Crazy escrita por Nandah Lautner


Capítulo 8
A Verdade Sempre Aparece


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeey!
Depois de séculos sem postar nada, eu voooooltei amorinhas! ^.^*
Como estou no curso, assim que eu pistar o próximo capitulo eu explico tudo direitinho ou então mandem solicitação para o meu grupo no face e eu deixarei lá explicado o porque de tanta demora!
Agora vão ler! u.u kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk'



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08. A Verdade Sempre Aparece

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Fiquei olhando para Rose enquanto ela esperava que eu dissesse alguma coisa.

– Tudo bem então. Me deseje boa sorte! – falei me levantando rápido e correndo porta a fora antes que eu perdesse a coragem, ou recuperasse meu bom senso.

Respirei fundo assim que parei na frente do quarto do Emmett. Bati três vezes, mas ninguém abriu a porta. Bati de novo e nada. Empurrei a porta e o quarto estava vazio.

– Só pode estar brincando... – murmurei balançando minhas mãos. Definitivamente o destino não está querendo isso... – Ok Isabella, se acalma.

Saindo do quarto e fechando a porta, eu desci e fui para a cozinha. Assim que cheguei, Alice e Jasper estavam quase se engolindo em cima do balcão.

– Sério Alice?! A gente come aí – eu falei parando.

Ela e Jasper se assustaram, mas depois enquanto ela escondia o rosto na camiseta de Jasper o mesmo sorria orgulhoso. Mereço uma situação dessas em... uma situação dessas! Aff...

– Vocês... Vocês viram o Edward? – perguntei querendo logo sair dali.

– Tá lá no jardim – Jasper falou apontando para fora.

– O que você quer com o Eddie, Bella? – Alice perguntou erguendo as sobrancelhas.

– Nada Alice, nada – eu respondi andando rápido, já saindo da cozinha e indo para o jardim. Para ela não ter começado a me seguir muito provavelmente o Jasper deve ter começado com os seus carinhos. Ok... é nojento pensar sobre as intimidades dos outros.

Respirando fundo, finalmente cheguei ao jardim. Olhei em volta e vi Edward deitado com as mãos atrás da cabeça, seus pés apoiados no chão e os olhos fechados; ele estava imóvel. É só o que me falta né? Ele estar dormindo!

Para! Se a-cal-ma, falei para mim mesma antes que tivesse um ataque. Infelizmente tenho a horrível mania de me desesperar muito fácil quanto a situações que exigem expressar esse tipo de sentimentos. E eu confesso que estou muito nervosa, afinal... Existe o termo “Edward e eu”. Eu sei, eu sei, minha ficha só caiu agora.

Respirei fundo de novo, pela ultima vez espero, e andei até Edward bem devagar. Parei na sua frente e me abaixei, deitando ao seu lado.

– Oi Bella – ele murmurou sem abrir os olhos ou se mexer na minha direção.

Me ajeitei na grama e decidi fechar meus olhos também, assim talvez eu consiga me controlar melhor.

– Oi – respondi e voltamos a ficar no silencio. Mas quando decidi começar a falar, ele disse:

– Bella... seria esquisito se eu te dissesse que passei hoje o tempo inteiro pensando sobre ontem à noite? – ele disse e eu apertei meus olhos fortemente.

– Não... Eu também passei hoje o tempo inteiro pensando sobre ontem à noite.

– E você...?! – ele começou a pergunta agitado.

– Eu? – perguntei. Mordi meu lábio e cruzei minhas mãos na barriga.

– Você pensou sobre o que exatamente? – ele perguntou segundos depois, mas eu sabia que essa não era a sua pergunta inicial.

Ok, agora eu digo a verdade, uma meia verdade ou acabo mentindo?

Então vai conversar com ele e explica tudo isso e como você se sente. Você vai perceber se ele sente o mesmo, pude ouvir a voz da Rose na minha cabeça. Que seja a verdade então...

– Bem... Eu pensei primeiro que eu estava ficando doida sabe, porque eu e você... – dei um riso nervoso. – mas então eu me dei conta de um detalhe... – parei para respirar. É muito difícil fazer isso. Por que não pode ser simplesmente igual nos filmes onde a garota diz “Eu gosto de você” e o carinha responde “Eu também”, então eles se beijam e acabou. O resto é só história.

– Que detalhe? – Edward perguntou depois que eu não completei a frase.

– E-eu e você... Edward, eu e você já existimos e desde a nossa primeira provocação. Mesmo me irritando ao extremo, eu nunca consegui realmente ficar com raiva de você, e quando eu te irritava era apenas para me sentir confortável do seu lado de novo. Acho que te irritar para mim é como dar um abraço em alguém – desabafei, mordendo o lábio com força e esperando pelo o que ele tem a dizer.

– Um abraço? – ele perguntou um tempo depois, dava para sentir o sorriso na sua voz.

– Ou um beijo... – sussurrei abrindo meus olhos devagar quando senti ele se aproximando do meu corpo, mesmo que estivéssemos um ao lado do outro.

– Um beijo? – ele sussurrou trocando olhares entre os meus olhos e minha boca.

– Uhum – respondi balançando a cabeça minimamente, focando meu olhar na sua boca.

No segundo seguinte, Edward tinha sua boca colada a minha. Abri meus lábios e logo sua língua entrou, encontrando avidamente a minha. Ele se moveu, trocando nossas posições e me deixando por cima do seu corpo e enquanto uma das suas mãos me segurava pela cintura, a outra estava infiltrada entre os meus cabelos. Sorri entre o beijo momentaneamente surreal.

Me permitindo sentir confortável, coloquei uma mão na sua nuca, puxando levemente os poucos fios de cabelo, e a outra eu descansei no seu ombro prendendo parte da camisa. Sério, eu nunca pensei que fosse me sentir tão feliz com um beijo.

Edward se afastou devagar, dando espaço para a gente respirar. Continuei quieta apenas voltando minha respiração ao normal.

– Foi bom pra você como foi pra mim? – ele perguntou com receio.

Sorri e sem pensar beijei seu peito por cima da camisa, apoiando minha cabeça ali. Logo senti sua mão afagando meus cabelos e começando um cafuné.

Eu estava quase dormindo quando senti Edward beijar o topo da minha cabeça. Sorri.

– Tão ingênua e tão pequena essa rosa que desabrocha...

– O que?

– Logo você vai entender – sussurrei com um sorriso brincando nos lábios. Entrelacei nossas mãos e fechei os olhos novamente, aproveitando o sol e o cafuné.


(...)


Edward e eu passamos a tarde inteira deitados no jardim. Não sei se por milagre, ou pressão de Rose, ninguém veio nos incomodar, o que eu acho mais fácil ser um milagre já que Alice ultimamente está cheia das suas perguntas e não perderia a oportunidade de meter seu nariz na situação.

Enfim, assim que voltamos para dentro já estava escuro e todos estavam na sala assistindo algum programa, e não deu outra: assim que entramos na sala ainda no clima de romance que estávamos, todos se viraram para nós dois e ficaram nos encarando.

– Isso é o que eu estou pensando que é? – tia Esme perguntou se levantando devagar do sofá.

– Bella, você não...? – Alice começou.

– Eu já sabia – Jasper murmurou com um sorriso e voltou a olhar pra TV.

Rose e Emmett foram os únicos que ficaram quietos, normalmente.

– Se o que você está pensando é que Bella e eu estamos juntos então... sim, isto é o que você está pensando – Edward falou devagar, não sei se deixando-a processar a informação ou envergonhado, tanto quanto eu.

Sim, eu, Isabella-Desbocada-Swan, estou com vergonha, mas e daí? Eu estou apaixonada! Essa é a resposta para qualquer sensação que eu vá ter daqui por diante. E com razão.

Logo minha tia começou a dar chilique falando palavras como “Que fofo”, “Amor juvenil é tão lindo” e fazendo perguntas do tipo “Desde quando vocês estão juntos?”. Não preciso nem comentar que a ignorei totalmente. Responder suas perguntas estavam totalmente fora de questão!

Já Alice começou a me olhar estranho. Sério, eu não entendo essa paranóia dela. Até mesmo antes de eu saber o que era “isso” que eu tinha por Edward, ela já estava toda “NÃO SE APAIXONE POR ELE”. É quase como se ele fosse um diabinho – não que talvez ele não seja afinal eu na verdade não conheço muito sobre Edward, mas alguns dias juntos podem ajudar bastante.

– Isso merece uma grande pizza e eu conheço um lugar perfeito em Port Angeles! – minha tia começou a falar me tirando do “transe Alice”. – Vamos amorinhas, vamos nos arrumar! – ela disse e sorrindo, subiu a escada. Sério, são momentos como este que realmente acho que minha tia seja ainda uma criança ou só maluca demais, demais mesmo. Nós apenas falamos que agora estamos juntos e não que vamos nos casar e que também estou grávida. Minha tia realmente exagera às vezes...

– Bella, eu te ajudo – Alice falou fingindo empolgação, vindo na minha direção e já me levando para cima. Olhei para Edward por cima dos ombros.

– Calma – ele falou mudo e sorriu. Respirei levemente e continuei a subir a escada junto com Alice, mas assim que chegamos ao meu quarto e ela fechou a porta, começou.

– Bella, o que eu te pedi, implorei, só faltei rastejar pra você não fazer?! – ela perguntou frustrada.

– Mas Alice, eu não estava gostando dele, eu juro! – falei meio que rindo, um terrível efeito ao nervosismo inesperado. – Quando eu me dei conta... Puff! Eu percebi que estava gostando. Simples assim! E eu nem sei por que você fica com tanta paranóia em cima disso – eu disse me sentando na cama, bufando.

– Sorte a tua que não sabe – ela murmurou.

– Alice, se existe um momento que você deve me dizer tudo o que quer e precisa, esse momento é agora – falei devagar, me levantando e cruzando os braços.

Depois de alguns segundos, Alice suspirou e chegou mais perto de mim, descruzando os meus braços e me fazendo sentar na cama de novo.

– Bella... Edward, sabe... Ele não é exatamente uma boa pessoa, ou não era, eu... – Alice começou me confundindo.

– Alice, fala logo de uma vez!

Alice mordeu a boca umas mil vezes e quase arrancou as próprias mãos até falar:

– Edward não é lá um cara muito gentil ou verdadeiro na escola Bella. Eu conheço meu irmão e sei como ele é, e também sei que, por mais verdadeiro que ele esteja sendo com você, logo a gente volta pra escola e ele vai ter que voltar a se comportar lá como sempre se comportou e eu não sei se você vai querer conhecer esse lado dele. Não que seja um lado tipo badboy pegador, ok? – ela logo falou quando eu comecei a fazer algumas caretas. – Mas ele também não é nenhum “bom samaritano”.

Passei alguns segundos em silencio sem saber muito como reagir. Eu realmente não esperava que Edward fosse como esses garotos que na escola são uma coisa e em casa são outra completamente diferente, mas... dependendo do sistema que os adolescentes daqui insistam em impor na escola, talvez eu nem fique brava com ele. Talvez.

– Entendo... – falei por fim e, sorrindo, comecei a puxar outros assuntos com Alice até estarmos totalmente prontas até porque se nós não concordarmos com Esme sobre sair para comemorar ela nos leva a força ou começa com alguma chantagem emocional – o que deve ser tão típico dela como é da minha mãe.

– Garotas!!! – Jasper gritou meia hora depois.

– Estamos descendo!!! – Alice gritou acabando de afivelar sua sandália.

– Vamos Alice... – falei mexendo minhas pernas. – Eu quero falar logo com Edward.

– Estou pronta! – ela disse dando um pulinho e pegando sua bolsinha de mão.

– Nem sei porque de tanta produção. Só vamos comer uma pizza – falei revirando meus olhos.

– Eu não sou você Bella – Alice cantarolou. – E vê lá o que você vai falar para o Edward.

– Eu já sei, já sei... – começei enquanto saiamos do quarto. – Nada de envolver o seu nome.

– Isso mesmo – Alice falou sorrindo e dando um beijo na minha bochecha então seguindo na frente começando a descer os degraus.

– Sério Alice... – murmurei limpando a marca de batom na minha bochecha.

– Oi... – Edward sussurrou no meu ouvido, agarrando-se a minha cintura.

Minha respiração falhou por um segundo tanto pelo susto quanto pela proximidade.

– Oi – respondi de volta e Edward riu, vindo para o meu lado e agarrando minha mão.

Logo todos estavam na sala já arrumados e esperando minha tia que mexia em alguma coisa na cozinha. Então minutos depois ela finalmente saiu de lá e nós saimos de casa, parando na frente do seu carro.

– Hum... só vou perguntar isso por desencargo de consciencia, mas você acha que vai colocar todo mundo ai dentro? – perguntei apontando para o carro. Esme fez uma pequena careta. – Não, não! Não mesmo que além de ir forçada para o restaurante, eu irei me apertar aí dentro.

– A Bella pode ir com o Edward no carro dele e a gente vai no seu, Esme – Jasper abiu a boca e disse as palavras mais geniais desde quando se infiltrou na casa.

– Mas como você...? – Edward começou.

– Gosto de conhecer os lugares onde fico – Jasper respondeu dando uma piscada.

– Por mim tudo bem – Esme respondeu dando de ombros. – Mas se comportem! – então revirando os olhos, eu segui Edward até a garagem onde provavelmente está o seu carro.

Enquanto todos iam entrando e se arrumando no carro de Esme nós dois entramos na garagem até que Edward acendeu as luzes e descobriu o seu carro. Levantei minhas sobrancelhas para ele que apenas deu de ombros com seu lindo sorriso, e revirando os olhos nós entramos de vez no carro.

A porta da garagem foi se fechando enquanto saiamos e Edward nos deixava logo atrás do carro de Esme. Acho que agora que estamos em silencio é o momento perfeito para começar as minhas perguntas. Acho que além de perguntas sobre o assunto da conversa que tive com Alice, algumas perguntas também para que eu o conheça afinal eu não posso namorar alguem que não conheço – mesmo que eu já tenha começado.

– Edward... – comecei devagar.

– O que foi? – ele perguntou olhando rapidamente para mim e voltando seus olhos para a estrada.

– Sabe, eu estive pensando... como será quando você voltar a estudar? – falei e percebi uma vacilada de Edward pelo olhar e a respiração que parou por alguns segundos.

– O que isso tem a ver com a gente?

– Você sabe, como nós dois vamos ficar? Como por exemplo, eu vou querer conhecer os seus amigos, assim como você conhece a Rose. É super normal. Sem contar que mal conhecemos um ao outro, e isso tem que mudar – falei normalmente, mas parecia que para Edward era como dar a noticia de que ele teria de ir a forca. Um semi-sorriso se formou nos meus lábios. Ele realmente tem culpa no cartório.

Então o carro voltou a ficar em silencio porque enquanto eu esperava por alguma resposta, Edward parecia montar alguma de um jeito desesperado na sua cabeça.

– Então...?

– Bella, nós dois realmente mal nos conhecemos e eu sei que você precisa saber de coisas sobre mim tanto quanto eu preciso saber de você, mas tem algumas coisas que eu não sei se você vai querer ouvir – ele respondeu com seus olhos na estrada.

– Experimenta – eu falei sorrindo.

– Bem... – ele respondeu olhando para mim de relance. – Você ficaria chateada se eu te respondesse o que preciso mais tarde, quando nós dois tivermos tempo suficiente para ficarmos sozinhos? – ele perguntou.

– Talvez...

– Mas em troca agora eu te respondo qualquer outra pergunta tipo cor favorita, comida, meus sonhos. Me pergunte o que quiser – ele disse com seu sorriso.

– Você não deveria ter dito isso... – eu falei e comecei a enchê-lo de perguntas. Sério, acho que nunca falei tanto em toda minha vida e fui tão curiosa quanto naquele tempo que levamos dali até chegarmos ao tal restaurante de Port Angeles.

E assim que chegamos, nos encontramos com os outros na frente do carro de Esme, e Rose estava prestes a vomitar por alguma brincadeirinha besta de Emmett enquanto Alice ria discretamente e Jasper, como o mais adulto naquele momento, brigou com Emmett enquanto tia Esme já ia entrando no restaurante. No final, nós conseguimos convencer Rose a não matar Emmett ali mesmo.

– Mesa para sete pessoas – ouvimos tia Esme pedir assim que entramos no restaurante.

Parecia ser esses reataurantes familiares. Não muito grande, mas bem aconchegante e a musica ao vivo parecia ser boa. Logo nós estavamos indo para nossa mesa, poucos metros distante do palco.

– Vamos ter que entrar em um acordo pela pizza – Esme começou a falar. – Podemos pedir duas e elas podem ser metado um sabor e metade outro, mas já aviso que nada com cebola.

– Atum? – Rose falou e nós concordamos.

– Então a outra metade pode ser de calabresa? – tia Esme perguntou e todos concordaram, só não sei se por gostarem mesmo do sabor ou porque é ela quem está pagando.

E enquanto eles escolhiam o primeiro sabor da outra pizza, eu olhei rápido no cardápio na lista dos sabores. Sorri assim que encontrei o que eu queria.

– Bem, berinjela parece legal – falei e eles me olharam um pouco surpresos. Edward principalmente. Sorri. – O que foi?

– Nada... – Rose falou, acho que pensando nas muitas vezes em que eu já preferi um bife bem grande a algo mais saudável.

– Eu gostaria de experimentar uma de berinjela – Alice falou.

– Eu também não me importo – Edward disse sorrindo.

– Então de que vai ser o ultimo sabor?

– Ah! Frango com catupiry, frango com catupiry! – Emmett falou como se fosse a resposta de um milhão de doláres.

– Menos Emmett, menos – Rose murmurou revirando os olhos.

Então Esme chamou o garçom e fez os pedidos das pizzas e de três garrafas de coca. Logo o barulho das conversas começou na mesa enquanto eu só pensava em logo voltar para casa e saber de toda a verdade pela boca de Edward, sem contar que o motivo para estarmos aqui nem é tão grandioso. Esme é mesmo muito exagerada.

Durante todo o tempo que passamos dentro do restaurante, o pessoal se divertiu, mas já estava ficando tarde, sem contar que eu já não estava agüentando ais de tanta curiosidade.

– Esme, eu acho que já está na hora da gente ir embora – falei afastando minha cadeira da mesa e me preparando para levantar e pedir a conta.

– Ainda não – ela disse resmungando e depois de suspirar ela levantou. Ok, finalmente vamos embora. Sorri. – Eu estava guardando para mais tarde, mas como você é uma das pessoas homenageadas e já quer ir embora... Que seja agora!!! – e parecendo uma louca, mais do que já é, ela foi em direção ao palco onde um cara tocando violão ainda estava.

– Oh... não...! – falei passando minhas mãos pelo rosto. – Edward, vamos embora!

– Hey! Qual é o problema dela cantar? – ele perguntou sorrindo, me abaixando de volta para minha cadeira.

– “Qual é o problema dela cantar?” ele disse – falei irônica. – Imagina, nenhum é claro, se você esquecer o fato de que ela é a Esme. Sabe, minha tia, Esme Swan: a maluca de pedra! Sabe-se lá o que ela vai cantar!

– Não pode ser tão ruim... – ele falou tirando uma com a minha cara.

– Alô? Alô! Testando, 1, 2, 3! Ok, funciona – Esme disse com o microfone nas mãos. – Eu quero dedicar essa música aos lindos pombinhos sentados naquela mesa ali – ela disse e apontou para nós. Oh caralho... Só me faltava essa mesmo.

– Ou pode? – acabei ouvindo Edward sussurrar pouco antes de Esme começar a se aquecer e com um detalhe assustador: Emmett estava do seu lado começando a chacoalhar de um lado para o outro.

– Isso vai dar merda... – murmurei.

Então a música começou a tocar e eu me espantei por reconhecê-la. “True” do Spandau Ballet é bonita e com a modernização do Will.I.Am com a Fergie também, e então Emmett começou a sua parte e não estava a pior coisa do mundo, mas quando eu estava começando a não me importar muito com essa ideia de cantar para nós, Esme abriu a boca e sua voz de taquara rachada, espatifada e doente saiu.

– Puta merda! O que é isso...? – falei para Edward que já começava a prender a risada e tentava não levar as mãos para as orelhas assim como eu estava fazendo.

– O som do inferno? – ele disse e não aguentou, soltando a risada e me fazendo rir também.

– Que maldade com a Esme, Bella – Rose falou me dando uma meia-bronca já que ela estava meio vermelha também por tentar prender a risada.

– Maldade é dela com a gente – respondi e passei todo o resto do infinito tempo da música me desculpando internamente com a Fergie, onde quer que ela esteja, porque sério ter alguém com essa voz cantando uma parte de música que ela já cantou com a sua linda voz... Ninguém merece mesmo! E também desejando que meus tímpanos não sofressem muitos danos. Os meus e o do resto do restaurante – eu sei, estou boazinha hoje.

Então finalmente a música terminou e nós finalmente fomos pagar a conta e voltar para casa.

No caminho de volta foi a vez de Edward me fazer perguntas e descobrir que eu não sou tão durona quanto às vezes eu faço questão de mostrar. E um tempo depois, nós chegamos em casa e eu quase o arrastava para dentro para finalmente saber tudo o que ele tinha para me contar – incluindo aquilo que eu já sabia.

– Hoje a noite foi bem divertida! – Esme disse entrando por ultimo, mais animada do que todos.

– Pra quem? – sussurrei para mim mesma, começando a subir as escadas. – Olha, eu já estou indo dormir e não me acordem tão cedo amanhã, pelo amor!

Deixei todos lá na sala e corri para o meu quarto, me trocando e esperando por Edward.

– Bella? – ele bateu na porta alguns minutos depois.

– Entra.

– Rosalie, ainda está no banho? – ele perguntou fechando a porta e vindo para a minha cama.

– Sim, e quando ela vier para cá, nós a enxotamos para o quarto do Emmett.

– Ela não vai ligar em ir dormir com o Emmett? – ele perguntou me deixando entender a sua expressão.

– Talvez... Mas isso é apenas um detalhe. A Rose supera – falei então batendo no colchão ao meu lado. – E como me prometeu agora você vai me contar tudo. E se esconder alguma coisa eu vou ficar sabendo Edward Cullen!

Rindo, Edward veio se sentar ao meu lado. Ele pegou minha mão e entrelaçou a sua, trazendo também o meu corpo para mais perto do seu. Acabei apoiando minha cabeça no seu peito.

– Sabe, eu ainda não estou acostumada com essa coisa de romance que existe entre namorados... mas acho que isso até uma bruta como eu consegue superar – murmurei segundos depois. Edward riu baixo. – Então depois dessa minha descontraída... comece a contar!

– Antes de eu acabar de falar tudo o que eu preciso falar não me interrompa, ok? E nem me julgue ai dentro dessa sua cabeça – ele disse cutucando minha cabeça. – Eu não quero me sentir mais culpado.

– Ok, ok Sr. Dramático. Eu não vou te interromper ou julgar, e pelo amor, não chore... – falei tirando sarro no final.

– Hahaha engraçadinha...

Então Rose nos interrompeu entrando no quarto.

– Bella... – ela começou me olhando daquele jeito.

– Rose, hoje você dorme com o Emmett – falei e senti como se Rose fosse arrancar um pedaço da minha pele em cinco segundos.

– Isabela Swan, nem pensar!

– Vamos Rose... Faz esse pequeno favorzinho pra mim. Não esquece que você me ama... – falei tentando parecer a pessoa mais gentil do mundo.

– Bella... – Rose resmungou como uma criança.

– Rosalie não tô pedindo pra você transar com o Emmett! E qualquer coisa você dorme perto da parede, bem longe dele.

– Ok Bella, eu faço isso por você, mas você me deve uma – e antes que eu pudesse dar outro jeito na situação, Rose pegou seu travesseiro e edredom e saiu do quarto.

Sério, toda vez que Rose diz que eu lhe devo uma é porque eu vou me foder e muito...

– Bella... – Edward começou alguns minutos depois. O silencio desconfortável já tinha se instalado então nós dois estávamos rígidos. – Eu sei que é ridículo você fingir ser uma pessoa totalmente diferente de quem você é e também sei que pior é quando você finge ser alguém que é mal.

– O quão mal? – sussurrei.

– Muito – ele sussurrou de volta. – E mesmo quando eu tentava mostrar quem eu sou de verdade, não dava muito certo então-

– Então você viu que era melhor continuar do jeito que estava... – comentei em voz alta. – Desculpe. Continua.

– Foi bem assim e agora eu não quero mais continuar com isso Bella. Eu transformei a vida de alguns em um inferno e sério, eu sei que isso não é legal porque a minha vida já foi um inferno um dia, então... – ele parou de falar.

– Hey – falei virando meu rosto para o dele. – Eu sei que sou bruta e parece que eu não entendo muito essa coisa de ser muito bonzinho e ser uma pessoa delicada, mas talvez se você simplesmente se mostrar de verdade, de uma vez, seja melhor. Assim vai ser mais fácil de aceitar qualquer conseqüência sem contar que você veria quem são realmente seus amigos e tudo mais.

Quando terminei de falar, Edward tinha um sorriso meio bobo no rosto. Era estranho para mim o jeito que ele me olhava, como se eu fosse um desses quadros famosos que você para e admira e acaba se perdendo em todas as formas espalhadas junto à tinta.

– O que foi? – perguntei um pouco constrangida e me pegando de surpresa, Edward me beijou como nunca.

O beijo era tão intenso e tão apaixonado. Era como se eu conseguisse sentir cada batida errática dos nossos corações pulsando sobre os nossos lábios. As mãos de Edward prendiam-se a sentir cada curva do meu corpo assim como as minhas se prendiam a fazer dos seus cabelos uma bagunça completa. E sem ao menos perceber, eu estava em cima do seu corpo, sem blusa.

– Edward... – comecei afastando a muito custo o meu rosto do seu.

– Eu sei... – ele disse me puxando para si e voltando a tomar os meus lábios.

– Ok – sussurrei pegando ar e beijando seu rosto.

Nós dois passamos mais um tempo como típicos namorados até que Edward acabou me derrubando no chão sem querer e eu o xinguei por força do hábito. Então passamos mais dez minutos nos xingando até que ele me agarrou e por fim nós acabamos dormindo abraçados. Em pensar que temos só um dia de namoro...


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Notas finais do capítulo

Espero que ainda tenha ao menos uma alma viva lendo e comentando ^.^
Até o próximo capitulo, que eu espero demorar beeeeeeem menos!
Bjinhuus da Nandah ♥



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