo?

- Estou sim...

- E o que eu disse?

- Você perguntou se eu estava te ouvindo.

- Antes disso.

- Você disse que os garotos só nos irritam por que nos amam.

Gina revirou os olhos.

- Eu perguntei se você acha que eu devo voltar com o Dino.

- Claro que não! – Protestei. – Por que você faria isso?

- Por que o Harry não parece querer algo sério...

- Ele só está com medo do seu irmão.

Gina suspirou. Comecei a tomar meu café rápido, já que não queria me atrasar para a próxima aula.

- Mione?

- Hm? – perguntei, com a boca meio cheia.

- Quem está te irritando tanto, em?

Comecei a mastigar bem mais devagar, para demorar a responder. Quando finalmente engoli, comecei a abrir a boca quando o sinal tocou.

Salva pelo gongo!

Aula dupla de DCAT com a Sonserina. Todos os alunos já estavam na sala, eu fui a última a chegar quando Snape atravessou a porta com um olhar zangado por eu ter conseguido me safar de um atraso.

- Não vai se sentar, Srta. Granger? – ele perguntou, com frieza.

- Acho que você não percebeu que não há lugar. – disse, com o mesmo tom.

Ele crispou os lábios.

O problema era que o meu lugar entre Harry e Ronald havia sido ocupado por Dino Thomas, que pelo visto estava enchendo a paciência dos dois perguntando por que Gina havia terminado com ele.

- 5 pontos a menos para a Grifinória, e se falar assim comigo de novo mocinha, considere-se na detenção. – Snape disse, me analisando. – Caso a Srta não tenha percebido, há um lugar em perfeitas condições ao lado do senhor Malfoy.

- NÃO! – Eu gritei, mas não fui a única. Pansy Parkinson e o próprio Malfoy haviam gritado junto comigo.

- Silêncio. – Snape disse, entre dentes. – Sente-se senhorita, é a última vez que lhe peço.

Mordi meu lábio para não retrucar e fui até o lugar que me foi indicado. Pansy me fuzilou com os olhos e Malfoy batia na própria cabeça.

- Eu estou menos satisfeita do que vocês. – disse baixinho. – É melhor não aprontarem nada.

- Disse alguma coisa, Srta. Granger?

- Não, senhor.

- Ótimo, então como eu dizia, fico surpreso que tantos alunos tenham conseguido passar nesta matéria. Creio que já tiveram muitos professores, mas saibam que eu serei muito diferente de todos eles. Não tolero atrasos, brincadeiras estúpidas ou qualquer tolice não relacionada a esta aula.

Revirei os olhos. Ele havia falado praticamente a mesma coisa na nossa primeira aula de poções, há alguns anos atrás.

Começamos a copiar uma difícil formula do quadro, quando escutamos um BUM e sentimos um cheiro horrível de pêlo de unicórnio queimado.

-Cinco pontos a menos para a Grifinória.

Pansy e Malfoy morreram de rir.

-Que idiota. –Disse Pansy.

Olhei em volta, Harry estava tossindo e tirando as cinzas que estavam em seu uniforme. Rony estava com o rosto vermelho cheio de cinzas abanando a sua poção que havia explodido, tentando apagar o fogo, espalhando a fumaça pela sala toda.

Snape olhou-os com desprezo, apontou sua varinha para o caldeirão e murmurou: - Aguamenti.

Saiu um jato de água de sua varinha, e rapidamente o fogo no caldeirão de Harry e Rony se apagou.

-Que estranho, eu tenho certeza de que fizemos tudo certo Harry. –Comentou Rony.

-Se tivessem feito não teria explodido, não é mesmo senhor Weasley? -Perguntou Snape, secamente.

Rony não respondeu, preferiu ajudar Harry a limpar sua mesa coberta de fuligem. Ele estava com as orelhas vermelhas, eu não sabia se era de raiva ou de vergonha. Provavelmente de raiva.

- Você fez tudo direitinho. – ouvi Malfoy murmurar para Pansy. Ela deu um sorrisinho satisfeito.

Tem alguma coisa aí.

A aula acabou sem mais interrupções. Snape criticou a poção de Rony e de Harry até não poder mais, mas quando passou por mim crispou o lábio. Obviamente, minha poção estava perfeita e ele não tinha críticas.

Graças a Merlin.

Quando o sinal tocou, peguei as minhas coisas e saí juntamente com o Malfoy, que foi rindo com a Pansy Parkinson o caminho todo, os dois nem notando a minha presença.

- Vou ali conversar com a Karina. – ela disse, dando um beijo na bochecha dele e indo falar com outra Sonserina.

Quando dei por mim, estávamos em um corredor deserto.

Era a minha chance.

Empurrei Malfoy contra a parede e coloquei a minha varinha em seu pescoço.

-O que você fez com a poção do Harry? –Perguntei empurrando ele, fazendo-o ficar preso entre mim e a parede. Aumentando o aperto em seu pescoço.

-O que eu fiz? –Perguntou debochando da minha cara. –Eu não fiz nada.

-O que você mandou Pansy fazer? –Apertei mais a varinha. –Diga logo.

-Ai Granger, assim eu vou ter que usar um litro de sabonete líquido para me desinfetar de você, sangue ruim. –Riu.

Perdi a paciência, empurrei-o com toda a minha força, fazendo com que nós caíssemos juntos no chão. Aquilo não era uma parede, era uma porta que se abriu com a força que eu a empurrei.

-Ai, sai de cima de mim! –Resmungou ele, tentando me empurrar pra longe.

Levantei.

-Não precisava nem pedir. –Revirei os olhos.

Ouvimos um baque, a porta estava fechando.

-Droga.                                                                                               

Corremos até a porta, tendo tempo apenas para ver a porta se fechando por completo, desaparecendo.

-E agora? Como vamos sair daqui?

-Ué, não é você a Sabe tudo? –Revirou os olhos. -Dá um jeito. Não posso ficar preso aqui com você.

-Quem disse que eu quero ficar aqui com você Malfoy? –Revirei os olhos. –Tenta achar uma passagem, usar algum feitiço ou sei lá, nesse lado que eu vou tentar deste lado. E anda logo. –Completei quando vi que ele estava sentado em uma cadeira, brincando com um parafuso enferrujado.

-Eu não vou aguentar ficar preso aqui com você, está poluindo o meu ar.

-Cala essa boca e trabalha Malfoy. Você é insuportável.

-Essa sala é a prova de mágica, é óbvio que isso não vai funcionar sabe-tudo. –Resmungou ele.

-E como é que você sabe disso?

Ele apontou a varinha na minha direção e suspirou.

Procurei a minha varinha, ela estava no chão, perto da porta.

-O que vai fazer Malfoy?

-Avada Kedrava.

Pisquei assustada, nada aconteceu. Ele começou a gargalhar.

Fui ate onde ele estava e comecei a bater nele.

-Seu. Idiota. Metido. Sonserino. Insuportável. Desgraçado. Arrogante. Sua. Doninha. Loira. Oxigenada.

A cada intervalo eu dava um tapa nele, ele continuou a rir e segurou meus punhos com força.

-Vai com calma Granger, senão você se machuca.

Fuzilei-o com o olhar.

-Me solta Malfoy, agora.

Ele largou meus punhos com violência e se virou.

-Não precisava nem pedir.

E agora Hermione, como vamos sair daqui?

Olhei em volta pra tentar descobrir alguma coisa, vi um tubo de ventilação. Era perfeito, eu conseguiria entrar ali sem problemas.

O problema era que o tubo era muito alto, não conseguiria entrar ali sem ajuda.

Pela primeira vez na minha vida sorri para Draco Malfoy.

-Eu ainda não sei como você conseguiu me convencer a fazer isso. –Disse, enquanto eu me apoiava nele pra entrar no tubo.

-É o único jeito de nós sairmos daqui, a menos, é claro, que você queira ficar preso aqui, comigo, pelo resto da vida.

Ele fez uma careta.

Com um último empurrão, eu consegui agarrar a borda do tubo e subi.

-E agora como eu vou subir? –Perguntou irritado, cruzando os braços.

Eu estendi os braços pra ele.

-Segure-se.

De algum modo eu consegui puxar ele pra cima, ele agarrou a borda do tubo e conseguiu subir.

Em questão de segundos nós dois estávamos andando pelos dutos de ar de Hogwarts. Um pensamento horrível me veio a cabeça: O Basilisco, aquela cobra de três metros ou mais se esgueirando pelos corredores.

- Vai andar ou está difícil?

- Desculpe. É só... – mordi o lábio.

- Não vai me dizer que você tem medo do escuro... – no escuro dos canos eu não podia ver seu rosto, mas podia jurar que ele revirou os olhos.

- Eu não tenho medo do escuro. – resmunguei. – É só... Malfoy, qual é o seu problema?

- Hum, eu estou preso com você em um cano estúpido e você não quer andar. Fora isso, não tenho nenhum problema.

- Não é isso. – encostei-me à parede do cano. Pois é, ele era largo assim. – É só que... Todos esses anos eu nunca te fiz nada, por que me odeia tanto?

Ele bufou, mas não pareceu muito convincente.

- Você é uma sangue ruim.

- Tá. E daí? A única coisa que eu fiz foi nascer. Você me oprime, xinga, odeia...

Ele ficou em silêncio. Ficamos uns cinco minutos só ouvindo o gotejar da água. Eu achei que ele ia simplesmente me ignorar e prosseguir quando ele falou:

-Desculpe.

Arregalei os olhos. Eu ouvi direito?

- O que? O que você falou?

- Eu disse... Desculpe. – ele suspirou. – Sabe desde pequeno eu ouço meus pais falando assim. Que a pessoa não presta por não ser sangue puro... Sei lá, é um tipo de crença na minha família.

- Crenças podem ser mudadas. – sussurrei. – Sabe, Draco, você não precisa ser assim.

- Eu... Você tem razão, Granger.

- Hermione

Estava escuro, acho que já falei isso, mas pude ver que ele levantou a cabeça.

- O que?

- Você me ouviu. Chame-me de Hermione

Pela primeira vez em meses, vi um sorriso em seus lábios.


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Notas finais do capítulo

DRAAAAAAAAAAACO, RAWR ~Reviews? :3



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